Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 09, 2012



Emergentes puxam expansão global

De Genebra
O crescimento econômico da China chegará a 70% em termos acumulados entre 2007 e 2013, comparado a zero na União Europeia e 6,6% nos Estados Unidos, refletindo como a crise financeira empurrou os rumos da economia mundial para a Ásia.
Estudo do Deutsche Bank, um dos maiores bancos do mundo, mostra que, na média, os emergentes terão crescimento acumulado de 37% no período. No caso dos países da América Latina, incluindo o Brasil, a expansão econômica acumulada ficará em 22%; no Leste Europeu, em 15%.

Mais: http://blogdofavre.ig.com.br/2012/05/emergentes-puxam-expansao-global/

Investimento externo é recorde na AL, mas prioriza países seguros


e São Paulo
O investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina bateu recorde em 2011, atingindo US$ 153,4 bilhões, segundo relatório divulgado ontem pela Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe), órgão das Nações Unidas. O grande volume de ativos multinacionais na região, a boa rentabilidade e o bom desempenho da economia explicam a alta, mas os dados sugerem que os investidores preferem aplicar seu dinheiro em países que, além do dinamismo da economia e de recursos naturais, oferecem estabilidade jurídica e macroeconômica.
Com US$ 66,6 bilhões, o Brasil segue na ponta do ranking, sendo responsável 43,4% do IED na região em 2011. O México (US$ 19,4 bilhões) vêm em seguida. A Europa foi a maior fonte de investimentos, respondendo por quase 40% do IED total em 2011. Empresas dos EUA (18%) e do Japão (8%) são outros grandes investidores.

Nenhum comentário:

Postar um comentário