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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 15, 2012

O reator nuclear da Kodak nos EUA

Por zanuja castelo branco
Do mundobit
Kodak escondeu um reator nuclear por 30 anos em sua sede nos EUA
POSTADO POR PAULO FLORO , ÀS 17:15 EM 14/05/2012

Mais conhecida por seus produtos fotográficos, a Kodak abrigou durante cerca de 30 anos um reator nuclear em sua sede em Rochester, Nova York. A ideia era experimentar técnicas novas de revelação. O detalhe curioso é que a empresa fez tudo sem que as autoridades americanas soubessem.
O reator tinha o tamanho de um refrigerador popular e estava escondido em uma câmera subterrânea em um dos edifícios da Kodak. A empresa tinha mais de um quilo de urânio enriquecido, material usado para fabricação de armas nucleares.
Ninguém da vizinhança, nem as autoridades locais sabiam da existência do reator, ainda que ele apareça em alguns documentos federais. O material foi retirado de depósitos de máxima segurança em 2007, segundo o jornal Democrat & Chronicle.
Albert Filo, um antigo cientista da Kodak citado pela matéria do jornal disse que o reator era conhecido por todos, mas não foi bem divulgado. Não existem, por exemplo, registros públicos de anúncios sobre o reator. Ele também garantiu que não havia nenhum risco para o público nem para os funcionários e que a radiação não era verificada fora das instalações.

O Centro de Não-Proliferação de Armas Nucleares, classificou a descoberta como “estranha”, já que empresas privadas não teriam acesso a esse tipo de material. A norte-americana Kodak pediu falência em janeiro depois de mais de 131 anos no mercado. Ela foi responsável pela popularização da fotografia em todo o mundo. [Via VentureBeat e Diário Digital]
*Nassif

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