Greve de fome de palestinos faz Israel acabar com prisões preventivas indefinidas
Acordo alcançado nesta segunda-feira terminou com protesto de 1.600 presos que estavam há dois meses sem comer
Familiares de prisioneiros palestinos comemoram acordo que pôs fim à greve de fome
Depois de quase um mês de greve de fome,
1.600 presos palestinos em prisões israelenses chegaram ontem (14/05) a
um acordo para pôr fim a uma greve de fome que já durava dois meses. O
protesto dos prisioneiros pressionou o governo de Israel a acabar com o
isolamento dos presos e por fim à pratica de renovação indefinida de
detenções preventivas, ou seja, sem condenação ou acusação formal.
Os detentos que estavam em isolamento
serão reintegrados aos demais e voltarão a ter direito à visita de
familiares vindos da Faixa de Gaza e ao uso de telefones celulares, além
de poderem ver televisão.
Em Ramalah, a emoção dos familiares era
evidente. Naseem, uma ativista de direitos humanos, estava radiante com a
noticia, já que seu irmão era um dos “grevistas”. “Estou tão feliz,
porque temia por sua vida se continuasse mais tempo sem comer nada.
Ainda que espere que eles o libertem”, disse Naseem, que ainda pediu um
julgamento justo para o irmão.
No acampamento que os familiares dos
presos montaram do lado de fora da prisão, há duas semanas, várias
mulheres portavam fotografias de seus filhos. Dentro de uma tenda, uma
familia também estava em greve de fome há uma semana.
“Quero que Israel me devolva meu irmão”,
dizia uma mulher antes do fechamento do acordo nesta segunda-feira. Ela
estava sem comer há oito dias como forma de protestar e “ficar unida ao
irmão”. A palestina, que preferiu não revelar o nome, estava entre os
1.025 prisioneiros trocados pelo solado israelense Gilad Shalit, que foi
liberado no mesmo passado em um acordo de Israel com o Hamas
A greve de fome mobilizou a sociedade
palestina, e chegou-se a temer o início de uma terceira Intifada se
algum dos prisioneiros morresse.“Esse era um dos maiores temores de
Israel, que a morte de um dos presos inflamasse os ânimos e
desencadeasse violência”, disse Jawad Alawi, diretor-geral do Ministério
de Asuntos Legais da ANP (Autoridade Nacional Palestina). “A situação é
tão asfixiante, que qualquier evento pode fazer as pessoas se
revoltarem”.
A chamada “Jihad da fome”, que colocou
as autoridades israelenses em xeque, no entanto, não alcançou todos os
seus objetivos. “O acordo só alcançou 50% das demandas, não todas”,
observou Alawi, que ressaltou o fato de o pacto ter sido feito entre
Israel e o governo do Egito. “A ANP ficou fora disso”.
Israel alega que as detenções
administrativas são previstas pela Convenção de Genebra e criticou a
falta de ação da ANP para por fim à greve de fome. O premiê Benjamin
Netanyahu disse que o acordo é um gesto lançado ao presidente da ANP,
Mahmoud Abbas, para retomar as negociações de paz.
Falha em linha da CPTM causa transtorno e deixa plataformas lotadas
O transporte foi afetado principalmente no trecho entre sete estações.As
composições circularam por via única, o que provocou
atrasos. Plataformas ficaram lotadas e o intervalo entre os trens ficou
maior. Embora o sistema tenha sido normalizado, técnicos da companhia
ainda tentam identificar a origem do defeito.
Em razão do tempo maior de intervalo
entre os três na linha 9 da CPTM, o Metrô foi obrigado a reduzir a
velocidade das composições em toda a Linha 5-Lilás, até as 11h, para
evitar um acúmulo muito grande de passageiros na estação Santo Amaro,
onde ocorre a interligação entre as duas linhas. A velocidade normal da
linha foi retomada já que o horário de pico terminou.
Um problema de tração deixou uma
composição parada entre as 5h50 e 5h54 desta manhã na estação
Palmeiras-Barra Funda (zona oeste) do Metrô. Segundo a assessoria de
imprensa do Metrô, a capacidade de tração voltou ao normal após esse
período e a composição pôde seguir viagem em direção à zona leste da
cidade.
*Cappacete
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