UNESCO se dispõe a receber Palestina
(Prensa Latina) Se a tendência das maiorias se mantiver firme, a Palestina poderá ingressar na UNESCO a partir da Conferência Geral da entidade que começará nesta capital, no dia 25 de outubro. Um fato histórico marcado de simbolismos, graças à iniciativa dos países árabes e ao co-patrocínio de Cuba, do Peru e da Venezuela na Organização de Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O debate deu-se no Conselho Executivo da agência da ONU. Finalmente, a proposta foi aprovada com 40 votos favoráveis, 4 contra (Estados Unidos, Alemanha, Letônia e Romênia) e 14 abstenções. Segundo o diplomata palestino Mounir Anastas, observador permanente aqui, Washington não apenas se opôs categoricamente à ideia, mas também ameaçou retirar sua contribuição financeira à UNESCO. "Trata-se de 22% do orçamento da UNESCO e não seria a primeira vez que a Casa Branca ordena algo assim", descreveu Anastas à rede internacional de televisão France24. Ainda que não tenha diretamente influência sobre o Conselho de Segurança da ONU, onde se debate precisamente a admissão da Autoridade Nacional Palestina (ANP) como membro pleno, sem dúvida os analistas consideram que a aprovação é um triunfo do sofrido povo árabe. "É um benefício para a ANP de qualquer modo, pois ao ter solicitado ingressar na ONU, as portas da UNESCO poderiam ser abertas com maior facilidade", opinou Fréderic Encel, especialista em Oriente Médio da Universidade Sciences Po de Paris. Mary Florez, embaixadora de Cuba na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), disse à Prensa Latina que a resolução foi celebrada pelas nações em via de desenvolvimento como um grande sucesso. Cuba e o grupo latino-americano qualificaram o acordo como "um momento histórico para a UNESCO e de justiça com o sofrido povo palestino". *Capaccete |
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