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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, janeiro 31, 2012

Lição de história: A Cuba que Dilma visita

Aqueles que se preocupam com o sistema politico interno de Cuba, tem que olhar não para Havana, mas para Washington. Ninguém pode pedir a Cuba relaxar seus mecanismos de segurança interna, sendo vítima do bloqueio e das agressões da mais violenta potência imperial da história da humanidade.



- por Emir Sader, em seu blog

Assim que Fidel e seus companheiros tomaram o poder e o governo dos EUA acentuou suas articulações para tratar de derrubar o novo poder, a grande burguesia cubana e uma parte da classe média alta foram se refugiar em Miami. Bastava esperar que mais um governo rebelde capitulasse diante das pressões norte-americanas ou fosse irremediavelmente derrubado. Afinal, nenhum governo latinoamericano rebelde tinha conseguido sobreviver. Poucos anos antes Getulio Vargas tinha se suicidado e Peron tinha abandonado o governo. Os dois governos da Guatemala que tinham ousado colocar em prática uma reforma agrária contra a United Fruis – hoje reciclada no nome para Chiquita -, sofreram um violento golpe militar.

Como um governo cubano rebelde, em plena guerra fria, a 110 quilômetros do império, conseguiria sobreviver? Cuba era o modelo do “pátio traseiro” dos EUA. Era ali que a burguesia cubana passava suas férias como se estivesse numa colônia sua. Era ali que os filmes de Hollywood encontravam os cenários para os seus melosos filmes sentimentais. Era ali que um aristocrata cubano tinha importado Esther Williams para inaugurar sua casa no centro de Havana, mergulhando numa piscina cheia de champanhe.

Era em Cuba que os milionários norteamericanos desembarcavam com seus iates diretamente aos hotéis com cassinos ou às suas casas, sem sequer passar pelas alfândegas. Era ali que os marinheiros norteamericanos se embebedavam e ofendiam os cubanos de todas as formas possíveis. Era para Cuba que a Pan American inaugurou seus vôos internacionais. Era ali que as construtoras de carros norte-americanas testavam seus novos modelos, um ano antes de produzi-los nos EUA. Foi em Cuba que a máfia internacional fez seu congresso mundial no fim da segunda guerra, para repartir os seus mercados internacionais, evento para o qual contrataram o jovem cantor Frank Sinatra para animar suas festas. Em suma, Cuba era um protetorado norteamericano.

Os que abandonaram o país deixaram suas casas intactas, fecharam as portas, pegaram o dinheiro que ainda tinham guardado e foram esperar em Miami que o novo governo fosse derrubado e pudessem retomar normalmente sua vida num país de que se consideravam donos, associados aos gringos.

Há um bairro em Miami que se chama Little Havana, onde os nostálgicos ficam olhando para o sul, cada vez menos esperançosos de que possam retornar a uma ilha que já não podem reconhecer, pelas transformações radicais que sofreu. Participaram das tentativas de derrubada do regime, a mais conhecida delas a invasão na Baía dos Porcos, que durou 72 horas, mesmo se pilotada e protagonizada pelos EUA – presidido por John Kennedy naquele momento. Os EUA tiveram que mandar alimentos para crianças para conseguir recuperar os presos da invasão, numa troca humanitária.

Cuba mudou seu destino com a revolução, conseguiu ter os melhores índices sociais do continente, mesmo como país pequeno, pobre, ao lado dos EUA, que mantem o mais longo bloqueio da história – há mais de 50 anos -, tentando esmagar a Ilha.

Durante um tempo Cuba pode apoiar-se na integração ao planejamento conjunto dos países socialistas, dirigida pela URSS, que lhe propiciava petróleo e armamento, além de mercados para seus produtos de exportação. O fim da URSS e do campo socialista aparecia, para alguns, como o fim de Cuba. Depois da queda sucessiva dos países do leste europeu, a imprensa ocidental se deslocou para Cuba, instalou-se em Havana Livre, ficaram tomando mojitos e daiquiris, esperando para testemunhar a ansiada queda do regime cubano. (Entre eles estava Pedro Bial e a equipe da Globo.)

Passaram-se 23 anos e o regime cubano está de pé. Desde 1959, 10 presidentes já passaram pela Casa Branca e tiveram que conviver com a Revolução Cubana – de que todos eles previram o fim.

Cuba teve que se reciclar para sobreviver sem poder participar do planejamento coletivo dos países socialistas. Cuba teve que fazer um imenso esforço, sem cortar os direitos sociais do seu povo, sem fechar camas de hospitais, nem salas de aulas, ao invés da URSS de Gorbachev, que introduziu pacotes de ajuste e terminou acelerando o fim do regime soviético.

É essa Cuba que a Dilma vai encontrar. Em pleno processo de reciclagem de uma economia que necessita adaptar suas necessidades às condições do mundo contemporâneo. Em que Cuba intensificou seu comércio com a Venezuela, a Bolívia, o Equador – através da Alba -, assim como com a China, o Brasil, entre outros. Mas que necessita dar um novo salto econômico, para o que necessita de mais investimentos.

Necessita também aumentar sua produtividade, para o que requer incentivar o trabalho, de acordo com as formulações de Marx na Critica do Programa de Gotha, de que o principio do socialismo é o de que “a cada um conforme o seu trabalho”, afim de gerar as condições do comunismo, em que a fartura permitira atender “a cada um conforme suas necessidades”.

Cuba busca seus novos caminhos, sem renunciar a seu profundo compromisso com os direitos sociais para toda a população, a soberania nacional e a solidariedade internacional. Cuba segue desenvolvendo suas políticas solidárias, que permitiram o fim do analfabetismo na Venezuela e na Bolívia e o avanço decisivo nessa direção em países como o Equador e a Nicarágua.


Cuba mantem sempre, há mais de dez anos, a Escola Latinoamericana de Medicina, que já formou na melhor medicina social do mundo, de forma gratuita, a milhares de jovens originários de comunidades carentes todo o continente – incluídos os EUA. Cuba promove a Operação Milagre, que ja’ permitiu que mais de 3 mil latino-americanos pudessem recuperar plenamente sua visão.

Cuba é um sociedade humanista, que privilegia o atendimento das necessidades dos seus cidadãos e dos de todos os outros países necessitados do mundo. Que busca combinar os mecanismos de planejamento centralizado com incentivos a iniciativas individuais e a atração de investimentos, na busca de um novo modelo de crescimento, que preserve os direitos adquiridos pela Revolução e permite um novo ciclo de expansão econômica.

Aqueles que se preocupam com o sistema politico interno de Cuba, tem que olhar não para Havana, mas para Washington. Ninguém pode pedir a Cuba relaxar seus mecanismos de segurança interna, sendo vítima do bloqueio e das agressões da mais violenta potência imperial da história da humanidade. A pressão tem que se voltar e se concentrar sobre o governo dos EUA, para o fim do bloqueio, a retirada da base naval de Guantanamo do território cubano e a normalização da relação entre os dois países.

É essa Cuba que a Dilma vai se encontrar, intensificando e ampliando os laços de amizade e os intercâmbios econômicos com Cuba. Não por acaso o Brasil só restabeleceu relações com Cuba depois que a ditadura terminou, intensificando essas relações no governo Lula e dando continuidade a essa política com o governo Dilma.
*tudoemcima

Genial: A história do imperialismo em desenho animado

Com menos de 2 minutos de duração, este desenho resume várias características do imperialismo: as promessas de prosperidade econômica à custa da própria soberania; a compra de políticos; a atuação de elementos obscuros por trás dos bastidores; a devastação ambiental, as catástrofes e a quebra do estado, que se torna incapaz de oferecer serviços básicos à população; a submissão de países pobres inteiros às grandes empresas e, o que não podia faltar, as guerras e a resistência dos povos pela luta armada.
*limpinhoecheiroso

