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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 11, 2012

Banco do Brasil e Caixa dão mais uma coça nos bancos privados. Fundos mais rentáveis e populares.

 

O Banco do Brasil faz mais uma investida para ganhar mercado. Cortou a taxa de administração dos fundos em até 40%, o que significa que os tornará mais rentáveis para o cliente.
Além disso, reduziu a aplicação mínima de 18 produtos, tornando acessível a todos. Dois fundos de renda fixa tiveram aplicação inicial reduzida de R$ 50 mil para R$ 1. As novas taxas e valores de aplicação valem a partir do dia 21. 
Caixa corta juros pela quarta vez
A Caixa Econômica Federal já havia feito a mesma coisa com seus fundos. Ontem anunciou a quarta rodada de redução das suas taxas de juros. 
O banco já registrou aumento de 39% na concessão de empréstimos nas linhas em que reduziu os juros desde o início de abril.

Para pessoas físicas, o banco reduziu o juro máximo do financiamento de veículos caiu de 1,55% para 1,26% ao mês.
Para empresas, caiu o juro para antecipação de recebíveis de cartões de crédito (1,36% para 1% ao mês).
"No início, o cliente procurava muita informação. Agora em maio, o que temos é muito negócio", disse o vice-presidente de Pessoa Física do banco, Fábio Lenza.

Até agora, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander anunciaram apenas um corte de juros cada, oferecendo resistência à política econômica do governo Dilma. 
Estes bancos privados estão preferindo gastar fortunas em propagandas bonitinhas, mas alienantes, na velha imprensa, para manter clientes na ignorância sobre a concorrência dos bancos públicos.
*Osamigosdopresidentelula

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