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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, outubro 22, 2012

Como foi o comício histórico que reuniu Haddad, Lula e Dilma


PT prepara cerco ao Palácio dos Bandeirantes

Edição 247:

Com prefeitos eleitos em cidades como São Bernardo, Osasco e São José dos Campos (Luiz Marinho, Jorge Lapas e Carlinhos Almeida, à esquerda), e com boas chances em cidades como São Paulo, Guarulhos e Santo André (Fernando Haddad, Sebastião Almeida e Carlos Grana, à direita), o partido pode fechar a região metropolitana e controlar a maior fatia do eleitorado paulista, preparando o terreno para a conquista do governo estadual em 2014 

247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pode terminar a eleição municipal de 2012, literalmente, cercado por prefeitos petistas. 


Pela primeira vez na história, o PT tem grandes chances de fechar um arco de poder em toda a região metropolitana de São Paulo, controlando cidades como a própria capital paulista, além de municípios importantes como Guarulhos, São Bernardo do Campo, Osasco e Santo André. 


Além disso, o partido ainda concorre em Mauá e Diadema e também elegeu o prefeito de São José dos Campos, uma das cidades mais ricas do estado. 


Jóia da coroa, com 8,6 milhão de eleitores e orçamento anual de R$ 43 bilhões, a cidade de São Paulo só escapará de Fernando Haddad, se algo sobrenatural ocorrer até o dia 28 de outubro. 


Com vinte pontos de vantagem nos votos válidos, Haddad abriu uma frente superior a 1,2 milhão de eleitores, que dificilmente será tirada até o segundo turno. 


Situação semelhante se vê em Guarulhos, que tem 825 mil eleitores e onde o atual prefeito, Sebastião Almeida, tenta a reeleição e é apontado com cerca de 60% das intenções de voto no segundo turno. 


Em Santo André, que tem 553 mil eleitores e tradição de administrações petistas, pode eleger também Carlos Grana, que aparece à frente nas sondagens de segundo turno. 


Na região metropolitana, o quadro é mais difícil para os candidatos Donisete Braga, de Mauá, e Mario Reali, de Diadema. 


No entanto, o PT já ganhou as eleições de São Bernardo do Campo, com Luiz Marinho, na cidade onde estão concentradas as montadoras de automóveis, e de Osasco, com Jorge Lapas, que é a sede do Bradesco. 


Isso sem falar em São José dos Campos, sede da Embraer, onde Carlinhos Almeida, também do PT, encerrou um ciclo de 16 anos do PSDB no poder. 


Com tantos prefeitos estrategicamente situados, o PT controlará a maior parte do orçamento paulista, administrando as cidades com maior eleitorado.


E poderá, finalmente, colocar em marcha o plano para conquistar o tão sonhado Palácio dos Bandeirantes, que, desde 1994, quando Mario Covas se elegeu, está em poder dos tucanos. 


Nessa corrida, o PT contará ainda com possíveis aliados como a prefeita Darcy Vera, que é filiada ao PSD e favorita à reeleição em Ribeirão Preto. 


Gilberto Kassab, “dono” do PSD, está pronto para aderir à base do governo Dilma (e ao PT, portanto), assim que se confirmar a derrota de José Serra. 


Geraldo Alckmin está cercado. 


Controla uma máquina política poderosa, mas nunca esteve tão ameaçado como agora.. 


postado por Celvio
*cutucandodeleve

Genoino fala a Terra Magazine: “O que fiz pelo PT foi legítimo e necessário”




por MARINA DIAS


Um dia após ter sido condenado por corrupção ativa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 10 de outubro, o ex-presidente do PT José Genoino encontrou-se com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Após um abraço emocionado, ouviu daquele que chama de "companheiro de luta":
- Esse é o nosso destino. Nosso destino é lutar.
Horas antes do encontro, Genoino havia telefonado para a presidente Dilma Rousseff e comunicado sua decisão de deixar o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa:
- Como é que eu assino uma demissão sua, Genoino? Como? – perguntou Dilma.
- Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes – respondeu o ex-presidente do PT.

