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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 07, 2012

“Todos às ruas contra a política de austeridade e pela solidariedade internacional” e mais 1 atualizações

Link to Jornal A Verdade


Todos às ruas contra a política de austeridade e pela solidariedade internacional

Leia em nosso site: Todos às ruas contra a política de austeridade e pela solidariedade internacional
Contra a política de austeridade e pela solidariedade internacional -  CIPOMLNo próximo dia 14 de novembro está convocada uma Greve Geral na Grécia, Espanha, Portugal, Itália, Chipre e Malta, contra as políticas de austeridade, pelo trabalho e a solidariedade. Para além da Greve Geral, no conjunto dos países da União Europeia são desenvolvidas importantes mobilizações. Esta jornada vai expressar o desejo dos trabalhadores de uma resposta conjunta internacional contra essas políticas.
Os chefes dos governos da União Europeia têm imposto toda uma série de medidas neoliberais, como o “Pacto Fiscal”, que descarrega a crise sobre as costas dos trabalhadores e dos povos da Europa. Agora, frente a nova recessão, exigem o rebaixamento dos salários; o prolongamento do tempo de trabalho; maior flexibilidade laboral; cortes nas aposentadorias, pensões e serviços sociais; aumento de impostos; novas privatizações; desmantelamento dos contratos de trabalho; e o aprofundamento da supressão de direitos trabalhistas, sociais e políticos dos trabalhadores. Tudo isto levará a demissões massivas para a obtenção  da máxima taxa de lucro pela oligarquia financeira.
Esta jornada é um importante momento para fazer convergir as lutas e desenvolver a solidariedade internacional dos trabalhadores e dos povos golpeados pela mesma política a serviço exclusivo dos monopólios capitalistas.
No dia 14 de Novembro vamos às ruas para rechaçar este ataque, para defender nossos interesses com luta e unidade. Convocamos os operários, traalhadores, desempregados, jóvens, migrantes e as  mulheres dos setores populares a participarem e serem agentes ativos na Greve Geral de 14/Novembro e nas mobilizações. Chamamos todos e todas a construir a unidade da classe operária e a unidade popular com todas as vítimas destas políticas.
Unámo-nos em uma grande frente de luta contra a ofensiva capitalista, a reação política e as ameaças de guerra imperialista. Unámo-nos em oposição ao saque dos recursos naturais, por uma ruptura revolucionária com o neoliberalismo e o social-liberalismo, com o sistema que engendra a crise.
Denunciemos os governos e instituições do capital monopolista e afirmemos o direito dos povos de sair da União Europeia dos monopólios, da reação e da guerra, assim como da OTAN, braço armado do imperialismo.
A partir de todos os países onde batalhamos, nós comunistas, expressamos nossa solidariedade combativa com os trabalhadores e povos da Europa, com os revolucionários e os comunistas que combatem contra o capital e o imperialismo.
O 14 de novembro é um primeiro passo para novos e maiores.
Viva a luta da classe operária e a solidariedade internacional dos trabalhadores e dos povos!Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxista-Leninistas (CIPOML) 

terça-feira, novembro 06, 2012

Submarinos para o Brasil o que se faz


Meritocracia: Uma Mentira Conveniente

Acorda Brasil! Nióbio: Brasil 98 X 2 Canadá



100% dos royalties do petróleo vão para educação “Este será o maior legado que o PT deixará ao país”


