(EUA, 2010, 4 documentários de cerca de 52 min. - Direção: Frédéric Tonolli)
Importantíssimo!
Série de 4 documentários que detalha a história das 7 grandes
corporações mundias do petróleo, de como elas conseguiram comprar
presidentes e reis, enganar nações, articular golpes de Estado, de
praticar espionagem, assassinatos, provocar guerras, e fazer o maior
cartel da história da humanidade colocando quase que todo mundo moderno a
mercê de seus preços.
Os outros documentários da série:
2o. documentário
3o. documentário
4o. documentário.
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
Líbia afunda na barbárie
Agora tá do jeito que o Diabo gosta
DA REUTERS, EM TRÍPOLI
Milícias rivais travaram nesta quarta-feira um tiroteio de duas horas em uma luxuosa casa de praia transformada em quartel em Trípoli, num fato que ilustra a volátil situação na Líbia depois da derrubada do regime de Muammar Gaddafi.
Um repórter da Reuters escutou disparos de armas leves e pesadas vindos do bairro de El Saadi, na orla tripolitana, região onde ficam o hotel Marriott e prédios de escritórios.
Desde a queda de Gaddafi, as milícias dividiram Trípoli e o resto da Líbia em feudos rivais, e cada uma se aferra à parcela de poder que julga ter direito.
Uma testemunha que relaxava na praia com a família (?!) disse a uma TV local que combatentes armados com baterias antiaéreas passaram em alta velocidade pela avenida litorânea e invadiram a residência murada.
"Foi um caos, os combatentes de repente chegaram em carros e começaram a atirar na casa. Famílias fugiram da praia", disse Abdul Musharim.
Um membro do Alto Comitê de Segurança do governo provisório líbio disse que o combate envolveu os milicianos de Misrata e Zintan, dois grupos que estiveram aliados na luta contra Gaddafi.
*amoralnato
Resposta à matéria fecal de Veja
luisnassif
Por Jair Fonseca
Da Associação Brasileira de Agroecologia
Prezado Diretor de Redação,
Referentemente à matéria de Veja, da edição de 04 de janeiro/2012, sobre o tema dos agrotóxicos, chamou-nos primeiramente a atenção o tratamento parcial e tendencioso dado ao assunto, uma vez que se trata de um tema controverso, mesmo nos meios científicos, e que recebeu apenas o veredito de profissionais com legitimidade e isenção questionáveis, considerando que é possível que alguns representem, eles próprios, um comprometimento com a indústria de agrotóxicos, a qual é, obviamente, parte interessada na venda desses produtos. Segundo, soa como prepotente, para dizer o mínimo, a Revista tentar apresentar-se como dona da verdade em um tema sensível e controverso como esse. Por uma questão de imparcialidade e ética, o que se esperaria é que a matéria desse também amplo espaço para o contraditório.
*Amoralnato
Alesp quer ouvir delegada que investiga racismo no Colégio Anhembi Morumbi
A
delegada que investiga a denúncia de racismo no Colégio Internacional
Anhembi Morumbi será ouvida pelos deputados estaduais paulistas. A
convocação foi feita pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de São Paulo (Alesp). Também foi solicitada a presença da
estagiária Ester Elisa Cesário de Sousa e de representantes da Direção
do colégio.
No Boletim de Ocorrência, registrado – em novembro de 2011 – na
Delegacia de Crimes Raciais de São Paulo, a estagiária acusa Dea de
Oliveira de tentar obrigá-la a alisar o cabelo. O procedimento seria
necessário para ela se adequar aos “padrões do colégio” e manter a “boa
aparência”.
Para
a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB), os casos de racismo
dificilmente resultam em condenação. Por isso, devem ser acompanhados
com mais rigor.
“A
Comissão age todas as vezes que acontece qualquer situação que envolva
discriminação racial, discriminação por opção sexual, gênero ou classe
social. Nós decidimos levar esse caso para a Comissão de Direitos
Humanos porque a vítima fala uma coisa e a escola fala outra, e queremos
acabar definitivamente com essa questão racista tão presente no estado
de São Paulo.”
No
parecer psicológico que atesta o estado de saúde de Ester consta que
ela “não está em condições emocionais para continuar trabalhando no
ambiente”. Depois da repercussão do caso na imprensa, a estagiária
deixou de fazer atendimento ao público e foi transferida para o setor de
arquivos.
Em
reação a este e outros casos, no próximo dia 11 de fevereiro
organizações sociais e do movimento negro realizarão uma manifestação
contra o racismo, na cidade de São Paulo. Os organizadores pretendem
iniciar uma campanha nacional com propostas de enfrentamento ao problema
e um calendário de ações.
*cappacete
Inimigos do povo
Denunciada
à OEA e à ONU, a ação para a desocupação da área na região de São José
dos Campos, chamada Pinheirinho, deverá produzir grande prejuízo de
imagem aos tucanos.
Não
se pode dizer que o incidente traduza apenas um episódio de má sorte do
partido, mas o resultado esperado de uma espécie de incúria que vítima
com frequência aqueles que tem a boca torta pelo pito.
No
controle do poder em São Paulo há trinta anos, vinte em continuidade,
tucanos não conseguem evitar um certo sentimento de que são donos do
pedaço.
Lembro-me
do dia em que ao reclamar com novos vizinhos dos latidos do cachorro,
deixei escapar um tanto insolente e sem querer a afirmação de que morava
alí havia vinte anos. Do mesmo modo apresenta-se impossível a qualquer
tucano escapar à demonstração de que quem manda no estado mais poderoso
da federação é ele e mais ninguém.
