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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 31, 2014

Pepe fala sobre as marcas que a ditadura deixou no Uruguai




* + http://tvuol.uol.com.br/video/pepe-fala-sobre-as-marcas-que-a-ditadura-deixou-no-uruguai-04020D1B326CDCC94326

Dilma: 50 anos do Golpe

Adeus,1964. Bom dia, 2014. Nenhum passado importa mais que o futuro

 Fernando Brito

bandbras
Quando a gente fica velho, começa a praticar o erro de achar que tudo o que vivemos no passado  está perto, porque é passado é presente na memória.
Ainda jovem, aprendi isso no convívio com Brizola conversando comigo, em longas noites em volta da mesa redonda de seu apartamento – eu chamada a saleta onde ela ficava de botequim sem cerveja – ,  com um “não fazer caso” com os detalhes dos fatos como se eu os tivesse vivido, ainda não nascido ou bebê.
Aquilo me impressionava e diversas vezes tinha de atalhá-lo e lembrá-lo disso, um tanto sem graça de “cortar” suas “viagens” da memória.
Só depois de muitos ano fui perceber que não importava que que a minha auto-suficiência juvenil achasse  antigas demais para serem úteis aquelas cenas passadas há 30, 40 ou 50 anos.
Talvez se passe hoje o mesmo com muitos jovens quando se recorda o golpe militar que faz 50 anos na madrugada de segunda para terça-feira.
Meus cinco-seis anos de  então não me permitem contar como foi.
Mas posso falar do que foi crescer com ela, a ditadura.
De ser jovem e ter medo. E de ter uma força imensa nos empurrando apesar dele.
Tudo isso, porém, são lembranças, que correm o risco de serem estranhas e algo enfadonhas como as que ouvi, há quase 30 anos, de alguém que viveu tudo muna posição mais central, intensa e dolorosa que a minha.
O que me importa é compreendi que a história é um rio, que conduz as mesmas água de quilômetros e quilômetros atrás mas cujas águas não são mais as de lá, com todas as águas novas que lhe chegaram e de tudo o que se dissolveu nelas ao longo do trajeto.
Toda esta temporada, que hoje se encerra, de recordações sobre 64, embora seja necessária e útil para que se revejam e se compreendam os fatos, restaure-se o valor de um personagem como João Goulart, para que se compreendam melhor outros líderes, tem um conteúdo muito pouco destacado.
O de que o golpe veio para cortar aquela torrente, desviá-la, represá-la, dissipar sua força.
E a da que, embora por outras terras e passando em outros vales, aquele rio lentamente foi buscando, de novo, voltar ao leito que se pretendera interromper.
O projeto nacional-desenvolvimentista foi assumido por quem, de início, o recusava, dizendo que tudo se resumia a trabalhadores  e a patrões, fossem estes de onde fossem.
A importância de líderes que personificassem, traduzissem e simbolizassem justiça e progresso para o povo brasileiro, tão negada entre as forças de esquerda que se reagruparam no PT, transformou-se na maior referência da população para manter o país nesse rumo.
As águas diferem; seu fluxo, não.
Quando, como nesta data sombria, sabemos onde estaríamos no passado, também nos damos conta de que nada começa conosco, nada termina em nós, mais ainda assim somos como a fibra é para a corda: da soma de nossas fragilidades vem nossa imensa força.
E, assim, podemos compreender como nossa pequenez é importante para o espetacular avanço do Brasil à condição que, como poucos países do mundo podem ter, de ser um grande país, dono de seu destino, uma enorme nave com todo seu povo, não com uma casta no convés e uma multidão nas galés.
Eles quiseram decretar o “fim da história”.
E, não obstante, ela retomou seu fio.
Adeus, 1964.
2014 nos aguarda.
*Tijolaço

Terrorismo de Estado - ex-presidente General João Figueiredo sabia do atentado do Riocentro, mostra inquérito

Segundo documentos do Inquérito Policial Militar do caso, Figueiredo havia sido alertado pelo menos um mês antes pelo Serviço Nacional de Informação (SNI). A informação foi revelada ontem pelo jornal O Globo.
O atentado seria executado por dois militares do DOI na noite do dia 30 de abril. O plano era causar um apagão no local. A cantora Elba Ramalho se apresentava para uma multidão que participava do evento comemorativo ao Dia do Trabalho. A bomba, porém, explodiu antes, no carro onde estavam os militares. O sargento Guilherme Rosário morreu no local e seu parceiro, o capitão Wilson Chaves Machado, ficou ferido, mas sobreviveu.
Segundo o jornal O Globo, o então chefe do SNI, Otávio Medeiros, prestou dois depoimentos. O primeiro em 1999 e o segundo, em 2000, durante uma acareação com o general Newton Cruz, que à época do atentado era chefe da Agência Central do SNI. Os documentos estão arquivados no Superior Tribunal Militar, em Brasília, e são sigilosos.
No primeiro depoimento, Medeiros declara que “de um mês e meio a um mês antes de 30 de abril” foi informado por Newton “de uma operação que seria realizada por dois elementos do DOI no Riocentro”.
Na segunda versão, o general reafirmou o período em que fora informado e acrescentou que “transmitiu esse conhecimento ao presidente e ao general Venturini (chefe do Gabinete Militar)”.
Figueiredo morreu em 1999.

Saiba Mais: Estadão

Quando dobrada tem as dimensões de uma mala de rodinhas e pesa apenas 13 kg

Logo CicloVivoPensada para auxiliar o transporte intermodal, A Urb-E é uma scooter elétrica com um pequeno grande diferencial: ela é dobrável. Ou seja, sem maiores dificuldades, pode ser desmontada e transportada dentro de outro veículo.
Divulgação
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A invenção pesa apenas 13 kg
A principal matéria-prima utilizada na fabricação da scooter é o alumínio reciclado. Graças à escolha do material, ela pesa apenas 13 quilos e pode ser carregada tranquilamente. Quando dobrada, fica com as dimensões semelhantes às de uma mala com rodinhas.

A Urb-E conta também com motor elétrico e bateria de lítio, que oferece até 32 quilômetros de autonomia e leva três horas para ser totalmente recarregada. O usuário ainda tem a opção de recarregar seu celular ou outros eletrônicos através de uma entrada USB instalada na própria moto.



*catracalivre