TV Cuba Informa


*comtextolivre

OAB promove ato público em defesa do CNJ

Sanguessugado do Abra a boca, cidadão
Às vésperas do início do ano judiciário, quando o plenário do Supremo Tribunal Federal decidirá os destinos do Conselho Nacional de Justiça, protegendo mesquinhos interesses corporativistas ou cumprindo sua missão constitucional e se posicionando inequivocamente em defesa do interesse público, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil promove ato público, hoje à tarde, em Brasília.Já confirmaram presença parlamentares, juristas, membros do CNJ e entidades importantes em vários períodos decisivos do País, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e a Associação Brasileira de Imprensa.Doutor Ophir Cavalcante, Presidente Nacional da OAB: este blog cidadão e esta cidadã blogueira, vítima de um judiciário corrompido, se regozijam com o apoio que a Ordem vem oferecendo à combativa ministra-corregedora Eliana Calmon e ao CNJ, mas aproveitam a oportunidade para lembrar que além de Bandidos e Bandidas de Toga é preciso combater também a corrupção na advocacia.Já disse o grande jurista Miguel Reale Júnior que o advogado é parte essencial nos esquemas de corrupção do Judiciário: são representantes da advocacia de esgoto que fazem o "meio de campo", o leva-e-traz, entre a parte corruptora e o magistrado corrupto.Cabe à Ordem dos Advogados do Brasil também atuar intramuros, extirpando de seus quadros estes criminosos e criminosas, bandidos e bandidas de beca, disfarçados de advogados e advogadas.Em defesa do CNJ
O artigo "Em defesa do CNJ" é de autoria do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante.
O ato público que a Ordem dos Advogados do Brasil fará no próximo dia 31 de janeiro [hoje] integra o esforço da entidade de congregar a sociedade civil organizada em defesa dos pressupostos que transformaram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em símbolo mais eloquente do esforço para enfrentar a crise no Judiciário: a coordenação, o planejamento, a supervisão administrativa, enfim, a fiscalização, que não pode ser genericamente tratada como controle, mas sim como legítimo e democrático direito de proteger um dos pilares do Estado democrático de Direito.
Mas objetiva, também, sensibilizar os senhores ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja assegurada, no julgamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade, que tem como ponto central definir a amplitude de atuação do CNJ, a competência concorrente, e não subsidiária, daquele órgão com relação às Corregedorias de Justiça. Estamos convencidos de que isso pode ser feito sem a necessidade de incitar atitudes revanchistas ou irresponsáveis, nem generalizar as denúncias de condutas criminosas que, acreditamos, são pontuais e localizadas. Queremos tão-somente que continue sendo o CNJ farol da Justiça, conquista republicana em perfeita sintonia com os interesses do povo, a quem em última análise a democracia presta contas.
É preciso compreender que o CNJ não nasceu para promover uma caça às bruxas, nem perseguir ninguém. Ele nasceu para planejar e extirpar alguns tumores que ameaçavam se alastrar por todo o corpo do Judiciário. Tentativas de diminuir o seu poder, sobretudo no que se refere à competência de realizar inspeções em tribunais, fiscalizar e punir condutas impróprias de magistrados, refletem o incômodo que essa nova realidade impôs a alguns setores pouco habituados a agir com transparência. Mais fácil seria se o CNJ fosse um órgão doente, burocrático, e que seus membros aguardassem, com servil paciência, os relatórios e prestação de contas produzidos na velocidade e nos termos que cada Corte julgar conveniente.
Nunca se pretendeu retirar a competência dos controles internos existentes, porém devemos lembrar que foi justamente em decorrência de sua duvidosa eficácia que já se promoveu, no passado, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no âmbito do Legislativo, submetendo o Judiciário a um penoso processo de investigação. Não queremos que isto se repita.
O CNJ tem sido, ao longo dos anos, muito mais do que um mero órgão disciplinar. Sua ação se estende a outros campos, com sucesso. Na área do sistema carcerário, fez o que nunca ninguém fez no Brasil: levantou a vida de milhares de presos e promoveu a correção de sistemas medievais, como prisões sem o mínimo respeito aos Direitos Humanos ou penas vencidas há meses ou anos.
Desde a sua instalação, em 2005, a Justiça passou a trabalhar com estratégias de planejamento, metas de produtividade e projetos de informatização e incorporação da instituição à Internet. O CNJ passou a ter um papel visionário, antevendo as demandas futuras de uma sociedade cujo acesso à Justiça começa a se alargar.
Em um País que registrava, até recentemente, 40 milhões de processos em fase de execução, algo precisava ser feito para dar celeridade à Justiça. Partiu do CNJ a iniciativa das metas, prevendo a redução de pelo menos 10% do acervo de processos na fase de cumprimento e execução. Partiu também do CNJ, com amplo apoio da OAB, a norma acabando com o nepotismo no Judiciário.
O CNJ também pôs à mostra o muito de errado que existe em alguns Tribunais país afora - nem todos, claro, pois há honrosas exceções. Mas em alguns as coisas andavam tão mal que medidas drásticas eram necessárias.
Por tudo isso, a Ordem dos Advogados do Brasil sente-se no dever de defender a independência do CNJ como forma de aprimorar a Justiça, consolidar o regime democrático e fortalecer os direitos individuais e coletivos.

