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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 30, 2015

Dilma: Aprendi na escola a não gostar de Joaquim Silvério dos Reis



Eu não respeito delator, até porque estive presa na ditadura militar e sei o que é. Tentaram me transformar numa delatora. A ditadura fazia isso com as pessoas presas, e garanto para vocês que resisti bravamente. Até, em alguns momentos, fui mal interpretada quando disse que, em tortura, a gente tem que resistir, porque se não você entrega seus presos.”..(Presidente Dilma em New York)
Dilma disse que aprendeu na escola a não gostar de Joaquim Silvério dos Reis, o delator da Inconfidência Mineira (primeira tentativa de emancipação do Brasil de Portugal).

Em 2008, quando ainda era ministra da Casa Civil no segundo governo Lula, Dilma afirmou, em depoimento no Senado, sentir orgulho de ter mentido sob tortura no período em que ficou presa pela ditadura porque "qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogador compromete a vida dos seus iguais".

Dilma falou a imprensa

A presidente Dilma  negou nesta segunda-feira qualquer irregularidade em sua campanha eleitoral e disse não respeitar delatores, depois que a imprensa divulgou que o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, teria afirmado em sua delação premiada, no âmbito da operação Lava Jato, que deu dinheiro à campanha da petista.

A presidente disse a jornalistas durante visita a Nova York que todos os recursos arrecadados por sua campanha foram legais e registrados e afirmou não aceitar que insinuem qualquer irregularidade contra ela ou sua campanha eleitoral.
 "Eu não respeito delator", declarou a presidente aos jornalistas. "Até porque, eu estive presa na ditadura e sei o que é. Tentaram me transformar em uma delatora... Eu garanto para você que eu resisti bravamente", disse Dilma, sobre o período em que foi presa e torturada durante o regime militar.

Dilma defendeu que a Justiça investigue todas as informações dadas por Pessoa, mas disse não aceitar "jamais" que insinuem irregularidades em relação a ela.

"A minha campanha recebeu dinheiro legal, registrado... Na mesma época que eu recebi os recursos, pelo menos uma das vezes, o candidato que concorria comigo recebeu também, uma diferença muito pequena de valores, eu estou falando do Aécio Neves", completou a presidente.

"Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou sobre minha campanha qualquer irregularidade", acrescentou Dilma, afirmando ainda que nunca encontrou Pessoa.

Na sexta-feira, a imprensa divulgou que, em seu processo de delação premiada, Pessoa entregou ao Ministério Público uma lista de políticos que teriam recebido dinheiro da UTC Engenharia proveniente de propinas pagas para obtenção de contratos com aPetrobras.

Na ocasião, o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, emitiu nota afirmando que a campanha da petista recebeu 7,5 milhões de reais em doações da UTC Engenharia, que foram legais e registradas junto à Justiça Eleitoral.

Em entrevista coletiva no sábado, o ministro voltou a comentar o assunto e questionou o fato de doações feitas pela empreiteira a outros candidatos não terem recebido o mesmo destaque dado aos recursos destinados à campanha petista e viu vazamento seletivo nas informações divulgadas sobre a delação de Pessoa.

Antes da entrevista para os jornalistas, Dilma participou do encerramento de encontro com empresários em Nova York. Em discurso, a presidente afirmou que há uma grande demanda por infraestrutura no país e disse que o Brasil passa por uma fase de construção das bases para a retomada do crescimento econômico.

"Estamos em uma fase de construção das bases para o novo ciclo de expansão do crescimento e faz parte dessa estratégia a adoção de medidas de controle da inflação e do equilíbrio, e a busca do equilíbrio fiscal", discursou a presidente, que defendeu ainda a necessidade de aumento da produtividade da economia.

"Para aumentar nossa produtividade, precisamos aumentar nossa taxa de investimento, sobretudo investimento em infraestrutura... Sobretudo em um período de maior restrição fiscal, como nós atravessamos hoje, é preciso transformar a demanda potencial por melhor infraestrutura em projetos viáveis de investimento para o capital privado. É essa a demanda sobre nós", afirmou. 
*osamigosdopresidentelula

A escravidão e a construção de uma sociedade violenta e injusta

A escravidão e a construção de uma sociedade violenta e injusta

“A escravidão é o nosso momento mais traumático, um momento que tem consequências enormes para o Brasil contemporâneo. A escravidão se enraizou de tal maneira que ela acabou por ditar a forma da sociedade. Ou seja, edificou uma sociedade violenta consigo mesma e socialmente injusta”, afirmou a historiadora Heloísa Starling, da Universidade Federal de Minas Gerais, durante participação no “Conversas Sobre África”.

Por Joanne Mota


  
Durante sua apresentação, a pesquisadora alertou que, além da forma como as histórias são contadas, a construção do racismo no Brasil passou também pelas histórias que não são expostas à maioria dos brasileiros. “Entre 1807 e 1835, por exemplo, houve cerca de 40 tentativas de sublevações e levantes, das quais não ouvimos falar”, disse.

