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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, maio 06, 2010
Arcebispo afirma: ‘A sociedade atual é pedófila’
Arcebispo afirma: ‘A sociedade atual é pedófila’
A fala do arcebispo é uma tentativa grosseira de diluir responsabilidades e continuar a utilizar o preconceito, associando pedofilia a homossexualidade. Insinuar que do mesmo jeito que os gays obtiveram direitos, “daqui a pouco os pedófilos também” configura um insulto e uma amálgama inaceitável. A pedofilia é crime. O homossexualismo, o direito a uma sexualidade de livre escolha. A igreja condena o homossexualismo, defende o celibato dos padres e encoberta os pedófilos nas suas fileiras. LF
***
Para dom Dadeus Grings, denúncias de abusos são mais frequentes entre médicos e professores do que entre padres
Demétrio Weber – O GLOBO
BRASÍLIA. No primeiro dia da 48ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo de Porto Alegre, dom Dadeus Grings, instaurou uma grande polêmica ao falar sobre as denúncias de pedofilia contra padres.
Presidente da comissão responsável pelo tema principal da reunião — a missão da Igreja no mundo —, Dom Dadeus disse que “a sociedade é pedófila”. Para ele, o abuso sexual de crianças e adolescentes é mais frequente entre médicos, professores e empresários do que entre sacerdotes.
— A sociedade atual é pedófila, esse é o problema. Então, facilmente as pessoas caem nisso. E o fato de denunciar isso é um bom sinal — disse.
Dom Dadeus, de 73 anos, criticou a liberalização da sexualidade por “gerar desvios de comportamento”, entre os quais a pedofilia. Para ele, assim como homossexuais conquistaram mais espaço e direitos, o mesmo poderá ocorrer com pedófilos.
— Quando a sexualidade é banalizada, é claro que isso vai atingir todos os casos. O homossexualismo é um caso. Antigamente não se falava em homossexual.
E era discriminado.
Quando começa a (dizer) que eles têm direitos, direitos de se manifestar publicamente, daqui a pouco vão achar os direitos dos pedófilos — disse.
O arcebispo foi escalado pela CNBB para conceder a primeira entrevista coletiva da conferência, com outros três bispos.
Dom Dadeus deixou claro que o abuso sexual de crianças e adolescentes é crime e deve ser punido.
Mas admitiu que a Igreja tem dificuldade de cortar a própria carne, ao lidar com denúncias contra religiosos. Segundo ele, punições internas são adotadas, mas denunciar os casos à polícia é mais complicado: — A Igreja ir lá acusar seus próprios filhos seria um pouco estranho.
Dom Dadeus disse que, na Alemanha, apenas 0,2% dos abusos sexuais contra crianças foram praticados por sacerdotes.
Ele crê que os casos de pedofilia viraram um calcanhar de Aquiles e estão servindo para quem quer atacar a Igreja e valores como a castidade: — Há uma anomalia na sociedade humana e que deve ser corrigida. Agora, não é justo dizer que só a Igreja que tem. Não é exclusividade da Igreja. A Igreja é 0,2%.
Conhecido por suas posições conservadoras, o arcebispo afirmou que a homossexualidade é inata apenas em pequena parte dos gays. Na outra parte, segundo ele, a opção sexual é resultado da educação recebida: — Nós sabemos que o adolescente é espontaneamente homossexual.
Menino brinca com menino, menina brinca com menina.
Só depois, se não houve uma boa orientação, isso se fixa.
Então, a questão é: como vamos educar nossas crianças para o uso da sexualidade que seja humano e condizente? Indagado sobre a afirmação de dom Dadeus de que a sociedade é pedófila, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, portavoz da 48aAssembleia, reagiu: — É uma afirmação complicada, tem que ter dados para verificar isso.
Para dom Orani e o bispo de Araçuaí (MG), dom Severino Clasen, os abusos envolvendo padres são parte de problema que atinge diversos segmentos.
— Isso nos frustra e machuca muito — afirmou dom Severino.
— O que nos envergonha é também o que nos leva a ter esperança de novos tempos.
Em carta enviada à CNBB, o presidente Lula pediu orações aos bispos para que o brasileiro tenha “a luz e a sabedoria” para escolher seu sucessor. Lula mencionou o seu alto índice de popularidade e disse que reflete o fato de que o povo cada vez mais participa de um “banquete antes restrito a minorias”. Lula citou a “grave crise política e ética” em Brasília, referindo-se ao escândalo do mensalão do DEM.
Postado por Luis Favre
“O Brasil ocupa um lugar no cenário global que não pode ser ignorado”
“O Brasil ocupa um lugar no cenário global que não pode ser ignorado”, diz embaixador norteamericano Thomas Shannon
Para EUA, Brasil é canal confiável
Embaixador americano elogia atuação do país nas negociações sobre programa nuclear
José Meirelles Passos – O GLOBO
A antiga parceria entre os Estados Unidos e o Brasil entrou, agora, numa nova etapa, afirmou ontem o embaixador americano no país, Thomas Shannon. Segundo ele, as relações bilaterais deram lugar a uma relação global, com os dois países agindo em conjunto na busca de objetivos em outras nações. Por esse motivo, a tentativa brasileira de convencer o Irã a um diálogo transparente, com relação ao seu programa nuclear, seria uma iniciativa bem-vinda.
Segundo ele, os EUA já reconheceram que o Brasil deixou de ser uma potência emergente.
— Ela já emergiu — afirmou Shannon, em visita ao GLOBO. — O Brasil ocupa agora um lugar no cenário global que não pode ser negado ou mesmo ignorado.
Esse fato transformou as relações entre os EUA e o Brasil de uma forma fundamental — disse ele, acrescentando que tal parceria deve estar baseada em fatos, porque “já vivemos num mundo pós-ideologia”, em que ideologia e retórica “não são mais as ferramentas adequadas para compreender a realidade do mundo em que vivemos, muito menos para definir nosso compromisso ou nossa cooperação”.
O fato de o Brasil se apresentar como interlocutor na questão nuclear iraniana, continuou Shannon, exemplifica esse novo momento, com o governo brasileiro navegando num circuito que atualmente está fechado ao americano: — O importante em qualquer negociação é ter canais de comunicação confiáveis. O Irã tem dificuldades em se comunicar com o resto do mundo.
Nesse sentido, tanto o Brasil quanto a Turquia fazem um papel importante.
Nossa esperança é que essa iniciativa tenha êxito. Somos céticos, não com o Brasil ou a Turquia, mas com o Irã. Mas vamos continuar conversando com o Brasil sobre isso, para ver se será possível produzir um resultado que seja bom para o Irã e para o mundo.
Antes da visita ao jornal, Shannon fez uma palestra no Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), na qual comentou que o engajamento dos EUA com o Brasil “em iniciativas novas e inovadoras”, tanto de forma bilateral quando global, às vezes é testado “pela nossa capacidade de entender e responder um ao outro”. E justificou: — Intimidade, em qualquer relacionamento, não representa ausência de questionamentos. Significa uma percepção ou compreensão mútua que se sobrepõe às diferenças. A maneira com a qual lidamos com as diferenças é importante, mas o mais importante é como nossas parcerias são construídas.
Segundo Shannon, tem havido mudanças fundamentais que “valorizam a qualidade, a constância, a abrangência e a diversidade do nosso diálogo”. Ele lembrou que já houve períodos de engajamento e cooperação intensos seguidos de períodos de afastamento e desatenção, como resultado de mudanças de prioridades e de desafios em outras partes do mundo “que desviavam a atenção”.
Isso mudou: — No cenário atual não podemos mais permitir que nossas relações fiquem estagnadas — esclareceu, ponderando a seguir: — Nós sempre estaremos nos ajustando a novos desafios, e nossa confiança mútua crescerá enquanto desenvolvemos maneiras práticas e efetivas para responder aos desafios especiais do século XXI.
Shannon disse que nessa nova etapa de relacionamento prefere não utilizar a palavra “estratégica” para definir a parceria Brasil-EUA: — O problema com essa palavra é que todo mundo a usa para descrever suas relações. E muitas vezes ela serve para esconder a pobreza de uma relação — comentou o embaixador.
