Racismo: "Insinuou que o cara é macaco, aí o cara desceu da árvore e chamou a polícia..."
Nossa, Danilo Gentili,
que "piada"!!! A gente tem é que chamar a polícia para que esses
"humoristas" devolvam o dinheiro dos ingressos, já que o "humoristas"
não cumprem com o seu papel social que é fazer as pessoas rirem e não
lamentarem.
*Mariadapenhaneles
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, março 24, 2012
STF reabre julgamento da Lei de Anistia na próxima semana
Redação, com ABr
A
Lei da Anistia (lei n° 6.683) foi criada pelo pelo presidente
Figueiredo em de 28 de agosto de 1979, ainda durante a ditadura militar
A discussão sobre o alcance da Lei de Anistia deverá ser reaberta na semana que vem no Supremo Tribunal Federal (STF).
Está na pauta desta quinta-feira um recurso da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) contra decisão da Corte que, em 2010, confirmou a anistia
àqueles que cometerem crimes políticos no período da ditadura militar.
Segundo
a OAB, as Nações Unidas e o Tribunal Penal Internacional entendem que
os crimes contra a humanidade cometidos por autoridades estatais não
podem ser anistiados por leis nacionais. A OAB também argumentou que o STF
não se manifestou sobre a aplicação da Lei de Anistia a crimes
continuados, como o sequestro. “Em regra, só admitem a contagem de
prescrição a partir de sua consumação – em face de sua natureza
permanente”, alega a entidade no recurso.
A tese
que contesta a prescrição de crimes como o sequestro também foi usada
esta semana em uma ação do Ministério Público Federal (MPF) contra o
oficial da reserva Sebastião Curió, conhecido como major Curió. Cinco
procuradores acionaram a Justiça Federal no Pará para processar o
militar alegando sua participação no sequestro de cinco pessoas durante a
Guerrilha do Araguaia, na década de 1970.
O
argumento do MPF foi rejeitado pela Vara Federal de Marabá em decisão
divulgada hoje (16). Para o juiz João Cesar Otoni de Matos, o Ministério
Público tentou esquivar-se da Lei da Anistia ao propor a ação. Ao
comentar o caso esta semana, o procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, preferiu não avaliar a iniciativa dos procuradores e previu que o
debate sobre esta nova tese terminaria no Supremo Tribunal Federal (STF).
*GilsonSampaio
ONU destaca articulação do 'Minha Casa, Minha Vida'
Por Marco Antonio L.
Da Agência Brasil
Minha Casa, Minha Vida é exemplo de articulação, diz ONU
A capacidade de articular os governos federal, estaduais e municipais para ampliar a oferta de habitação no país é uma das principais características do Programa Minha Casa, Minha Vida, segundo a avaliação da equipe de especialistas da agência da Organização das Nações Unidas para Habitação (ONU-Habitat).
O grupo está no Brasil para documentar práticas relacionadas ao programa, lançado em 2009 pelo governo federal, com o propósito de construir e financiar 1 milhão de moradias para famílias de baixa renda. As conclusões farão parte de uma publicação que a ONU-Habitat lançará em 2016, com experiências bem-sucedidas em diversos países e metas até 2025. Além da iniciativa brasileira, os especialistas estão avaliando programas habitacionais de outros países, como a Etiópia e o Chile.
Medíocres e perigosos
O reacionário é, antes de tudo, um fraco. Um fraco que conserva ideias
como quem coleciona tampinhas de refrigerante ou maços de cigarro – tudo
o que consegue juntar mas só têm utilidade para ele. Nasce e cresce em
extremos: ou da falta de atenção ou do excesso de cuidados. E vive com a
certeza de que o mundo fora da bolha onde lacrou seu refúgio é um mundo
de perigos, pronto para tirar dele o que acumulou em suposta dignidade.
Como tem medo de tudo, vive amargurado, lamentando que jamais estenderam
um tapete à sua passagem. Conserva uma vida medíocre, ele e suas
concepções e nojos do mundo que o cerca. Como tem medo, não anda na rua
com receio de alguém levar muito do pouco que tem (nem sempre o
reacionário é um quatrocentão). Por isso, só frequenta lugares em que se
sente seguro, onde ninguém vai ameaçar, desobedecer ou contradizer suas
verdades. Nem dizer que precisa relaxar, levar as coisas menos a sério
ou ver graça na leveza das coisas. O reacionário leva a sério a ideia de
que é um vencedor.
A maioria passou a vida toda tendo tudo aos alcance – da empregada que
esquentava o leite no copo favorito aos pais que viam uma obra de arte
em cada rabisco em folha de sulfite que ele fazia – cultivou uma
dificuldade doentia em se ver num mundo de aptidões diversas. Outros
cresceram em meios mais abastados – e bastou angariar postos na escala
social para cuspir nos hábitos de colegas de velhos andares. Quem não
chegou onde chegaram – sozinhos, frise-se – não merece respeito.
Rico, ex-pobre e falidos, não importa: o reacionário ideial enxerga em
tudo o que é diferente um potencial de destruição Por isso se tranca e
pede para não ser perturbado no próprio mundo. Porque tudo perturba: o
presidente da República quer seu voto e seus impostos; os parlamentares
querem fazê-lo de otário; os juízes estão doidos para tirar os direitos
acumulados; a universidade é financiada (por ele, lógico) para propagar
ideias absurdas sobre ideais que despreza; o vizinho está sempre de olho
na sua esposa, em seu carro, em sua piscina. Mesmo os cadeados, portões
de aço, sistemas de monitoramento, paredes e vidros anti-bala não
angariam de todo a sua confiança. O mundo está cheio de presidiários com
indulto debaixo do braço para visitar seus familiares e ameaçar os
nossos (porque os nossos nunca vão presos, mesmo quando botam fogo em
índios, mendigos, prostitutas e ciclistas; índios, mendigos, prostitutas
e ciclistas estão aí para isso, quem mandou sair de casa e poluir nosso
caminho de volta ao lar).
Como não conhece o mundo afora, a não ser nas viagens programadas em
pacotes que garantem o translado até o hotel, e despreza as ideias que
não são suas (aquelas que recebeu de pronto dos pais e o ensinaram a
trabalhar, vencer e selecionar o que é útil e o que é supérfluo), tudo o
que é novo soa ameaçador. O mundo muda, mas ele não: ele não sabe que é
infeliz porque para ele só o que não é ele, e os seus, são lamentáveis.
Muitas vezes o reacionário se torna pai e aprende, na marra, o conceito
de família. Às vezes vai à igreja e pede paz, amor, saúde aos seus. Aos
seus. Vê nos filhos a extensão das próprias virtudes, e por isso os
protege: não permite que brinquem com os meninos da rua nem que tenham
contato com ideias que os retirem da sua órbita. O índice de infarto
entre os reacionários é maior quando o filho traz uma camisa do Che
Guevara para casa ou a filha começa a ouvir axé e namorar o vocalista da
banda (se ele for negro o infarto é fulminante).
Mas a vida é repleta de frestas, e o tempo todo estamos testando as mais
firmes das convicções. Mas ele não quer testá-las: quer mantê-las. Por
isso as mudanças lhe causam urticárias.
Nos anos 70, vivia com medo dos hippies que ousavam dizer que o amor não precisava de amarras. Eram vagabundos e irresponsáveis, pensava ele, em sua sobriedade.
Depois vieram os punks, os excluídos de aglomerações urbanas
desajeitadas, os militantes a pedir o alargamento das liberdades civis e
sociais. Para o reacionário, nada daquilo faz sentido, porque ninguém
estudou como ele, ninguém acumulou bens e verdades como ele e, portanto,
seria muito injusto que ele e o garçom (que ele adora chamar de
incompetente) tivessem o mesmo peso numa urna, o mesmo direito num
guichê de aeroporto, o mesmo assento na mesa de fast food.
Para não dividir espaços cativos, frutos de séculos de exclusão que ele
não reconhece, eleva o tom sobre tudo o que está errado. Sabendo de seus
medos e planos de papel, revistas, rádios, televisão, padres, pastores e
professores fazem a festa: basta colocar uma chamada alarmista (“Por
que você trabalha tanto e o País cresce tão pouco?”) ou música de
suspense nas cenas de violência (descontrolada!) na tevê para que ele se
trema todo e se prepare para o Armagedoon. Como bicho assustado, volta
para a caixinha e fica mirabolando planos para garantir mais segurança
aos seus. Tudo o que vê, lê e ouve o convence de que tudo é um perigo,
tudo é decadente, tudo é importante, tudo é indigno. Por isso não se
deve medir esforços para defender suas conquistas morais e materiais.
E ele só se sente seguro quando imagina que pode eliminar o outro.
Primeiro, pelo discurso. No começo, diz que não gosta desse povinho que
veio ao seu estado rico tirar espaço dos seus. Vive lembrando que
trabalha mais e paga mais impostos que a massa que agora agora quer
construir casas em seu bairro, frequentar os clubes e shoppings antes só
repletos de suas réplicas. Para ele, qualquer barberagem no trânsito é
coisa da maldita inclusão, aqueles bárbaros que hoje tiram carta de
habilitação e ainda penduram diplomas universitários nas paredes. No
tempo dele, sim, é que era bom: a escola pública funcionava (para ele), o
policial não se corrompia (sobre ele), o político não loteava a
administração (não com pessoas que não eram ele).
Há que se entender a dor do sujeito. Ele recebeu um mundo pronto, mas
que não estava acabado. E as coisas mudaram, apesar de seu esforço e sua
indignação.
