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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 22, 2012

  • Na França, pesquisas apontam que Hollande vence Sarkozy no 2º turno

    Na França, pesquisas apontam que Hollande vence Sarkozy no 2º turnoFrança caminha para eleger o primeiro presidente de esquerda depois de 17 anos de direita no poder
    *JB 
Nicolas Sarkozy com medo de roubado, tungado, afanado retira e guarda seu relógio ao cumprimentar seus eleitores

Valor do  rolex Patek Phillippe é calculado em 55 mil euros, mais ou menos 137 mil reais.


*Mariadapenhaneles

Diário de médico vira reportagem inédita sobre a Cracolândia



A equipe de jornalismo da Record trabalhou três meses na produção do documentário especial que mostra o submundo do crack de um jeito jamais visto. Acompanhe na reportagem o relato assustador de quem entrou no quartel general do maior mercado de crack do mundo.

Para ler na íntegra AQUI


Crucifixos devem sair das repartições públicas

 

 

Tem sido argumento recorrente dos defensores de crucifixos em repartições públicas a alegação de que eles constituem tradição centenária ligada ao cristianismo que sempre permeou a cultura brasileira. Afinal de contas, se é tradição, é bom e verdadeiro.
Manter a tradição é um princípio que atua sempre em favor do bem comum e que, por isso, deve ser observado incondicionalmente pelos legisladores e pelos operadores do direito. A escravidão, por exemplo, é uma tradição que remonta não só aos primeiros dias da colonização no Brasil, mas vai muito além, e está bem fundamentada nos textos sagrados das três religiões abraâmicas. Deus, em sua infinita sabedora, dá instruções muito específicas sobre como tomar, tratar e vender escravos.
Jesus fez parábolas com escravos, jamais se incomodando com seu status, e Paulo disse com todas as letras que eles deveriam obedecer aos seus senhores. Essa é a tradição em que foi fundada nossa civilização, desde muito antes do Império Romano. Ora, este país foi construído sobre o trabalho escravo. E mais: a escravidão é plenamente legitimada por diversas bulas papais. Sua Santidade, Paulo VI, dirigiu ao rei de Portugal a bula Dum Diversas, em que afirmou:
Nós lhe concedemos, por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo, onde quer que estejam, como também seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades... e reduzir suas pessoas à perpétua escravidão
Esta é nossa tradição. Por que deveríamos negá-la, se está sustentada pela Bíblia e reafirmada pelas palavras de mais de um Santo Padre?
Depois da abolição da escravatura, as coisas só pioraram. Ao menos naquela época, a Constituição ainda instituía que o governo deve ser monárquico e que a religião oficial era a Católica Apostólica Romana. O Brasil andou muito bem nos quatro séculos de um Estado legitimado pelo direito divino, uma tradição antiqüíssima que só bem trouxe às gentes, mas ela foi subitamente encerrada com a instituição da República, cujo poder se imaginava emanar do povo, e não de Deus.
Como consequência, a República instituiu o voto universal e – imaginem só – a liberdade religiosa plena. Como pudemos virar as costas para a nossa tradição dessa maneira? Nunca o país teve liberdade religiosa, e nossa origem portuguesa também lhe é contrária. Só uma constituição que não foi proclamada com a proteção divina em seu preâmbulo poderia conter tamanho absurdo.
Depois da abolição da escravatura, da instituição da República e da democracia, da liberdade de divórcio civil, do uso legal de contraceptivos, da igualdade da mulher e tantas outras heresias instaladas em nome de direitos fundamentais, agora vêm de novo esses mesmos iconoclastas nos impor o fim de mais uma tradição fulcral à cultura brasileira.
Retirar os crucifixos das repartições públicas é uma clara perseguição aos cristãos em seu inalienável direito histórico de converter todos os demais à única e verdadeira religião. Ou será que também irão nos dizer que uma mera Constituição, que nem trinta anos tem, deve prevalecer sobre tradições milenares? Nesse ritmo de negação do passado e de nossas mais profundas raízes, é de se temer que algum dia poderemos chegar à igualdade plena entre os cidadãos de todas as fés, e até mesmo os descrentes. Que Deus nos livre disso.

Daniel Sottomaior é presidente da Associação Brasileira da Ateus e Agnósticos (Atea)
DIREITO A MEMÓRIA E A VERDADE
PARA QUE NÃO SE ESQUEÇA / PARA QUE NUNCA MAIS ACONTEÇA

  • ARMAZÉM MEMÓRIA

A DESUMANIDADE É GLOBAL SOB O CAPITALISMO

Por Celso Lungaretti Fiquei chocado com esta notícia tão sucinta da Folha de S. Paulo deste domingo (22): "O governo espanhol aprovou anteontem uma lei que restringe o atendimento médico público a imigrantes ilegais, que terão acesso apenas aos serviços básicos: emergência, maternidade e atendimento médico infantil. Com ...

… leia na íntegra e comente

*OusarLutar!!OusarVencer!!!

A freira que negociava crianças

 

O juiz descobre que sóror Maria falsificou a inscrição no registo de um bebé roubado 


A Irmã Maria, negou-se a falar perante o juiz Carretero no passado dia 12.
O caso da Irmã Maria, a freira acusada por roubar um bebé à mãe na extinta maternidade do hospital madrileno de Santa Cristina, pode levar esta religiosa, de  87 anos, ao banco dos acusados por delitos de detenção ilegal e falsidade.
*DiarioAteista

Faça revolução para a juventude, Presidenta!


Falta uma grande revolução para a presidenta Dilma Rousseff fazer no Brasil e que não custa nada apenas a sua vontade política: transformar as empresas brasileiras em OFICINAS ESCOLAS para que a classe empresarial possa contribuir para a formaçao profissional dos jovens de 14 aos 18 anos filhos das famílias pobres socialmente excluídas que atualmente estão sem condições de buscar o seu futuro diante de uma legislação do menor irrealista que impede a educação pelo trabalho de toda uma juventude, condicionada por conceitos ultrapassadas, responsáveis por levar milhões de meninos e meninas para a completa marginalidade. Faz-se necessário a presidenta marchar, como fez hoje, no Dia do Exército, firme para resgatar uma grande vergonha nacional, a miséria que pode ser superada pela classe produtiva em parceira com o governo sem incorrer em nenhum gasto público. Ao contrário, estará propiciando, a custo zero, futuro venturoso para a juventude, que, treinada, educada e voltada para o conhecimento, representará a garantia da segurança do aumento da poupança nacional para elevar os investimentos que construirão a oferta e a demanda sustentáveis capazes de assegurar o desenvolvimento com justa distribuição da renda nacional, por meio do fomento decisivo do social capitalismo brasileiro.

A guerrilha urbana se aproxima

Este www.independenciasulamericana.com.br tem reiteradamente defendido a criação das EMPRESAS OFICINAS ESCOLAS para que se transformem nos maiores centros educacionais de formação técnica de mão de obra qualificada no Brasil preparando o país para as suas necessidades de futuro.

Como funcionariam essas EMPRESAS OFICINAS ESCOLAS?

O empresário, pragmaticamente, sem custo nenhum para a nação, se transformaria no maior educador nacional, abrindo sua empresa para os jovens de 14 aos 18 anos, quando teriam condições de iniciarem no trabalho, aprendendo um ofício que, certamente, seria a sua segurança no futuro, livrando-o da marginalização social.

Por esse projeto, o empresário, ao abrir sua empresa para os jovens iniciantes na labuta da vida, recolheriam ao Estado somente o seguro de acidente.

Não haveria justificativa para que recolhessem as demais contribuições sociais, como, por exemplo, a da aposentaria.

Estaria, nesse caso, contribuindo para a produção de aposentadorias precoces, cujos efeitos seriam os de elevarem, em escala insustentável, os custos da Previdência Social.

Ao lado do recolhimento do seguro de acidente, o jovem trabalhador dos 14 aos 18 anos trabalharia, tão somente, quatro horas por dia e ganharia meio salário mínimo.

Seria a alternativa para evitar o avanço da guerrilha urbana que cresce com a proliferação de jovens marginalizados não apenas nas grandes como também nas médias e pequenas cidades atraidos pelos narcotraficantes.

