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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, outubro 07, 2010
Verdade
entrevista de Lula aoTerra
No governo Lula não se joga sujeira pra debaixo do tapete. Governo demitiu 289 servidores este ano por irregularidades
De janeiro a setembro, o governo já demitiu 289 servidores, envolvidos em irregularidades, afirma a CGU (Controladoria-Geral da União). Outros 35 perderam o cargo comissionado e 35 tiveram a aposentadoria cassada.
Desde o início do governo Lula, em 2003, 2.752 funcionários foram expulsos por envolvidos em práticas ilícitas.
O levantamento da CGU mostra que foram 2.358 servidores foram demitidos, 219 funcionários comissionados foram destituídos dos cargos e 175 tiveram a aposentadoria cassada.
O principal motivo de expulsão foi o uso do cargo para obtenção de vantagens --1.440 dos casos.
A improbidade administrativa vem em seguida com 788 casos, enquanto as situações de recebimento de propina somaram 253.
*amigosdoPresidenteLula
Cultura popular é a cultura do povo.
A elite tucana não investiu em cultura popular
Cultura popular é a cultura do povo. É o resultado de uma interação contínua entre pessoas de determinadas regiões. Nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive e abrange inúmeras áreas de conhecimento: crenças, artes, moral, linguagem, idéias, hábitos, tradições, usos e costumes, artesanato, folclore.
O ministro da cultura, Juca Ferreira, do PV (licenciado), explica porque o governo Lula foi tão melhor, e o que é bom precisa continuar com Dilma.
Os recursos para a área de cultura saltaram de R$ 300 milhões para R$ 2,5 bilhões. São 8 vezes mais verba, e mais democratizada.
O ex-ministro da cultura, Gilberto Gil, também do PV, sabe dessa diferença, e por isso já declarou seu apoio à Dilma no segundo turno.
*CelsoJardim
*CelsoJardim
Uma Pergunta Fácil
Qual dos Palhaços acima não possui diploma?
Resposta Certa: Os três! Porém o do meio é o mais confiável!
*comtextolivre
Resposta Certa: Os três! Porém o do meio é o mais confiável!
*comtextolivre
A Klu Klux Klan brasileira está com os tucanos TFP declara apoio a José Serra
A Klu Klux Klan brasileira está com os tucanos TFP declara apoio a José Serra
Esta organização prega, entre outras coisas, que seja proibido o uso de camisinha, que seja revogada a lei do divórcio, que só seja praticado sexo para fins reprodutivos, que as mulheres sejam submissas ao homem por lei, que cultos religiosos de origem africana sejam proibidos no Brasil. A TFP também dissemina preconceito contra as demais religiões não católicas, defende que o ensino religioso seja obrigatório no ensino público.
A candidatura presidencial de José Serra (PSDB-DEM-PPS) tornou-se um porto seguro para os setores mais reacionários da sociedade. Líderes religiosos obtusos, direitistas que enaltecem a ditadura militar, elitistas que disseminam preconceito contra a população pobre, além de racistas e machistas de todos os matizes correm para manifestar apoio ao candidato tucano.
Esta gente, que costuma ser apontada como os "4%" de brasileiros que não toleram o governo Lula, está ganhando espaço cada vez maior nas hostes serristas e pode acabar afastando de Serra o eleitor progressista, sem vínculos pártidários, que optou por Marina no primeiro turno e agora está em dúvida sobre em quem votar.
Panfleto pró-TFP circula em reunião de cúpula tucana
Demonstração clara desta aproximação com a extrema-direita foi relatada pelo jornalista Fernando Rodrigues, em seu blog.
Segundo ele, um texto que incita militantes a divulgar na web que plano de Dilma inclui perseguir cristãos, legalizar aborto e prostituição circulou hoje na reunião de cúpula da campanha de José Serra, em Brasília,
Os tucanos distribuíram entre si um panfleto com instruções sobre como propagar uma campanha anti-Dilma na internet. Num dos trechos, recomenda aos militantes visitarem o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP ( Sociedade Brasileira de Defesa de Tradição, Família e Propriedade), uma das mais conservadores agremiações do país.
Esta organização prega, entre outras coisas, que seja proibido o uso de camisinha, que seja revogada a lei do divórcio, que só seja praticado sexo para fins reprodutivos, que as mulheres sejam submissas ao homem por lei, que cultos religiosos de origem africana sejam proibidos no Brasil. A TFP também dissemina preconceito contra as demais religiões não católicas, defende que o ensino religioso seja obrigatório no ensino público.
Em 1985, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou que em razão das "características esotéricas e fanáticas, e da idolatria ao seu fundador" a TFP não estava em comunhão com a Igreja Católica. Os bispos pediram aos católicos que não se juntem ou colaborem com essa organização.
