Em discurso na Escola Nacional Florestan Fernandes neste sábado, o ex-presidente Lula repudiou a ação da Polícia Civil que foi considerada repressiva e abusiva contra militantes do MST; "A gente tem que se preocupar mais com os movimentos sociais, porque se a moda de criminalizar pessoas pega..."; o ex-presidente elevou o tom e disse que o poder público quer criminalizar os movimentos sociais; "Há um processo de criminalização da esquerda nesse país, em que as instituições estão totalmente desmoralizadas. O país perdeu a autoridade"; Lula criticou Michel Temer no contexto da PEC 241; "Eles vão efetivamente destruir o que nós construímos. Os adversários foram mais fortes que a gente. Enquanto a gente ficou gritando 'Fora, Temer', eles foram lá e tiraram a Dilma. Fizeram o golpe, mas não vão parar por aí. Tem razões políticas, econômicas e ideológicas nesse negócio"
SP 247 - Em discurso na Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema-SP, neste sábado (5), o ex-presidente Lula repudiou a ação da Polícia Civil na sexta-feira (4) que foi considerada repressiva e abusiva pelos militantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra). "A gente tem que se preocupar mais com os movimentos sociais, porque se a moda de criminalizar pessoas pega...", disse Lula.
O ex-presidente elevou o tom e disse que o poder público quer criminalizar os movimentos sociais. "Há um processo de criminalização da esquerda nesse país, em que as instituições estão totalmente desmoralizadas, o país perdeu a autoridade".
Lula afirmou aos militantes presentes ao evento solidário ao MST que não se incomoda com a perseguição que ele alega sofrer. "Meu caso é o de menos. Eu tenho casco de tartaruga, 71 anos de idade".
O líder maior do PT defendeu a "necessidade" de formar uma frente política de esquerda. "Esse momento de solidariedade ao MST, com tanta gente que veio para cá, é a hora de começar a construir uma coisa mais forte, de cada um deixar seus probleminhas de lado. Não é partido, entidade, é um movimento, como foi o das Diretas. Precisamos criar um movimento para restabelecer a democracia no país. Somos um país grande demais para termos um governo eleito por uma Câmara de forma ilegal".
Para Lula, a frente que ele propõe seria capaz de "unificar o país" e superaria a "torre de Babel que existe hoje, em que cada um fica gritando no seu canto".
Para fechar a conta, o ex-presidente fez críticas duras a Michel Temer, no contexto da PEC 241, que congela por 20 anos os investimentos do governo, incluindo áreas como saúde e educação.
"Eles vão efetivamente destruir o que nós construímos no Brasil. Os adversários foram mais fortes que a gente, enquanto a gente ficou gritando 'Fora, Temer', eles foram lá e tiraram a Dilma. Fizeram o golpe, mas não vão parar por aí. Tem razões políticas, econômicas e ideológicas nesse negócio".