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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, maio 20, 2012

Um convite aos paulistanos -Lula lá



Nesta segunda-feira (21), a Câmara Municipal de São Paulo prestará uma justa homenagem ao ex-presidente Lula. Ele receberá o Título de Cidadão Paulistano, a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da capital paulista.
A iniciativa partiu dos vereadores petistas Alfredinho e José Américo. A sessão solene acontece a partir das 19h, no plenário 1° de Maio da Câmara. O título é um reconhecimento da comunidade paulistana pelo trabalho e vida de cidadãos que tenham de alguma forma contribuído para o desenvolvimento da cidade.

O vereador Alfredinho justifica a iniciativa: “A história de Lula é um exemplo para toda uma geração. Sem dúvida alguma estamos diante de uma grande referência para aqueles que, como eu e a grande parte dos cidadãos deste País, sonham em construir uma sociedade em que não haja miséria, exploração ou desrespeito aos direitos fundamentais das pessoas”.

Aproveito para repassar o convite a todos. Aos que não puderem comparecer, a TV Linha Direta, do portal do PT-SP, transmitirá ao vivo o evento.

http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=1&Itemid=2
*Ajusticeiradeesquerda

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