Ele não sabe, mas basta ter dois neurônios para rebater com um sopro
qualquer ideia que ele tenha sobre os problemas e soluções para o mundo –
que está, mas ele não vê, muito além de um simples umbigo. Mas o
reacionário não ouve: os ignorantes são os outros: os gays que colocam
em risco a continuidade da espécie, as vagabundas que já não respeitam a
ordem dos pais e maridos, os estudantes que pedem a extensão de
direitos (e não sabem como é duro pegar na enxada), os maconheiros que
não estão necessariamente a fim de contribuir para o progresso da nação,
os sem-terra que não querem trabalhar, o governante que agora vem com
esse papo de distribuir esmola, combater preconceitos inexistentes
(“nada contra, mas eles que se livrem da própria herança”), os países
vizinhos que mandam rebas para emporcalhar suas ruas.
O mundo ideal, para o reacionário, é um mundo estático: no fundo, ele
não se importa em pagar impostos, desde que não o incomodem. Como muitos
não o levam a sério, os reacionários se agrupam. Lotam restaurantes,
condomínios e associações de bairro com seus pares, e passam a praguejar
contra tudo.
Quando as queixas não são mais suficientes, eles juntam as suas solidões
e ódio à coletividade (ironia) e se organizam. Juntos, eles identificam
e escolhem os porta-vozes de suas paúras em debates nacionais. Seus
representantes, sabendo como agradar à plateia, são eleitos como
guardiões na moralidade. Sobem a tribunas para condenar a perversidão, o
aborto, a bebida alcoolica, a vida ao ar livre, as roupas nas escolas.
Às vezes são hilários, às vezes incomodam.
Mas, quando o reacionário se vê como uma voz inexpressiva entre os
grupos que deveriam representá-lo, bota para fora sua paranóia e
pragueja contra o sistema democrático (às vezes com o argumento de que o
sistema é antidemocrático). E se arma. Como o caldo cultural legitima
seu discurso e sua paranoia, ele passa a defender crimes para evitar
outros crimes – nos Estados Unidos, alvejam imigrantes na fronteira, na
Europa, arrebentam árabes e latinos, na Candelária, encomendam chacinas
e, em QGs anônimos, planejam ataques contra universitários de Brasília
que propagam imoralidades.
O reacionário, no fim, não é patrimônio nacional: é um cidadão do mundo.
Seu nome é legião porque são muitos. Pode até ser fraco e viver com
medo de tudo. Mas nunca foi inofensivo.
Matheus Pichonelli, CartaCapital
*Oterrordonordeste
Alckmin quer regularizar a grilagem
Por Altamiro Borges
Na quarta-feira passada (21), a oposição conseguiu obstruir a votação na Assembléia Legislativa de São Paulo do projeto de lei nº 687 que regulariza a posse das terras devolutas da 10ª Região Administrativa do Estado, que inclui o Pontal do Paranapanema. O projeto é de autoria do governo tucano de Geraldo Alckmin e favorece os latifundiários que grilaram as terras da região.
Na quarta-feira passada (21), a oposição conseguiu obstruir a votação na Assembléia Legislativa de São Paulo do projeto de lei nº 687 que regulariza a posse das terras devolutas da 10ª Região Administrativa do Estado, que inclui o Pontal do Paranapanema. O projeto é de autoria do governo tucano de Geraldo Alckmin e favorece os latifundiários que grilaram as terras da região.
TV Globo perde 35% das tevês ligadas
Por Altamiro Borges
Ricardo Feltrin, editor do F5, o sítio de entretenimento da Folha, divulgou ontem dados impressionantes. Nos últimos 20 anos, a TV Globo teria perdido quase 35% de participação nas tevês ligadas na região metropolitana de São Paulo. “O F5 obteve dados inéditos de audiência da TV aberta no país, o mais extenso período já publicado sobre número de aparelhos ligados (o chamado ‘share’)”.
Ricardo Feltrin, editor do F5, o sítio de entretenimento da Folha, divulgou ontem dados impressionantes. Nos últimos 20 anos, a TV Globo teria perdido quase 35% de participação nas tevês ligadas na região metropolitana de São Paulo. “O F5 obteve dados inéditos de audiência da TV aberta no país, o mais extenso período já publicado sobre número de aparelhos ligados (o chamado ‘share’)”.
A força da greve geral em Portugal
Do sítio português O Diário:
A greve geral de 22 de Março de 2012 constitui um importante marco na luta dos trabalhadores portugueses contra o agravamento da exploração, pela segurança e estabilidade no emprego, por um salário justo. Um importante marco na luta contra a arbitrariedade patronal, contra a violenta e antidemocrática ofensiva que as troikas - nacional e estrangeira - desencadearam no sentido da destruição de direitos individuais e colectivos duramente conquistados.
A greve geral de 22 de Março de 2012 constitui um importante marco na luta dos trabalhadores portugueses contra o agravamento da exploração, pela segurança e estabilidade no emprego, por um salário justo. Um importante marco na luta contra a arbitrariedade patronal, contra a violenta e antidemocrática ofensiva que as troikas - nacional e estrangeira - desencadearam no sentido da destruição de direitos individuais e colectivos duramente conquistados.
*Miro
Assinar:
Postagens (Atom)