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sábado, julho 28, 2012


SP: Marcha das Vadias protesta pelo fim da violência contra a mulher 
28 de julho de 2012  15h19  atualizado às 17h39

Mulher participa da Marcha das Vadias realizada em São José do Rio Preto, interior do Estado de São Paulo. Foto: Marcos Madi/Futura Press
Mulher participa da Marcha das Vadias realizada em São José do Rio Preto, interior do Estado de São PauloFoto: Marcos Madi/Futura Press

Estudantes, organizações civis e partidos políticos se uniram na manhã deste sábado no centro de São José do Rio Preto (SP) para a participar da Marcha das Vadias. Cerca de 150 pessoas, entre homens, mulheres e crianças, saíram às ruas para protestar contra a violência sexual, pela legalização do aborto, pela liberdade sexual da mulher, pelo fim do machismo e da exploração sexual.
LAÍS MACHADO
Direto de São José do Rio Preto
Durante a marcha, os manifestantes realizaram atos pacíficos de conscientização social por vários pontos da cidade. Partiram da Praça Dom José Marcondes, passaram pela rodoviária, prefeitura e Delegacia de Defesa da Mulher.
Usando pouca roupa, com corpos pintados e carregando cartazes com frases como "Luta mulher, pois da sua liberdade sairá a liberdade de toda humanidade", "Uso a roupa que eu quiser" e "Isso não é um convite", os protestantes apresentaram suas reivindicações.
Intituladas, por elas próprias, vadias e feministas, algumas participantes apareceram com os seios à mostra para criticar o tabu que existem em torno do corpo feminino. "Fazemos questionamentos como: por que um homem pode andar na rua sem camisa e isso não choca ninguém?", salienta Marilia Botelho, estudante de Letras da Unesp e uma das idealizadoras do evento.
A marcha teve o intuito de chamar a atenção da sociedade em geral e das autoridades, principalmente, para os altos índices de violência contra a mulher. Dados da Delegacia de Defesa da Mulher apontam que no ano passado a cidade teve 1.646 ocorrências de violência contra mulheres.
"Acreditamos que é necessário haver educação sexual dentro das escolas e uma mudança em todos os pensamentos machistas da sociedade que inferioriza a mulher, rebaixando-as, seja como donas de casa submissas ou meramente rebolativas e sensuais na televisão. Uma verdadeira revolução da sociedade é o que mudaria essa situação, a marcha é uma tentativa de conscientização dos problemas e portanto, amenizá-los", salienta a estudante.
Durante o ato, alguns protestantes criticaram o presidente da Câmara, Oscarzinho Pimentel, que é acusado de ter realizado um programa sexual com duas menores. Um jovem carregava um cartaz com uma charge do vereador e com a frase "E a culpa é da mulher".
*Terra

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