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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, agosto 28, 2013

Novas imagens que revelam toda a irracionalidade dos médicos racistas brasileiros

EUA



África do Sul



EUA



Irlanda do Norte



Palestina



Rússia, turma dos carecas do bosque 


(3931) Armando Paiva: FORTALEZA, CE, 26.08.2013: MAIS MÉDICOS/CE -  Manifestantes ligados ao Sindicato dos Médicos do Ceará (Simce) , realizam protesto durante a saída do grupo de 79 médicos selecionados pelo programa Mais Médicos, do governo Federal, participavam de curso na
Confesso que poucas vezes na vida senti tanta vergonha de ser brasileiro. Passo bem longe dessa elite branca que infesta o Brasil, mas não deixa de doer o coração ver gente tao sem alma manchando a imagem de meu país. Por outro lado, há  algo de positivo na atitude desses médicos burgueses. De uma vez por todas está  caindo a máscara dessa elite que apregoa democracia racial, que insiste naquela ladainha de povo moreno, simpático, pacato, que vive num pais abençoado por deus e demais besteiras desse tipo.  A elite brasileira é selvagem, truculenta, boçal e perigosa. Essa gente possui um ódio hidrófobo ao povo, está  pronta a apoiar e aplaudir qualquer tipo de barbárie que seja voltada contra os mais humildes, os deserdados do sistema, os párias, os excluídos. A elite brasileira é a cara da Ku Klux Klan, dos afrikaners pró apartheid, dos nazi-fascistas europeus, dos sionistas de Israel, etc. É contra essa gente que temos que lutar, que nosso ódio seja proporcional ao deles, mas claro, sem jamais perdermos nossa humanidade, além de nossa ternura.   



Não foi por explosão espontânea que os médicos cearenses chamaram seus colegas cubanos de "escravos, escravos!"; o ódio, a violência e o preconceito demonstrados na noite da segunda-feira 26 foram atitudes disseminadas, a partir do conforto das redações da mídia tradicional, por três colunistas; Reinaldo Azedo, em Veja, foi o primeiro a chamar os visitantes de "escravos"; Eliane Catanhêde, na Folha, acrescentou que viajariam ao Brasil em "aviões negreiros"; Augusto Nunes, do Roda Viva, chamou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, de "princesa Isabel às avessas"; assim como não existiria o nazismo sem o Mein Kampf, de Hitler, o corredor polonês de Fortaleza não ocorreria sem os jornalistas que gravaram no imaginário dos médicos o rebaixamento completo dos cubanos; nessa toada, a próxima pregação será "lincha, lincha!"?

27 DE AGOSTO DE 2013 

247 – O que move o mundo são as ideias. Para frente ou para trás. A instalação do nazismo, na Alemanha dos anos 1930, foi precedida pela publicação do ideário de Adolf Hitler, o livro Mein Kempf. Na China comunista, Mao Tsé-Tung tinha o seu Livro Vermelho, de leitura obrigatória nas escolas. De ambos nasceram ideologias totalitárias, cegas aos direitos humanos, avessas à diversidade, pregadoras da violência.

Hoje, no Brasil, o conjunto dos ideais disseminados por alguns dos mais conhecidos colunistas da mídia tradicional aponta para um caminho análogo, sem volta, de interdição do debate, aviltamento do adversário, exclusão do diferente. Corteja o totalitarismo já superado pela sociedade brasileira.

"Escravos, escravos!". A palavra de ordem dos médicos cearenses contra seus colegas cubanos, que se preparavam para receber as primeiras noções sobre que Brasil é esse que eles vieram apoiar, não foi gritada por acaso. Essa figura foi gravada no imaginário coletivo dos médicos cearenses – e pode estar se multiplicando em outras regiões brasileiras – por três, em particular, colunistas adulados na mídia tradicional.

Do conforto de suas redações, Reinaldo Azevedo, primeiro, classificou em Veja os médicos cubanos, cujo trabalho é elogiado em todo o mundo no qual eles atuam em programas do tipo Mais Médicos, da Finlândia à África, de "escravos". Na Folha, a decana Eliane Cantanhêde disse que os profissionais viajariam em "aviões negreiros". Augusto Nunes, para não ficar atrás, escreveu em seu blog que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, se tornou uma "princesa Isabel às avessas". Todos, sem exceção, com a mesma imagem de degradação do ser humano.

Não ocorreu à trinca de colunistas circunscrever suas diatribes ao irmãos Castro, Fidel e Raúl, ou a Karl Marx e Frederic Engels, os grande teóricos do comunismo. Não. Eles pularam na jugular de cada um e de todos os médicos cubanos que atenderam, sob supervisão da Organização Panamericana de Saúde, ao chamamento oficial do governo brasileiro.