De madrugada, explode adutora. A tarde, explosão no metrô. É o PSDB governando São Paulo


Mais uma adutora da Sabesp explodiu na madrugada de hoje (31),na região central de São Paulo,provocando alagamento de ruas próximas. Um buraco de mais de cinco metros se abriu no local, atingindo casas e carros.-- No dia 18 de janeiro, explodiu essa adurora    Em dezembro, explodiu essa aqui  Também em dezembro de 2011, explodiu esse bueiro aqui em São Paulo


Enquanto isso...A tarde....Explosão no do metrô de São Paulo prejudica usuários

Uma explosão causada por uma falha elétrica em um trem que circulava pela estação Praça da Árvore, na linha 1 (azul) do metrô de São Paulo, assustou os passageiros que estavam na composição, causando tumulto na estação.

Segundo a assessoria de imprensa do Metrô, explosão ocorreu às 15h07 e foi causada por uma sobrecarga elétrica em um dos carros da composição, o que provocou um “forte estrondo”. Os passageiros tiveram que ser retirados do trem, e a circulação no sentido Jabaquara foi interrompida.
*osamigosdopresidentelula

Dilma em Cuba
denuncia Guantánamo

Na primeira visita oficial a Cuba, presidenta DIlma Rousseff se reúne com o presidente Raúl Castro. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Saiu no Blog do Planalto:

Presidenta Dilma defende parceria estratégica e duradoura entre Brasil e Cuba

Na primeira visita oficial a Cuba, a presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (31) uma parceria “estratégica e duradoura” para acelerar o desenvolvimento cubano. Em entrevista coletiva após visita ao Memorial de José Martí, na Praça da Revolução, a presidenta citou os investimentos brasileiros no Porto de Mariel e o financiamento da produção por meio do programa Mais Alimentos.

“A grande ajuda que o Brasil vai dar a Cuba é contribuir para que esse processo, que é um processo que eu não considero que leve a grande coisa, leva mais à pobreza e a problemas sério para as populações que sofrem a questão do bloqueio, a questão do embargo, a questão do impedimento do comércio. Eu acredito que o grande compromisso, a grande contribuição que nós podemos dar aqui em Cuba é ajudar a desenvolver todo o processo econômico”, disse a presidenta.



Além da cooperação econômica, a presidenta Dilma falou ainda sobre direitos humanos, tema que, segundo ela, deve ser discutido dentro de uma “perspectiva multilateral”.

“Não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de combate político-ideológico. O mundo precisa se convencer de que é algo que todos os países do mundo tem de se responsabilizar, inclusive o nosso. Quem atira a primeira pedra tem telhado de vidro. Nós, no Brasil, temos os nossos. Então, eu concordo em falar de direitos humanos dentro de uma perspectiva multilateral. Acho que esse é um compromisso de todos os povos civilizados. Há, necessariamente, muitos aspectos a serem considerados. De fato, é algo que nós temos de melhorar no mundo, de uma maneira geral. Nós não podemos achar que direitos humanos é uma pedra que você joga só de um lado para o outro. Ela serve para nós também.”


Navalha
É claro que o Ali Kamel e seus fieis seguidores pretendem colocar a faca no pescoço de Fidel.
Cuba não respeita os Direitos Humanos.
Geraldo Alckmin também não.
A Justiça de Pinheirinho também não.
E muito menos em Guantánamo, onde os Direitos Humanos são tão respeitados quanto nas cadeias de São Paulo.
É como a bomba atômica.
O Irã não pode ter.
Mas os Estados Unidos e Israel podem.
Paulo Henrique Amorim

Acerca do elogio da pobreza

Via O Diario.info
Vaz de Carvalho
Para os explorados ficarem obedientes, conformados e trabalharem melhor e mais barato é preciso que se sintam em primeiro lugar culpados de qualquer coisa, seja contra as leis económicas, seja contra os preconceitos sociais, seja como no passado contra os dogmas religiosos. 

Erasmo de Roterdão para combater a superstição e o obscurantismo vigentes fazia a Loucura citar Sófocles: “Quanto maior for a sabedoria, menos feliz a vida”. Ora, este parece ser o lema da programação atual dos canais de televisão. Promove-se a ignorância e até a boçalidade a figuras públicas. Bem dizia Erasmo, “o insano ri-se do insano e mutuamente se divertem. Vereis não raramente que o mais insano é o que ri com maior veemência”.
Mas não se fica por aqui a programação televisiva, os canais encetaram uma estranha cruzada bem ao estilo salazarista, para mostrar que, cada vez mais pobres, com mais exploração e mais desigualdades, as pessoas podem ser mais felizes. Curiosamente afinam todos pelo mesmo diapasão, será este o pluralismo “a que temos direito” ou será antes exemplo da “sã concorrência” da economia de mercado?
Bem ao estilo salazarento “os estultos que recolhem numerário e governam o leme da república” (Erasmo) e os inefáveis comentadores avençados, vêm com o sorriso de esforçados vendedores dar conselhos donde ressalta o conformismo, a aceitação passiva das condições sociais, misturados com voluntarismos nacionalistas para os mais fracos, enquanto o grande capital vai levando o “seu” dinheiro para outras paragens.
São também apresentadas como exemplos pessoas e famílias que apesar das carências exibem frente às câmaras a sua felicidade. Trata-se de jogar com sentimentos pessoais e familiares para justificar políticas iníquas. A tese lá está bem clara: Afinal, isto de ser feliz só depende de cada um…
Para os explorados ficarem obedientes, conformados e trabalharem melhor e mais barato é preciso que se sintam em primeiro lugar culpados de qualquer coisa, seja contra as leis económicas, seja contra os preconceitos sociais, seja como no passado contra os dogmas religiosos.
Lá dizia a Loucura pela pena de Erasmo: “se a felicidade consiste em agradar aos príncipes e conviver com estes semi deuses cobertos de ouro, que seria menos útil que a sapiência”?
Enquanto aumentam aceleradamente a exploração, as desigualdades, o empobrecimento não só dos já mais pobres, mas também da classe média, os programas televisivos bem se esforçam por mostrar gente estranhamente alheada dos seus infortúnios. Que digo? Que infortúnios? Salários de miséria, privações, precariedade, cada vez menos direitos sociais e laborais, que importam? Ali estão felizes na TV exibidos como funâmbulos amestrados pela produção. Sim, pobres, mas felizes! E por vezes também levam prémios!
Temos de estar preparados para a mudança, dizem-nos economistas, comentadores, apresentadores, sempre com um sorriso nos lábios. Mas de que mudança falam? A sua mudança é a aceitação submissa do desemprego, da pobreza, da arbitrariedade patronal, da ausência de direitos. E para que aceitemos tudo isto, até psicólogos são chamados para nos darem conselhos. Triste serviço prestam à sua ciência colaborando na alienação e na perda de uma parte da dignidade humana como trabalhadores e cidadãos.
É preciso então mostrar-se feliz na pobreza. Mas não será isto ainda uma outra servidão imposta? No século XIX a burguesia amava o melodrama, vertia nos teatros, nas óperas, nos romances, as lágrimas que recusava aos que oprimia. Hoje é preciso mostrar que se vive alegremente. O lugar nos canais de TV está garantido aos que mais divertem e menos fazem pensar. Os guardiães do saber, esses, explicam porque vivemos no melhor dos mundos. Voltaire apresentou pelo ridículo tal um sr. Pangloss, bem instalado na vida, para o qual, apesar das desgraças e infortúnios à sua volta, achava que se vivia no melhor dos mundos possíveis, com a máxima felicidade para cada um. O ecrãs do nosso tempo estão cheios do otimismo de Pangloss, quando não da hipocrisia de Tartufos.
Ao fatalismo dos oportunistas pretende-se a inconsciência da cegueira. Mas uma coisa é estar feliz outra é viver em felicidade. Pode-se estar feliz na alienação, fugindo à realidade, ignorando a infelicidade comum, mas viver em felicidade implica que existam condições sociais que permitam uma existência de felicidade partilhada.
Porém, tal não se verifica num sistema em que como referiu F. Engels: “É possível que a organização dos trabalhadores e a sua resistência oponham uma certa barreira ao crescimento da miséria. Mas o que aumenta certamente (em capitalismo) é a incerteza da existência” (Crítica ao programa de Erfuhrt)
Uma existência feliz não pode ser encontrada no crescente empobrecimento e na incerteza da existência, que é o que cada vez mais o capitalismo tem para oferecer. Só pode ser encontrada na possibilidade de cada um poder desenvolver as suas capacidades, de utilizar plenamente as suas aptidões e ter o devido reconhecimento moral e social. Só pode ser encontrada na convicção de contribuir para criar uma sociedade e um mundo melhor.
Curiosamente, no atual elogio da pobreza e na sua propaganda de felicidade não entra uma reivindicação, a participação numa greve, não entra a consciência da condição social de pessoas que como trabalhadores organizados lutam por uma sociedade menos injusta e desigual.
J. Bentham (1748-1832) um dos clássicos do liberalismo, considerava que o objectivo dos governos seria “o maior bem possível para o maior número possível”, era isto que definia como moralidade social”. Tratava-se então de ganhar o poder para uma burguesia que queria ocupar o centro do poder arredando uma aristocracia essencialmente fundiária e rentista. Claro que em breve a camada enriquecida (a burguesia) esqueceu estas boas intenções de reforma do capitalismo por via da ética e transformou-o em: “o maior bem possível para o menor número possível”. É o que vigora no actual cenário de obscurantismo, donde aos explorados o elogio da pobreza e as recomendações da Loucura. Que cada um seja feliz no seu cantinho com aquilo que lhe derem e da forma que lhe derem.
Claro que as pessoas podem sentir-se felizes pessoalmente, na sua família e com os seus amigos e isto nada tem que ver com riqueza ou pobreza. Mas uma coisa é a felicidade obtida na família e na amizade outra é o elogio da pobreza, eivado de optimismo inconsequente e conformista, numa palavra: alienatório.
Nestes espectáculos televisivos não se vê porém a felicidade que releva da luta solidária e colectiva, não se vê o elogio da luta do sindicalista ou dos que rodeados pelos seus camaradas se integram “com uma imensa alegria” numa manifestação contra as injustiças e a desigualdade, com os olhos postos num futuro melhor.
“Com uma imensa alegria” foi o título que Joaquim Pires Jorge deu ao livro em que relatou a sua vida e a dos que como ele lutaram contra a opressão fascista, com todos os sacrifícios da clandestinidade (entre os quais os da pobreza) e dos cárceres da Pide. Ou como Maria Machado que escreveu que não veria a aurora da Humanidade, mas sabia que ela havia de despontar para todos. Ou como Francisco Miguel que evadindo-se com seus camaradas das masmorras fascistas de Caxias (Dezembro de 1961), para se juntar de novo aos seus companheiros de luta contra a ditadura escrevia um poema de que citamos o final: “Voai pássaros de fogo! / Voai andorinhas de aço! / Num voo corajoso e duro / Que os que voam sem cansaço / Dominarão todo o espaço / São as águias do futuro!”.

O seu exemplo e o de tantos outros bem nos mostrou que em termos humanistas “o elogio da pobreza” só poderá ser o elogio da luta dos que contribuem para que um novo rumo de progresso, paz e socialismo, seja possível no país e também no mundo. 
*GilsonSampaio

Universidade dos pés-descalços


Em Rajasthan, na Índia, uma escola extraordinária ensina mulheres e homens do meio rural - muitos deles analfabetos - a tornarem-se engenheiros solares, artesãos, dentistas e médicos nas suas próprias aldeias. Chama-se Universidade dos Pés-Descalços, e o seu fundador, Bunker Roy, explica como funciona.
 









*peviana

A imprensa brasileira, declaradamente um partido político de oposição combativa aos governos do PT, devido ser a "oposição sem rumo e fraquinha", cria sua própria Tv e reúne o diário oficial da tucanalha o jornal O Estado de São Paulo, a Folha de São Paulo, por coincidência estão representando São Paulo, e, pasmem, a revista "Veja". Não precisa ser muito inteligente para saber que os ataques ao candidato do PT à prefeitura de São Paulo partirão dessa nova TV da Tucanalha. Além de ser uma base de ataque para as eleições de 2014. Tudo terá a devida repercussão no resto da imprensa corrupta, golpista, ultra racista e ladra brasileira(?)




http://www.conversaafiada.com.br/wp-content/uploads/2012/01/charge-bessinha_nova-bandeira-sp.jpgTV Cultura se transforma na TV Tucanalha


Folha deve ter em março programa aos domingos
DE SÃO PAULO
A Folha deve estrear um programa jornalístico na TV Cultura em março. Ainda sem título definitivo, fará parte da nova grade da emissora pública, anunciada ontem, irá ao ar nos domingos à noite e terá duração de 30 minutos.
O conteúdo editorial será de responsabilidade exclusiva da Folha e não terá qualquer participação da emissora pública. O programa será gravado no novo estúdio da TV Folha, em São Paulo, e terá comentários de colunistas e reportagens das sucursais de Brasília, do Rio e de correspondentes.
Os jornais "O Estado de S. Paulo" e "Valor" e a revista "Veja" também foram convidados a produzir programas para o canal.