José Genoino Guimarães Neto tem 66 anos. É casado, pai de três filhos e avô de dois netos. Nascido em Quixeramobim, no Ceará, participou da Guerrilha do Araguaia, na década de 1970, quando foi preso por cinco anos e torturado. Em entrevista exclusiva a Terra Magazine, o petista diz que consegue traçar paralelos daquele período com o processo que vive hoje.
"Tenho pesadelos e nunca falei isso para ninguém. Há um mês, gritei e estrebuchei na cama. Minha mulher ficou preocupada. Misturo cenas daquele período, quando eu era interrogado, em 1972, com as cenas do processo da Ação Penal 470".
De camisa vermelha, calça social marrom e sapatênis escuros, Genoino recebeu a reportagem de Terra Magazine em sua casa, no bairro do Butantã, zona oeste da capital paulista. Estava bem-humorado.
Deputado federal por seis mandatos (até 2010), deixou o comando do PT em 2005, no início da crise do Mensalão, mas afirma que é inocente e que lutará para defender sua história. "O que fiz pelo PT foi legal, legítimo e necessário [...] Repetiria tudo de novo, mesmo passando o que passei".

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Leia abaixo a íntegra da entrevista.

Terra Magazine: Durante o julgamento do Mensalão, o senhor foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção ativa e, nesta semana, a Corte definirá se o senhor será condenado por formação de quadrilha. Esperava esse veredito?

José Genoino: Não sou corrupto e entendo que foi uma condenação sem provas, baseada na tirania da hipótese pré-estabelecida, com base em um raciocínio do domínio do fato, da falta de provas, contrariando a presunção da inocência. Tudo isso contraria, a meu ver, uma visão democrática do Código Penal. Não pratiquei corrupção, o que eu fiz foram reuniões para defender o governo Lula. Como presidente do PT, cuidava das alianças políticas, da unidade da bancada do partido, da relação com os movimentos sociais e ocupava todo o meu tempo com a atividade política, legítima, democrática e transparente.
Não houve compra de votos nem compra de deputados. As votações principais do governo Lula foram decididas sempre com muita luta. Recebi a notícia da condenação com a indignação do inocente. Apresentei as provas e vou deixar tudo muito claro: os empréstimos que assinei são atos jurídicos perfeitos. Assinei os empréstimos encaminhados pela secretaria de finanças do PT, registrei no Tribunal Superior Eleitoral, e os empréstimos foram renovados porque o PT estava em uma situação muito difícil. Quando deixei a presidência do PT, o juiz de Minas Gerais cobrou judicialmente, inclusive, com o bloqueio da minha conta, que só foi desbloqueada porque era conta salário e, a partir de 2007, em uma negociação dirigida pelo então presidente Ricardo Berzoini, os empréstimos foram negociados por quatro anos e pagos, tanto o empréstimo do Banco Rural, como o do BMG. Sou um inocente.
O que o senhor pensou – ou fez – quando saiu sua primeira condenação, dia 9 de outubro?

Estava acompanhando a sessão do STF na minha casa, pela TV, com minha mulher e meus filhos Ronan e Miruna. Veio à minha cabeça a mesma sensação de quando eu estava na auditoria militar da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, sendo condenado a cinco anos de prisão, na década de 1970. É uma sensação de… eu uso uma expressão que gosto muito, deste livro, Memórias de um Revolucionário: "As noites cegas são poderosas, terríveis, mas nós somos a sua paciência". Eu me senti assim, indignado. Fiz uma carta aberta ao país, retirando-me do governo como inocente.
A partir daquele dia, tomei uma decisão. Durante sete anos, eu falei nos autos, não dei entrevista… aliás, a única que dei foi para Terra Magazine, em 2006. Falei só nos autos, acreditando que ia ser um julgamento técnico, com base só em provas. Naquele dia, percebi que se tratava de uma condenação sem provas e resolvi fazer a crítica política.
E com a sua família? Como foi a reação de sua mulher e seus filhos após a condenação?