Na leitura de Azevedo, Eliane e Nunes, depreende-se que eles são "escravos" porque merecem. Vivem em Cuba porque são covardes para enfrentar a sua ditadura. Isso de um lado. Noutra hipótese, felizes, percorrem o mundo para agirem como arautos do socialismo, espiões à luz do dia, propagandistas de uma ideologia ultrapassada. Nenhuma linha sobre o trabalho que os médicos cubanos desempenharam no Haiti pós terremoto que devastou o país em 2010, classificado de "maravilhoso" por seus colegas de primeiro mundo (finlandeses). Nada sobre a ação pacificadora na África, na década de 1970. Nenhuma referência ao mundialmente exemplar programa de medicina da família executado dentro da própria Cuba, que por este tipo de expediente tem um Índice de Desenvolvimento Humano maior que o do Brasil. Zero.

Igualmente, os três colunistas não comentaram sobre os médicos de outros países – Espanha, Portugal, Argentina, Itália – que igualmente aceitaram a proposta do governo brasileiro para preencher vagas que os médicos brasileiros recusaram – com salários de R$ 10 mil por mês. Afinal, por que entrar em questões mais complexas para análise, se o mais importante é se divertir pela humilhação aos cubanos?

Sabe-se que, por este tipo de posicionamento rasteiro, a mídia tradicional está se afogando pela soma de dívidas demais e leitores de menos. Mas guarda-se ainda, é claro, um tipo de influência muito útil os momentos mais intensos de polaridade ideológica. Nessas horas, diante de programas como o Mais Médicos, que, efetivamente, podem mudar para melhor o padrão de atendimento de saúde nos rincões do País. Os mesmos rincões que não recebem médicos desde seu desbravamento.

Os três colunistas poderiam usar seus espaços para discutir, porque, afinal, a chamada classe médica jamais, em tempo algum, como um todo, voltou seus esforços para o Brasil real. A orientação da medicina brasileira é cobrar, e caro, pelo menor atendimento. Os médicos querem os grandes hospitais, jamais os pequenos pronto-socorros. Podia-se alegar, até aqui, que faltava incentivo para o avanço pelas artérias do País, mas agora não há mais. A remuneração oferecida pelo governo superou todas as expectativas. O programa Mais Médicos, por outro lado, nada mais é que uma cópia escarrada do que já existe em diferentes partes do mundo, notadamente nos países mais avançados, como Inglaterra e Alemanha. Lá como cá foi preciso importar profissionais para superar carências. O que fazer, então, para dizer que o Mais Médicos não presta?

Ocorreu aos três colunistas chamarem os cubanos – esquecendo-se de todos os outros – de escravos. Uma distorção não apenas da situação que eles vivem em Cuba, mas uma covardia contra cada um e todos os integrantes do grupo recém-chegado. A opção foi criar um clima hostil, de guerra, de oposição total e completa à presença deles aqui. Viraram a mira de seus canhões para os mais fracos e indefesos.

Após chamar os profissionais de escravos, restará aos colunistas continuar o linchamento moral sobre eles. Poderiam, como Gandhi ou Luther King, atuarem pela conciliação entre o homens, mas se inspiraram em Hitler  para disseminar o ódio. O resultado foi visto no Ceará.

As médicas que têm cara de brasileiras



Fernando Molica
No Ceará, médicos cometeram o acinte e a descortesia de vaiar colegas cubanos

O DIA
Rio - Ao cometer a estupidez de dizer que médicas cubanas têm “cara de empregada doméstica”, a jornalista potiguar Micheline Borges fez, sem querer, um grande favor. Escancarou o preconceito de tantos e ressaltou o processo de exclusão de negros do sistema de ensino. Aqui, nos acostumamos com médicos brancos e operários pretos; qualquer perspectiva de mudança — cotas em universidades, por exemplo — assusta muita gente. Também nos acostumamos com filas nos hospitais, com falta de médicos e com médicos que fraudam plantões, como mostraram O DIA e o SBT Brasil.
Nos últimos dias, entidades médicas se envolveram como nunca na discussão relacionada à falta de médicos em áreas mais pobres. Estão indignadas não com o problema, mas com a solução encontrada pelo governo federal, que, depois de não conseguir médicos brasileiros em número suficiente, tratou de importar profissionais. Os conselhos de medicina rodaram o jaleco diante da concorrência, parecem os caras que largam a mulher mas não admitem vê-la com outro homem. No Ceará, médicos cometeram o acinte e a descortesia de vaiar colegas cubanos; quero ver se profissionais aqui do Rio vão fazer o mesmo com plantonistas do hospital estadual de Araruama, aqueles que, na reportagem do SBT, batiam ponto e iam embora.
As entidades alegam que o programa Mais Médicos dribla a lei ao não submeter os estrangeiros à prova que verifica a capacitação de quem se forma no exterior. O argumento é razoável, mas, como eventual paciente, reivindico que exame parecido seja aplicado aos que se diplomam no Brasil. Em 2012, o Conselho de Medicina de São Paulo reprovou 60% dos médicos — brasileiros — que queriam exercer a profissão no estado.
Nessa briga, falta ouvir os maiores interessados, os milhões de cidadãos que vivem sem qualquer tipo de assistência médica. Vale perguntar se eles querem um médico cubano — ou argentino, ou espanhol — ou preferem ficar sem assistência. Eles, os sem-médicos, são contribuintes que, com seus impostos, ajudam a manter as faculdades públicas de Medicina. São os patrões, têm que ser ouvidos e respeitados.
Por último: Micheline, cubanos não têm cara de empregados domésticos, se parecem com a maioria dos brasileiros, daí a sua comparação e o seu susto. Você, ao menosprezá-los, acabou, veja só, elogiando o sistema educacional do país deles.
*Mariadapenhaneles