P.S.Hoje aniversário de Karl Marx na foto com a esposa
e na outra foto O homem que marcha I, de Giacometti
Deputado ACM Neto (DEM) livra a cara do “deputado do Castelo”
Deputado ACM Neto (DEM) livra a cara do “deputado do Castelo”
Lembram-se o deputado do Castelo? Edmar Moreira (DEM-MG) usava a verba indenizatória da Câmara Federal no pagamento de serviços de segurança prestado a ele mesmo por uma empresa de sua propriedade. Vejam, quem salvou o mandato parlamentar dele?
O comentarista Fernando Rodrigues, do Folha de S. Paulo (3 de maio) escreveu: “O mandato de Edmar Moreira foi salvo por uma APURAÇÃO POSTIÇA montada pelo Corregedor da Câmara, deputado ACM Neto (DEM-BA). Em público, fingia buscar uma punição. Na prática, esfriou o caso. Deu certo”. Informou o Bahia de fato.
Para piorar a situação, vem o Tribunal de Contas da União (TCU), que de tribunal não tem nada, e considera improcedente a devolução do dinheiro. Ora, o relator do caso foi o ministro Raimundo Carrero, ex-faz tudo no Senado e amigão de senadores e deputados. “Apesar da Constituição estabelecer de maneira cristalina os princípios da impessoalidade e da moralidade na administração pública, o TCU julgou normal (sic) um congressista usar dinheiro do Orçamento no pagamento de serviços de segurança prestados a si mesmo por empresa própria”.
Alguém poderia esperar outra atitude do deputado ACM Neto? Agora me digam, ACM Neto tem condições de ser corregedor de alguma coisa? Eu também acho que não, nem ele e nenhum dos seus ancestrais.
Por Wilson Magno
Tucanos & Alstom - Governo Serra também é investigado por indícios de receber propinas da Alstom
Tucanos & Alstom - Governo Serra também é investigado por indícios de receber propinas da Alstom
Os contratos da gestão Serra também serão investigados, além dos governos Covas e Alckmin e, mesmo diante das denúncias, tucanos firmam novos contratos com a Alstom sem licitação
O Ministério da Justiça vai encaminhar nos próximos dias à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de 19 pessoas e empresas suspeitas de ter recebido propina da Alstom para que a multinacional francesa vencesse concorrências do governo de São Paulo. A multinacional francesa, produz trens e metrôs e é investigada por suspeita de ter pago propina para ganhar contratos com o Metrô e a Eletropaulo, privatizada em 1999.
Mesmo diante das denúncias e de quase dois anos de investigação da Promotoria da Suíça e do Ministério Público Estadual pelos indícios de irregularidades a Alstom firmou três contratos sem licitação com o governo paulista nos últimos 12 meses. Eles somam R$ 24,5 milhões e referem-se a serviços para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O mais recente dos contratos sem licitação entre CPTM e Alstom foi assinado em janeiro, no valor de R$ 11 milhões e com prazo até abril de 2011, para adequação de sinalização da Linha 9, entre as estações Jurubatuba e Pinheiros. Todo o sistema dessa linha foi implantado pela Alstom a partir de 1999 por R$ 27,8 milhões, após vencer concorrência.
A Alstom, outras duas empresas estrangeiras e três ex-diretores da CPTM, entre eles o ex-presidente Mário Bandeira - hoje na presidência da Companhia de Processamento de Dados do Estado - também são alvo de ação civil do MP por aditamento contratual feito em 2005 com o consórcio, no valor de R$ 223,5 milhões, para compra de 12 novos trens.
Segundo a Promotoria, o aditamento foi “verdadeira fraude” à lei pois, por se tratar de aquisição de novos trens, a CPTM devia ter feito nova concorrência. E, afirma o MP, o aditivo só poderia ter sido feito até cinco anos após a assinatura do contrato, em 1995. O TCE apontou aumento de 17,35% no preço de cada trem sobre 30 composições iniciais e julgou o aditivo irregular.