No campo econômico-social a TFP defende abertamente a desigualdade de classes. Eles consideram as questões quilombola, indígena e ambiental como ataques ao direito de propriedade.
Calúnias x direitos humanos
O panfleto da TFP que foi distribuído na reunião tucana basicamente se refere ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), lançado pelo governo Lula no final do ano passado. Eis um dos trechos do panfleto divulgado na reunião tucana: “O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial”.
O blog estava dentro da sala do centro de convenções Brasil 21 na qual se realizou o encontro tucano. Por volta das 16h10, antes de a imprensa ser admitida no recinto, uma mulher com adesivo de Serra colado no peito distribuiu o bilhete. “Pega e passa”, dizia.
Era do tamanho de um papel A4 dividido ao meio. Mais tarde, uma pequena pilha (cerca de 3 cm de altura) com esses panfletos foi deixada ao lado do local onde era servido café –e a imprensa teve livre acesso. Ao final, o texto recomenda: “Divulgue esta informação através das redes sociais da internet (blogs, Orkut...)”.
Segundo as assessorias do PSDB nacional e do candidato José Serra, a confecção do panfleto não tem relação com o partido nem com a campanha tucana. Ainda assim, o papel ficou à disposição de quem tivesse interesse em pegar. Os panfletos só foram retirados um pouco depois de o Blog ter perguntado à cúpula tucana a respeito do assunto.
A candidatura presidencial de José Serra (PSDB-DEM-PPS) tornou-se um porto seguro para os setores mais reacionários da sociedade. Líderes religiosos obtusos, direitistas que enaltecem a ditadura militar, elitistas que disseminam preconceito contra a população pobre, além de racistas e machistas de todos os matizes correm para manifestar apoio ao candidato tucano.
Esta gente, que costuma ser apontada como os "4%" de brasileiros que não toleram o governo Lula, está ganhando espaço cada vez maior nas hostes serristas e pode acabar afastando de Serra o eleitor progressista, sem vínculos pártidários, que optou por Marina no primeiro turno e agora está em dúvida sobre em quem votar.
Panfleto pró-TFP circula em reunião de cúpula tucana
Demonstração clara desta aproximação com a extrema-direita foi relatada pelo jornalista Fernando Rodrigues, em seu blog.
Segundo ele, um texto que incita militantes a divulgar na web que plano de Dilma inclui perseguir cristãos, legalizar aborto e prostituição circulou hoje na reunião de cúpula da campanha de José Serra, em Brasília,
Os tucanos distribuíram entre si um panfleto com instruções sobre como propagar uma campanha anti-Dilma na internet. Num dos trechos, recomenda aos militantes visitarem o site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, um dos fundadores da TFP ( Sociedade Brasileira de Defesa de Tradição, Família e Propriedade), uma das mais conservadores agremiações do país.
Esta organização prega, entre outras coisas, que seja proibido o uso de camisinha, que seja revogada a lei do divórcio, que só seja praticado sexo para fins reprodutivos, que as mulheres sejam submissas ao homem por lei, que cultos religiosos de origem africana sejam proibidos no Brasil. A TFP também dissemina preconceito contra as demais religiões não católicas, defende que o ensino religioso seja obrigatório no ensino público.
Em 1985, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou que em razão das "características esotéricas e fanáticas, e da idolatria ao seu fundador" a TFP não estava em comunhão com a Igreja Católica. Os bispos pediram aos católicos que não se juntem ou colaborem com essa organização.
No campo econômico-social a TFP defende abertamente a desigualdade de classes. Eles consideram as questões quilombola, indígena e ambiental como ataques ao direito de propriedade.
Calúnias x direitos humanos
O panfleto da TFP que foi distribuído na reunião tucana basicamente se refere ao PNDH-3 (Programa Nacional de Direitos Humanos), lançado pelo governo Lula no final do ano passado. Eis um dos trechos do panfleto divulgado na reunião tucana: “O PNDH-3 é um projeto de lei que tem por objetivo implantar em nossas leis a legalização do aborto, acabar com o direito da propriedade privada, limitar a liberdade religiosa, perseguir cristãos, legalizar a prostituição (e onde fica a dignidade dessas mulheres?), manipular e controlar os meios de comunicação, acabar com a liberdade de imprensa, taxas sobre fortunas o que afastará investimentos, dentre outros. É um decreto preparatório para um regime ditatorial”.
O blog estava dentro da sala do centro de convenções Brasil 21 na qual se realizou o encontro tucano. Por volta das 16h10, antes de a imprensa ser admitida no recinto, uma mulher com adesivo de Serra colado no peito distribuiu o bilhete. “Pega e passa”, dizia.
Era do tamanho de um papel A4 dividido ao meio. Mais tarde, uma pequena pilha (cerca de 3 cm de altura) com esses panfletos foi deixada ao lado do local onde era servido café –e a imprensa teve livre acesso. Ao final, o texto recomenda: “Divulgue esta informação através das redes sociais da internet (blogs, Orkut...)”.
Segundo as assessorias do PSDB nacional e do candidato José Serra, a confecção do panfleto não tem relação com o partido nem com a campanha tucana. Ainda assim, o papel ficou à disposição de quem tivesse interesse em pegar. Os panfletos só foram retirados um pouco depois de o Blog ter perguntado à cúpula tucana a respeito do assunto.
A democracia de José Serra: Criança de 9 anos é agredida porque pais votam em Dilma!
Quando os pais transmitem seus ódios aos filhos contra Dilma, não estamos mais numa sociedade democrática rompem-se os laços. Vamos criar nossos filhos com amor, não com ódio. Eleições passam, marcas ficam.
-
1) Minha filha de 9 anos estuda numa escola cristã classe média de SP, hoje foi vítima de bulliyng pesado porque defendeu Dilma;
2) Ela foi importunado por coleguinhas cujos pais votaram no Serra. Começaram zoando que Dilma perdeu;
3) Minha filha revidou dizendo que tinha mais eleição, eles começaram a gritar “Dilma Assassina”, que ela foi presa, que roubava que mata crianças;
4) Minha filha tentando fugir desta turminha e sendo caçada, levou soco, chutaram e pisaram na mochila dela não paravam de gritar
Ao chegar no carro ela contou para sua mãe e ainda estava em prantos, não por ter recebido soco, mas porque não conseguia se livrar da malta selvagem que lhe atacavam. Cheguei em casa ela me contou o caso, fique assustado com este ódio, com esta campanha infame e pelos pais EDUCADOS, que no caso da escola têm curso superior, ganham em média de R$12 a 15 mil por mês, mas ensinam aos filhos pequenos que Dilma é BANDIDA, onde vamos parar?
Nem 1989 Collor ousou pregar o ódio de forma tão aberta. No meio das coisas que diziam para minha filha é Dilma ia matar crianças com aborto. Criança repetindo Dilma Bandida, Assassina, que mata crianças.
Pior tive que explicar porque Dilma foi presa, em que condições o país vivia na ditadura, o que é uma ditadura, o que é o aborto. Imagem desoladora, vontade de chorar diante deste ódio. Eles transformaram as eleições num inferno, em SP, classe média, perdeu a noção. Não dar mais para ficar calado. Reflete o q os pais falam em casa, criança não cria estas coisas da cabeça, onde estamos?
Da classe dela de 21 alunos, 4 dizem que os pais votaram na Dilma…aí são vítimas dos demais. coisa raivosa. Vou preservar nome da escola.
Isto é um desabafo, estou absolutamente revoltado. Os pais sabem que somos de esquerda, nos respeitem. Entendam o que relatei é um alerta para campanha de ódio que estamos sendo vítimas, não existe limite ético, é fascismo aberto.
Quando os pais transmitem seus ódios aos filhos contra Dilma, Não estamos mais numa sociedade democrática rompem-se os laços.Vamos criar nossos filhos com amor, não com ódio. Eleições passam, marcas ficam.
A Gênese do Neo-Fascismo
No espaço Wilhelm Reich (http://espacowilhelmreich.com.br/artigos.php?c=18) encontrei esta definição sobre a natureza psicológica do Fascismo:
“Na história da humanidade não é difícil encontrar inúmeros exemplos de processos de praga emocional em ação. O surgimento do fascismo na Alemanha nazista seria um excelente exemplo. O termo praga se refere à natureza contagiosa da histeria social e à dificuldade de se resistir a ela. Em seu livro A Psicologia de Massas do Fascismo, Reich já havia tentado compreender o surgimento do nazismo. Para ele o fascismo político seria a expressão social de um fascismo básico, emocional e individual. Poderia ser encontrado em todos os credos religiosos, podendo ocorrer mesmo em grupos de pessoas cujos objetivos conscientes tivessem um caráter extremamente positivo.”
Além disto, revejo como didaticamente, os meios de comunicações vão degradando o espaço da informação, substituindo pela corrosiva luta política apelativa, sem noção do mal que carrega para sociedade, na tentativa de atingir o Governo atual e sua candidata não se negaram a publicar falsas notícias com o intuito claro de macular a imagem dela:
1) Ficha falsa da Dilma na Folha de SP, sem jamais se retratar;
2) Chamada de capa para artigo de Cesar Benjamin dizendo que Lula tentou violar um preso quando se encontrava preso (Menino do MEP);
3) Revista Época publica a imagem da Dilma “guerrilheira”;
4) Várias capas da Veja com os “radicais” do PT em forma de demônios;
5) Estadão publica editorial apoiando Serra, em que nomeia Dilma como o “Mal a evitar”;
6) Questão do aborto tratada sem a devida posição real do que Dilma pensa;
As centenas de emails falsos sobre a vida pessoal da Dilma, seu “lesbianismo”, sobre querer “matar as criancinhas” (Palavras de Mônica Serra em Nova Iguaçu-RJ) Vejam a lista no link (http://arnobiorocha.wordpress.com/2010/10/05/todos-os-emails-falsos-sobre-dilma-rousseff) . Isto combinado com os vídeos que o PSDB produziu e postou no Youtube (http://www.youtube.com/watch?v=FJ7kFXeII44&feature=player_embedded) e não teve coragem suficiente de pôr na TV. Os trolls que atacam sem a menor capacidade de debate político, que apenas reforçam o ódio, atacam a honra e a imagem de cada um de nós
Por tudo isto vejo de onde vem todo este ódio, o Fascismo redivivo, que é protegido por uma mídia cada vez mais ardente por SANGUE e ÓDIO. Mas não dobrarão nossa vontade indômita de lutar por um mundo melhor e um Brasil mais justo.
Postado por André Lux-
1) Minha filha de 9 anos estuda numa escola cristã classe média de SP, hoje foi vítima de bulliyng pesado porque defendeu Dilma;
2) Ela foi importunado por coleguinhas cujos pais votaram no Serra. Começaram zoando que Dilma perdeu;
3) Minha filha revidou dizendo que tinha mais eleição, eles começaram a gritar “Dilma Assassina”, que ela foi presa, que roubava que mata crianças;
4) Minha filha tentando fugir desta turminha e sendo caçada, levou soco, chutaram e pisaram na mochila dela não paravam de gritar
Ao chegar no carro ela contou para sua mãe e ainda estava em prantos, não por ter recebido soco, mas porque não conseguia se livrar da malta selvagem que lhe atacavam. Cheguei em casa ela me contou o caso, fique assustado com este ódio, com esta campanha infame e pelos pais EDUCADOS, que no caso da escola têm curso superior, ganham em média de R$12 a 15 mil por mês, mas ensinam aos filhos pequenos que Dilma é BANDIDA, onde vamos parar?
Nem 1989 Collor ousou pregar o ódio de forma tão aberta. No meio das coisas que diziam para minha filha é Dilma ia matar crianças com aborto. Criança repetindo Dilma Bandida, Assassina, que mata crianças.
Pior tive que explicar porque Dilma foi presa, em que condições o país vivia na ditadura, o que é uma ditadura, o que é o aborto. Imagem desoladora, vontade de chorar diante deste ódio. Eles transformaram as eleições num inferno, em SP, classe média, perdeu a noção. Não dar mais para ficar calado. Reflete o q os pais falam em casa, criança não cria estas coisas da cabeça, onde estamos?
Da classe dela de 21 alunos, 4 dizem que os pais votaram na Dilma…aí são vítimas dos demais. coisa raivosa. Vou preservar nome da escola.
Isto é um desabafo, estou absolutamente revoltado. Os pais sabem que somos de esquerda, nos respeitem. Entendam o que relatei é um alerta para campanha de ódio que estamos sendo vítimas, não existe limite ético, é fascismo aberto.
Quando os pais transmitem seus ódios aos filhos contra Dilma, Não estamos mais numa sociedade democrática rompem-se os laços.Vamos criar nossos filhos com amor, não com ódio. Eleições passam, marcas ficam.
A Gênese do Neo-Fascismo
No espaço Wilhelm Reich (http://espacowilhelmreich.com.br/artigos.php?c=18) encontrei esta definição sobre a natureza psicológica do Fascismo:
“Na história da humanidade não é difícil encontrar inúmeros exemplos de processos de praga emocional em ação. O surgimento do fascismo na Alemanha nazista seria um excelente exemplo. O termo praga se refere à natureza contagiosa da histeria social e à dificuldade de se resistir a ela. Em seu livro A Psicologia de Massas do Fascismo, Reich já havia tentado compreender o surgimento do nazismo. Para ele o fascismo político seria a expressão social de um fascismo básico, emocional e individual. Poderia ser encontrado em todos os credos religiosos, podendo ocorrer mesmo em grupos de pessoas cujos objetivos conscientes tivessem um caráter extremamente positivo.”
Além disto, revejo como didaticamente, os meios de comunicações vão degradando o espaço da informação, substituindo pela corrosiva luta política apelativa, sem noção do mal que carrega para sociedade, na tentativa de atingir o Governo atual e sua candidata não se negaram a publicar falsas notícias com o intuito claro de macular a imagem dela:
1) Ficha falsa da Dilma na Folha de SP, sem jamais se retratar;
2) Chamada de capa para artigo de Cesar Benjamin dizendo que Lula tentou violar um preso quando se encontrava preso (Menino do MEP);
3) Revista Época publica a imagem da Dilma “guerrilheira”;
4) Várias capas da Veja com os “radicais” do PT em forma de demônios;
5) Estadão publica editorial apoiando Serra, em que nomeia Dilma como o “Mal a evitar”;
6) Questão do aborto tratada sem a devida posição real do que Dilma pensa;
As centenas de emails falsos sobre a vida pessoal da Dilma, seu “lesbianismo”, sobre querer “matar as criancinhas” (Palavras de Mônica Serra em Nova Iguaçu-RJ) Vejam a lista no link (http://arnobiorocha.wordpress.com/2010/10/05/todos-os-emails-falsos-sobre-dilma-rousseff) . Isto combinado com os vídeos que o PSDB produziu e postou no Youtube (http://www.youtube.com/watch?v=FJ7kFXeII44&feature=player_embedded) e não teve coragem suficiente de pôr na TV. Os trolls que atacam sem a menor capacidade de debate político, que apenas reforçam o ódio, atacam a honra e a imagem de cada um de nós
Por tudo isto vejo de onde vem todo este ódio, o Fascismo redivivo, que é protegido por uma mídia cada vez mais ardente por SANGUE e ÓDIO. Mas não dobrarão nossa vontade indômita de lutar por um mundo melhor e um Brasil mais justo.
*Tudoemcima
O samba enredo da TFP- na irreverência do Lingua de Trapo
O slogan da TV. Brasil é : quando a realidade parece ficção é hora de fazer documentário.Parafraseando a TV. Brasil eu proponho, quando lemos notícias como a postada abaixo é hora de fazer humor.
O grupo Lingua de Trapo, conhecido nos meios alternativos paulistas na década de 80 fizeram humor e crítica social com maestria.
O samba enredo da TFP, que no álbum ficou da TRP é inesquecível e aproprado para este momento político.
Vamos cantar com o Lingua de Trapo:
TRP pede passagem, pra mostrar sua bateria
E seu passado de coragem, defendendo a Monarquia
Salve Pinus Zorreira Zorrileira, precursor da linha-dura
Grande baluarte da ditadura
Legislador da Inquisição, implacável justiceiro
Homem de grande erudição, lia Mein Kampf no banheiro
No tribunal de Nuremberg, defendeu o Mussolini
Sob os auspícios do Lindenberg
E hoje ele se preocupa com a infiltração comunista
No clero progressista (e o Lefebvre)
Lefebvre, fiel companheiro incomparável amigo,
Irrepreensível mentor
Exerce completo fascínio e vai incutindo em Plinus
O gênio conservador
Digno de um poema do Ezra Pound, quer que o
Brasil se transforme num imenso Play Ground
No carnaval a escola comemora nascimento de Nossa Senhora
E a defesa da tradição, cantando esse refrão:
Anauê, Anauê, Anauá, TRP acabou de chegar (repete)
E hoje sou fascista na avenida, minha escola é a mais querida
Dos reaça nacional (repete)
Plim, plim, plim, plim, plim, plim, plim, plim, plim,
Era assim que a vovó seu Plinus chamava
*Brasilmobilizado
quarta-feira, outubro 06, 2010
Sugestão para o primeiro programa de Dilma
Sugestão para o primeiro programa de Dilma
Coloco aí ao lado duas imagens, que certamente a campanha de Dilma terá como mostrar de forma muito mais didática, em vídeo, no primeiro programa.
A imagem de cima, a da plataforma P -57, que terá seu casco batizado amanhã, em Angra dos Reis (RJ) pelo presidente Lula. Custou US$ 1,2 bilhão, 60% do valor inicialmente previsto e, apesar do casco produzido em Cingapura, tem um índice de 68% de nacionalização.
A de baixo, a P-36, pouco antes de afundar, em 2001. Construída na Itália, com o nome de Spirit of Columbus, foi arrendada pela Petrobras de FHC em 1997, reformada no Canadá e submergiu no mar de Campos, matando mais de uma dezena de petroleiros. Só a reforma havia custado US$ 356 milhões.
Não há comparação mais didática entre o Brasil de hoje, que prepara o de amanhã, com Dilma e o Brasil de ontem, de FHC, que Serra quer ressuscitar.
Nada de entrar no “trololó″ da pauta da mídia serrista. Nada de ficar alimentando a discussão sobre os temas que usam para encobrir sua falta de propostas e projetos para o Brasil.
* Tijolaço
DIFERENÇAS
FHC queria chamar a Petrobrás de ‘Petrobrax’ para torná-la ' mais palatável aos mercados'.
Lula batiza hoje uma plataforma com o nome de Apolonio de Carvalho e festeja a soberania no pré-sal
Em 2002, em Angra dos Reis, o candidato Lula fuzilou a política tucana de terceirizar encomendas da Petrobrás a estaleiros no exterior, gerando falências na indústria naval e a demissão de cerca de 30 mil trabalhadores brasileiros. Nesta 5º feira, o Presidente Lula volta Angra dos Reis para um balanço dos compromissos assumidos há oito anos. Leva trunfos respeitáveis: a] no batismo da gigantesca plataforma P 57 –que terá o nome do legendário Apolonio de Carvalho-- ele poderá festejar um índice de nacionalização superior a 65% (exceto casco e grandes máquinas); b] a Petrobrás em seu governo tornou-se uma das 4 principais empresas de energia do planeta, fortalecida pelo sucesso da maior capitalização da história econômica mundial; c] a parcela do Estado na empresa saltou de 39,8% para 48% e foi a 63% do capital votante; d] já aprovado, o regime de partilha do pré-sal garante o comando da Petrobrás na exploração da maior reserva de petróleo descoberta nas últimas décadas; e] se predominasse o regime de concessão defendido pelo coordenador do programa de energia de José Serra, David Zylberstajn [Valor, 06-10), essa riqueza irrigaria os circuitos das petroleiras internacionais, mas sobraria pouco para investir no país e no seu povo, como defende Lula ; f] graças à soberania brasileira no pré-sal, as encomendas de embarcações, plataformas, sondas e outros equipamentos vão rechear a carteira de pedidos do parque naval brasileiro ao longo de muito anos; g] hoje, a indústria naval já emprega 45 mil trabalhadores, vinte vezes mais do que o saldo deixado pelo governo FHC, que teve Zylberstajn na Agencia Nacional de Petróleo e José Serra, no ministério do Planejamento.
FHC queria chamar a Petrobrás de ‘Petrobrax’ para torná-la ' mais palatável aos mercados'.
Lula batiza hoje uma plataforma com o nome de Apolonio de Carvalho e festeja a soberania no pré-sal
Em 2002, em Angra dos Reis, o candidato Lula fuzilou a política tucana de terceirizar encomendas da Petrobrás a estaleiros no exterior, gerando falências na indústria naval e a demissão de cerca de 30 mil trabalhadores brasileiros. Nesta 5º feira, o Presidente Lula volta Angra dos Reis para um balanço dos compromissos assumidos há oito anos. Leva trunfos respeitáveis: a] no batismo da gigantesca plataforma P 57 –que terá o nome do legendário Apolonio de Carvalho-- ele poderá festejar um índice de nacionalização superior a 65% (exceto casco e grandes máquinas); b] a Petrobrás em seu governo tornou-se uma das 4 principais empresas de energia do planeta, fortalecida pelo sucesso da maior capitalização da história econômica mundial; c] a parcela do Estado na empresa saltou de 39,8% para 48% e foi a 63% do capital votante; d] já aprovado, o regime de partilha do pré-sal garante o comando da Petrobrás na exploração da maior reserva de petróleo descoberta nas últimas décadas; e] se predominasse o regime de concessão defendido pelo coordenador do programa de energia de José Serra, David Zylberstajn [Valor, 06-10), essa riqueza irrigaria os circuitos das petroleiras internacionais, mas sobraria pouco para investir no país e no seu povo, como defende Lula ; f] graças à soberania brasileira no pré-sal, as encomendas de embarcações, plataformas, sondas e outros equipamentos vão rechear a carteira de pedidos do parque naval brasileiro ao longo de muito anos; g] hoje, a indústria naval já emprega 45 mil trabalhadores, vinte vezes mais do que o saldo deixado pelo governo FHC, que teve Zylberstajn na Agencia Nacional de Petróleo e José Serra, no ministério do Planejamento.
(Carta Maior e o confronto entre dois projetos de país; 07-10)
Mas as coisas não são assim, é há muitos danos decorrentes de termos ido ao segundo turno.
Dilma, eleita no primeiro turno, seria dona de tanta força política na composição do Governo que esta perspectiva deixou muita gente, na base aliada e na sociedade, temerosa.
A mídia, indisfarçadamente, explorou este temor.
As “ondas” de exploração política da questão religiosa e as denúncias de corrupção já são, hoje, armas usadas. Ainda produzem efeito, mas já não surpreendem. O mês de campanha vai se encarregar de dissolve-las em grande parte.
Precisamos achar o foco deste segundo turno, o elemento que vai ajudar o povo brasileiro a perceber o que está em jogo e se posicionar numa decisão.
Porque, agora, sim, é uma decisão que não se pode protelar.
E acho que temos algo diante de nós que, embora contenha a opção popular que Dilma representa, é mais ampla e mais capaz de unir.
O mesmo que fez o povo brasileiro compreender aquilo que iria escolher em 2006.
E agora, com essa imensa riqueza do pré-sal, que ganha uma evidência muito maior.
Este diferencial é o nacionalismo.
Dilma significa um Brasil independente; Serra significa o neocolonialismo.
Dilma significa que o petróleo vai deixar aqui seus frutos; Serra, a tentativa de completar a entrega que Fernando Henrique tentou e, em parte, fez.
Serra pode jurar de pés juntos que não entregará o Brasil, como Alckmin negou que pretendesse privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil. São juras falsas e mesmo os eleitores que se deixaram levar pela ilusão no voto em Marina Silva o percebe.
Nada evidencia mais as diferenças entre Lula e Fernando Henrique, na última década e meia, que isso.
Nada diferencia mais Dilma de Serra, no futuro próximo do país, que isso.
Nada é capaz de tocar tão o fundo na nossa identidade de brasileiros, que extrapola os limites da ideologia e da classe social.
Tenho certeza de que, na sexta-feira, quando recomeçar a propaganda eleitoral, este será o eixo da campanha.
O eixo da vitória do Brasil.
*Tijolaço
Nacionalismo, o divisor de águas eleitoral
Se política e eleições fossem matemáticas, acho que todos poderíamos descansar. Afinal, bastaria que um em cada 15 eleitores de Marina Silva votasse em Dilma e a eleição estaria decidida.Mas as coisas não são assim, é há muitos danos decorrentes de termos ido ao segundo turno.
Dilma, eleita no primeiro turno, seria dona de tanta força política na composição do Governo que esta perspectiva deixou muita gente, na base aliada e na sociedade, temerosa.
A mídia, indisfarçadamente, explorou este temor.
As “ondas” de exploração política da questão religiosa e as denúncias de corrupção já são, hoje, armas usadas. Ainda produzem efeito, mas já não surpreendem. O mês de campanha vai se encarregar de dissolve-las em grande parte.
Precisamos achar o foco deste segundo turno, o elemento que vai ajudar o povo brasileiro a perceber o que está em jogo e se posicionar numa decisão.
Porque, agora, sim, é uma decisão que não se pode protelar.
E acho que temos algo diante de nós que, embora contenha a opção popular que Dilma representa, é mais ampla e mais capaz de unir.
O mesmo que fez o povo brasileiro compreender aquilo que iria escolher em 2006.
E agora, com essa imensa riqueza do pré-sal, que ganha uma evidência muito maior.
Este diferencial é o nacionalismo.
Dilma significa um Brasil independente; Serra significa o neocolonialismo.
Dilma significa que o petróleo vai deixar aqui seus frutos; Serra, a tentativa de completar a entrega que Fernando Henrique tentou e, em parte, fez.
Serra pode jurar de pés juntos que não entregará o Brasil, como Alckmin negou que pretendesse privatizar a Petrobras e o Banco do Brasil. São juras falsas e mesmo os eleitores que se deixaram levar pela ilusão no voto em Marina Silva o percebe.
Nada evidencia mais as diferenças entre Lula e Fernando Henrique, na última década e meia, que isso.
Nada diferencia mais Dilma de Serra, no futuro próximo do país, que isso.
Nada é capaz de tocar tão o fundo na nossa identidade de brasileiros, que extrapola os limites da ideologia e da classe social.
Tenho certeza de que, na sexta-feira, quando recomeçar a propaganda eleitoral, este será o eixo da campanha.
O eixo da vitória do Brasil.
*Tijolaço
Eleições 2010 e os aproveitadores da boa fé da crueldade
Eleições 2010 e os aproveitadores da boa fé da crueldade evangélica
O reverendo Sandro Amadeu Cerveira, da Igreja Evangélica Presbiteriana de Belo Horizonte, escreve um manifesto comentando os boatos e posicionamentos de alguns líderes evangélicos
Eleições 2010 e os aproveitadores da boa fé da crueldade evangélica
Segunda Igreja 6 de outubro de 2010 às 17:14h Por Rev. Sandro Amadeu Cerveira*Talvez eu tenha falhado como pastor nestas eleições. Digo isso porque estou com a impressão de ter feito pouco para desconstruir ou no pelo menos problematizar a onda de boataria e os posicionamentos “ungidos” de alguns caciques evangélicos. [1]
Talvez o mais grotesco tenham sido os emails e “vídeos” afirmando que votar em Dilma e no PT seria o mesmo que apoiar uma conspiração que mataria Dilma (por meios sobrenaturais) assim que fosse eleita e logo a seguir implantaria no Brasil uma ditadura comunista-luciferiana pelas mãos do filho de Michel Temer. Em outras o próprio Temer seria o satanista mor. Confesso que não respondi publicamente esse tipo de mensagem por acreditar que tamanha absurdo seria rejeitada pelo bom senso de meus irmãos evangélicos. Para além da “viagem” do conteúdo a absoluta falta de fontes e provas para estas “notícias” deveria ter levado (acreditei) as pessoas de boa fé a pelo menos desconfiar destas graves acusações infundadas. [2]
A candidata Marina Silva, uma evangélica da Assembléia de Deus, até onde se sabe sem qualquer mancha em sua biografia, também não saiu ilesa. Várias denominações evangélicas antes fervorosas defensoras de um “candidato evangélico” a presidência da república simplesmente ignoraram esta assembleiana de longa data.
