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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 18, 2014

Apostam em Brasil ESQUIZOFRÊNICO

Coronel Telhada para Ministro da Cultura de Aécio?Assista o vídeo…

Fernando Brito
telhada
É impagável o vídeo da TV Folha sobre o  pouco concorrido encontro de “intelectuais e artistas” em apoio a Aécio Neves,  que teve como um dos protagonistas o polêmico Coronel Telhada, uma espécie de Jair Bolsonaro da PM paulista.
Telhada é um dos participantes do vídeo e diz que sempre foi ligado ao movimento cultural, entre outras coisas, por ter sido, como ele diz “segurança do Gugu” Liberato, e porque a PM sempre investiu em “bandas e fanfarras”.
Bacana.
Lobão acusa Chico Buarque e os Racionais MC de serem artistas “chapa-branca” e diz que “os professores nas escolas são todos comunistas”.
Se ficasse nisso, era apenas uma reunião de pessoas dignas de piedade.
Mas eles estão se tornando agressivos e a agressão verbal e quase física de um energúmeno ao ator e escritor  Gregório Duvivier, foi ameaçado de “umas porradas” mo Leblon por  declarar em sua coluna na Folha de S.Paulo apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Aliás, depois de outro ator, Dado Dollabela, condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por agressão à atriz Luana Piovani, tê-lo chamado de “marginal” por sua opção política no Facebook.
Talvez o Coronel Telhada seja mesmo um nome adequado para a “cultura da intolerância” que essa gente pratica.
Assista o vídeo.

*tijolaço




*oinversodocontraditório

A argumentação intelectual dos eleitores de Aécio

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