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domingo, maio 30, 2010
Israel recusa pacto antinuclear. Cadê as sanções?
Segundo a BBC, o governo israelense divulgou hoje nota dizendo que o acordo fechado ontem entre 189 países – incluindo o Irã – para a transformação do Oriente Médio em uma zona livre de armas nucleares, proposta durante um encontro das Nações Unidas em Nova York. Israel disse que nem aceita participar das negociações, previstas para o início de 2012, por considerar o acordo “hipócrita” e “profundamente falho”.
A diplomacia americana, Madame Hillary Clinton e os jornais brasileiros, tão ácidos e céticos com o acordo de controle atômico assinado pelo Irã com Brasil e Turquia, não emitiram, até agora, uma pequena crítica que fosse. Que dirá ameaçar Israel com sanções, como fazem com os iranianos.
Enquanto isso, a “Flotilha da Liberdade”, com oito embarcações com mais de 700 ativistas de todas as partes do mundo – inclusive 15 parlamentares, de diversos países, se aproxima do litoral de Gaza, tentando levar ajuda humanitária para os palestinos que sofrem ali, há anos, o bloqueio das forças israelenses.
Espera-se que neste domingo a flotilha da liberdade chegar Gaza. A Marinha israelense havia ameaçou bloquear, mesmo com o uso da força, a frota de ajuda internacional com destino a Gaza, se insistir em se aproximar da costa do território palestino, disse neste sábado um porta-voz do Governo israelita . “Vamos tentar impedi-los de se aproximar da costa da Faixa de Gaza de forma pacífica, mas se eles insistem em passar, os bloquearemos”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, Yigal Palmor. Ele diz , se os oito navios se recusarem, serão interceptados e encaminhados para o porto israelense de Ashdod, e seus tripulantes antes de colocados atrás das grades, informa o jornal ABC, da Espanha, porque aqui não saiu nada.
Aliás, eu tomei conhecimento disso pelo comentário da leitora Taciana e fui procurar informações sobre o assunto. Achei o site do movimento e, de lá, trouxe – legandado com a ajuda de dois companheiros, um vídeo impressionante sobre a ação da marinha israelense ao lago do litoral de Gaza, com ataques armados a barcos de pescadores indefesos, causando mortes, ferimentos e mutilações. Assistam. É impressionante.
Você não pode ler o que os americanos lêem sobre os EUA
Você não pode ler o que os americanos lêem sobre os EUA
Deu no The New York Times, anteontem, quinta-feira, como está reproduzido aí ao lado. Mas os “jornalões” brasileiros, como acontecia nos tempos da ditadura, decidiram que você não ia ler esta notícia.
Philip Alston, o relator especial das Nações Unidas sobre execuções extrajudiciais, sumárias ou arbitrárias, disse quinta-feira que entregará um relatório dia 2 de junho ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, declarando que “o poder de vida ou morte” de aviões-robôs deve ser confiado de forças armadas regulares e não às agências de inteligência, como é o caso dos “drones” guiados por controle remoto que estão realizando bombardeios no Afganistão e no Paquistão.
Ele comparou como os militares e a CIA. respondem às alegações que os ataques mataram civis por engano. “Com o Departamento de Defesa que você tem informações , talvez não completas, quando um bombardeio no Afeganistão vai mal”, mas disse que quando a CIA é a responsável, não responde a nenhuma pergunta nem dá qualquer informação.
Sob as leis da guerra, os soldados dos exércitos tradicionais não podem ser processados e punidos pela morte de forças inimigas em uma batalha. Os Estados Unidos alegaram que, devido a Al Qaeda não obedecer aos requisitos estabelecidos nas Convenções de Genebra – como estar vestindo uniformes – eles não têm direito às regras. Mas os operadores dos aviões-robôs, vinculados à CIA “também não usam não usam uniformes”, diz o NYT.
Harold Koh, conselheiro jurídico do Departamento de Estado, advertiu que operadores de drones da CIA poderiam, segundo os manuais militares americanos, ser considerados criminosos de guerra. Jeh Johnson, defensor geral do Departamento, e sua equipe acabaram por concordar com essa preocupação. Eles reformularam os manual para que os assassinatos cometidos desta forma não possam ser julgados pelos tribunais afegãos ou paquistaneses como crime de guerra ou de espionagem.
do Tijolaço
Gilmar ameaça usar a “mídia” para atacar presidente do STF. Caiu a máscara
Gilmar ameaça usar a “mídia” para atacar presidente do STF. Caiu a máscara
Fernando de Barros e Silva, na Folha (*), página A14, publica reportagem espantosa:
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Dantas (**) ameaçar usar a mídia (leia-se PiG ***) para atacar o atual presidente do STF, Cezar Peluso.