Desespero das mães pobres 

Quando as mães desesperadas gritam pelo nome dos seus filhos nas portas dos presidios, das febens, lá não estarão jamais as autoridades do governo para ampará-las, muito menos qualquer representante do Ministério do Trabalho, que tem sob sua responsabilidade a lei do menor, que se transformou, na prática, na condenação do menor, na medida em que não permite a ele saída da marginalização pelo trabalho na fase dos 14 aos 18 anos. Impede tal lei a participação da classe empresarial nesse esforço de resgate da juventude, algo que, atualmente, não deslancha porque ela não dispõe de nenhum incentivo capaz de atrai-la para essa causa. As mães desesperadas pobres de filhos e filhas prostituidos, sem oportunidade de trabalho, não têm outra alternativa senão assistirem seus herdeiros miseráveis serem atraídos pelos narcotraficantes, desviando-os definitivamente para a marginalidade condenando-os ao sacrifício eterno enquanto dormem o sono do conformismo os conservadores pregadores da proibição do trabalho do menor sob amparo de uma lei que é a anti-lei anti-cidadã.

Haveria condições para, ao lado do aprendizado de uma profissão, a preparação educacional, aliando teoria e prática à vida da juventude.

Por que o empresário não atua, ainda, nesse sentido?

Evidentemente, porque não vê nenhuma vantagem, nenhum incentivo para tanto.

Em vez de agir nessa linha, ou seja, contratar um iniciante, sem experiência, de vida e de trabalho, prefere contratar um trabalhador já treinado, com suficiente experiência, para tocar o seu negócio.

O custo de contratação de um jovem aprendiz é o mesmo que o empresário desembolsa para a contratação de um trabalhador suficientemente experimentado.

O pragmatismo determina a sua escolha.

Ora, o que caberia ao governo?

Estimular, evidentemente, a contratação dos jovens pelas empresas, concedendo-lhes vantagens comparativas, de modo a se sentirem motivadas a contribuir, decisivamente, para a formação profissional dos jovens nessa faixa etária em que eles, de acordo com os manuais de psicologia,  buscam a sua família vocacional, acessíveis aos ensinamentos.

Legislação incompetente das elites

Nas cadeias brasileiras estão sendo formadas as quadrilhas que promoverão a guerrilha urbana inevitável, se os jovens de 14 aos 18 anos não tiverem oportunidade de trabalhar, como ocorre, atualmente, cerceados por uma legislação burra que impede a cooperação governo-empresários, capaz de transformar cada empresa em OFICINA ESCOLA onde serão forjados os trabalhadores do futuro, plenamente organizados e preparados profissionalmente, a fim de contribuirem para o esforço do desenvolvimento econômico nacional sustentável, no contexto de uma nova situação histórica em que a América do Sul e o Brasil se transformam nos ricos do mundo, alvo das atenções dos investimentos que deixaram de se realizar nos países do primeiro mundo, atolados em crises deflacionárias. 

O que atrapalha a concecusão desse valoroso objetivo, que representaria passo decisivo para o país se ver livre da miséria social que está arrastando milhões de jovens para o crime, nos grandes centros urbanos, onde a violência ganha dimensão extraordinária, na expansão do comércio do tráfico, tendo como soldados desse empreendimento malígno os garotos de rua e os filhos das famílias mais pobres, que não dispõem de recursos para pagar e frequentar escolas técnicas, capazes de prepará-los para o trabalho profissional?

A maior culpada é a própria legislação do menor vigente no país.

Concebida com requintes de um pensamento aristocrático, distante dos interesses do povo mais pobre de um país em desenvolvimento, essa lei, preparada para vigorar numa Suissa ultradesenvolvida, transformou-se no maior entrave para o acesso dos jovens oriundos da pobreza ao mercado de trabalho.

Em primeiro lugar, o espírito dessa lei marginaliza o sagrado direito paterno e materno sobre os filhos.

Se o pai ou a mãe pega a filha ou filho pelas mãos e leva ele/ela a uma empresa, para solicitar ao empresário uma vaga para permitir ao jovem a iniciação ao trabalho, simplesmente, está desobedecendo a lei.

Se o empresário, por compaixão, se render a essa solicitação, será, duramente, punido.

Os pais perderam o direito sobre os próprios filhos.

