Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 07, 2011

Nissan anuncia produção no Rio. Essa Dilma …


Ghosn e Cabral: novidades no Rio
O Conversa Afiada reproduz texto do UOL

March e Versa serão fabricados na unidade da Nissan em Resende, Rio de Janeiro, a partir de 2014

Anúncio oficial foi feito nesta quinta no Rio de Janeiro, com a presença do CEO Carlos Ghosn e do governador Sérgio Cabral

Anunciando investimentos de R$ 2,6 bilhões, a Nissan firmou hoje (6/10) o acordo com o governo do Rio de Janeiro para instalação de uma unidade fabril na cidade de Resende, no sul do estado fluminense. A fábrica começa a funcionar no primeiro semestre de 2014, terá capacidade inicial para produzir 200 mil veículos por ano e irá gerar 2 mil empregos diretos e 2 mil postos de trabalho indiretos. Os primeiros modelos anunciados para a nova unidade são o hatch compacto March e o sedã compacto Versa, que até lá serão vendidos importados do México. Os modelos Nissan Livina, Grand Livina, X-Gear e Frontier continuarão sendo produzidos na unidade fabril que a Nissan compartilha com a Renault em São José dos Pinhais, no Paraná.

“A Nissan tem um novo objetivo para o Brasil: ser a marca asiática com mais participação no mercado nacional”, afirmou Carlos Ghosn, CEO global da aliança Renault-Nissan. Com a introdução de 10 novos modelos até 2016, a fabricante nipônica almeja sair dos atuais 1,7% de participação no mercado brasileiro para 5% em 4 anos. Além disso, quer expandir sua cobertura para 90% do território nacional, salto considerável diante dos 23% de presença atuais.

Os modelos produzidos em Resende compartilharão a plataforma global V, chave do plano de metas Nissan Power 88, que ambiciona 8% de participação no mercado global e 8% de lucro operacional até o fim de 2016. “O Brasil será um mercado estratégico para a Nissan na América Latina. Nossa marca está decidida a investir fortemente nos países emergentes, construindo também novas unidades na Índia, Rússia e China”, complementou Ghosn.

Navalha
Agora, a Urubóloga corta os pulsos.
Vai mandar a OMC prender o Ghosn na mesma cela do Alexander Hamilton – clique aqui para ver na Wikipedia como o protecionismo dele inventou a América  – na Ilha do Diabo.

Paulo Henrique Amorim

E quem disse que fugiam?

Fábrica da JAC Motors: a escolha da Bahia foi pela expansão do mercado consumidor na região Nordeste
Não demora muito tempo  para de desmontarem certos terrores “vendidos” pela imprensa.
O da suposta  fuga dos automóveis importados e dos privilégios inaceitáveis dados às montadoras instaladas no país não durou um mês.
Neste período, a Renault anunciou R$ 1,5 bilhão na ampliação de sua fábrica no Paraná, sua associada Nissan mais R$ 2,6 bilhão numa fábrica pioneira no Rio de Janeiro, a Mercedes deve,  segundo o jornal alemão Handelsblatt, escolher São Paulo para uma nova fábrica no Brasil e, agora, o representante da JAC Motors, chinesa, confirma a montagem de uma unidade da empresa na Bahia.
Não foi diferente do que aconteceu quando se taxou a entrada de capital financeiro. O mundo ia desabar, os investidores iam fugir, o desastre era iminente.
Nada disso aconteceu por uma simples e única razão: ganha-se muito dinheiro no Brasil.
*Tijolaço


Um comentário: