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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 08, 2012

De ex-comunista, Roberto Freire agora está mais para a Ex-Quase Miss do Alasca Sarah Palin, com sua verborragia estúpida e moralista.

Bob quer ser Sara Palin #LulaSejaLouvado


  aqui a prova da "Palinsice" do Bob



Bob Freire quer ser a Sarah Palin brasileira

do blog do Rafael Castilho

Quem não se lembra daquele famoso ditado popular que diz assim:

“Para quem está morrendo afogado, jacaré é tronco”.

O Deputado Federal Roberto Freire agarrou com gosto o “jacaré” plantado pelo portal G17, especializado em humor jornalístico.

O site brincou, criando uma noticia dizendo que para evitar conflitos com grupos religiosos, a presidenta Dilma havia decidido substituir o famoso “Deus seja louvado” das notas de Real para o inédito “Lula seja louvado”.

A escassez da agenda política oposicionista é tanta que qualquer notícia, por mais absurda que seja, representa um alento.

Sem o Carlinhos Cachoeira para “pautar” a Revista Veja, a direitona vem se sentido órfã de novos escândalos.

Na falta de Carlinhos Cachoeira, Bob Freire foi de G17 mesmo.

Alguns conservadores mais eruditos devem lamentar a infeliz sorte de contar com uma direita tão desastrosa aqui no Brasil.

Mas o fato é que com a crise do discurso neoliberal pós crise de 2008, nossas forças políticas conservadoras que sempre papagaiaram a agenda política importada dos ianques, vêem-se agora sem nenhuma cartilha para reproduzir.

O principal quadro da oposição, que deveria ser o pré-candidato a presidência Aécio Neves, simplesmente pipocou na hora “H”. Aécio se mostra absolutamente incapaz de propor uma nova agenda para o Brasil.

Sem um projeto nacional que atenda a vocação brasileira para o desenvolvimento com justiça social e sem a cartilha gringa, comprometida pelo colapso do neoliberalismo, as forças políticas conservadoras adotaram o discurso “moralizador” como ferramenta de participação política.

Dia e noite a direita sonha com um fato político que modifique a correlação de forças e gere as condições políticas para um golpe. Assim foi feito no passado e esse é o jeito que eles sabem fazer.

Bob Freire foi com muita sede ao pote e fez papel de bobo. Cometeu uma gafe digna das madames do Tea Party estadunidense.

De ex-comunista, Roberto Freire agora está mais para a  Ex-Quase Miss do Alasca Sarah Palin, com sua verborragia estúpida e moralista.  
*BrasilMobilizado

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