Estavam todos aqui. No dia seguinte, fizemos uma conversa. Minha filha Mariana, que mora em Brasília, veio para São Paulo. Miruna fez a carta dela e eu não li antes da divulgação. Nessa reunião, eu disse que iria lutar de todas as formas para defender minha honra e minha dignidade. Falei que não iria me curvar. Não tenho riquezas nem patrimônio, mas vou para o risco do combate, dentro dos princípios democráticos. A democracia que está aí não é produto de uma sentença. Aliás, ela foi regada com muita guerra, luta, sangue, mortes, greves e barricadas. Não é produto de sentença e dei minha contribuição para a conquista dessa democracia. Disse à minha família que agora eu estaria em uma posição de militante livre e combatente e eles aprovaram.
A condenação abalou o senhor? Abalou a sua família?

Não. Minha mulher e meus filhos ficaram indignados, assim como eu. Naquela noite, escrevi a carta aberta, que li no dia seguinte durante a reunião do Diretório Nacional do PT. Mas não estava abalado. Minha vida só tem sentido quando eu a coloco a serviço de causas. E hoje eu tenho uma causa: defender minha inocência custe o que custar. Estou revigorado, vivendo um momento parecido com o meu entusiasmo de 1968, da Guerrilha do Araguaia, quando eu estava preso por cinco anos, quando eu disputava convenções do PT, quando eu fazia campanhas vitoriosas e derrotadas aqui em São Paulo… Estou com essa energia. Meu foco é resistir e lutar com todos os meios democráticos.
E qual é o primeiro passo dessa luta?

A primeira coisa que tenho que fazer é apresentar todos os documentos que estou preparando com o meu advogado, Luiz Fernando Pacheco. São memoriais que vão discutir a parte final do julgamento e serão apresentados como provas da minha inocência. Quem tinha que apresentar provas de minha culpa seria a acusação. Vou falar politicamente. Estou de cabeça erguida, com a consciência de um inocente e vou usar de todas as formas jurídicas e politicas para provar minha inocência. Eu quero provas.
Sua defesa foi baseada no fato de que o senhor foi acusado por aquilo que era, ou seja, presidente do PT, e não por aquilo que fez. Essa foi a melhor linha a ser seguida?

Sim. E continuo nessa linha, porque eu não pratiquei crime, não pratiquei ilícito. Eu era presidente do PT e fui condenado pelo fato de ser presidente do PT. Isso é o que se chama, no direito penal, responsabilidade objetiva, que é um conceito conservador, arcaico, que, felizmente, a humanidade superou, mas que agora tem uma nova versão, o domínio do fato. Assim, pode-se condenar sem provas concretas. O que fiz como presidente do PT foi legal, legítimo e necessário. Não se pode criminalizar a política, criminalizar os acordos e as alianças e é isso que se está fazendo. Quando se criminaliza a política, abre-se a porta para o autoritarismo, enfraquecendo o poder que emana do povo. Cumprirei as decisões impostas, mas minha consciência irá bradar todos os dias contra isso.
Acredita que o julgamento do Mensalão é um marco no Judiciário brasileiro?

Acho que temos que fazer um grande debate sobre esse julgamento, primeiro porque ele está se baseando em teses que precisam ser profundamente discutidas, como a do domínio do fato, que negam provas, a presunção da inocência, a condenação com base em indícios… Isso tem que ser profundamente discutido, porque pode representar um risco para um Judiciário democrático, abrindo graves precedentes.
Sua tese de defesa argumenta que existiu um esquema de caixa dois na campanha do PT e não a compra de votos de parlamentares. A ministra Cármen Lúcia reagiu dizendo que "caixa dois é crime" e que a confissão dessa prática com naturalidade na Corte era algo "inédito" na carreira dela. Essa é sua versão dos fatos?