Os contratos da gestão Serra também serão investigados, além dos governos Covas e Alckmin e, mesmo diante das denúncias, tucanos firmam novos contratos com a Alstom sem licitação
O Ministério da Justiça vai encaminhar nos próximos dias à Suíça e à França pedidos de quebra do sigilo bancário de 19 pessoas e empresas suspeitas de ter recebido propina da Alstom para que a multinacional francesa vencesse concorrências do governo de São Paulo. A multinacional francesa, produz trens e metrôs e é investigada por suspeita de ter pago propina para ganhar contratos com o Metrô e a Eletropaulo, privatizada em 1999.
Mesmo diante das denúncias e de quase dois anos de investigação da Promotoria da Suíça e do Ministério Público Estadual pelos indícios de irregularidades a Alstom firmou três contratos sem licitação com o governo paulista nos últimos 12 meses. Eles somam R$ 24,5 milhões e referem-se a serviços para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
O mais recente dos contratos sem licitação entre CPTM e Alstom foi assinado em janeiro, no valor de R$ 11 milhões e com prazo até abril de 2011, para adequação de sinalização da Linha 9, entre as estações Jurubatuba e Pinheiros. Todo o sistema dessa linha foi implantado pela Alstom a partir de 1999 por R$ 27,8 milhões, após vencer concorrência.
A Alstom, outras duas empresas estrangeiras e três ex-diretores da CPTM, entre eles o ex-presidente Mário Bandeira - hoje na presidência da Companhia de Processamento de Dados do Estado - também são alvo de ação civil do MP por aditamento contratual feito em 2005 com o consórcio, no valor de R$ 223,5 milhões, para compra de 12 novos trens.
Segundo a Promotoria, o aditamento foi “verdadeira fraude” à lei pois, por se tratar de aquisição de novos trens, a CPTM devia ter feito nova concorrência. E, afirma o MP, o aditivo só poderia ter sido feito até cinco anos após a assinatura do contrato, em 1995. O TCE apontou aumento de 17,35% no preço de cada trem sobre 30 composições iniciais e julgou o aditivo irregular.
SERRA COMETERIA FALSIDADE IDEOLÓGICA
ELEIÇÕES 2010 - SERRA COMETERIA FALSIDADE IDEOLÓGICA E CHARLATANISMO POR NÃO SER ECONOMISTA NEM ENGENHEIRO
O Conselho Federal de Economia nunca se manifestou sobre um pedido de interpelação judicial e o conseqüente enquadramento do candidato José Serra no Art. 47 do Dec. Lei. 3.688/41, feito pelo Conselho Regional de Economia da Paraíba e endossado pelos Conselhos Regionais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Rondônia e Tocantins, e por mais dois membros do Conselho Federal de Economia.
O pedido teve por motivo o uso indevido da qualificação de economista pelo candidato Serra, que não tem bacharelado em economia nem é registrado em qualquer Conselho Regional de nenhum estado brasileiro.
Segundo a lei, o procedimento do candidato caracteriza falsidade ideológica e charlatanismo, em prejuízo dos que exercem legalmente a profissão.
É de estranhar também a omissão do Confea, entidade que reúne os Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea), que até agora não se manifestou sobre o uso do título de engenheiro pelo candidato José Serra. Nenhum dos Creas também se pronunciou sobre o assunto. Enquanto o silêncio das entidades permanece, Serra continua apresentando-se à população brasileira como engenheiro, no seu marketing político, da forma que se pode ver no último exemplar da revista Istoé, nº 1721, de 4/9/2002, página 53.
quarta-feira, maio 05, 2010
+ trololó
José Serra leva apoio à reeleição de Yeda Crusius, após um governo marcado por escândalos de corrupção em série
José Serra(PSDB/FHC) visitou Yeda Crusius (PSDB/RS), governadora e candidata à reeleição, que fez um governo marcado por grandes escândalos de corrupção em série, envolvendo, sobretudo, a Operação Rodin (CPI do Detran), a Operação Solidariedade, ambas da Polícia Federal, além da polêmica compra da mansão onde mora Yeda, e da morte do ex-assessor em Brasília em circunstâncias não esclarecidas.