terça-feira, agosto 27, 2013

Una flotilla de la Armada rusa llega a Venezuela




La marina de guerra de Rusia arribó en visita amistosa, encabezada por el crucero de misiles Moscú, a Venezuela, tras haber visitado los puertos de Nicaragua y Cuba.
El barco de misiles Moscú fue el primero en atracar en el puerto de Guaira, en el estado de Vargas, de un total de cuatro buques rusos que llegan a Venezuela. Según el jefe de la Marina venezolana, el almirante Jesús Ortega, la flotilla rusa participará en "actividades interoperativas, exposición de armamento y acercamiento de tropas", aseguró.

Este martes el presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, se reunió con los representantes de la flota naval rusa en el barco de misiles Moskva. Durante su visita al barco ruso el mandatario bolivariano Maduro dijo que su país continuará la tradición de las relaciones estrechas en varios ámbitos. "El comandante Chávez y el presidente Vladímir Putin lograron construir una alianza estratégica profunda entre Venezuela y Rusia", dijo Maduro.

Un grupo naval ruso permanecerá en Venezuela hasta el 29 de agosto, luego partirán rumbo a España y Portugal.

El crucero de misiles Moscú tiene 186 metros de eslora y una velocidad máxima de 30 nudos (60 km/h). El buque puede llevar a bordo misiles antiaéreos S-300. También puede disponer de armamento antiaéreo de autodefensa.

"Es necesario tener cada vez más poder moral, poder político, poder militar; no para ir a conquistar pueblos del mundo, es para que se nos respete el derecho a vivir, a ser, a estar en paz", advirtió el presidente Maduro. Cabe recordar que en septiembre de 2011 varios buques de guerra rusos encabezados por el crucero nuclear Piotr Veliki (Pedro el Grande) entraron en las aguas territoriales de Venezuela para participar en ejercicios navales conjuntos.
Una flotilla de la Armada rusa llega a Venezuela

La marina de guerra de Rusia arribó en visita amistosa, encabezada por el crucero de misiles Moscú, a Venezuela, tras haber visitado los puertos de Nicaragua y Cuba.
El barco de misiles Moscú fue el primero en atracar en el puerto de Guaira, en el estado de Vargas, de un total de cuatro buques rusos que llegan a Venezuela. Según el jefe de la Marina venezolana, el almirante Jesús Ortega, la flotilla rusa participará en "actividades interoperativas, exposición de armamento y acercamiento de tropas", aseguró.

Este martes el presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, se reunió con los representantes de la flota naval rusa en el barco de misiles Moskva. Durante su visita al barco ruso el mandatario bolivariano Maduro dijo que su país continuará la tradición de las relaciones estrechas en varios ámbitos. "El comandante Chávez y el presidente Vladímir Putin lograron construir una alianza estratégica profunda entre Venezuela y Rusia", dijo Maduro.

Un grupo naval ruso permanecerá en Venezuela hasta el 29 de agosto, luego partirán rumbo a España y Portugal.

El crucero de misiles Moscú tiene 186 metros de eslora y una velocidad máxima de 30 nudos (60 km/h). El buque puede llevar a bordo misiles antiaéreos S-300. También puede disponer de armamento antiaéreo de autodefensa.

"Es necesario tener cada vez más poder moral, poder político, poder militar; no para ir a conquistar pueblos del mundo, es para que se nos respete el derecho a vivir, a ser, a estar en paz", advirtió el presidente Maduro. Cabe recordar que en septiembre de 2011 varios buques de guerra rusos encabezados por el crucero nuclear Piotr Veliki (Pedro el Grande) entraron en las aguas territoriales de Venezuela para participar en ejercicios navales conjuntos.*
Fundación para la Integración Caribeña y Latino Americana

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