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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Tucana chama Serra de palhaço

Essa gente já foi mais fina.


*Gilsonsampaio

Tirar seis mil pessoas de casa não pode ser chamado de “circo”, a menos que nos queiram fazer de palhaços.



O senador Eduardo Suplicy é, certamente, uma das pessoas mais gentis e corteses da política brasileira. Calcule você o que é preciso para deixa-lo, como no vídeo aí em cima, nervoso e irritado. É que o senador (serrista) Aloysio Nunes Ferrreira, em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado, hoje, recusou-se a debater sobre os acontecimentos de Pinheirinho – especialmente as acusações de violência sexual contra algumas de suas moradoras, ouvidas por Suplicy – sob o argumento de que se estaria politizando “o episódio para favorecer o partido (PT) nas eleições municipais” e que não se debatiam eventuais reintegrações de posse em governos petistas.
O Senador Ferreira, como Serra um esquerdista nos anos 60, agora prefere acusar “os líderes comunitários do movimento de “parasitas”, atribuindo a eles a radicalização, “o circo”.
Circo, senador? Tirar seis mil pessoas de casa não pode ser chamado de “circo”, a menos que nos queiram fazer de palhaços.
*Tijolaço

Nibiru

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Humor




7 milhões de toneladas de destroços do tsunami vão chegar aos EUA


*PortalTerrar

O tsunami japonês aconteceu em 11 de março de 2011 mas suas consequências estão longe de ter acabado. Cerca de 25 milhões de toneladas (você leu certo) de escombros do terremoto vagueiam pelo Oceano Pacífico.
Professores do Peninsula College dizem que os escombros incluem qualquer coisa que possa flutuar: pedaços de casas, móveis, navios, carros e mesmo restos humanos (sapatos podem ajudar os corpos a flutuar).
Todo esse material ocupa uma área equivalente ao tamanho do estado da Califórnia e 25% desses escombros chegarão à costa da Califórnia. Outros 25% afundarão, 25% vão vaguear pelo mar e retornar ao Japão e apenas 25% irão para o depósito de lixo. (vi no @HuffingtonPost)

Dá-lhe Suplicy



Tucano defendeu a operação de Pinheirinho

Bem feito! Quem mandou votar nesse traidor das causas populares.

 +*Oterrrordonordeste

A destruição da Grécia

 

Pequena contribuição para melhorar o mundo 
Vamos combinar, Paulo Moreira Leite

Creio que o mundo vai ficar um pouquinho melhor se nossos observadores, economistas  e jornalistas deixarem de usar a palavra “ajuda” para descrever o plano de austeridade que a União Européia impôs à Grécia.
É vergonhoso.
Meu mini Houaiss explica que ajuda quer dizer “amparo, socorro, prestar serviço a alguém; obséquio; favor.”
Já o verbo ajudar, registra o mestre, significa “prestar assistência, tornar mais fácil, facilitar.”
Nada disso está ocorrendo com a Grécia. O país irá receber um empréstimo de 130 bilhões de euros e não irá colocar a mão num único centavo dessa fortuna, que se destina ao pagamento de compromissos atrasados.
A parte da Grécia é ir pagar este dinheiro com novos sacrifícios da população. O país está há três anos em recessão e agora irá enfrentar cortes no salário mínimo e nas aposentadorias, redução de investimentos públicos e outras medidas de um figurino horroroso e irracional. Você pode até achar que a Grécia tem o “dever” de “honrar” seus compromissos. Só não pode falar que está recebendo ajuda.
Esta palavra, agora, só serve para embelezar o trabalho que os banqueiros, o FMI e as autoridades européias estão fazendo. O pacote irá ajudar os credores, que não tinham como receber por empréstimos feitos de forma leviana, para devedores que não poderiam pagá-los, mas que foram realizados mesmo assim porque a meta do lucro fácil falou mais alto.
Para os bancos sim o pacote de 130 bilhões de euros representa um “amparo”, um “socorro”, um “obséquio.” O problema deles não é salvar o euro. É salvar a pele.
Se paramos de usar palavras erradas, será mais fácil reconhecer que estamos assistindo a destruição de um país e não a um esforço para salvá-lo.
O plano de austeridade é tão destrutivo que ameaça a soberania e a democracia. A União Européia irá colocar uma equipe para monitorar o comportamento do governo grego daqui para a frente. Vai controlar contas, autorizar gastos, diminuir despesas. Como acontecia nos tempos coloniais. Pior.
Pretende-se transformar o compromisso com o pagamento das dívidas em clausula constitucional. Pior ainda.
O Ministro da Fazenda alemão  fala que seria conveniente adiar as próximas eleições, para não se correr o risco de vitoria de um candidato adversário da austeridade.
Vamos parar de mentir para nós mesmos.  Pelo menos isso se pode fazer.

*esquerdopata

Será que os líbios estão gostando da democracia ocidental?


*esquerdopata

Quem não deve não teme. Fui oficial do exército brasileiro e estou tranquilo

Caserna reage a fala de ministra Maria do Rosário insiste em punir responsáveis por crimes durante a ditadura e oficiais reclamam de revanchismo

» JÚNIA GAMA



As informações que a Comissão da Verdade vai organizar, inclusive sobre as circunstâncias de mortes, poderão ser utilizadas para movimentar procedimentos jurídicos pelo MP
As informações que a Comissão da Verdade vai organizar, inclusive sobre as circunstâncias de mortes, poderão ser utilizadas para movimentar procedimentos jurídicos pelo MP" Maria do Rosário, ministra dos Direitos Humanos

Representantes das Forças Armadas reagiram às declarações da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, de que a Comissão da Verdade poderá dar origem a um processo de condenações semelhante ao de outros países na América Latina. Em entrevista ao Correio, a ministra alterou o discurso suave em relação aos efeitos da comissão e defendeu a possibilidade de punição àqueles que tenham cometido crimes durante a ditadura militar.

Militares criticaram o que chamaram de “postura revanchista” de Maria do Rosário e afirmaram que, dificilmente, o prognóstico da ministra será cumprido devido a empecilhos jurídicos. Generais da ativa ouvidos pelo Correio acreditam que a confirmação da Lei de Anistia, pela Justiça, é uma barreira jurídica intransponível a processos que objetivem punir crimes cometidos no período. “O Brasil não é revanchista”, afirmou um general. Mesmo assim, eles consideraram a declaração “preocupante”.

Se os oficiais da ativa preferiram contemporizar, os da reserva reagiram duramente às palavras de Maria do Rosário. O general Luiz Eduardo Rocha Paiva externou a apreensão da classe com as declarações: “O poder modifica o direito e a verdade. É aí que os revanchistas estão investindo”. O general defende que a Comissão da Verdade deveria investigar também crimes cometidos por guerrilheiros. “A investigação unilateral pela comissão vai satanizar os agentes do Estado, tenham ou não violado direitos humanos, e endeusar os assassinos, terroristas e sequestradores”, aponta.

Na semana passada, a Presidência do Clube Militar, que reúne os oficiais da reserva, enviou um manifesto aos membros da entidade. O texto, assinado pelos presidentes dos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica, cita a reportagem do Correio, a nomeação de Eleonora Menicucci para a Secretaria de Políticas para as Mulheres e uma das resoluções políticas do PT em seu aniversário de 32 anos, sobre o empenho no resgate da memória da luta pela democracia durante o período da ditadura militar.