“Existe uma linguagem muito rica das lutas de resistência, com grandes personagens anônimos, e que são importantes que a sociedade conheça e tenha orgulho”, completou, relembrando que, antes da Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana, movimento de negros e pobres, foi o primeiro no país a correlacionar a República à Democracia, e as lutas de independência às lutas por igualdade.

Este especial compõe uma série de 7 programas produzidos pela Rádio Vermelho, que participou da sexta edição da “Conversas Sobre África”.


Acompanhe o especial na Rádio Vermelho... 


*Vermelho

Dilma manda recado para uma Justiça

Dilma manda recado para uma Justiça partidária e medieval, que tortura para receber relatos, verdadeiros ou não, do que interesse >>> "Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora".

“Estou 150% a disposição para ajudar Dilma”, diz Lula a deputados e senadores do PT

Diogo

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira (29) com as bancadas de deputados e senadores do Partido dos Trabalhadores em Brasília.
Na reunião, Lula e o presidente do PT, Rui Falcão, conversaram sobre como reforçar com as bancadas uma agenda para o partido na defesa do governo e de um projeto de desenvolvimento, inclusão social e aprofundamento da economia após o Congresso do PT em Salvador e após a aprovação do ajuste econômico no Legislativo.
Lula apontou o novo plano de concessões, o Plano Safra de financiamento da agricultura familiar e do agronegócio, o plano de reforma agrária para assentar famílias acampadas e o plano de apoio à exportação, recém-anunciados pela presidenta Dilma Rousseff, como avanços para uma agenda positiva do governo.
O ex-presidente também conversou com os parlamentares sobre a construção de uma agenda de viagens sua pelo país, para discutir a defesa e renovação do partido e a bandeira do Plano Nacional de Educação. O objetivo é que a educação nos governos do PT seja “medalha de ouro” e para que onde o partido é oposição, cobre a melhora do ensino.


Lula defendeu que cada senador e deputado assuma sua liderança e seja um porta-voz dos avanços e das boas notícias, fazendo o debate político, sem esperar neutralidade do noticiário da grande imprensa. “A gente não tem o direito de acreditar que a imprensa brasileira vai ser neutra”, disse Lula.

¿Prende la ola racista en EE.UU.?: Arden 6 iglesias negras en una semana


Seis iglesias negras han sido pasto de las llamas en EE.UU. en los últimos siete días. En al menos tres de los casos el fuego fue premeditado, según los investigadores.
Una semana después de que nueve personas murieran por disparos en la Iglesia Episcopal Metodista Africana Emanuel en Carolina del Sur, seis iglesias con congregaciones predominantemente negras han ardido en cinco estados del sur Tennessee, Georgia, Carolina del Norte, Carolina del Sur y Ohio, informa The Independent.
En al menos tres de los casos el incendio fue premeditado. Si bien aún se está investigando un posible vínculo entre los 6 incendios, la organización de defensa de los derechos civiles Southern Poverty Law Center (Centro legal para la pobreza sureña) duda que los incendios sean una mera coincidencia.
Los incendios se han registrado días después de la masacre perpetrada por motivos raciales en una iglesia negra en Charleston, Carolina del Sur. El tiroteo dejó nueve muertos y provocó una protesta nacional contra la intolerancia racial, e incluso un debate nacional sobre el simbolismo de la bandera confederativa. El presunto agresor, Dylann Roof, fue visto en varias fotos posando con esta bandera.
Atacar las iglesias negras ha sido una táctica tradicional de los supremacistas blancos en la historia de EE.UU.
*RT

Cena memorável! José Wilker


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Cena memorável!

segunda-feira, junho 29, 2015

Lula recebe Prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos

Lula recebe prêmio Nelson Mandela de Direitos HumanosPremiação reconhece contribuição do ex-presidente para a inclusão social e o combate à fome
SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta terça-feira, 6, o prêmio Nelson Mandela de Direitos Humanos, concedido pela Canadian Auto Workers (CAW), a Associação Canadense de Trabalhadores da Indústria Automotiva. A entrega ocorreu na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A entidade canadense mantém relações de correspondência com a brasileira Central Única dos Trabalhadores (CUT). Lula participou da abertura da Conferência Nacional de Negociação Coletiva Metalúrgica e discursou no evento.
Durante a entrega, foi apresentado um vídeo com saudação do presidente nacional da CAW, Ken Lewenza, para quem o prêmio é um reconhecimento à contribuição do ex-presidente do Brasil para a inclusão social e o combate à fome. "Você deu enorme esperança a todos nós, mundo afora, mostrando que há alternativas ao modelo conservador de tantos governos hoje em dia", diz Lewenza na gravação. Lula também discursou no evento. O prêmio, oferecido a cada três anos a uma personalidade mundial, foi concedido a Lula em agosto deste ano. Como a agenda do ex-presidente não permitiu a viagem ao Canadá, a entrega foi transferida para a cidade onde Lula reside.
*CGN