Os futuros narcotraficantes

Eis aí os narcotraficantes do futuro, cujos pais, pobres e miseráveis,não podem colocá-los em uma escola profissional, a fim de adquirirem o conhecimento e a prática suficientes para ganharem maturidade e personalidade capaz de despertarem o conhecimento de si, tornando-os autoconfiantes e não sujeitos às armadilhas dos profissionais do trafico que os desencaminharão para sempre. 

Não os pais se responsabilizarem pelos próprios filhos, encaminhando-os ao trabalho, avalizando, perante o empresário, o seu gesto.

A lei, a maldita lei do menor, que não o protege, pelo contrário, o abandona, marginaliza os pais e os aparta dos filhos.

Emerge a grande contradição: a legislação proibe o jovem de trabalhar, mas quando, por falta de oportunidade e trabalho, esse jovem cai nas garras dos traficantes, ficam, totalmente, desamparados.

E se são trancafiados na Febem, não estará lá para protegê-los o Ministério do Trabalho, responsável pela elaboração da lei do menor que representa a condenação do menor.

Quem estará nessa hora, na porta dos presídios, gritando desesperadamente, sem ter o amparo do Estado, para minimizar o seu desespero?

Claro, as mães desesperadas.

Faz-se urgente acabar com a hipocrisia.

A lei do menor é a inimiga do menor.

Trata-se de o governo encaminhar ao Congresso projeto de lei que garanta ao menor de 14 aos 18 anos a possibilidade de trabalhar sem as exigências impostas aos empresários, hoje, obrigados a arcarem com custos de contratação de jovens inexperientes, semelhantes aos custos desembolsados para contratarem aqueles que acumulam experiência de trabalho.

Irracionalidade pura.

Prisioneiras da destruição humana

Aos país está proibido que levem suas filha menores para trabalharem em um comércio ou aprenderem uma profissão, conforme determina a lei do menor brasileira, mas a prostituição elas podem praticar. Trabalhar não pode, está proibido; prostituir-se pode, está liberado. O poder materno sobre as filhas não existe por conta de uma legislção laxista relativamente aos crimes de prostituição, ampliados porque as jovens não podem trabalhar; consequentemente, não terão condições de ter nenhum futuro.

Dos 14 aos 18 anos, os jovens, ao buscarem sua família vocacional, estarão ganhando, no trabalho nas empresas, a oportunidade de se desenvolverem psicologicamente, fortalecendo seu caráter, adquirindo a autoconfiança e a consciência de si.

Ao chegarem aos 18 anos, esses jovens, depois desse estágio preparatório, que custará, aos empresários, apenas, o recolhimento do seguro acidente, estarão com sua personalidade relativamente desenvolvida para enfrentar novas etapas, sabendo, conscientemente, o que quer, dispondo de condições para ganhar, no mínimo, três salários mínimos.

Poderão dispor do seu dinheiro numa fase em que a sua formação lhe abre novos horizontes ligados às fantasias adequadas ao desenvolvimento acelerado dos seus hormônios.

Se não tiverem essa oportunidade, para se tornarem seres equilibrados, como pressuposto do trabalho, se perderão, caindo nas mãos da marginalidade criminosa.

A criação das EMPRESAS OFICINAS ESCOLAS representará custo ZERO para os cofres públicos, porque a educação para o trabalho da juventude seria de responsabilidade dos empresários mediante autorização dos pais.

Ou seja, estaria restabelecido o direito de paternidade-maternidade sobre os filhos, algo inexistente, hoje, por conta da inexequível legislação do menor.

Chegou ou não a hora de dar um basta nos argumentos dos falsos moralistas que se levantam contra o trabalho do menor sob argumentos que não se sustentam, na medida em que desconhecem que o trabalho é valor que se valoriza, na medida em que desperta a consciência de si para si por si mesmo?

Fonte; IndependeciaSulAmericana
*SoaBrasil

Joaquim Barbosa avalia Peluso: "Conservador, imperial e tirânico"

Por Celso Lungaretti
Cezar Peluso não saiu do Supremo Tribunal Federal. Despencou. 
E, a caminho do merecido esquecimento, quis roubar a cena pela última vez. Conseguiu: acabou conquistando muito mais espaço na mídia do que o digno e discreto Ayres Britto, o novo presidente do STF. Mas, a que preço! Seu canto do cisne soou mais como grasnado alternado de gralha e abutre.

