Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 18, 2012


Durante CPI, Vaccarezza é flagrado enviando SMS a Sérgio Cabral

Cândido-VaccarezzaO deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi flagrado enviando uma mensagem pelo celular ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Cachoeira na tarde desta quinta-feira.
No texto, o ex-líder do governo no Congresso diz que as relações do PT com o PMDB podem azedar. "A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos 'teu' (sic)", escreveu Vaccarezza. As informações são do Jornal do SBT.
A mensagem, escrita durante a sessão em que os parlamentares discutiam se Cabral e os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) seriam chamados a depor, seria um aviso de que a convocação poderia rachar a base de apoio que tem o PMDB e o PT com os principais pilares de sustentação.
Pelo Twitter, Vaccarezza se defendeu. "Sou amigo do PMDB e nossas relações nunca serão azedadas. O SBT filmou uma troca de mensagens entre eu e o Cabral num momento de irritação", disse o deputado.
*Ocarcará

Nenhum comentário:

Postar um comentário