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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Charge do Dia

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Deleite Dilma

Naji Nahas, que era devedor, se torna credor através de preposto"

Pinheirinho não é bem massa falida de Naji Nahas

Naji Nahas é suspeito de ter utilizado um interposto (laranja) para se apropriar do terreno de Pinheirinho na condição de credor. Quem confirma a informação é o deputado federal Protógenes Queiroz, ex-coordenador da Operação Satiagraha da Polícia Federal (PF), que culminou, em 2008, com a prisão de baqueiros e diretores de investidoras, entre eles Daniel Dantas e Naji Nahas.
O ex-delegado conta que a constatação foi feita através de escutas telefonicas realizadas durante a operação. A R S Administração e Construção Ltda tornou-se, em meados da operação, credora da Selecta Comercio e Industria S/A. Ocorre que o proprietário da R S é Teófilo Guiral Rocha, advogado que defende interesses de Naji Nahas.
"Ou seja, o próprio Naji Nahas, que era devedor, se torna credor através de preposto", aponta. A empresa de Rocha faria parte de uma sociedade imobiliária de investimentos, com sede no Panamá.
No dia 22 de Janeiro, um domingo às 6 horas da manhã, a Polícia Militar invadiu o bairro conhecido como Pinheirinho, onde moravam mais de 2 mil famílias para cumpria uma liminar de reintegração de posse expedida pela 6ª Vara de São José dos Campos, a pedido da massa falida da Selecta S/A. O terreno, com mais de 1,3 milhão de metros quadrados, está a 1,5 km de distância do centro de São José dos Campos.
A ação desrespeitou uma decisão superior do Tribunal Regional Federal (TRF) que, no dia 20 de janeiro, suspendeu a reintegração. No momento as famílias se encontram em abrigos provisórios concedidos pela prefeitura e Estado. O valor do terreno é estimado em R$ 85 milhões.
Lilian Milena
Na Agência Dinheiro Vivo
~ O ~
O documento da Operação Satiagraha que mostra a relação carnal entre Teófilo e o grande “financista” Naji Nahas.
E demonstra que Nahas pode ser credor e devedor da Selecta, e, portanto, duas vezes beneficiário do Massacre da “nova Canudos”.

Jornal é condenado por dizer que Igreja Universal pune fiéis inadimplentes

Jornal é condenado por dizer que Igreja Universal pune fiéis inadimplentes 

Por Camila Ribeiro de Mendonça no Conjur


Diário de Sorocaba foi condenado a pagar R$ 20 mil de indenização por danos morais à Igreja Universal do Reino de Deus por ter publicado notícia cujo título dizia: "Quem não paga dízimo à Universal pode ficar com o nome sujo no SPC", publicada no dia 25 de junho de 2011. A decisão foi do juiz Mario Gaiara Neto da 3ª Vara Cível de Sorocaba.
A Universal alegou que a reportagem acarretou prejuízo à honra e à imagem dela, em especial por transmitir a impressão, que qualificou de falsa e tendenciosa, de que a autora presta assistência espiritual com fins lucrativos.
Trechos da reportagem relatam que "os bispos da Igreja Universal do Reino De Deus (Iurd), presidida por Edir Macedo, decidiram que a instituição vai cadastrar no SPC/Serasa os fiéis que ficaram com o pagamento do dízimo em atraso, na tentativa de diminuir a inadimplência. A direção da igreja não informou o número de devedores, mas se estima que os maus pagadores estão causando um prejuízo mensal de quase R$ 1 bilhão. Além de ficar com o nome sujo, os fiéis inadimplentes podem ter de pagar multa e ter contrato rescindido se trocarem a Universal por outra Igreja."
A defesa do jornal alegou que a notícia veiculada foi uma reprodução fiel do que já era noticiado em vários sites da internet; e que a notícia em questão não surgiu do nada, não é fruto da imaginação dos jornalistas, nem tampouco produto de sua má-fé ou falta de preocupação com a dignidade moral da requerente.
O juiz fundamentou a sentença afirmando que a notícia veiculada pelo réu foi confessadamente tirada internet e, "quanto ao seu conteúdo, o requerido não demonstrou possuir o mínimo de veracidade. Notícias como essa, publicadas sem o mínimo de comprometimento com a realidade, escapam do conceito de liberdade de expressão e dão ensejo, em tese, ao dever de indenizar".
Para o juiz, notícias como essa transmitem aos seus destinatários — entre os quais os fiéis da Universal —, a nítida impressão de que a Igreja presta assistência espiritual com fins lucrativos, desnaturando, assim, os seus propósitos institucionais e atingindo a sua honra objetiva.
Clique aqui para ler a sentença.
*mariadapenhaneles