Peluso simplesmente arrancou a máscara, mostrando-se tão megalomaníaco, fanático, rancoroso e mesquinho que o cidadão comum deve estar-se perguntando: como um indivíduo tão desequilibrado pôde integrar a mais alta corte do País? 

Desandou a dar entrevistas as mais inconvenientes e impróprias para o posto que ocupou, agredindo um ex-colega, a corregedora do CNJ, uma ministra do STJ, um senador, a presidente Dilma Rousseff.
Ou seja, simplesmente direcionou sua incontinência verbal contra todos os três Poderes. Sorte de Deus que a carolice medieval do Peluso o impediu de atacar também o Todo Poderoso, como às vezes fazem os que têm conceito tão exagerado de si próprios...

Particularmente chocante foi ele haver novamente colocado em dúvida os problemas de saúde do ministro Joaquim Barbosa, considerando-se mais apto para diagnosticar as dores de coluna do colega que o respeitado neurocirurgião Manuel Jacobsen Teixeira. Ir à imprensa trombetear que o verdadeiro problema de Barbosa não seria físico mas sim psicológico (insegurança) foi uma verdadeira aberração moral. 

Então, o melhor obituário do finado ministro e presidente do Supremo acabou sendo a resposta de Barbosa:
"As pessoas guardarão na lembrança a imagem de um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade. 
Dou exemplos: Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento. 
Lembre-se do impasse nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões inúteis; não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso [salvando Jader Barbalho da condenação e liberando-o para voltar ao Senado], o que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável; cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, 'invadir' a minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder ceder facilmente a pressões..."
Caberia um acréscimo, que faço por minha conta: como afirmaram na época o maior jurista brasileiro vivo, Dalmo de Abreu Dallari, bem como o também ministro do STF Marco Aurélio Mello, foi totalmente arbitrária a atitude de Peluso, quando não libertou Cesare Battisti tão logo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu a última palavra sobre o caso.

Entre a decisão que o próprio STF delegara a Lula e a sessão em que o STF discutiu se a cumpriria ou não, Battisti amargou mais de cinco meses de prisão ilegal.

Eu disse então e repito agora: Peluso apostou que conseguiria alterar o que já tinha sido decidido, assim como ele e Gilmar Mendes haviam mantido Battisti preso depois que o ministro da Justiça Tarso Genro lhe concedeu refúgio.

Nos dois casos houve abuso flagrante de autoridade.

Da primeira vez, conseguiram dez meses depois derrubar a Lei do Refúgio e apagar a jurisprudência, o que serviu como justificativa posterior para a barbaridade jurídica que haviam cometido antes.

Na reincidência, a aposta insensata de Peluso foi rechaçada pelo próprio Supremo por 6x3. Prevaleceu o que Lula decidira em 31/12/2010, de forma que não há atenuante nenhuma para Peluso ter mantido Battisti sequestrado até 08/06/2011.

Deveria responder por isto na Justiça... se o Judiciário não fosse tão condescendente com os crimes dos próprios togados, dos quais a privação injustificada da liberdade de um ser humano, por preconceito do juiz, é um dos mais escabrosos.
*OCarcará