José Serra foi levar seu apoio a reeleição de Yeda Crusius, e também receber o apoio dela à sua candidatura ao Planalto.
Só a imprensa oficial do governo Yeda publica foto ao lado de Serra
Até o momento nenhum jornal ou portal publicou foto de Serra ao lado de Yeda, numa aparente blindagem de Serra, evitando "contaminação" de sua imagem nacionalmente, associando-o aos escândalos de corrupção gaúchos.
Na foto acima, distribuída pelo Palácio Piratini, Yeda Crusius e José Serra participam de reunião-almoço com o poder econômico, na Federasul, nesta quarta-feira.
APEOESP
Denúncia - Somos vítimas de perseguição política revela Maria Isabel da Opesesp
A constatação, ainda mais triste porque vivemos em um período de amplas liberdade e plenitude democrática, é de Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da APEOESP ao falar sobre o processo movido pelo governo tucano de São Paulo contra ela e a entidade que preside por causa da recente greve dos professores.
Em entrevista, gentilmente cedida a este espaço, Maria Izabel fala sobre essa paralisação que durou um mês e envolveu cerca de 210 mil trabalhadores. A greve revelou a face truculenta e autoritária do governo José Serra em São Paulo, incapaz de dialogar com os movimentos sociais. Pelo contrário, tratou-a com repressão policial, cassetete, perseguição funcional - enfim, à moda de governo tucano encarar as lutas sociais como caso de polícia.
Como a APEOESP compreende o parecer favorável ao PSDB e ao DEM dado pela Procuradoria Geral Eleitoral que acusa a entidade de ter "promovido propaganda eleitoral antecipada negativa" com a recente greve?
[ Maria Izabel ] A APEOESP e eu própria nos consideramos vítimas de perseguição política. Estou sendo perseguida por não pertencer ao partido do ex-governador José Serra e por dizer o que penso. Como presidenta legitimamente eleita do maior sindicato da América Latina, com 174 mil associados, cujo patrão é o governo estadual, tenho todo o direito de avaliar este governo e de dizer que não recomendamos para o Brasil o tipo de gestão que temos no Estado de São Paulo
Como você analisa a repressão policial e outras formas de perseguição desencadeadas contra os professores que exerciam o seu direito de greve?
[ Maria Izabel ] São intoleráveis, próprias de um regime autoritário que o povo brasileiro já superou. Não podemos admitir este tipo de ataque contra a liberdade de organização, expressão e manifestação e ao livre exercício do direito de greve, já reconhecido pelo STF aos servidores públicos.
Como a Apeoesp avalia o pagamento de bônus e a adoção de reajustes "por mérito" para professores adotada pela dupla Serra/Paulo Renato?
[ Maria Izabel ] Mostram que para o governo de São Paulo educação não é prioridade e que não há compromisso com a valorização do magistério. Bônus, gratificações e política de mérito são formas excludentes de esconder que o Estado não tem política salarial para os servidores públicos e para os professores, em particular. Nove anos de pagamento de bônus não melhoraram substancialmente a escola pública estadual. Ao contrário, no ensino médio está havendo um refluxo na aprendizagem dos alunos. Se todos os recursos aplicados no pagamento de bônus tivessem sido aplicados em reajustes salariais, hoje não teríamos perdas acumuladas que exigem uma reposição de 34.5%.
A política de mérito do governo prejudica, de cara, pelo menos 80% da categoria, que ficam sem direito a qualquer reajuste. Mesmo o pagamento de 25% de aumento aos restantes 20%, que precisam ser aprovados em prova de conhecimentos, fica condicionado a disponibilidades orçamentárias a cada ano. Ou seja, num ano podem ser 10%, em outro, 5%, em outro 1% e assim por diante.
O que o magistério paulista precisa é de um plano de carreira que valorize o trabalho do professor em sala de aula, valorizando o salário base e criando formas adequadas de progressão funcional.
Qual proposta a APEOESP levará à próxima Assembléia de avaliação do movimento? A greve poderá ser retomada?