Peluso assumiu o Conselho Nacional de Justiça e resolveu conferir despesas feitas pelo ex-Supremo Presidente do Supremo com diárias e viagens.
Mais: Peluso criou um setor contábil, que não existia.
A resposta do ex-Presidente Supremo do Supremo foi feroz e incluiu: “escrever na imprensa” para se defender.
Peluso, num e-mail, ponderou que esse “não é assunto para o público externo, ‘numa alusão às incursões mediáticas do colega’ ”, completou Barros de Silva.
Ou seja, a reportagem da Folha expõe as vísceras de um mal que afligiu o Brasil durante dois anos: a sinistra associação entre quem se tinha na conta de Supremo e o PiG (***).
Uma associação que, a certa altura, este ordinário blog percebeu como um pacto para dar um Golpe de Estado da Direita.
É para isso mesmo que o PiG (***) serve.
Como vala por onde correm as ameaças ao Estado de Direito.
O que o Ministro Peluso pretende é um elementar controle sobre diárias e passagens do órgão que preside.
Nenhum presidente do Supremo deu tantas entrevistas ou fez tantas viagens quando o ex-Supremo ex-Presidente.
Só num certo “mutirão carcerário” – que teve efeito irrelevante sobre a situação dramática dos presídios brasileiros – só por conta desse mutirão o ex-Presidente Supremo gastou a bagatela de R$ 7 milhões do povo brasileiro.
Muito bem faz o Ministro Peluso em querer saber que história é essa.
Chamar as contas às falas.
E que venha a fúria do Supremo ex-presidente no PiG.
Ela já não assusta mais ninguém.
Ele vive hoje ministerial irrelevância e se encaminha, segundo Justiniano I, o Grande – clique aqui para ler – para deixar o Supremo, com a inexorável vitória da Dilma.
E vai se dedicar, provavelmente, a processar, inutilmente, jornalista independente.
Indubitavelmente, belo fim de carreira.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é ; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
do Coversa Afiada
Justiça lerda favorece poder econômico da corrupção e tráfico de armas e drogas
Justiça lerda favorece poder econômico da corrupção e tráfico de armas e drogas
O Jornal da elite Valor Econômico, trouxe matéria sobre a morosidade do Poder Judiciário para julgar casos de desvio de dinheiro para o exterior.
Há US$ 3 bilhões bloqueados em contas bancárias no exterior que não podem voltar ao Brasil enquanto o Poder Judiciário brasileiro não julgar, em definitivo, os réus pelos desvios de dinheiro.
Esse dinheiro é resultado de investigações de lavagem de dinheiro proveniente de crimes de evasão de divisas, corrupção, tráfico de drogas e armas, contrabando e outros e que motivaram a abertura de ações judiciais.
Entre estes valores estão dinheiro como o do grupo Opportunity; dos demo-tucanos paulistas (da turma de José Serra e Alckmin), que receberam propinas da ALSTOM; de traficantes de armas e drogas, e outros.
No governo Lula houve saltos de qualidade nas operações da Polícia Federal, desbatarando diversos casos. Por que o Judiciário não pode fazer como a Previdência Social, que melhorou seus sistemas e procedimentos para resolver uma aposentadoria em meia-hora? Da mesma forma o Judiciário poderia agilizar processos críticos e grandes, que envolvem grandes somas, para vir a ser julgado em meses.
Quando a Justiça quer ter pressa, um presidente do STF fica até meia-noite de plantão para conceder um habeas-corpus à um banqueiro (Daniel Dantas) no mesmo dia da prisão.É inaceitável que o Judiciário seja moroso em causas de grande importância para o interesse geral da população. O crime organizado se move por dinheiro. Atingir o poder econômico das quadrilhas é o mais duro golpe em sua capacidade de continuar praticando crimes. Confiscar e reaver o dinheiro roubado ou produto de outros crimes, asfixia o crime organizado, cortando a fonte de suprimentos de seu poder.
Ao contrário do que diz José Serra (PSDB/SP), não são camponeses e índios pobres bolivianos que movem o tráfico de armas e drogas. São as organizações criminosas como o PCC, sediadas em São Paulo, as más autoridades policiais e judiciárias que se deixam corromper pelo dinheiro para deixar o tráfico funcionar, e o pessoal do colarinho branco que lavam esse dinheiro. Esses, pode-se dizer, estão no topo da hierarquia, na economia do crime.
Se José Serra, quando foi governador de São Paulo, tivesse autoridade, determinação e vontade política para combater o PCC, a Organização Criminosa não teria nem poder, nem dinheiro, para assediar, encomendar, dominar territórios e corromper bolivianos, paraguaios, peruanos, etc, controlando boa parte da logística do tráfico internacional.
José Serra também contribuiu bastante para que as lavanderias de dinheiro sujo do narcotráfico e da corrupção funcionassem, ao apoiar a libertinagem das contas CC5 no governo FHC, que levou ao escândalo do Banestado.
Michael Moore
Capitalismo: Uma história de amor - 2009
SINOPSE
DADOS SOBRE O ARQUIVO
Diretor: Michael Moore
Áudio: Inglês
Legendas: Português/BR
Duração: 120 min
Formato: RMVB
Qualidade: DVDRip
Tamanho: 428 mb
Servidor: Megaupload
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Parte única
sábado, maio 29, 2010
A mulher sempre teve que provar ter o dobro da capacidade para receber a metade do reconhecimento…
“Se essa pesquisa tiver fundamento
eu digo que o brasil nao tem homem e que
a maioria das mulheres sao sapatoess”
(comentário de um leitor no blogue do Josias de Souza sobre os resultados da
pesquisa Vox Populi divulgada no dia 15/05/2010, mostrando Dilma Rousseff ultrapassando
José Serra nas intenções de voto – erros de ortografia mantidos)
Não sei se vocês notaram que as mulheres do século 21 começaram a se interessar por futebol. Acho que no início era estratégia, para marcar território no universo masculino que guardava para si o direito exclusivo à paixão pelo esporte bretão. Também foi uma estratégia para levar vantagem sobre as “rivais” na tarefa de conquistar seu amado. Hoje, acredito que este interesse é sincero, embora, em se tratando do universo feminino, seja normal estarmos redondamente enganados… Renata Fan, por exemplo, quase me convence que é apaixonada por futebol. Mesmo sendo uma profissional de um programa sobre futebol é, também, a mais linda apresentadora da TV. (Ah, quantos pré-conceitos tenho, sim, das mulheres!).
No trânsito é sempre o mesmo: “mulher ao volante é um perigo”. Mas a esmagadora maioria de acidentes tem homens ao volante. No escritório, o assédio sexual à secretária paira no ar: é quase uma obrigação social dos chefes. No universo dos crimes passionais, o macho (que, dizem, é “adúltero por natureza”) é invariavelmente favorecido pela justiça “dos homens” quando mata a suposta traidora pela honra ou por ter sido rejeitado.
E na política? Luiza Erundina foi a primeira brasileira a ser eleita para comandar uma cidade com dimensões de um país. Mal foi empossada, e começaram a surgir mexericos (de homens e mulheres) rotulando-a de lésbica como que justificando o exercício do seu cargo. Marta Suplicy sofreu perseguição implacável do machismo paulista mesmo tendo criado benefícios inesquecíveis para a população mais carente. Como esquecer do Bilhete Único ou dos CEUS (que, infelizmente, Serra&Kassab destruíram)? Ou de como enfrentou e expulsou os homens da máfia das empresas de ônibus urbano organizadas nas gestões da dupla Maluf-Pitta?
A mulher sempre teve que provar ter o dobro da capacidade para receber a metade do reconhecimento… Principalmente no Brasil. Basta mencionar que o direito de votar, conquistado em 1932, pasmem, só valia com o consentimento do marido! Até hoje, a lei brasileira proíbe o aborto por considerar que a mulher não tem autonomia, também, sobre o seu próprio corpo. Sem falar dos argumentos da igreja…
Nas décadas de 60 e 70, depois de muitas batalhas, as mulheres conquistaram liberdade e direitos iguais aos dos homens através dos movimentos feministas e a chegada da pílula anticoncepcional foi um marco histórico: deu à mulher independência para decidir sobre a gravidez. Na Europa e EUA e ativistas como Simone de Beauvoir e Betty Friedan levantaram a bandeira pela libertação feminina da secular opressão machista. No Brasil, o regime militar, que não permitia organizações sociais de nenhuma espécie (muito menos feministas!), adiou até 1981 nossa adesão à Convenção da ONU para a Igualdade de Direitos da Mulher firmada duas décadas antes no resto do mundo ocidental.
Mas, infelizmente, aquela geração não soube manter e passar adiante estas conquistas. Hoje muitas mulheres voltaram a ser “do lar” ou à condição de submissas ao “marido-chefe”. Não fosse o voto obrigatório, nem compareciam às urnas. Poucas se impõem em rodas onde o assunto é política. Desinteressadas, delegam aos homens as decisões eleitorais da família e, com isso, acabam favorecendo a continuidade de várias distorções sociais.
