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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, maio 02, 2010



A elite demotucanalha

Presidente Lula discursa para platéia de trabalhadores do Estaleiro Atlântico Sul, que deu início à montagem de seu primeiro navio petroleiro. Setembro 2009.

DA FOME A LÍDER MUNDIAL - LULA

DA FOME A LÍDER MUNDIAL - LULA


De perseguido pela fome a líder mundial

Ano passado quando Barack Obama chamou Lula de “the guy”, teve colunista aqui no Brasil – muito conhecido pelas suas barrigas – que viu naquele gesto de simpatia, talvez até um ato de admiração, um deboche do homem mais poderoso do planeta para com o “bebum nordestino”. Será que a conceituada Time também está “debochando” quando elege Luiz Inácio Lula da Silva um dos líderes mais influentes do mundo?

Lula, o retirante perseguido pela fome e depois pela Ditadura Militar, que se tornou, extraordinariamente, não só o presidente mais popular da história do Brasil, mas que também conseguiu inserir o país no século XXI, entre outras coisas por retirar milhões de brasileiros da miséria crônica e por adotar uma política externa soberana, é tratado com esnobação pela mídia oligopolizada – ou o Partido do Capital, como Gramsci a chamava¬ ¬– e bombardeado com zombarias e preconceito pela classe média branca. Pois bem, agora FFHH e suas viúvas devem estar cortando os pulsos de inveja, afinal, como pode um nordestino analfabeto, pingaiada, vagabundo e barbudo ir até onde eles nunca sonharam? Isso é ousadia demais pra essa gente fina suportar!!!


Luiz Inácio Lula da Silva

Por Michael Moore (tradução Viomundo)

Quando os brasileiros primeiro elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente, em 2002, os barões do país [robber barons] checaram o tanque de combustível de seus jatos privados. Eles haviam tornado o Brasil um dos países mais desiguais da terra e então parecia ter chegado a hora da “vingança”. Lula, 64, era um filho genuíno da classe trabalhadora da América Latina — na verdade, um membro fundador do Partido dos Trabalhadores — que tinha sido preso por liderar uma greve.

Quando Lula finalmente conquistou a presidência, depois de três tentativas fracassadas, ele era uma figura familiar na vida nacional. Mas o que levou à política? Foi seu conhecimento pessoal do quanto é duro para muitos brasileiros trabalhar para sobreviver? Ser forçado a deixar a escola na quinta série para ajudar a família? Trabalhar como engraxate? Ter perdido um dedo em um acidente de trabalho?

Não, foi quando aos 25 anos de idade ele viu a esposa Maria morrer durante o oitavo mês de gravidez, junto com o filho, por não poderem pagar um tratamento médico decente.

Há uma lição aqui para os bilionários do mundo: deixem as pessoas terem bom atendimento médico e elas vão causar muito menos problemas para vocês.

E aqui há uma lição para o resto de nós: a grande ironia da presidência de Lula — ele foi eleito para um segundo mandato em 2006 e vai servir até o fim do ano — é de que quando ele tenta colocar o Brasil no Primeiro Mundo com programas sociais como o Fome Zero, desenhado para acabar com a fome, e com planos para melhorar a educação disponível para os trabalhadores do Brasil, faz os Estados Unidos parecerem cada vez mais um país do velho Terceiro Mundo.

O que Lula quer para o Brasil é o que um dia chamamos de Sonho Americano. Nós, nos Estados Unidos, onde o 1% no topo da escala tem mais riqueza financeira que os 95% da base combinados, estamos vivendo em uma sociedade que está ficando rapidamente cada vez mais parecida com a do Brasil.
Postado por Hudson Luiz Vilas Boas

NA VERDADE,SERRA DEU UM TIRO NO PÉ AO FUGIR DO POVO BRASILEIRO NO DIA DO TRABALHO.COM ISSO ELE MOSTROU QUEM ELE É.ELE É UMA FRAUDE

VOCE ESTA RICO E NÃO SABE!

VOCE ESTA RICO E NÃO SABE!
Por sorte, por obra do destino, porque quem ri por último ri melhor ou porque Deus é brasileiro mesmo, pela primeira vez na história, os países mais ricos do planeta terão que reconhecer a força do Brasil em cinco áreas estratégicas. Elas poderão fazer jorrar um volume inesgotável de recursos que, de uma forma ou de outra, fatalmente chegarão às mãos de todo brasileiro. Conheça as cartas.

Etanol

O Brasil passou 40 anos desenvolvendo o álcool como combustível alternativo e ganhou uma experiência única no assunto. Depois de tanto tempo, o país revela ao mundo uma po-tência para gerar esse recurso energé-tico de um modo muito competitivo, no qual não depende de nenhum auxílio mercadológico do governo como subsídios ou diminuição de impostos. Nos EUA a situação é inversa, a produção é mantida com o auxílio financeiro do governo, que quis resolver a questão energética na marra e em tempo recorde. É delicada porque o álcool americano é derivado da cultura do milho, o que afeta toda a economia agrícola daquele país e, por conseqüência, a do planeta. A metáfora utilizada por Lula para definir a questão da falta de alimentos no mundo por causa da produção de energia foi perfeita. Disse o Presidente que, assim como o colesterol, há o etanol bom (o brasileiro derivado da cana-de-açúcar) e o etanol ruim (derivado do milho). Por causa do etanol ruim a economia agrícola mundial perdeu o rumo e os alimentos subiram de preço em escala jamais vista. Assim, o mundo começou a entender a diferença entre os dois combustíveis e o tamanho da dianteira (vantagem competitiva) que o Brasil tem na geração do etanol. As vias de produção do combustível brasileiro geram um grande e cada vez maior volume de empregos, não compromete a produção de alimentos como acontece nos EUA, contribui de modo significativo para a redução da emissão de CO2 na atmosfera e pode ajudar outros países a se ajustarem ao protocolo de Kioto com a exportação, por exemplo, de eco-gasolina com 20% ou mais de álcool.

Petróleo

O anúncio da descoberta de reservas de petróleo abundante em vários pontos do Brasil revelou ao mundo uma nova superpotência energética também nesse assunto. O país poderá estar em breve entre os 4 maiores produtores do mundo e viver uma situação de êxtase energé-tico, mantendo uma produção gigantesca de combustíveis - petróleo e etanol - como nenhum outro país poderá realizar. Como sempre, existem no meio do caminho barreiras que precisam ser vencidas, e obter dinheiro para financiar a exploração desses novos campos é o que configura o maior problema. O Brasil precisa de 240 bilhões de dólares para investir na estrutura de produção do petróleo que foi encontrado. O país não tem esse dinheiro todo e, por isso, precisa de parceiros. O Presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, aposta na correta idéia de que a exploração deve ser viabilizada através de acordos entre governos e defende que o petróleo proveniente das novas explorações seja controlado pela União. Dessa maneira, o petróleo brasileiro poderia ser explorado com investimento de países como os EUA, e de blocos como a União Européia, que tanto estão sofrendo com a alta do petróleo, o que deixa o Brasil muito a vontade para fazer a melhor das negociações. Para se ter uma idéia dessa vantagem comercial, veja o caso dos chamados carros beberrões americanos, por exemplo, que ganharam descontos colossais em inúmeras concessionárias e não conseguem desocupar os pátios. Nos EUA, caminhonetes de luxo estão sendo ofertadas ao equivalente a R$ 27.000,00 e não há venda. Os consumidores agora querem carros menores e econômicos. A distância das casas onde boa parte da classe média americana reside está sendo encurtada e os imóveis perdendo o seu valor de acordo com a quilometragem percorrida para chegar ao centro das grandes cidades. Na Europa, as greves de vários setores produtivos, especialmente o de transporte, em inúmeras cidades, espalham a dimensão do alto custo do petróleo, inclusive nos preços dos alimentos. Nesse quadro, o recurso energético brasileiro, tanto o petróleo quanto o etanol, pode ser configurado como a solução mais rápida para a crise energética americana e européia pela própria comunidade internacional, o que dá ao Brasil o mando do jogo.

“A questão do petróleo vai além da Petrobras, é um problema mundial e para nós, não interessa a imensa reserva e sim, o resultado financeiro dela. O caminho é a exploração conjunta”, esclarece Luiz Imbroisi, da Gasol Combustíveis, pesquisador do assunto há décadas.

A lei brasileira não permite operações desse tipo e a ANP - Agência Nacional do Petróleo, através de seu presidente Haroldo Lima, rebate com todas as forças a possibilidade de o Brasil dividir a exploração e partilhar os ganhos. A atitude pode ser considerada um equívoco de grandes proporções porque é como se estivéssemos rasgando o bilhete premiado. Estamos cansados de ver e rever situações desse tipo em várias áreas da economia, contudo, esse é um assunto de extrema relevância e pode resolver financeiramente todos os problemas estruturais brasileiros com a injeção de um volume tão grande de dinheiro durante o investimento na prospecção e depois os ganhos na venda da produção que, de tanto transbordar, chegaria inevitavelmente ao bolso de cada cidadão. O ajuste na lei se mostra necessário e evitaria entraves para a exploração de tanta riqueza, o que depende exclusivamente de nós, brasileiros. Para muitos analistas, as divergências entre as idéias de posicionamento estratégico da Petrobras e da ANP devem ser resolvidas rapidamente, e a interferência da Presidência da República seria de bom tamanho para isso, visto que o dinheiro do investimento estrangeiro e do lucro das operações de exploração financiaria com sobras todos os programas sociais do governo em todas as escalas, por muitas e muitas décadas.

