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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 16, 2012

Acidente no metrô deixa feridos e para parte da linha Leste-Oeste

 

Dois trens que trafegavam na Linha 3-Vermelha do metrô de São Paulo bateram na manhã de hoje. O número de feridos, grande segundo informam passageiros, ainda não foi confirmado pela companhia.
Uma das composições que se envolveu na batida permanece parada entre as estações Penha e Carrão (zona leste de São Paulo), onde ocorreu o acidente. Com a batida, os trens estão circulando apenas entre as estações Palmeiras/Barra Funda e Tatuapé. Para atender o restante da linha, o metrô já acionou um esquema de emergência com ônibus gratuitos.
O serviço de segurança da empresa, unidades do Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) estão mobilizados na assistência às vítimas, levadas aos pronto-socorros e hospitais mais próximos do local do acidente.
Os trens envolvidos na batida trafegavam no sentido Palmeiras/Barra Funda. A colisão fez com que muitos passageiros muitos caíssem. Pior, segundo o relato dos usuários, é que após a colisão, por quase meia hora não houve nenhum aviso por parte do condutor do trem sobre o que havia acontecido.
Em meio ao desespero e ao caos, os passageiros tiveram de permanecer trancados dentro do trem até romperem os lacres de emergência para abertura das portas, e descer nas áreas laterais da via férrea.
http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=view&&id=15302&Itemid=2
*Ajusticeiradeesquerda

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