Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 11, 2012

Institui o Dia do Aniversário do Buda Shakyamuni e o inclui no Calendário Oficial de Datas e Eventos Brasileiro.


LEI Nº 12.623, DE 9 DE MAIO DE 2012.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12623.htm

Não apenas Deus é brasileiro. Buda, o sábio das Sakyas também é.

Sidarta Gautama (Siddhāttha Gotama, Sakyamuni, Shakyamuni, o Principe de Kapilavastu), nasceu no Nepal por volta do século VI a.C. e é tido como o fundador do Budismo, embora não tenha formado religião alguma (assim como Joshua Ben Pandira, o Jesus Cristo). Sidarta, assim como Jesus, foi um Bodisatva, ambos vieram pra nos mostrar o caminho, PORÉM, nenhum deles veio pra "nos salvar", não existe essa besteira de salvar alguém!

É a própria pessoa que se salva! E se salva de que?
Das trevas da ignorancia!
É isso que Sidarta, Jesus, Maomé, entre outros avataras e guias da humanidade vieram fazer, apenas nos mostrar um caminho, nos trazer a luz da sabedoria... Segue quem quer.

PRESIDENCIA DA REPUBLICA
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 12.623, DE 9 DE MAIO DE 2012.


Institui o Dia do Aniversário do Buda Shakyamuni e o inclui no Calendário Oficial de Datas e Eventos Brasileiro.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica instituído o Dia do Aniversário do Buda Shakyamuni a ser comemorado, anualmente, no segundo domingo de maio.

Art. 2o A data comemorativa ora instituída passará a constar do Calendário Oficial de Datas e Eventos Brasileiro.

Art. 3o O Poder Executivo poderá, nos termos da lei, apoiar eventos ligados à comemoração da data ora criada, inclusive autorizando o uso de espaço público, visando à preservação da tradição religiosa e dos valores culturais.

Art. 4o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 9 de maio de 2012; 191o da Independência e 124o da República.

DILMA ROSSEFF
Anna Maria Buarque de Hollanda

Nenhum comentário:

Postar um comentário