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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, outubro 04, 2011
PETROBRÁS 58 anos
3 de outubro, completam-se 58 anos da assinatura da lei que criou a Petrobras. Quando Getúlio Vargas, em 1953, estabeleceu o monopólio estatal do petróleo, ninguém podia saber quão proféticas tinham sido as ruas que gritaram “o petróleo é nosso”, que culminou naquele ato presidencial. Hoje, aquela empresa que começou tirando algumas centenas de barris de óleo, é a responsável pela maior revolução econômico-social que já se abriu para o nosso país. E foi ela, não as grandes multinacionais, que a descobriu, a quilômetros de profundidade, sob a rocha salina de nosso oceano. A Petrobras encontrou o pré-sal porque, antes, encontrou o conhecimento, a experiência, os erros e o acertos de uma busca incessante por riqueza para nosso país.
Longa vida e sucesso à empresa que pertence ao povo brasileiro e que há quase 60 anos provoca a ira dos que não querem que o Brasil seja livre e o nosso povo, independente..
*Tijolaço
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