Em primeiro lugar, meu advogado não falou em caixa dois. Ele afirmou, claramente, que minha função como presidente do PT era exclusivamente política. Eu não cuidava nem tinha responsabilidade quanto à administração do PT e quanto às finanças do partido. Não foi o meu, mas outros advogados disseram que quando se trata de crime eleitoral (caixa dois), tem que se julgar como crime eleitoral. Minha responsabilidade era política. Entendo que essa injustiça não é só contra mim e que isso enfraquece a Justiça no Brasil. Não podemos fazer de julgamentos um espetáculo midiático. Não podemos aceitar essa espetacularização.
Um dia após sua condenação, quando leu a nota durante reunião do Diretório Nacional do PT, o senhor se encontrou com o ex-ministro José Dirceu. Como foi esse encontro?

Fui recebido de pé por todo o Diretório Nacional do PT naquele dia. Todas as tendências gritavam meu nome. À tarde, quando entrou o companheiro Zé Dirceu, aconteceu a mesma coisa com ele e nós demos um forte abraço um no outro. E eu falei a ele a seguinte frase: "Zé Dirceu, no dia 12 de outubro de 1968, quando nós fomos presos no Congresso de Ibiúna, nós gritamos: 'A UNE somos nós'. Pois bem, o PT somos nós. Somos companheiros de luta e nossa geração aprendeu que podemos ser encurralados, mas não aceitamos nos curvar".
E o que José Dirceu respondeu? 

Ele olhou bem pra mim e disse: "É o nosso destino. Nosso destino é lutar".
E com o ex-presidente Lula? Como é sua relação desde 2005?

O Lula, pra mim, é uma pessoa excepcional do ponto de vista humano e político e eu aprendi a ter muita confiança na capacidade política dele. E Lula costumava dizer, nos piores momentos do seu governo: “Não vou deixar o país quebrar no meu colo”. Minha relação com Lula é de muito respeito e confiança. Não fiz nada de errado, portanto, o compromisso que tive com o Lula de presidir o PT foi correto e eu repetiria, mesmo passando por tudo o que passei.
O ex-presidente Lula ligou para o senhor após sua condenação?

Várias vezes. Sempre uma ligação afetiva e muito forte, mas me reservo o direito de não dizer o que ele fala comigo.
O senhor resolveu deixar seu cargo no governo, de assessor especial do Ministério da Defesa. A presidente Dilma Rousseff foi relutante à entrega do seu cargo?

Ela me ouviu e falou coisas bonitas, mas não serei porta-voz dela.
Mas ela foi relutante?

Ela disse pra mim: "Como é que eu assino a sua demissão, Genoino? Como?". E respondi: "Retiro-me do governo com a consciência dos inocentes e vou ler uma carta no Diretório Nacional do PT". Tenho uma relação de respeito e confio muito na coragem e capacidade da companheira Dilma.
José Dirceu disse a amigos que se sente aliviado com o fato de o PT ter sido o partido mais votado no primeiro turno das eleições deste ano. Segundo ele, é como se o povo tivesse absolvido o partido. O senhor também avalia dessa maneira o desempenho do partido nas urnas?

O governo do PT foi julgado em 2006, quando o povo reelegeu o Lula, e em 2010, quando elegeu a Dilma presidente. As vitórias do PT mostram que o povo é mais inteligente do que certos setores pensam. O povo nos conhece, sabe onde a gente mora, o que a gente faz, o que a gente fez.
Em 2010 o senhor não foi eleito deputado federal. O povo não o absolveu?

Não foi isso. Em 2010, eu perdi por mil votos. O erro foi o tipo de campanha que nós fizemos. A campanha estava difícil porque fui muito criticado por setores da mídia… Tive apoio em muitas cidades, o PT me apoiou muito, mas isso faz parte. Na democracia, a gente perde e ganha e precisamos ficar felizes com isso.
Na década de 1970, o senhor foi preso por cinco anos e torturado durante a Guerrilha do Araguaia. O senhor consegue traçar algum paralelo daquele momento em relação a esse que está vivendo hoje?

