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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 10, 2013

Descriminalização do Cultivo de Cannabis para Consumo Próprio

Toda pessoa que se junta a esta campanha aumenta nossa força de ação. Por favor, separe um minuto para compartilhar este link com todos que você conhece:


http://www.avaaz.org/po/petition/Descriminalizacao_do_Cultivo_Caseiro_de_Cannabis/?tYowmeb

Vamos fazer a mudança juntos,
Marcelo

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Aqui está a petição para encaminhar para seus amigos:

Descriminalização do Cultivo de Cannabis para Consumo Próprio

As frequentes detenções, tanto de usuários como de pessoas que cultivam alguns pés de maconha em suas casas para se abastecer, falam desse limbo jurídico e do espaço entre o que diz a lei e a forma como ela é aplicada pela polícia. Porém, as frequentes liberações dessas pessoas também evidenciam que, passo a passo, o que está escrito começa a passar do papel à prática.

Apesar do clima de debate não só no Brasil, mas no mundo inteiro, diante da falta de vigência do modelo proibicionista, existem dois desafios principais no Brasil: o primeiro e mais profundo no nível cultural, e o segundo no nível legislativo.

A defesa do autocultivo é simples e convincente: usuário de maconha, maior de idade, cidadão responsável que deseja usar cannabis, planta para si próprio e se compromete a não vender, evitando o contato com traficantes, deixando de subsidiar o crime organizado.
Ao invés de concentrar tempo, dinheiro e energia no tratamento de dependentes químicos, o governo insiste em criminalizar os consumidores. Países como Espanha e Portugal já possuem políticas públicas que descriminalizam o uso da maconhae focam seu trabalho no real combate ao tráfico, e os resultados são incríveis. Dez anos depois da descriminalização em Portugal, o uso de drogas baixou 50%. Vamos agarrar essa oportunidade única para virar uma das páginas da letal e sem sentido guerra às drogas e dar início a uma era de políticas de drogas mais humana e efetiva no Brasil.

Recentemente, nossos vizinhos no Uruguai deram um grande passo rumo à descriminalização das drogas. Vamos aproveitar esse momento e apelar para que o Brasil faça o mesmo e siga rumo à vitória sobre a fracassada guerra às drogas.


http://www.avaaz.org/po/petition/Descriminalizacao_do_Cultivo_Caseiro_de_Cannabis/?tYowmeb

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