Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 05, 2010

Madrid no próximo dia 18




Los Angeles (E.U.A.), 4 mai (EFE) .-

O novo documentário do cineasta Oliver Stone, "South do" Border, terá sua estréia mundial em Madrid no próximo dia 18, são esperados para assistir à estréia, entre outros, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e da Bolívia, Evo Morales, informou hoje o estudio Cinema Libre.

Para este evento em Madri também se espera a presença de muitos dos líderes que aparecem na obra de Stone, entre os quais , Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Cristina Fernandez de Kirchner (Argentina), Fernando Lugo ( Paraguai), Rafael Correa (Equador) e Raúl Castro (Cuba), de acordo com comunicado divulgado hoje pelo estudio.

Embora a presença destes presidentes ainda não tenha sido oficialmente confirmada , é provável as suas presenças pois, nesse dia se inicia na capital espanhola a "Cumbre União Europeia-América Latina e Caribe".

Jonathan Bing, da empresa PR Freud Communications, que controla a publicidade para o filme, disse à Efe que nessa apresentação na Espanha, há expectativa de que estejam presentes todos os líderes que aparecem no documentário, mas não tem certeza da presença de todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário