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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 06, 2011

Conversa Afiada e Bessinha esqueceram-se da maior barriga de aluguel de terroristas

GilsonSampaio
Lamentável a charge e a publicação da mesma.
A intensa propaganda americana contra árabes, muçulmanos produz resultados que se cristalizam sorrateiramente. É o caso dessa charge  do Bessinha  publicada no Conversa Afiada. Por que não dois homens de capas pretas e golas levantadas, óculos escuros, chapéu caído sobre os olhos e encimado com uma etiqueta onde se lê “CIA”, caricatura perfeita de quadrinhos e desenhos animados dos agentes americanos da maior emprenhadeira de terroristas do planeta. Seria muito mais apropriado.
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Demonizar árabes e muçulmanos é próprio de quem se deixou colonizar pelo império e não se deu conta disto.
Império que promoveu o golpe de ‘64 e implantou o terror entre nós.
Não consta que a Escola das Américas(escola para terroristas, golpistas, torturadores e assassinos) ou a Operação Condor tivesse sua sede em algum país árabe.
Nem que Don Mitrione usasse túnica e orasse cinco vezes ao dia, voltado para Meca.
Ou, seria Vernon Walters algum árabe disfarçado que teria conspirado com a milicada no Golpe de ‘64?
Qual aiatolá espalhou o terror pela Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Paraguai … ?
E as prisões de Guantánamo, Abu Grahib e outras tantas desconhecidas?
O terror no Iraque, Líbia, Afeganistão, Vietnam … na Palestina.
Quem tem mais de mil bases militares espalhadas pelo planeta, fora as bases flutuantes que são  as poderosíssimas 7 Frotas Navais?
Quem são os terroristas de verdade?

Esqueceu-se o jornalista e o chargista que a  CIA é a maior emprenhadeira de terroristas do mundo?
Recomendo que vejam o vídeo abaixo.
"Reel Bad Arabs" Hollywood e o desprezo pelos árabes e muçulmanos

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