Agricultura

As últimas reuniões da ONU mantiveram em pauta um dos assuntos mais polêmicos da história da Organização: a falta de comida provocada pela produção de energia por meios agrícolas. Ao correr contra o possível colapso energético nos EUA, o governo americano jogou todas as suas fichas na produção do milho para dele extrair o etanol. O problema é que, ao subsidiar (gerar benefícios financeiros) volumosamente a produção do milho, muitas culturas como a soja, por exemplo, deixaram de ser produzidas. O produtor arregalou os olhos nos ganhos oferecidos pela Casa Branca e migrou para a produção de milho sem pensar duas vezes. Assim, várias cadeias produtivas foram prejudicadas, até por tabela, como a pecuária, por exemplo, que teve problemas com o preço da soja, alimento para o gado, que havia subido muito pela falta do produto. Isso afetou toda agricultura mundial e a alta dos preços acabou acontecendo de modo muito simples. Não tem soja, aumenta o preço da soja. Não tem comida para o gado porque não tem soja, aumenta o preço da carne. Não tem milho, aumenta o preço da ração. Não tem ração, aumenta o preço do frango e por aí vai. O governo brasileiro tratou de esclarecer ao mundo que o etanol daqui não tem nada a ver com a crise de comida porque não tirou um só pedaço de chão da produção de alimentos. Pelo contrário, a cultura de grãos continua crescente, assim como a de cana-de-açúcar. Ambas baterão recordes de produção, garantindo que as demandas internas sejam atendidas. Para o Brasil, o momento é de oportunidades imensas, pois a crise mundial de alimentos deverá durar no mínimo 4 anos. É a hora de mostrar ao mundo o que o país é capaz de produzir e exportar, ganhando muito dinheiro e acalmando a demanda mundial durante todo o período de falta. E ainda, o Brasil é o único país no mundo a ter estrutura física agrícola suficiente para gerar produção para o abastecimento global, o que nos deixa, de novo, em condições excepcionais de negociação.

Pecuária

De acordo com a pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Cepea da Universidade de São Paulo - USP, o Brasil cresceu a produção de gado e leite em 23,96% em 2007 comparada a de 2006. O grande aumento da produção acontece no momento em que os produtores estão podendo recuperar enormes perdas do passado quando em várias situações, o leite, por exemplo, foi mantido como produto de combate promocional em quase todos os supermercados do país, obrigando os envolvidos na sua comercialização a reduzirem muito as suas margens de lucro. A demanda mundial é o principal fator positivo para essa recuperação porque está revelando aos produtores o real valor dos produtos ligados à agropecuária. Gilman Viana, secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, destaca que a principal vantagem competitiva brasileira são os recursos hídricos que o país possui. Isso influi determinantemente na capacidade de produção agrícola e pecuária, dando condições de aumentar as exportações, atendendo à demanda internacional por um preço mais adequado aos custos de produção. E mais, o mundo sinaliza aberturas mais que especiais para a carne brasileira que deverá ter o seu ritmo de produção disparado até o fim de 2008. O motivo é simples: falta comida.

Amazônia

A Amazônia é o centro das atenções. Fora todos os problemas ecológicos e sócio-culturais, que há décadas acompanham a região, a Amazônia é o símbolo institucional da saúde do planeta. Saúde todo mun-do quer e, ecologicamente falando, só o Brasil poderá oferecer. Por isso, o alvoroço multinacional sobre a matéria (veja a seguir) é de tão grosso calibre que muitos falam até em internacionali-zação da área. De qualquer modo, a Amazônia é nossa e poderá ser de grande valor em negociações mundiais quando os assuntos forem créditos de carbono, biotecnologia e recursos naturais como minério, madeira e água. Riquezas em abundância que serão de grande valia quando o resto do mundo, por necessidade, formar uma fila para consumir. Mensurar o valor exato disso tudo é impossível agora, mas, detectar a enorme vantagem comercial que essa riqueza inquestionável poderá gerar não é difícil. O que é preciso saber é a hora certa de colocar as cartas na mesa e ganhar a rodada final, onde todas as fichas do mundo estarão na disputa.

Por Eduardo Vergara


""Obviamente, eu não carrego a ilusão de que a gente vai transformar o Brasil na grande nação com que todos nós sonhamos em 8 anos, 15 anos. É um processo que precisa ter continuidade. Daí a necessidade de o próximo governante ter uma concepção seqüencial, de dar cumprimento às coisas que estamos fazendo.""
Por Luiz Inácio Lula da Silva

Dilma participou do 1º de Maio Latino-Americano, promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT)