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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 01, 2012


Paulo Preto e Gurgel:
a batata sai do forno, já já

Parlamentares da base aliada já têm pronta uma representação contra o brindeiro Roberto Gurgel.

Só falta o cozinheiro mandar tirar do forno.

Como Collor – clique aqui para ler a entrevista deste ansioso blogueiro com o Senador e ex-Presidente -,  outros parlamentares acreditam que a própria nota que o brindeiro encaminhou à CPI o incrimina de forma irremediável.

A caracterização de prevaricação parece inevitável.

Outra batata que assa é a do Paulo Preto.

Com a abertura das “contas nacionais” da Delta, a CPI berrou “oh de casa !, na porta do Cerra”.

O PMDB, especialmente, dispõe de informações interessantes sobre o ritual de celebração empreitarial que se desenrolou às margens da marginal (sic) de São Paulo entre associados do Paulo Preto (e, portanto, do Cerra) e da Delta “nacional”.

O Cerra está numa situação complicada, o amigo navegante há de reconhecer.

A Privataria Tucana jorra pra todo lado.

Agora deram para fazer arrastão duas vezes por semana no quarteirão próximo à casa do Fernando Henrique e do Otavinho:

Restaurante sofre arrastão em Higienópolis, centro de SP

Qualquer dia desses, vai ter uma UPP em Higienópolis.

Será uma contribuição dos tucanos de São Paulo à História da Aristocracia Neo-Liberal.

E o diretor da divisão de autorização imobiliária, essa ponta de iceberg do tamanho de 106 apartamentos de luxo ?

Esses tucanos de São Paulo …

Eles têm um problema com casa própria.

Agora, a “Delta nacional” bate na porta da casa do Cerra.

Paulo Preto vem aí.

Será que foi por isso que o Cerra resolveu chutar o balde e substituiu o Cachoeira, como informante privilegiado da Veja ?

Por que o Cerra mandou o Johnbim atender a Veja e entrar na armadilha do Gilmar ?

Essas são algumas das próximas atrações da CPI que dura, numa primeira etapa, até novembro.

E deve ser prorrogada.

Tem muito Robert(o) pra aparecer ainda.

Policarpos, Dantas (o verdadeiro e o falso), amianto, perillos, lereias, varreção de lixo, dadá, dedé, didi, Doni – vixe !, tem muita coisa por vir !

Como disse o Lula ao Ratinho: para afogar tucano, até ele pode ser candidato.

E a galera aplaudiu.


Paulo Henrique Amorim

Depois de afirmar "voto de confiança" a Perillo, Alvaro Dias diz que PSDB 'sangra'

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), admitiu nesta sexta-feira que o partido está sangrando com as denúncias que envolvem o governador de Goiás, Marconi Perillo. Dias se referia à revelação de que um assessor pessoal de Marconi pagou uma dívida da campanha de 2010 com recursos de uma empresa de fachada do esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, (aqui no blog)  o jornalista Luiz Carlos Bordoni disse que a Alberto e Pantoja, empresa fantasma que segundo a Polícia Federal era controlada por Cachoeira, foi usada para pagar serviços de publicidade que ele prestou para a campanha do governador de Goiás. O pagamento de dívida, de R$ 45 mil, foi depositada na conta de sua filha, Bruna, numa negociação comandada por Lúcio Fiúza Gouthier, assessor especial de Perillo.

O senador tucano admite que a situação de Perillo "não é fácil". Por isso, defende que se antecipe o depoimento do governador de Goiás à CPI do Cachoeira para a próxima terça-feira, dia 5. A comissão havia agendado a vinda dele para o dia 12, uma semana depois. O líder disse que, mesmo sendo do PSDB, "o comportamento tem que ser implacável em relação a eventuais delitos praticados".

Questionado se o PSDB mantém confiança em Perillo, Dias disse que essa é uma decisão pessoal. "Há no partido os que mantêm confiança e os que não mantêm. Da nossa parte, defendemos a prudência de ouvir o governador, oferecer a ele espaço para as explicações, para que seja duramente questionado e possa responder a todas as questões", ponderou.. .Com Agência Estado

Agora Álvaro Dias fala em prudência. Mas, há poucos dias  governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), saiu em defesa do governador de Goiás, Marconi Perillo, e disse que o colega tucano já se explicou sobre sua ligação com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira (Veja aqui)

José Serra deu 'voto de confiança' a Marconi Perillo em CPI do Cachoeira (Veja aqui) Não vamos nos esquecer que,  Serra também colocava a mão no fogo pelo Arruda
 
 

Pagot: O Rodoanel financiava a campanha do Serra

Ex diretor do DENIT denuncia caixa dois n campanha do PSDB

Todos os empreiteiros do Brasil sabiam que essa obra financiava a campanha do Serra”, disse Pagot. Consulta ao TSE mostra que o comitê de Serra e do PSDB receberam das empreiteiras que atuaram no trecho sul do Rodoanel quase R$ 40 milhões, em cifras oficiais. O representante de uma empreiteira que participou do Rodoanel confirmou à ISTOÉ que manteve contatos com Pagot reivindicando o aditivo. 


À ISTOÉ em  três encontros com a reportagem num hotel em Brasília, todos gravados, Pagot contou detalhes sobre a forma como, no exercício do cargo, foi pressionado pelo governo de José Serra a aprovar aditivos ilegais ao trecho sul do Rodoanel. A obra, segundo ele, serviu para abastecer o caixa 2 da campanha de José Serra à Presidência da República em 2010. “Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá.’ Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin”, disse Pagot. 

Nas conversas com ISTOÉ, Pagot também afirmou ter ouvido do senador Demóstenes Torres um pedido para que o ajudasse a pagar dívidas de campanha com a Delta com a entrega de obras para a construtora. Mas nem o aditivo de R$ 260 milhões para o trecho sul do Rodoanel foi liberado pelo DNIT – embora tenha sido pago pelo governo de São Paulo – nem o favor a Demóstenes foi prestado, segundo Pagot.

Pagot contou à ISTOÉ que recebeu pressões para liberar R$ 264 milhões em aditivos para a conclusão do trecho sul do Rodoanel. Segundo ele, em meados de 2009, o então diretor da Dersa, empresa paulista responsável pelas estradas, Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, solicitou uma audiência no DNIT.

Levou assessores, engenheiros e um procurador para tentar convencer Pagot a liberar a quantia. Até então, a obra tinha consumido R$ 3,6 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão em repasses da União. Acompanhado do diretor de Infraestrutura Rodoviária, Hideraldo Caron, Pagot disse que o governo não devia mais nada à Dersa. Quarenta dias depois, houve nova reunião, no Palácio dos Bandeirantes, na qual tentaram recolher sua assinatura num Termo de Ajuste de Conduta (TAC), apresentado pelo Ministério Público Federal. “A partir daí começaram as pressões”, diz Pagot.

Ele diz que recebia telefonemas constantes, não só de Paulo Preto, mas do deputado Valdemar Costa Neto (PR/SP), do ministro Alfredo Nascimento e de seu secretário-executivo, hoje ministro Paulo Sérgio Passos. O caso foi parar no TCU, que autorizou a Dersa a assinar o TAC, condicionando novos aditivos à autorização prévia do tribunal e do MP. Pagot recorreu à AGU, que em parecer, ao qual ISTOÉ teve acesso, o liberou de assinar o documento.

Leia a matéria completa aqui na Revista IstoÉ
*osamigosdopresidentelula

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