Hoje, Dilma Rousseff sofre duplo preconceito: por ser mulher e por ter enfrentado o regime militar. Na Internet por exemplo, ela já enfrenta o pior dos inimigos, o mais covarde e abominável: aquele anônimo escroto, mercenário que é pago para enviar e-mails a milhares de pessoas contendo mentiras bizarras, atribuindo a Dilma crimes bárbaros, caluniando sua sexualidade e debochando do período em que foi presa e torturada pela ditadura. Na campanha fora da Internet não deixarão por menos. Usarão o mesmo tom de baixaria machista e preconceituosa.
Fato é que mais da metade dos votos em 3 de outubro próximo virá das mulheres. Fato é que, segundo as últimas pesquisas, mais da metade delas não quer dar seu voto a Dilma Rousseff (mesmo que a outra opção seja aquela fraude literalmente anêmica…). Fato é que José Serra – que, como disse Ciro Gomes, “é capaz de passar com um trator por cima da mãe para ser eleito”- vai tirar proveito do machismo de homens e mulheres em sua campanha, sem um pingo de pudor, mandando Dilma “de volta para a cozinha”, digamos assim. Mesmo se vier com Kátia Abreu de vice – mulher selvagem, latifundiária, que tomou as terras de muitos camponeses no Amapá, na “porrada” – seus marqueteiros vão se desdobrar em atacar a adversária pela ótica machista sem atingir sua própria eventual vice.
Aparentemente, no caso de Dilma, muitas mulheres ainda não levam em conta as qualificações, o programa de governo, a história de vida ou o momento de grandes conquistas que o país atravessa sob o governo do qual faz parte. Aceitam facilmente os argumentos do preconceito mais burro, mesmo sabendo-o burro! Parece até que, inconscientemente, levarão para a cabine de votação a chance de livrarem-se de uma rival. E nesse ponto temos que admitir que muitos homens ajudaram a criar essa rivalidade através de suas práticas adulteras “perdoáveis pela sociedade”.
Então, a grande questão que se coloca nestas eleições é: será que estas mulheres vão conseguir superar a instinto de rivalidade, quase inerente à sua natureza, e enxergar em Dilma a melhor opção para dar continuidade, ampliar e aprofundar as inegáveis conquistas do governo Lula? E, de quebra, resgatar a auto-estima que muitas mulheres andaram perdendo?
É bem verdade que pessoas como a própria Kátia Abreu, Yeda Crusius, Regina Duarte, Hebe Camargo, Ivete Sangalo ou Ana Maria Braga, desencorajam… mesmo que a mídia use todo seu arsenal habitual de cosméticos para esconder suas rugas morais.
Devemos esperar que, numa gestão Dilma Rousseff, o tom do seu mandato faça o país avançar um pouco mais, também, na questão da justiça quanto aos direitos e deveres de ambos os sexos em vários aspectos:
o social, do sexo que caminha novamente para deixar de ser frágil
“sem jamais perder a ternura”,
o da igualdade de oportunidades e salários justos na profissão,
elevando o nível nas empresas e
o da justiça familiar na divisão de tarefas domésticas e educação dos filhos,
resultando em mais harmonia nos lares brasileiros.
Além disso é mais provável, obrigatório até, que a justiça neste país avance e passe a condenar com mais rigor o macho covarde – agressor e assassino da mãe dos seus filhos, namorada ou amante – se governado por uma mulher. E neste ponto, nossa justiça estacionou, emperrada na idade média. Exemplos não faltam, todos sabemos.
Portanto, caro leitor, se você é a favor de eleger Dilma Rousseff para ser a próxima presidenta do Brasil, também pelas razões acima, sugiro que vá para casa, não sem antes providenciar um mimo sincero para sua mulher. Diga a ela o quanto a ama e a respeita. Enumere todos os motivos que a tornam única e especial em sua vida e deixe-a descobrir o quanto colaborou para seu sucesso pessoal e profissional. Faça com que ela não mais sinta as outras à volta como rivais que podem tomar-lhe o marido se for fraco de caráter e fácil de seduzir. Faça isso diariamente. Não apenas até 3 de outubro, mas para sempre. Mesmo até, que a morte os separe.
Estes conselhos, claro, valem também para os que votarão em Serra, que ninguém é perfeito! (Mas cá entre nós, ainda bem que o voto é secreto. E optar por Dilma Rousseff, mesmo contrariando o maridão, jamais configure adultério).
do: o que será que me dá