Quero ver que partido será contra isso.
Bancada e governo fecham acordo: 100% dos royalties do petróleo vão para educação
Por Benildes Rodrigues, Do PT Câmara
6/11/2012
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou da reunião e relatou ao colegiado o encontro que teve com líderes da base aliada que, segundo ele, também reiterou o compromisso em defesa da distribuição dos 100% dos royalties para o setor, conforme propõe o governo.
Reunida por toda a manhã desta terça-feira (6), a Bancada do PT na Câmara, liderada pelo deputado Jilmar Tatto (PT-SP), firmou o compromisso de votar o substitutivo do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) ao projeto de lei (PL 2565/11) que trata da redistribuição dos royalties do petróleo entre a União, os Estados e os Municípios.
Zarattini alterou o seu relatório para contemplar a proposta do governo de destinar 100% dos royalties do petróleo para a área educacional. “Nós vamos carimbar 100% dos royalties do petróleo para a educação. Esse será o maior legado que o PT deixará ao país”, avaliou Jilmar Tatto.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, participou da reunião e relatou ao colegiado o encontro que teve com líderes da base aliada que, segundo ele, também reiterou o compromisso em defesa da distribuição dos 100% dos royalties para o setor, conforme propõe o governo.
Para Mercadante, as novas receitas oriundas dos royalties do petróleo, além do legado que proporcionará às futuras gerações, apresentam fontes reais para o cumprimento do Plano Nacional da Educação (PNE), aprovado, recentemente, na Câmara e em tramitação no Senado. Mercadante classificou a proposta de distribuição dos recursos do petróleo de “política de inclusão ousada” e acrescentou, “nós viemos mudar a história do Brasil”.
Partilha – De acordo com a proposta de Zarattini, União, Estados e Municípios, produtor ou não produtor, devem receber 15% da partilha dos royalties do petróleo. Desse montante, 100% devem ser destinados à educação. A proposta prevê ainda que do rendimento da aplicação no Fundo Social, 50% também devem ser aplicados no setor educacional.
Concessão – O substitutivo de Zarattini prevê que 100% dos recursos dos royalties provenientes das licitações a serem firmadas a partir de março de 2013, que vão para União, Estados e Municípios, produtores ou não produtores, devem ser aplicados na educação. O mesmo critério vale para os recursos oriundos da participação especial.
Para Zarattini, o substitutivo representa um avanço ao vincular 100% dos recursos recebidos por Estados e Municípios, à educação. Isso significará, segundo o relator, cerca de R$8 bilhões para o setor. Além disso, explica Zarattini, foram destinados 50% dos rendimentos do Fundo Social do Pré-sal para a Educação, atendendo a proposta das entidades estudantis, bem como às recomendações do governo. “Apresentamos um relatório capaz de unir o Brasil com investimento no conhecimento e na educação para o nosso povo”, reiterou Zarattini.
*MariaFrô 

Ordem do Mérito Cultural tem homenagem a Gonzagão com 'Asa Branca'

Mente colonizada da Globo leva Bonner a Washington para cobrir eleições de lá

 


Me contaram que o Jornal Nacional mostrou William Bonner de luvas e cachecol dizendo que estava no frio de Washington, com a Casa Branca ao fundo, na paisagem, servindo de cenário ... para cobrir as eleições presidenciais estadunidenses. Confirmei no site do telejornal.

A TV Globo tem correspondente nos EUA. A Globonews também. TV's de lá e Agências de Notícias podem fornecer ampla cobertura, inclusive muito mais completa. Então o que Bonner teria a acrescentar, indo pessoalmente lá?

Apenas a reverência do pensamento colonizado, submisso, e do puxa-saquismo da TV Globo aos EUA pode explicar.

O simbolismo da presença de Bonner é a forma de editorializar a notícia para dar impressão de tratar-se de algo mais importante do que realmente é para nós, brasileiros.


É a doutrinação que a Globo quer passar ao telespectador da velha ideia colonizada de que "o que seria bom para os EUA, seria bom para o Brasil".


É a pregação do alinhamento submisso aos interesses dos EUA, do entreguismo demotucano, da ALCA, da entrega do pré-sal à Chevron, de voltar as costas para a integração sul-americana, de não votar contra os EUA na ONU. De tirar o "B" dos BRIC`s. É a apologia do pensar pequeno, de ser sabalterno como era FHC.


Não por acaso, telegramas da embaixada estadunidense no Brasil vazados pelo Wilileaks, relatam conversas com os colunistas da emissora, Merval Pereira e William Waack abastecendo os gringos como informantes e colaboradores.


Ficaria mais "fofo" se William Bonner usasse também um chapéu de Mickey daqueles da Disney e agitasse uma bandeirinha de lá.
*osamigosdopresidentelula

FHC: A Imprensa é a minha Justiça! PGR, STF… prá quê?!

Ilustração: A Justiceira de Esquerda
FHC confirma que no seu governo quem faz Justiça, acusa, denuncia, processa é a #MidiaVenal conhecida como imprensa no mundo  e no Brasil por PIG – Globo, Veja, FSP, Estadão, Band – Família Civita, Família Mesquita, Família Frias e seus pitbulls – bonner, poeta, reinaldo azevedo, jabor, merval, noblat, miriam leitão, boris casoy, waack, mainardi et caterva que abertamente cumprem com sua agenda, há décadas,  junto aos partidos de “oposição” que lutam desesperadamente contra o povo brasileiro. #NomeAosBois 
Essa quadrilha ( Para Rosa Weber, pode ser considerada quadrilha apenas a * “reunião estável” com o fim de cometer uma série indeterminada de crimes) midiática (uso indevido das concessões públicas, desrespeitar a Constituição manipulando a opinião pública com mentiras, distorções, omissões da informação; derrubar governos, ministros; interferir em eleições veja reportagem da Record aqui),  sempre “esquece” de dar notícias de interesse nacional seguindo a cartilha de seus “patrões”que não residem por aqui ex: Os 10 maiores Crimes de Corrupção , Mensalão do PT, que vergonha!  , inclusive livros que vendem muito, não merecem a  atenção desta turma: Livro mais vendido do ano, indicado para o Prêmio Jabuti.
*”reunião estável” – PIG há décadas agindo impunemente.





Governo de FHC – O Paraíso na Terra!
*comtextolivre

Eleições nos EUA: do mal menor ao mal maior – A morte do liberalismo crítico

 James Petras
Há evidência ampla de que a presidência Obama puxou o espectro político estado-unidense ainda mais para a direita. Na maior parte dos assuntos de política interna e estrangeira Obama abraçou posições extremistas que ultrapassam seu antecessor republicano e, no processo, devastou o que restava da paz e dos movimentos sociais da década passada. Além disso, a presidência Obama estabeleceu a base para o futuro imediato ao prometer uma nova extensão de políticas regressivas a seguir às eleições presidenciais: cortes na Segurança Social, Medicaid e Medicare. O mandatário actual e seu opositor competem por centenas de milhões de dólares de fundos de campanha dos doadores ricos, os quais eles terão de reembolsar no período pós eleitoral com doações de milhares de milhões de dólares, subsídios, abatimentos fiscais, políticas anti-trabalho e anti-ambientais. Nem uma única proposta positiva foi avançada pela campanha de Obama mas foram articuladas numerosas políticas militaristas e socialmente regressivas. A campanha de Obama move-se num ambiente de medo, competindo com as propostas reaccionárias da aliança Romney-Tea Party: um encobrimento do seu próprio registo de gastos militares sem precedentes, guerras sequenciais, expulsões de imigrantes, arrestos hipotecários e salvamentos da Wall Street.
Neste processo, os críticos liberais atravessaram a linha, abdicando da sua integridade ao desviarem a atenção das políticas militaristas-socialmente regressivas de Obama para centrarem-se no "Romney opositor" como um "mal maior": progressistas e liberais críticos multiplicaram e ampliaram a duplicidade do aparelho político de Obama. Em nome da oposição ao actual "mal maior" (Romney) eles não ousam enumerar e especificar os desumanos crimes políticos e monumentais injustiças sócio-económicas perpetradas pelo seu candidato do "mal menor" (Obama). Será que os "progressistas" alguma vez actuarão honestamente e declararão: nós apoiamos Obama em "estados oscilantes" porque ele assassinou "apenas" 10 mil afegãos, 5 mil iraquianos, está a esfaimar 75 milhões de iranianos através de sanções, dá US$3 mil milhões para a deslocação israelense de milhões de palestinos, superintendente pessoalmente as execuções arbitrárias de cidadãos estado-unidenses e promete uma lista de mortes extensa ... porque Romney promete ser pior ... Esperar honestidade dos proponente de "males menores" é tão irrelevante como levar a sério o seu criticismo entre eleições.
O dano político causado a si próprio pelos movimentos sociais e pela classe trabalhadora dos EUA sob a presidência Obama é sem precedentes e lançou a base para nova regressão social e maior belicosidade imperial.
Consequências políticas da presidência Obama: passado, presente e futuro
A presidência Obama e as corridas das campanhas eleitorais passada e actual tiveram um impacto devastador nos movimentos sociais populares, empenhados em questões de paz, trabalho, direitos dos imigrantes e constitucionais e regulamentação ambiental.
O movimento da paz virtualmente desapareceu pois os seus líderes instaram os apoiantes a voltarem-se para o apoio à eleição de Obama. Ele deu-lhes o prémio ao escalar despesas militares e envolver-se em guerras seguidas, directamente ou por intermediários, em sete países, provocando caos e destruição. Teve de enfrentar uma oposição mínima pois ex-activistas da paz, em desalento, distanciaram-se ou obtiveram um posto e pediram desculpas pela guerra. Em 2012 os líderes da paz que se seguem repetem a mesma lenga-lenga para apoiar Obama, mas não ousam repetir a mentira passada (em nome da "paz") e dizem pretender "derrotar Romney".