Datafolha: não é Lula ou Dilma; é Lula e Dilma

A matéria da Folha sobre a pesquisa que aponta recorde de popularidade da presidenta Dilma Rousseff aposta no delírio que anda tomando conta da nossa mídia.
A presidente Dilma Rousseff bateu mais um recorde de popularidade, mas seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, é o preferido dos brasileiros para ser o candidato do PT ao Planalto em 2014.Esse é o resultado principal da pesquisa Datafolha realizada nos dias 18 e 19 deste mês com 2.588 pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal
Como assim,  “mas”?
Há alguma característica de disputa – aberta ou velada – entre ambos pela sucessão?
Como a curva de popularidade positiva de Dilma tem sido ascendente desde o início, o Datafolha incluiu desta vez uma nova pergunta no levantamento sobre a eleição de 2014 -quem deveria ser o candidato do PT a presidente: Dilma ou Lula?
As respostas foram bem mais favoráveis a Lula. Ele é o predileto de 57% dos brasileiros para disputar novamente o Planalto daqui a dois anos e meio. Outros 32% citam Dilma. Para 6%, nenhum dos dois deve concorrer. E 5% não souberam responder.
“A presidente Dilma vem tem tendo curva crescente de popularidade e pode reduzir essa desvantagem em relação a Lula se mantiver essa trajetória”, diz Mauro Paulino, diretor do Datafolha.
Ficou claro?
O Divide et impera é tão velho quanto a história. Só os tolos se deixam levar por ele, porque só os tolos crêem nos elogios do inimigo e se conduzem pela ambição e pela inveja.
Quando Lula escolheu Dilma como candidata a sua sucessão, não se pense que ele tenha feito isso como tolo.
Ao lado da capacidade administrativa, o que o conduziu à escolha foi a fidelidade de Dilma, mais que a ele, ao projeto de mudança que seu governo representou.
Sabia que Dilma iria ao poder  para exercê-lo numa direção e esta direção comum é a garantia de que a identidade de propósitos supera – e quase sempre supera -  pequenas vaidades ou ambições a que um ser humano está sujeito.
Por isso, o resultado mais importante da pesquisa, ao contrário de ser o de se tantos ou quantos por cento preferem Dilma ou preferem Lula como candidato, é outro.
É que Dilma e Lula seguem sendo – e com muito mais folga – imbatíveis na preferência popular.
Que só 5% dos brasileiros acham ruim o governo de Dilma, continuidade do Governo Lula.
O resultado mais importante está escondidinho, tanto que agora refaço o post para incluí-lo, pois escapou da primeira leitura da edição digital.
O segundo turno da eleição presidencial não foi assim um passeio para Dilma Rousseff. A candidata do PT teve 56,05% nas urnas contra 43,95% do adversário do PSDB, José Serra.
O Datafolha investigou o que ocorreria se a mesma disputa se desse agora. Aí sim Dilma venceria por larga margem, com 69% contra 21% de Serra.
Se esse hipotético embate se repetisse, 6% dos eleitores não votariam nem em Serra nem em Dilma. Outros 4% se declararam indecisos.
Ou seja, mais de dois terços dos brasileiros, agora que se reduziram as manipulações da imprensa pró-Serra que acenavam com um terror “abortista” e “corrupcionista” com Dilma, apoiam a linha de governo que o ex-presidente e a atual presidenta representam.

Porque, no essencial, agora como há um ano e meio, nas eleições, Lula é Dilma e Dilma é Lula.
E enquanto for assim – e nada autoriza a pensar que não é e será – a direita está num mato sem cachorro.
*Tijolaço

Crime em Colégio

 

 Atenção, Ministério Público 

O Serviço de Alto Falantes Ornitorrinco (SAFO), ao cumprimentar os presentes nesta grandiosa quermesse em louvor de Nossa Senhora da Mais Completa Obtusidade Religiosa, informa que neste colégio adventista este professor está a mentir de forma criminosa para seus alunos.
Observem que para esta gente obtusa, os fósseis foram "formados na época do dilúvio", como se vê no lado esquerdo da lousa.
Confiram, aqui, que "Os alunos do 6º ano com a supervisão do professor Toni Carlos Sanches tiveram uma aula de História diferente. Simularam a produção de fósseis. Foi uma aula interessante. A discussão girou em torno da questão se os fósseis se formaram há milhões de anos atrás como sugere o Evolucionismo, ou, se foram formados há milhares de anos atrás por ocasião do Dilúvio, como sugere o Criacionismo. Após os experimentos os alunos ficaram entusiasmados e muitos confirmaram a crença em um dilúvio universal."
Se quiserem contar esta lorota em seus cultos e funções religiosas, tudo bem, a Constituição lhes garante este direito.
Agora, transmitir tamanha sandice religiosa numa sala de aula, bem, isto para mim é crime contra o futuro dos alunos, e tanto é que alguns passaram a acreditar nesta porcaria.
E depois querem que eu respeite religiões.
*O Ornitorrinco