O primeiro paralelo, lamentavelmente, e eu nunca falei isso para ninguém, são os pesadelos. Eu tenho pesadelos. As cicatrizes existem. Acredito no perdão, mas não no esquecimento, e é isso que aparece nos meus pesadelos. Misturo cenas daquele período, quando eu era interrogado, em 1972, com cenas do processo da Ação Penal 470. Há um mês, tive um pesadelo grande, gritei pra caramba, minha mulher ficou preocupada, porque eu fiquei em pé, estrebuchei na cama… As cicatrizes da vida deixam a gente mais preparado para as pancadas e estou com mais cicatrizes agora, elas não somem da cabeça nem do corpo. Mas não tenho ódio, ressentimento ou espírito de vingança. Eu tenho confiança no ser humano.
O senhor tem medo de ser preso? 

Penso da seguinte maneira: a palavra medo não existe como impedimento para a minha luta. Entre a servidão e a humilhação, eu prefiro o risco do combate.
Se o senhor pudesse fazer de novo, corrigindo, alguma coisa na sua vida, o que seria?

Tudo o que fiz na minha vida foi com paixão e consciência. Sempre com dedicação e por causas e, portanto, minha trajetória me orgulha. Um dos objetivos da minha luta é defender minha história, porque é ela que me dignifica.
Então o senhor não corrigiria nada?

Minha trajetória me orgulha e tenho recebido muita solidariedade, tanto do PT, como de pessoas da oposição, de militares que trabalharam comigo no Ministério da Defesa, mas não vou citar nomes. É claro que a vida vai te ensinando, você não pode ser dono da verdade, você tem que estar aberto para mudar o mundo. O desafio é mudar o mundo mudado e quem quer mudar o mundo tem que aceitar ser mudado. O PT me mudou e eu mudei o PT.
O senhor considera que o PT errou?

O PT é vitorioso porque o objetivo de um partido é conquistar o poder e realizar seu programa e isso o PT fez. Agora, é claro que o PT tem que fazer uma avaliação de toda sua trajetória, olhando para o futuro. Não podemos ter medo do debate. O PT precisa aceitar a crítica e discutir as escolhas de maneira franca e aberta. O PT aprendeu uma lição: dividido, perde; e sem aliança, não ganha. Minha geração aprendeu no coletivo: ou ganham todos juntos ou se ferram todos juntos. Essa foi a lição que eu aprendi.

E agora Supremo?: Reportagens e documentos desmontam tese do mensalão


E agora Supremo?: Reportagens e documentos desmontam tese do mensalão

Nesta semana, chega às bancas a revista Retrato do Brasil que traz como reportagem de capa o material intitulado "A vertigem do Supremo", noticiou Elio Gaspari, em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo. A publicação é dirigida pelo jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, e afirma que os ministros do Supremo Tribunal Federal “deliraram” ao aceitar a tese apresentada pelo Ministério Público de que houve desvio de R$ 76,8 milhões do Banco do Brasil para o chamado mensalão. 
Gaspari ressalta que Pereira tem mais de 40 anos de carreira e “obsessões investigativas”, que já contrariou a “sabedoria convencional” em duas ocasiões. “Há dois anos, provou que o banqueiro Daniel Dantas foi satanizado pelo delegado Protógenes Queiroz na Operação Satiagraha. Nenhum dos fatos que mencionou foi desmentido.” A publicação disponibilizará, em seu site, 108 documentos que corroboram com a tese de Pereira.
Pereira é co-autor do livro A outra tese do mensalão, escrito em parceria com Antonio Carlos Queiroz e Lia Imanishi. A publicação, lançada no início de 2012 dá um panorama do caso, explorando temas como as disputas eleitorais, escândalos, corrupção e o caixa dois desde as eleições de 1989 até a CPI do Cachoeira. O livro também investiga o financiamento de campanhas tucanas, a CPI do Banestado, os paraísos fiscais, as agências de publicidade, bancos, dívidas e acordos partidários.
O livro rejeita com documentos e declarações a tese que caracteriza o chamado mensalão: a de que o esquema foi montado pelo ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para comprar apoio político de deputados no Congresso. Em artigo publicado pelo site Brasil 247, os editores Armando Sartori, Marcos Heleno Fernandes Montenegro, Sérgio Miranda, Raimundo Rodrigues Pereira e Roberto Davis explicam o argumento: “O crime é, até o momento, uma criação política. Não existe, nos autos, prova de que, no final de 2002, José Dirceu tenha assumido o comando de um bando”.
Por meio de reportagens, o livro também traz a cobertura da mídia sobre o mensalão: diversas passagens que não apareceram nos jornais são relembradas pelos autores, evidenciando o papel partidário assumido pelos grandes meios de comunicação brasileiros.
Impressiona, na publicação, a quantidade de fatos que ligam Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a diversos escândalos políticos do país, envolvendo tucanos, petistas e filiados ao DEM.
*MariadaPenhaNeles

Fidel dá ao mundo "prova de vida"



Pesquisa rápida no google mostra desde 2008 pelo menos cinco mortes de Fidel Castro! A mais recente foi no dia 12 de outubro. Até quando a imprensa internacional vai tentar matar fisicamente o Comandante? E a morte física dele mudaria o quê exatamente no cenário mundial?

Nunca antes na História uma pessoa ressuscitou tantas vezes e nunca antes a imprensalona foi tão desmascarada! Mais uma que devemos a #Cuba e a este grande homem que sim, está bem vivo! 


Para não deixar dúvidas, Fidel lê a primeira página do Granma de, 19 de octubre. /Fotos: Alex Castro




do Fanal Cubano
Por Fidel Castro

Bastó un mensaje a los graduados del primer curso del Instituto de Ciencias Médicas “Victoria de Girón”, para que el gallinero de propaganda imperialista se alborotara y las agencias informativas se lanzaran voraces tras la mentira. No solo eso, sino que en sus despachos cablegráficos le añadieron al paciente las más insólitas estupideces.

El periódico ABC de España, publicó que un médico venezolano que radica no se sabe donde, reveló que Castro había sufrido una embolia masiva en la arteria cerebral derecha, “puedo decir que no vamos a volverlo a ver públicamente”. El presunto médico, que si lo es abandonaría primero a sus propios compatriotas, calificó el estado de salud de Castro como “muy cercano al estado neurovegetal”.

Aunque muchas personas en el mundo son engañadas por los órganos de información, casi todos en manos de los privilegiados y ricos, que publican estas estupideces, los pueblos creen cada vez menos en ellas. A nadie le gusta que lo engañen; hasta el más incorregible mentiroso, espera que le digan la verdad. Todo el mundo creyó, en abril de 1961, las noticias publicadas por las agencias cablegráficas acerca de que los invasores mercenarios de Girón o Bahía de Cochinos, como se le quiera llamar, estaban llegando a La Habana, cuando en realidad algunos de ellos trataban infructuosamente de llegar en botes a las naves de guerra yankis que los escoltaban.

Los pueblos aprenden y la resistencia crece frente a las crisis del capitalismo que se repiten cada vez con mayor frecuencia; ninguna mentira, represión o nuevas armas, podrán impedir el derrumbe de un sistema de producción crecientemente desigual e injusto.

Hace pocos días, muy próximo al 50 aniversario de la “Crisis de Octubre”, las agencias señalaron a tres culpables: Kennedy, recién llegado a la jefatura del imperio, Jruschov y Castro. Cuba nada tuvo que ver con el arma nuclear, ni con la matanza innecesaria de Hiroshima y Nagasaki perpetrada por el presidente de Estados Unidos Harry S. Truman, estableciendo la tiranía de las armas nucleares. Cuba defendía su derecho a la independencia y a la justicia social.

Cuando aceptamos la ayuda soviética en armas, petróleo, alimentos y otros recursos, fue para defendernos de los planes yankis de invadir nuestra Patria, sometida a una sucia y sangrienta guerra que ese país capitalista nos impuso desde los primeros meses, y costó miles de vidas y mutilados cubanos.