A estação de caça aos pobres

Por Alipio Freire, no jornal Brasil de Fato:

Domingo, 22 de janeiro de 2012: a Comunidade do Moinho recebe desde cedo centenas de visitantes que se juntam aos moradores locais. Situada na avenida Rio Branco (centro de São Paulo), entre duas linhas férreas, a comunidade reúne cerca de 700 famílias.
Os que chegam são militantes de grupos culturais de bairros populares e da periferia, de diversas organizações de defesa dos direitos humanos e de outros temas pertinentes a problemas do dia-a-dia dos mais pobres.

Trata-se de um ato de solidariedade e protesto: há exato um mês (22.12.2011), um incêndio destruiu 300 barracos – metade das habitações que ali existiam. O incêndio do Moinho abriu a temporada das violências que se abateram sobre as populações pobres do município e do estado de São Paulo. Especialmente aquelas estabelecidas em áreas (urbanas ou rurais) altamente valorizadas.

O incêndio criminoso (ver http://youtu.be/y8UEM2nrwGM e outros cinco vídeos na sequência) abriu a temporada de crimes-de-verão do prefeito Gilberto Kassab e do governador Geraldo Alckmin, contra os pobres e os miseráveis paulistas. As tropas do senhor Alckmin, na madrugada do mesmo domingo 22 de janeiro, desobedecendo à decisão da Justiça Federal e a serviço do mais que “manjado” frequentador de notícias policiais, o senhor Naji Nahas, invadiu e expulsou os moradores da Comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos.

Entre um e outro crime (Moinho e Pinheirinho), o superespetáculo contra a chamada Cracolândia: a dor e o sofrimento como pedagogia. Enfim, é necessário entregar rapidamente à Odebrecht aquela área. Em ano eleitoral, não cumprir compromissos com as empreiteiras afeta os caixas- dois das campanhas.

No Brasil, o verão – anunciado pelo consumo natalino e concretizado com as férias e viagens que desmobilizam as instituições do Estado, e todo tipo de organizações e movimentos de defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo – é tradicional e historicamente a estação de caça aos pobres e aos seus direitos.

Lembram do Ato Institucional Número Cinco, decretado na noite de 13 de dezembro de 1968?


Inimigos do povo



Denunciada à OEA  e à ONU, a ação para a desocupação da área na região de São José dos Campos, chamada Pinheirinho, deverá produzir grande prejuízo de imagem aos tucanos.

Não se pode dizer que o incidente traduza apenas um episódio de má sorte do partido, mas o resultado esperado de uma espécie de incúria que vítima com frequência aqueles que tem a boca torta pelo pito.

No controle do poder em São Paulo há trinta anos, vinte em continuidade, tucanos não conseguem evitar um certo sentimento de que são donos do pedaço.

Lembro-me do dia em que ao reclamar com novos vizinhos dos latidos do cachorro, deixei escapar um tanto insolente e sem querer a afirmação de que morava alí havia vinte anos. Do mesmo modo apresenta-se impossível a qualquer tucano escapar à demonstração de que quem manda no estado mais poderoso da federação é ele e mais ninguém.

Um sentimento que possui bases materiais bem fundadas. As relações com o judiciário é uma delas. Não há verba objeto de pleito de juízes que o executivo estadual não contemple na elaboração do orçamento daquele poder, ainda que em sacrifício de professores, médicos ou outras carreiras de estado.

O resultado é uma cumplicidade a toda prova, de sorte a permitir ao chefe da magistratura chamar para si a responsabilidade da desastrada reintegração de posse em Pinheirinho, dizendo que era ele próprio quem se encontava no comando da tropas policiais no momento da operação.

Faz pensar de onde vem tanta presunção de poder. O cimento nesse amálgama que dá substância à realpolitik tucana é o azedume ideolólogico de um establishment conservador composto por empresários, intelectuais e artistas.