Como se não bastasse, Marina foi também acusada pelo pastor Silas Malafaia de ser “dissimulada”, “pior do que o ímpio” e defender, (segundo ele), um plebiscito sobre o aborto. Surpreende como um líder da inteligência de Malafaia declare seu apoio a Marina em um dia, mude de voto três dias depois e a apenas 6 dias das eleições desconheça as proposições de sua irmã na fé.
De fato Marina Silva afirmou (desde cedo na campanha, diga-se de passagem) que “casos de alta complexidade cultural, moral, social e espiritual como esses, (aborto e maconha) deveriam ser debatidos pela sociedade na forma de plebiscito” [3], mas de fato não disse que uma vez eleita ela convocaria esse plebiscito.
O mais surpreendentemente, porém foi o absoluto silêncio quanto ao candidato José Serra. O candidato tucano foi curiosamente poupado. Somente a campanha adversária lembrou que foi ele, Serra a trazer o aborto para dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) [4]. Enquanto ministro da saúde o candidato do PSDB assinou em 1998 a norma técnica do SUS ordenando regras para fazer abortos previstos em lei, até o 5º mês de gravidez [5]. Fiquei intrigado que nenhum colega pastor absolutamente contra o aborto tenha se dignado a me avisar desta “barbaridade”.
Também foi de estranhar que nenhum pastor preocupado com a legalização das drogas tenha disparado uma enxurrada de-mails alertando os evangélicos de que o presidente de honra do PSDB, e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso defenda a descriminalização da posse de maconha para o consumo pessoal [6].
Por fim nem Malafaia, nem os boateiros de plantão tiveram interesse em dar visibilidade à notícia veiculada pelo jornal a Folha de S. Paulo (Edição eletrônica de 21/06/10) nos alertando para o fato de que “O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou nesta segunda-feira ser a favor da união civil e da adoção de crianças por casais homossexuais.” [7]
Depois de tudo isso é razoável desconfiar que o problema não esteja realmente na posição que os candidatos tenham sobre o aborto, união civil e adoção de crianças por homossexuais ou ainda a descriminalização da maconha. Se o problema fosse realmente o comprometimento dos candidatos e seus partidos com as questões acima os líderes evangélicos que abominam estas propostas não teriam alternativa.
A única postura coerente seria então pregar o voto nulo, branco ou ainda a ausência justificada. Se tivessem realmente a coragem que aparentam em suas bravatas televisivas deveriam convocar um boicote às eleições. Um gigantesco protesto a-partidário denunciando o fato de que nenhum dos candidatos com chances de ser eleitos tenha realmente se comprometido de forma clara e inequívoca com os valores evangélicos. Fazer uma denúncia seletiva de quem está comprometido com a “iniquidade” é, no mínimo, desonesto.
Falar mal de candidato A e beneficiar B por tabela (sendo que B está igualmente comprometido com os mesmo “problemas”) é muito fácil. Difícil é se arriscar num ato conseqüente de desobediência civil como fez Luther King quando entendeu que as leis de seu país eram iníquas.
Termino dizendo que não deixarei de votar nestas eleições.
Não o farei por ter alguma esperança de que o Estado brasileiro transforme nossos costumes e percepções morais em lei criminalizando o que consideramos pecado. Aliás tenho verdadeiro pavor de abrir esse precedente.
Não o farei porque acredite que a pessoa em quem votarei seja católica, cristã ou evangélica e isso vá “abençoar” o Brasil. Sei, como lembrou o apóstolo Paulo, que se agisse assim teria de sair do mundo.
Votarei consciente de que os temas aqui mencionados (união civil de pessoas do mesmo sexo, descriminalização do aborto, descriminalização de algumas drogas entre outras polêmicas) não serão resolvidos pelo presidente ou presidenta da república. Como qualquer pessoa informada sobre o tema, sei que assuntos assim devem ser discutidos pela sociedade civil, pelo legislativo e eventualmente pelo judiciário (como foi o caso da lei de biossegurança) [8] com serenidade e racionalidade.
Votarei na pessoa que acredito representa o melhor projeto político para o Brasil levando em conta outras questões (aparentemente esquecidas pelos lideres evangélicos presentes na mídia) tais como distribuição de renda, justiça social, direitos humanos, tratamento digno para os profissionais da educação, entre outros temas. (Ver Mateus 25: 31-46) Estas questões até podem não interessar aos líderes evangélicos e cristãos em geral que já ascenderam à classe média alta, mas certamente tem toda a relevância para nossos irmãos mais pobres.
*CartaCapital
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