Cuando Jruschov nos propuso instalar proyectiles de alcance medio similares a los que Estados Unidos tenía en Turquía —más cerca todavía de la URSS que Cuba de Estados Unidos—, como una necesidad solidaria, Cuba no vaciló en acceder a tal riesgo. Nuestra conducta fue éticamente intachable. Nunca pediremos excusa a nadie por lo que hicimos. Lo cierto es que ha transcurrido medio siglo, y aun estamos aquí con la frente en alto.

Me gusta escribir y escribo; me gusta estudiar y estudio. Hay muchas tareas en el área de los conocimientos. Nunca las ciencias, por ejemplo, avanzaron a tan asombrosa velocidad.
Dejé de publicar Reflexiones porque ciertamente no es mi papel ocupar las páginas de nuestra prensa, consagrada a otras tareas que requiere el país.

¡Aves de mal agüero! No recuerdo siquiera qué es un dolor de cabeza. Como constancia de cuan mentirosos son, les obsequio las fotos que acompañan este artículo.





Fidel Castro Ruz

Octubre 21 de 2012
10 y 12 a.m.



El líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, supervisa una
copiosa plantación de Moringa oleífera, una de las especies
vegetales que estudia por sus propiedades. /Fotos: Alex Castro



El líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, supervisa una
copiosa plantación de Moringa oleífera, una de las especies
vegetales que estudia por sus propiedades. /Fotos: Alex Castro


El líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, supervisa una
copiosa plantación de Moringa oleífera, una de las especies
vegetales que estudia por sus propiedades. /Fotos: Alex Castro


El líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, supervisa una
copiosa plantación de Moringa oleífera, una de las especies
vegetales que estudia por sus propiedades. /Fotos: Alex Castro


El líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, supervisa una
copiosa plantación de Moringa oleífera, una de las especies
vegetales que estudia por sus propiedades. /Fotos: Alex Castro


El líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, revisa las hojas de
un ejemplar de Morera, otra especie vegetal que también estudia
por su utilidad. /Fotos: Alex Castro


El líder de la Revolución Cubana, Fidel Castro, revisa las hojas de
un ejemplar de la Morera, otra especie vegetal que también estudia
por su utilidad. /Fotos: Alex Castro


Fidel leyendo la primera plana del diario Granma del viernes último,
19 de octubre. /Fotos: Alex Castro

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Em português no Correio do Brasil 
*Tecedora

Adib Jatene: “FHC é um homem sem palavra; e Serra, um homem sem princípios.”


*Ajusticeiradeesquerda

Roma é uma cidade proibida para deficientes”, denuncia cineasta

 
O diretor italiano Bernardo Bertolucci durante o Festival de Cannes 2012 (23/5/12)
O diretor italiano Bernardo Bertolucci durante o Festival de Cannes 2012 (23/5/12)
O cineasta Bernardo Bertolucci, que, por seus problemas de saúde, usa uma cadeira de rodas, reclamou nesta quinta-feira que Roma é uma cidade impraticável para os deficientes físicos.
“Vivo na cidade proibida. E, nos arredores de minha casa no Trastévere, parece um campo de batalha: não posso circular com minha cadeira de rodas elétrica”, denunciou ao apresentar seu mais recente filme “Io e Te”.
Ele comentou ainda que precisou ser carregado nos braços por desconhecidos para subir o Capitólio, a prefeitura de Roma, para participar em um casamento.
“Quando perguntei se havia uma rampa, me olharam como se eu fosse um marciano”, declarou o cineasta de 71 anos.
Bertolucci disse que enviou uma carta ao prefeito de Roma, Gianni Alemanno, mas que recebeu uma “resposta patética e de má fé” indicando que não se podia desfigurar um lugar construído por Michelângelo com uma rampa para deficientes.
“Falo isso por mim e por quem como eu não tem autonomia de movimento. É difícil até para mães com carrinho de bebê circularem e para idosos, que podem tropeçar”, acrescentou.
*Deficienteciente