Um eleite que tem horror a pobre e que vê em tudo que não tenha design de shopping e exclusividade de classe, uma ameaça ao status social conseguido em décadas de segregação social nos bairros, nos espaços de lazer e  centros de consumo.

O que faz a classe média mais conservadora sentir-se ameaçada, diga-se, é a diminuiçao das diferenças sociais. Por isso não aceitam que as estradas estejam abarrotadas de carros, os aeroportos repletos de passageiros e as prateleiras de supermercados frequentadas por gente antes confinada a mercadinhos de periferia.

Lastimam-se que os populares nãos os sigam nas avaliações de um governo a serviço de corruptos, como gostam de dizer, e culpam a ignorância e o atraso pela incompreensão da verdade de que se julgam portadores.

Faz água, no entanto, por causa da falta de adesão daqueles que estão em acensão, o pacto elitista-conservador em São Paulo.

Quase uma década de governos populares em plano federal e o êxito de políticas redistributivistas que levaram 30 milhões à condição de classe média, permitiram que se criasse uma base social de apoio nova ao exercício de um tipo de poder mais flexível, mais humano e mais solidário dirigido aos desfavorecidos pelas relações de produção excludentes do capitalismo contemporâneo.

Essa base social, que se expande a cada momento, lança dúvidas sobre a eficácia do discurso polar do tipo ordeiro - desordeiro para legitimar, perante um eleitorado agora desgarrado, os esforços para a conservação do staus quo.

Daí o recurso à força das armas como tentativa de controlar os impulsos de mudança já não passíveis de serem contidos pela interlocução política, já que os atores sociais a quem deveriam os conservadores dirigirem-se lhes são agora de todo desconhecidos.

Porém, mais insitem na violência mais se isolam eleitoralmente dos que deveriam dar voz. Do que resulta apenas a imagem burlesca, também sujeita a exploração eleitoral, de um sobrinho de conde balançando o topete contra urros de revoltosos.
*Brasilquevai

O racha na “intelectualidade” tucana

Por Altamiro Borges

A divisão no bloco neoliberal-conservador no Brasil não se dá apenas por motivos pragmáticos. Não decorre somente da disputa entre os candidatos demotucanos para as próximas eleições – a municipal deste ano que pavimenta o caminho para a presidencial de 2014. O racha é muito mais profundo. Deriva da falta de projeto programático da direita, que está fraturada e sem rumo.

Finalmente... - Rafale vence na Índia e consegue seu primeiro contrato de exportação


http://freepressjournal.in/tfp_cms/gall_content/2012/1/2012_1$largeimg231_Jan_2012_181105370.jpg



Após um longo programa de estudos e avaliações, o governo indiano selecionou o vencedor do MMRCA, o caça francês Dassault Rafale sagrou-se o vencedor desta concorrência e irá fornecer a Força Aérea Indiana uma aeronave polivalente e de última geração.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzWGzlMAd7JXix1brZDwIa2d7oPyhaiK8I1lWyp4Jwh28tvLlQDeZ5vP0uNALdUbl0GPB8T9hLSiMkC2vzkrKoSBUNIdFMKYgSRmffSi1L1NoYGsdYCgvTuB8rxcmPI-w7OWKCDsBVw5Y/s1600/Dassault+Rafale+M+%25284%2529.jpg

O anúncio tão esperado pode ser o prenuncio de uma nova era para a Dassault, que após anos buscando inserir seu caça no mercado internacional finalmente conseguiu sagrar-se vencedor de uma disputa tão expressiva como o MMRCA.


O Dassault Rafale ainda esta sendo analisado por outras nações que são fortes candidatos a operá-lo, entre eles estão o Reino Unido e o Brasil.

*MilitânciaViva

terça-feira, janeiro 31, 2012


Globo “relativiza” Dilma
sobre Direitos Humanos

 



O Ali Kamel não consegue, sequer, surpreender.

Como previu este Conversa Afiada, ele distorceu, fraudou a clara, inequívoca posição do Brasil sobre a questão dos Direitos Humanos.

Dilma espinafrou Obama por causa de Guantánamo e Alckmin por causa da “Nova Canudos” em Pinheirinho, e na Cracolândia.
Dilma não podia ser mais clara: Direitos Humanos não deve ser bandeira só dos Estados Unidos ou da Globo (hoje).

