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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, fevereiro 03, 2013



A reunião entre Franklin Martins e Dilma


Por Marco Antonio L.
Do Blog da Cidadania, de Eduardo Guimaraẽs


Dilma chamou Franklin para obter análise de conjuntura

A reunião de quarta-feira entre o ex-ministro da Comunicação Social do governo Lula Franklin Martins e a presidente Dilma Rousseff gerou alvoroço dissimulado entre os grandes meios de comunicação – que, oficialmente, quase ignoraram o fato político -, mas, na blogosfera, surgiram especulações e apostas “otimistas” sobre o significado daquela reunião.
O encontro ocorreu no Planalto na manhã de quarta-feira, 30. O “Blog do Planalto”, que diariamente informa a agenda de Dilma, mencionou de passagem seu encontro com Franklin. Porém, limitou-se a informar que o ex-comentarista da Rede Globo e da Band seria recebido.
Vários blogs e sites simpáticos ao governo teceram apostas em mudança de postura da presidente em relação ao projeto de regulação da mídia eletrônica deixado pelo ex-ministro ao fim do governo anterior, a dita “lei da mídia”. Veículos como a Folha de São Paulo também lembraram esse fato.
O Blog da Cidadania, porém, obteve informações sobre o encontro que, à primeira vista, parecerão um balde de água fria a quem apostou em que estaria em curso mudança de visão da presidente no que diz respeito à regulação da mídia – qual seja, a de que o único controle que ela quer é o “controle remoto”.
Mas o fato é que Dilma não chamou Franklin com vistas a encampar o que, até aqui, vinha rejeitando. Ela nem teria como, de repente, desdizer o que vinha dizendo sobre o assunto. Até porque, o projeto do ex-ministro não tem as propriedades “miraculosas” nas quais muitos acreditam.
Para quem não sabe, o projeto de Franklin é muito diferente do projeto da presidente argentina, Cristina Kirchner. Não mexeria com o império de uma Globo, por exemplo, obrigando-a ao “desinvestimento” (venda de parte de seu império) que a “Ley de Medios” pretende impor à Globo argentina, o Grupo Clarín.
E muito menos o projeto que Lula esperava que fosse adotado pelo governo Dilma contém qualquer iniciativa no sentido de cercear a imprensa escrita e partidarizada (O Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja e congêneres).
Então por que Dilma chamou Franklin? É aí que o “balde de água fria” começa a ficar morno. Apesar de não haver intenção de encampar o projeto do ex-ministro, ela o chamou para obter uma análise de conjuntura.
O que seria isso? Vejamos.
A análise que Dilma quis de Franklin foi sobre o que pode estar ocorrendo na mídia devido aos ataques múltiplos que ela vem desfechando contra o seu governo. A presidente vem se surpreendendo porque, no início de seu mandato, chegou a acreditar que a guerra entre seu antecessor e os impérios de comunicação decorriam de mera “picuinha”.
Esse foi o sentido da presença da presidente na festa de 90 anos do jornal Folha de São Paulo pouco depois de assumir o cargo, em 2011. Dilma tentou estabelecer uma nova relação não respondendo a ataques ao seu governo e, em troca, vinha sendo poupada de ataques pessoais.
Contudo, nos últimos meses os ataques indiretos a ela, via críticas contundentes ao seu governo, viraram pessoais.
No fim do ano passado, por exemplo, a presidente foi à televisão anunciar redução do custo da energia elétrica. Desde então, o noticiário da dita “grande imprensa” tratou de tentar desmenti-la e passar ao público a versão de que ela estaria tentando iludir 200 milhões de brasileiros.
Mais recentemente, diante de pronunciamento em cadeia de rádio e televisão em que a presidente defendeu seu governo das críticas quanto à redução do custo da energia elétrica, a mídia passou a acusá-la pessoalmente. Os ataques midiáticos foram tão pessoais que o PSDB representou contra Dilma no MPF usando o que esses veículos publicaram.
Nesse ponto, foi quebrado o pacto velado de não-agressão.
Voltando a Franklin. Ele é a antítese da atual ministra da Secom, Helena Chagas, uma opção de Dilma pela coexistência pacifica e até pela pacificação das relações entre o governo e a mídia, enquanto que  o antecessor de Helena no cargo foi opção de Lula para enfrentar a guerra aberta entre seu governo e a mídia em meados da década passada.
Franklin, antes de tudo, é estrategista para momentos de confronto. Além de ir ao Planalto para oferecer uma análise sobre os próximos movimentos prováveis da mídia contra o governo, também foi oferecer sugestões sobre estratégias de comunicação para enfrentar uma guerra política que, a partir de agora, entra em nova fase.
O “balde de água fria”, portanto, torna-se um “balde de água quente”, pois a presidente finalmente entendeu que não havia picuinha alguma entre Lula e a mídia. Finalmente ela entendeu que ele foi empurrado para essa guerra. E a razão para a inevitabilidade dessa guerra o ex-presidente deu em seu discurso recente em Cuba.
A elite que a mídia representa e encarna não se contrapôs ao governo Lula e não se contrapõe ao governo Dilma porque os considera feios, bobos e chatos, mas porque as políticas dos governos petistas, a partir de 2003, promoveram o que é mais intolerável para a elite brasileira: distribuição de renda.
Dilma descobre agora, após dois anos no poder, que não existe possibilidade de coexistência pacífica entre um governo popular que trabalha para tornar o Brasil um país mais justo e um oligopólio de comunicação cuja função é, justamente, a de impedir que os ricos fiquem menos ricos defendendo políticas cujos efeitos são tornar os pobres mais pobres.
A iniciativa da presidente de chamar Franklin, portanto, se não encerra a notícia ideal (decisão pela regulação da mídia), ao menos encerra uma boa notícia. A presidente da República finalmente percebeu quais são as regras do jogo e que o cargo que ocupa não é meramente gerencial, sendo, isso sim, eminentemente político. Antes tarde do que nunca.