Os movimentos de direitos de imigrantes antes da eleição de Obama em 2008 mobilizaram vários milhões ... até que foi infiltrado e tomado por falcões políticos mexicano-americanos do Partido Democrata e transformado numa máquina eleitoral para assegurar postos eleitos para si próprios e para Obama. Ele premiou os imigrantes alcançando um recorde: capturou, encarcerou e expulsou 1,5 milhão de imigrantes ao longo do seu mandato. O movimento de massa dos direitos dos imigrantes foi em grande medida desmantelado e agora prostitutos políticos do Partido Democrata contratam propagandistas para arrebanhar e registar eleitores imigrantes altamente desiludidos.
Os afro-americanos foram o sector da classe trabalhadora dos EUA mais abandonado sob Obama: experimentaram os mais altos níveis de desemprego e arrestos de casas assim como os mais longos períodos de desemprego. Obama brancoEles tornaram-se politicamente invisíveis pois Obama dobrou-se para apaziguar raivosos racistas brancos que procuram etiquetá-lo como um "presidente negro". A liderança negra estabelecida – política e religiosa – e as celebridades dos media efectuaram o bloqueio total a qualquer expressão da oposição das bases, afirmando que isso só "ajudaria os racistas" – ignorando a adopção e salvamento da Wall Street branca por Obama e mostrando as costas a milhões de famílias negras em dificuldades extremas. Sem movimento ou liderança, temerosos em relação ao problema (racismo económico) e à solução (mais quatro anos de invisibilidade sob Obama) a maior parte dos trabalhadores negros é relegada à abstenção ou a apertar o nariz e votar pelo "Oreo" Obama.
O movimento Occupy Wall Street, precisamente porque era independente do Partido Democrata e enojado com a total subserviência de Obama à Wall Street, proporcionou uma voz temporária à vasta maioria de americanos que se opõem a ambos os partidos políticos. Os responsáveis locais e estaduais do Partido Democrata aplaudiram "a causa" e a seguir reprimiram o movimento.
Um movimento espontâneo sem direcção política, e falto de uma liderança política alternativa, era incapaz de confrontar o regime Obama: o movimento declinou e desintegrou-se, muitos simpatizantes foram engolidos pela campanha de propaganda do "menor mal" em Obama. O ânimo da massa popular para com a Wall Street foi desactivado pela afirmação de Obama de ter salvo "a economia" da catástrofe ao canalizar US$4,5 milhões de milhões para dentro dos bolsos dos banqueiros.
Direitos constitucionais foram dizimados pela defesa de Obama de julgamentos militares, pela era de torturas de Bush, pela expansão do poder executivo arbitrário incluindo o poder presidencial de assassinar cidadãos dos EUA sem julgamento. Enquanto organizações legais lutavam o bom combate por liberdades civis, a vasta maioria de liberais notabilizou-se pela sua ausência de qualquer movimento democrático prolongado em defesa dos direitos de 40 milhões de americanos sob vigilância policial, especialmente cidadãos muçulmanos e imigrantes. Eles optaram por não embaraçar o seu presidente democrata: colocaram a reeleição de um estado-policial democrata acima da sua suposta defesa de direitos constitucionais. Nem manifestações em massa por liberdades civis, nem protestos contra a Segurança Interna, nem movimentos nas universidades contra a abolição do direito de criticar Israel.