“Quem atira a pedra tem telhado de vidro,” ela observou.

Isso é omitir-se ?

Espinafrar Obama ao lado de Guantánamo, é “relativizar” ?

Quem foi que deu o visto à blogueira dissidente ?

Aí, entra o William Bonner e diz que Dilma “relativizou” a questão dos Direitos Humanos.

Interessante.

A Globo agora é a Madre Superiora dos Direitos Humanos.

E quando os Direitos Humanos eram celebrados na OBAN e no Doi-Codi, na Barão de Mesquita, o que fez a Madre Superiora ?

Naquela época, Direitos Humano para a Globo era coisa de “comunista”.

Não é isso, Dr Roberto ?

Como perguntou o Vasco, indignado com o “relativismo:

Quem tem mais autoridade moral para falar em Direitos Humanos: a Dilma ou o Ali Kamel ?

Em tempo: antes, os espectadores do jn foram homenageados com um enviado à  Florida que disse que um candidato republicano esperava vencer as primárias com mais de 15%.  Confundiu  “percentagem” com “pontos”. É o mesmo jenio que disse que o avião da TAM provocou o desastre em Congonhas, porque chovia tanto, que a água cobria uma moeda de um real. É o da moedinha que ia derrubar o Lula. Outro repórter tomou um avião especial para perseguir os sem-terra no Paraguai. Até no Paraguai ! Viva o Brasil do Ali Kamel !

Paulo Henrique Amorim

Ministério Público arquiva representação contra Eliana Calmon

 A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou hoje (31) representação que pedia investigações sobre a conduta da corregedora-geral de Justiça, Eliana Calmon. O documento foi protocolado no último dia 23 de dezembro pelas três maiores associações de juízes do Brasil – a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).
As entidades pediam que o Ministério Público apurasse se a corregedora cometeu crime ao investigar a evolução patrimonial de juízes e servidores. Elas alegam que houve quebra ilegal de sigilo de mais de 200 mil pessoas. A solicitação foi encaminhada à PGR na mesma semana em que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu liminar suspendendo o pente-fino nas folhas de pagamento em 22 tribunais do país.
De acordo com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que assina o documento, não houve quebra de sigilo porque o relatório de movimentações atípicas produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) trazia apenas informações genéricas, sem citar nomes ou números de CPF (Cadastro da Pessoa Física). Ele também relata que a inspeção na folha de pagamento dos tribunais, iniciada em dezembro, foi devidamente comunicada aos conselheiros do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão ao qual a Corregedoria Nacional é vinculada.
Gurgel refutou a acusação de que houve vazamento de dados da inspeção para a imprensa, tais como possíveis quantias recebidas pelos ministros do STF Cezar Peluso e Ricardo Lewandowski, já que o relatório do Coaf não trazia detalhes. “Somente isso é suficiente para afastar a imputação de que houve vazamento de dados sigilosos. A corregedora nacional não poderia ter divulgado dados de que não tinha conhecimento, não poderia municiar a imprensa de informações sigilosas que jamais deteve”.
O procurador destacou que a ministra Eliana Calmon não foi a autoridade que instaurou o procedimento que levou o Coaf a analisar dados de magistrados e servidores. O autor do pedido foi o ex-corregedor Gilson Dipp e a atual corregedora apenas recebeu o resultado da apuração ao assumir a corregedoria do CNJ meses depois.
Citando o ministro Celso de Mello, também do STF, Gurgel entende que a instauração de inquérito pode representar uma violação aos direitos fundamentais, em especial ao princípio da dignidade. “No caso dos autos, seria ainda impor indevida pecha de delituosa à atuação da Corregedoria Nacional de Justiça e do próprio Conselho Nacional de Justiça, com injustificado gravame à sua relevantíssima missão constitucional”, completa.
O arquivamento do pedido de investigação ocorre na véspera de o STF julgar uma ação de constitucionalidade que pretende limitar o poder correicional do CNJ. Foi essa a ação em que o ministro Marco Aurélio Mello decidiu, em dezembro passado, suspender parte da resolução que disciplinava como o CNJ deveria agir na apuração de desvios cometidos por magistrados.
Débora Zampier
* Agência Brasil