sábado, fevereiro 02, 2013

Link to Jornal A Verdade


Posted: 01 Feb 2013 03:34 PM PST
Leia em nosso site: Evento: Os 70 anos da batalha de Stalingrado – A batalha que salvou o mundo
Jornal A Verdade promove evento em dois dias para celebrar os 70 anos da vitória soviética em Stalingrado, na batalha mais sangrenta da história e que foi o ponto de virada na II Guerra Mundial.
O primeiro dia será de exposições, intervenções e debate. No segundo dia será exibido o filme soviético A queda de Berlim (1949), nunca lançado no Brasil. As legendas para o português foram realizadas em 2011 pelo Centro Cultural Manoel Lisboa, e por ainda não estarem disponíveis na internet ou à venda esta é uma oportunidade única de assistir a este grande clássico, o qual mostra a guerra de uma perspectiva soviética, não-hollywoodiana.
Stalingrado 2
Dias: 06 e 07 de fevereiro, às 19hs
Local: Affemg – Rua Sergipe, 893, Funcionários, Belo Horizonte, Minas Gerais
Sobre o filme A queda de Berlim
A queda de Berlim tem direção de Mikhail Chiaureli, e apresenta uma recriação soviética da II Guerra Mundial. O filme foi produzido num momento de extremo prestígio de Stalin para com o povo soviético e os trabalhadores de todo o mundo devido aos grandes avanços da URSS e da vitória sobre o nazismo.
O próprio Stalin trabalhou no roteiro deste filme, refinando os bastidores da guerra e sua própria participação.
Para sua produção nada foi poupado: foram usados 5 divisões de artilharia e de infantaria, 4 batalhões de tanques, 193 aviões e 45 troféus Panzer alemães, assim como 1,5 milhão de litros decombustível para encenar as batalhas panorâmicas.
A memorável recriação da Batalha de Berlim, alcançando seu clímax na encarniçada batalha sobre o Reichstag, impressionou até mesmo os críticos ocidentais devido ao seu intenso realismo e belo espetáculo.
Igualmente memorável é o retrato de Hitler e seu círculo interno apresentado no filme, cuja insensatez e intrigas acontecem em um ambiente que recria a grandiosidade da Chancelaria do Führer e da claustrofobia de seu bunker com uma intensidade surrealista.
Stalin, Kalinin, Churchill, Roosevelt e Goebbels, entre vários outros líderes, são interpretados por atores incrivelmente semelhantes em sua aparência física, o que reforça o realismo deste épico.
O ator que interpreta Stalin, Mikhail Gelovani, por exemplo, é um georgiano que vinha se especializando em interpretar o grande líder soviético desde 1930, e que ficou famoso pela precisão com que reproduzia seus gestos e seu sotaque georgiano.
Um enredo secundário é o romance entre Aliosha, um metalúrgico stakhanovista que deixa a fábrica para lutar na guerra, e Natasha, uma bela e jovem professora, que é capturada pelos nazistas.
Este filme foi oferecido como um presente a Stalin pelo seu septuagésimo aniversário. Foi visto em seu lançamento inicial por mais de 38 milhões de soviéticos e venceu todos os conceituados prêmios Stalin imagináveis. Sua trilha sonora ficou a cargo do famoso compositor soviético Shostakovich.
A queda de Berlim foi abruptamente retirado de circulação por Kruschev, durante as campanhas de “desestalinização” iniciadas em 1953, após a morte de Stalin.
Tendo recentemente ganhado os direitos sobre os negativos originais, a International Historical Films oferece este épico há tanto tempo censurado em uma versão digitalmente restaurada, com legendas em inglês. A presente tradução para o português foi realizada pelo Centro Cultural Manoel Lisboa.
Abaixo screenshots de A queda de Berlim (1949)
Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim Filme A queda de Berlim

sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Collor acusa Gurgel, de novo


Os auxiliares da imprensa

Quem lê jornal encontra com bastante frequência nas notícias as expressões “segundo auxiliares do governo”, “de acordo com interlocutores do governo” ou “informou uma fonte do governo”. É o que se chama de “off”, quando a informação é atribuída a uma fonte não revelada.
O problema é que isso, muitas vezes, serve apenas para veicular informações que interessem a determinadas pessoas ou grupos.
Hoje, no Estadão, lemos que “auxiliares do governo” dizem que a presidenta Dilma Rousseff pretende deixar na gaveta a proposta de regulação da mídia brasileira.
Ora, quem vaza esse tipo de informação em off para imprensa não são auxiliares da presidenta. São auxiliares da imprensa, da política dos donos dos jornais, seja qual for a posição da presidenta e do governo sobre o assunto.
É um direito de Dilma tomar a decisão que julgar mais adequada.
O que não se pode aceitar é essa tática da imprensa – que resiste por todos os meios a qualquer tipo de regulação, algo já existente em diversos países democráticos do mundo, tanto desenvolvidos quando em desenvolvimento – de tratar as informações de modo não transparente.
Justiça condena Band por relacionar ateus a crimes hediondos 

Band é condenada por relacionar ateus a crimes bárbaros. Emissora terá que exibir em rede nacional quadros com esclarecimentos à população sobre a diversidade religiosa e a liberdade de consciência e de crença no País

A TV Bandeirantes foi condenada pela Justiça Federal de São Paulo por desrespeito à liberdade de crenças no Brasil. A decisão é do juiz Paulo Cezar Neves Junior.
Em julho de 2010, a rede exibiu comentários no programa Brasil Urgente nos quais o apresentador José Luiz Datena relaciona um crime bárbaro à “ausência de Deus”. “Um sujeito que é ateu não tem limites. É por isso que a gente vê esses crimes aí”, afirmou.
datena band ateus crimesJosé Luiz Datena, apresentador da Band, relacionou em seu programa crimes hediondos com ateísmo. (Foto: Reprodução)
Segundo a decisão, a Band terá que exibir em rede nacional, no Brasil Urgente, quadros com esclarecimentos à população sobre a diversidade religiosa e a liberdade de consciência e de crença no País.
A duração deve ser a mesma utilizada para “a exibição das informações equivocadas” sobre o ateísmo.
Em caso de descumprimento da decisão, a emissora terá que pagar multa diária de 10 mil reais. A Secretaria de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações também foi condenada a fiscalizar adequadamente o programa de Datena e a exibição dos esclarecimentos.
Os comentários se referiam a uma reportagem que relatava o fuzilamento de um garoto. Foi quando Datena e o repórter Márcio Campos relacionaram por 50 minutos crimes hediondos a pessoas que “não acreditavam em Deus”. “Esse é o garoto que foi fuzilado. Então, Márcio Campos, é inadmissível; você também que é muito católico, não é possível, isso é ausência de Deus, porque nada justifica um crime como esse, não Márcio?”, disse Datena.
*Nina

Lula convoca o país para realizar uma revolução pela internet

Dirceu lota auditório da ABI e avisa à direita e à mídia conservadora: “Não vão me calar!”





O auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, na noite passada, estava com sua capacidade de 600 lugares completamente esgotada. Mas havia...  2013-01-31 13:52:28 / Leia mais




*Correio do Brasil

Violência em São Paulo: Capão Redondo quer apoio de Haddad no combate à violência



Com medo da violência em Sãoa Paulo e do genocídio da juventude negra, pobre e periférica, moradores do Capão Redondo, na zona sul do estado, pedem ajuda à prefeitura.
*Averdade