Um
sentimento que possui bases materiais bem fundadas. As relações com o
judiciário é uma delas. Não há verba objeto de pleito de juízes que o
executivo estadual não contemple na elaboração do orçamento daquele
poder, ainda que em sacrifício de professores, médicos ou outras
carreiras de estado. *justiceiradeesquerda
O governo do PSDB paulista, tendo à frente o nazista Alckmin, apoiado pelos seus pares, pensa que tudo muda quando se enxota as pessoas que incomodam os olhares da "elite", na verdade, a não ser que os coloque em câmaras de gás, conforme ensinou o seu líder Hitler, as pessoas não somem apenas se espalham, sofrem e se reunem em outro lugar para continuar a sofrer. Enfrentar o problema com inteligência, visão social e espírito público é a única solução
* APOSENTADO INVOCADOPinheirinho: Não existe lei em São Paulo!
Em simples dez minutos, Jairo de Souza consegue fazer um relato dos mais relevantes acerca da batalha jurídica que correu durante todo o período de existência do Pinheirinho e do descumprimento escancarado da lei na “operação” policial que não pode ser chamada de outra a forma a não ser de criminosa
O defensor conclui seu depoimento com a seguinte afirmação: “Não existe lei em São Paulo. Não existe lei neste país. Cada um faz o que quer. É só ter força pra cumprir o que quer. É isso que estão passando pras crianças. É isso que estão passando pros estudantes de direito. Eu acho que o mais importante é isso. Não é só indignação. Não é só solidariedade. É que isso não fique impune. Doa a quem doer.”
*Tecedora
Guerra na agenda. E a ONU, nada?
srael fará um ataque ao Irã, entre abril e junho deste ano.
Não se trata de ser pró ou contra Israel ou o Irã. Trata-se de uma ofensa inadmissível ao Direito internacional.
A desculpa de que, embora não haja provas, o Irã poderia ter, daqui a alguns anos, armas nucleares, é rota e esfarrapada.
Caso contrário, seria o mesmo que admitir que o Irã atacasse Israel por este país ter programas bélicos nucleares e já possuir a própria bomba.
É legítimo ameaçar – e já fazer – embargo comercial ao Irã e Israel nem ser advertido por seu principal parceiro e protetor?
Benjamin Netanyahu não atacará sem sinal verde dos Estados Unidos.
É preciso, portanto, que a comunidade internacional pressione mais os EUA do que o próprio Israel.
Se não tiver autoridade para prevenir e evitar um ataque que ateará fogo no mundo islâmico, o mundo não tem moral para exigir nada do Irã.
Se vale a lei da selva, vale para todos.
*Tijolaço
Inacreditável que a comunidade internacional vá assistir parada às
afirmações do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta,
veiculadas pelo Washington Post, de que INão se trata de ser pró ou contra Israel ou o Irã. Trata-se de uma ofensa inadmissível ao Direito internacional.
A desculpa de que, embora não haja provas, o Irã poderia ter, daqui a alguns anos, armas nucleares, é rota e esfarrapada.
Caso contrário, seria o mesmo que admitir que o Irã atacasse Israel por este país ter programas bélicos nucleares e já possuir a própria bomba.
É legítimo ameaçar – e já fazer – embargo comercial ao Irã e Israel nem ser advertido por seu principal parceiro e protetor?
Benjamin Netanyahu não atacará sem sinal verde dos Estados Unidos.
É preciso, portanto, que a comunidade internacional pressione mais os EUA do que o próprio Israel.
Se não tiver autoridade para prevenir e evitar um ataque que ateará fogo no mundo islâmico, o mundo não tem moral para exigir nada do Irã.
Se vale a lei da selva, vale para todos.
*Tijolaço
quinta-feira, fevereiro 02, 2012
Rita arrasou
O
que os policiais militares sergipanos pretendiam, abrindo caminho a
cotoveladas na platéia de um espetáculo musical lotado? Quem disse que
prender maconheiros garante a segurança de qualquer coisa? Rita Lee
pode, sim, chamar os cossacos de filhos da puta, sempre que agirem como
filhos da puta. É a PM que deve temer os cidadãos, jamais o contrário.
Chega
dessa estupidez de reverenciar homens fardados. Se a polícia quer
tratamento de “autoridade”, que faça por merecer. Sabemos que é
majoritariamente honesta, sofrida e trabalhadora, mas as pessoas que ela
empurra e achaca também são. Repudiemos a truculência que as
autoridades de segurança destinam ao público de grandes eventos (shows, partidas de futebol, manifestações), antes que eles sejam esvaziados por causa da incompetência de quem deveria protegê-los.
A coreografia de saudações nazistas que ondula na sociedade civil quando alguém ameaça confrontar
Sua Majestade O Soldado explica muito sobre o atual clima de
cerceamento de direitos e criminalização da divergência. Enquanto
aceitamos arrotos moralistas como se fossem anedotas de botequim
político, a sanha reacionária irrompe da esfera ideológica e se transforma em leis e políticas oficiais.
Tudo isso faz parte de uma tentativa articulada para refrear a inevitável descriminalização das drogas, particularmente da maconha,
que já pode ser cultivada e consumida em quase todas as democracias
estáveis do mundo. Apologia é defender uma legislação que viola direitos
individuais e fomenta o crime organizado. O discurso da legalidade
absoluta serve fácil para o baseado alheio; se ameaçam prender quem
trafica músicas e seriados pela internet, viram todos revolucionários.
Que
uma artista do porte de Rita Lee Jones seja ouvida e respeitada não
apenas pelo que ela representa na história cultural do país, mas também
pela coragem de afrontar o sono do bom-mocismo provinciano, da falsa
rebeldia com arreios, das liberdades cerceadas por escudos e cassetetes.
No Guilherme Scalzilli*comtextolivre
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