[ Maria Izabel ] Estamos debatendo as melhores propostas para a continuidade do movimento. A greve é um instrumento de luta, mas há outros, e vamos utilizá-los. Vamos manter a pressão e a mobilização pelo atendimento de nossas reivindicações. São Paulo é o Estado mais rico da federação e, ainda assim, está em 14º lugar quanto ao pagamento de salário aos professores, entre todos os Estados. Isto não pode continuar.
A constatação, ainda mais triste porque vivemos em um período de amplas liberdade e plenitude democrática, é de Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da APEOESP ao falar sobre o processo movido pelo governo tucano de São Paulo contra ela e a entidade que preside por causa da recente greve dos professores.
Em entrevista, gentilmente cedida a este espaço, Maria Izabel fala sobre essa paralisação que durou um mês e envolveu cerca de 210 mil trabalhadores. A greve revelou a face truculenta e autoritária do governo José Serra em São Paulo, incapaz de dialogar com os movimentos sociais. Pelo contrário, tratou-a com repressão policial, cassetete, perseguição funcional - enfim, à moda de governo tucano encarar as lutas sociais como caso de polícia.
Como a APEOESP compreende o parecer favorável ao PSDB e ao DEM dado pela Procuradoria Geral Eleitoral que acusa a entidade de ter "promovido propaganda eleitoral antecipada negativa" com a recente greve?
[ Maria Izabel ] A APEOESP e eu própria nos consideramos vítimas de perseguição política. Estou sendo perseguida por não pertencer ao partido do ex-governador José Serra e por dizer o que penso. Como presidenta legitimamente eleita do maior sindicato da América Latina, com 174 mil associados, cujo patrão é o governo estadual, tenho todo o direito de avaliar este governo e de dizer que não recomendamos para o Brasil o tipo de gestão que temos no Estado de São Paulo
Como você analisa a repressão policial e outras formas de perseguição desencadeadas contra os professores que exerciam o seu direito de greve?
[ Maria Izabel ] São intoleráveis, próprias de um regime autoritário que o povo brasileiro já superou. Não podemos admitir este tipo de ataque contra a liberdade de organização, expressão e manifestação e ao livre exercício do direito de greve, já reconhecido pelo STF aos servidores públicos.
Como a Apeoesp avalia o pagamento de bônus e a adoção de reajustes "por mérito" para professores adotada pela dupla Serra/Paulo Renato?
[ Maria Izabel ] Mostram que para o governo de São Paulo educação não é prioridade e que não há compromisso com a valorização do magistério. Bônus, gratificações e política de mérito são formas excludentes de esconder que o Estado não tem política salarial para os servidores públicos e para os professores, em particular. Nove anos de pagamento de bônus não melhoraram substancialmente a escola pública estadual. Ao contrário, no ensino médio está havendo um refluxo na aprendizagem dos alunos. Se todos os recursos aplicados no pagamento de bônus tivessem sido aplicados em reajustes salariais, hoje não teríamos perdas acumuladas que exigem uma reposição de 34.5%.
A política de mérito do governo prejudica, de cara, pelo menos 80% da categoria, que ficam sem direito a qualquer reajuste. Mesmo o pagamento de 25% de aumento aos restantes 20%, que precisam ser aprovados em prova de conhecimentos, fica condicionado a disponibilidades orçamentárias a cada ano. Ou seja, num ano podem ser 10%, em outro, 5%, em outro 1% e assim por diante.
O que o magistério paulista precisa é de um plano de carreira que valorize o trabalho do professor em sala de aula, valorizando o salário base e criando formas adequadas de progressão funcional.
Qual proposta a APEOESP levará à próxima Assembléia de avaliação do movimento? A greve poderá ser retomada?
[ Maria Izabel ] Estamos debatendo as melhores propostas para a continuidade do movimento. A greve é um instrumento de luta, mas há outros, e vamos utilizá-los. Vamos manter a pressão e a mobilização pelo atendimento de nossas reivindicações. São Paulo é o Estado mais rico da federação e, ainda assim, está em 14º lugar quanto ao pagamento de salário aos professores, entre todos os Estados. Isto não pode continuar.
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