Durante décadas as confederações sindicais e movimentos de cidadãos defenderam a Segurança Social, o Medicare e o Medicaid. Com Obama no gabinete, declarando abertamente, e preparando, grandes reduções e cláusulas regressivas na cobertura (aumento da idade de qualificação) e na indexação, não há movimento de protesto significativo. Programas que na maior parte de um século (segurança social) ou meio século (Medicare, Medicaid) era considerados intocáveis estão agora, segundo Obama, "em cima da mesa" para serem estripados ("reformados", "ajustados"). Os patrões milionários de sindicatos contratam um pequeno exército de trabalhadores de campanha e colectam mais de US$150 milhões para reeleger um presidente que promete fazer enormes cortes em programas médicos para os pensionistas e os pobres. Obama legitimou as posições sociais regressivas da extrema-direita enquanto o Partido Democrata neutralizou qualquer oposição ou mobilização sindical.
Finalmente, mas não menos importante, o regime Obama cooptou críticos progressistas liberais-sociais via apoio pela porta dos fundos. Em nome da "oposição a Romney" os sábios progressistas, como Chomsky e Ellsberg, acabaram numa aliança com a Wall Street e bilionários do Silicon Valley, militaristas do Pentágono, promotores da Segurança Interna e ideólogos sionistas (Dennis Ross) para eleger Obama. Naturalmente, o apoio dos progressistas será aceite – mas dificilmente reconhecido. Eles não terão qualquer influência na futura política de Obama após a reeleição: serão descartados como preservativos usados.
O futuro: consequências pós eleiltorais
Com ou sem a reeleição de Obama, o seu regime e as sua políticas lançaram as bases para uma agenda social ainda mais regressiva e reaccionária: padrões de vida, incluindo saúde, previdência, segurança social, serão cortados drasticamente. Afro-americanos permanecerão invisíveis excepto para a polícia e o sistema judicial racista. Imigrantes serão perseguidos, capturados e expulsos de casas e empregos: sonhos de estudantes imigrantes tornar-se-ão pesadelos de medo. Esquadrões da morte, guerras por procuradores (proxy) e com drones multiplicar-se-ão para acompanhar a bancarrota do império estado-unidense. Progressistas irresponsáveis e hipócritas mudarão a marcha e criticarão o presidente que elegeram; ou se for Romney atacarão os mesmos vícios que ignoraram durante a campanha eleitoral de Obama: mais cortes nos gastos públicos e mudanças climáticas [NR] resultarão em maior deterioração na vida quotidiana e da infraestrutura básica; mais inundações, incêndios, pragas e apagões. Os nova-iorquinos aprenderão a desintoxicar sua água do toilette; eles podem estar a beber e a banhar-se nela.
03/Novembro/2012
[NR]   Um problema irrelevante pois não está ao alcance dos seres humanos efectuar mudanças climáticas – podem efectuar alterações do meio ambiente, mas não do clima.   Ver http://resistir.info/climatologia/impostura_global.html
O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/...
*Gilsonsampaio