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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quinta-feira, maio 27, 2010
O Exterminador do Futuro
O Ministro da Presidência de Evo Morales, Oscar Coca, afirmou que, se Serra sabe algo, ele deve seguir os trâmites legais para fazer a denúncia, senão ele será o cúmplice.
Para quem não sabe, durante a ditadura militar no Brasil, José Serra fugiu e se escondeu na embaixada da Bolívia, país de Morales, depois foi exilado no Chile....
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Serra, o "Exterminador do Futuro" da política externa
Marco Aurélio Garcia (assessor-chefe de assuntos internacionais da Presidência da República), disse...
"Serra está tentando ser o ´Exterminador do Futuro´ da política externa. Ele já destruiu o Mercosul e agora quer destruir nossas relações com a Bolívia. Ahmadinejad (presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad) já é um ´Hitler´ e eu acho que talvez ele (Serra) esteja pensando que, em uma eventual política de cortes de despesas, venha a fechar 20 a 30 embaixadas de países, os quais ele está insultado neste momento"..
dos amigos do Presidente Lula
Marcola para vice de Serra
Marcola para vice de Serra
Serra é um sujeito que não tem sorte com vice.
Serra queria Arruda como vice e Arruda foi cassado.
Serra queria Dorneles como vice e Dorneles manobrou para Maluf ficar limpo na Lei da Ficha Suja.
Serra queria Aécio como vice e Aécio deu uma NÂO do tamanho de Minas à Serra.
o Tasso será?!?
A Serra só resta uma alternativa:escolher Marcola, líder maior do PCC, para ser seu vice.
do blog da Dilma
Radical Rótulo só para a esquerda...
Radical
Rótulo só para a esquerda...
Já reparou que no Brasil só existe radical de esquerda? Inexiste radical de direita! É uma criação inteiramente nacional proporcionada por nossa mídia elitista e não republicana. Desta acertiva pode-se obter os corolários de que ninguém apoiou a ditadura militar, absolutamente não se encontra um que assuma esta trajetória, outra é a de que não existem partidos políticos ou jornais de direita no Brasil.
Já se disse que a hipocrisia campeia no país, mas eu entendo que muito mais nas redações que em qualquer outro lugar por aqui.
do agente 65
Serra, nem engenheiro, nem economista, apenas lobista liberal.
Vai estudar, Serra!
Serra, nem engenheiro, nem economista, apenas lobista liberal.
No RJ, Serra diz que governo boliviano é cúmplice de traficantes brasileiros - politica - Estadao.com.br
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, afirmou que o governo boliviano é cúmplice das quadrilhas de traficantes locais, que enviam, segundo ele, 90% da cocaína produzida no país para ser consumida no Brasil. De acordo com Serra, é impossível que as autoridades bolivianas não saibam do envio desta quantidade da droga para o Brasil. As declarações de José Serra foram dadas durante entrevista ao programa "Se liga, Brasil", na Rádio Globo, no Rio de Janeiro.
José Serra (PSDB), candidato da direita brasileira, está sem plataforma política e sem discurso para decolar sua candidatura à presidência do país. Até agora ainda não conseguiu estabelecer as bases da sua candidatura, no que irá diferenciar-se do governo Lula, afinal se caracteriza como uma candidatura de oposição. Sabe-se oposição a quem, Dilma, Lula e a esquerda em geral. Serra faz completo mistério sobre ao que ele faz oposição, o que faria se presidente fosse, diferente de Lula. Lhe faltam cojones, como diriam os hermanos.
Com plataforma única de anti-esquerda numa conjuntura de um governo petista com grande prestígio popular e eleitoral, qualquer crítica as políticas do governo Lula seria suicídio. Não que Serra não tenha críticas, tem e muitas. Ocorre que não lhe convém perder nenhum apoio, uma posição forte sobre qualquer tema poderia causar posicionamento avesso a sua candidatura. de algum segmento Ou seja, Serra não pode se dar ao luxo de dizer o que pensa sob pena de diminuir ainda mais suas intenções de votos. Este erro foi cometido por Alkmin, menos votado no segundo turno que no primeiro em 2006.
Recentemente Serra disse que o Mercosul era uma farsa e que não fazia sentido o Brasil carregar o Mercosul (leia aqui, aqui e aqui). A repercussão foi imediata e Serra mudou o tom dizendo que o Mercosul tinha de ser "flexibilizado", expressão atucanada para fazer o que quiser sem ter de explicar nada objetivamente. Os parceiros regionais do Mercosul ficaram nas tamancas, houve respostas contundentes e um profundo mal estar na chancelaria.
Agora Serra vem à público ao seu estilo. Trouxe novamente a questão
externa, neste tema a polarização é menos danosa a seu eleitor interno e
ainda causa embaraço ao governo por tabela. Serra disparou contra a Bolívia e Evo Morales, para ele o inimigo é externo e amigo de Lula. Esta ardilosa manobra é um ato de desespero de Serra, mas vai ao encontro dos mais altos interesses norte americanos. No governo FHC se buscou com muita força a adesão do Brasil à ALCA (Acordo de Livre Comércio das Américas), uma espécie de imperialismo regulado onde só os EUA ganhariam e os demais caberia o servilismo comercial. Não deu pro FHC assinar a ALCA, imaginem o Brasil aderido à economia americana com esta última crise...
A soberania brasileira está baseada no seu forte mercado interno e uma carteira de exportações muito mais diversificada do que jamais ocorreu. Quanto mais compradores de produtos brasileiros, menos sujeitos aos desarranjos macroeconômicos o país fica. Venezuela, Bolívia, Argentina, África e Ásia são grandes compradores do Brasil e cada vez dependemos menos das importações dos americanos. Isto é altivez e inteligência em detrimento do servilismo burro proposto por FHC e Serra.
Destruir a política internacional de um governo para garantir uns votinhos é desespero de causa. Por serviços prestados aos EUA, resta a Serra após perder a eleição deste ano no primeiro turno, se recolher numa universidade americana e concluir um dos dois cursos superiores (economia e engenharia) que diz que tem, mas não tem. Uma bolsa da USAID e palestras farão dele um homem bem sucedido e finalmente formado!
do Agente 65
Stone, recusa histeria anti-chavista
Stone, recusa histeria anti-chavista
quinta-feira, 27 maio, 2010 às 15:28
No avião, vindo de Brasilia, deu para ler a entrevista do cineasta americano Oliver Stone (Platoon, JFK, Nascido a 4 de Julho) à Folha de S. Paulo. O jornal tenta, mas não consegue fazer o cineasta americano, que chega dia 31 ao Brasil para lançar seu filme South of the Border (Ao Sul da Fronteira, cujo trailler legendado postei aqui), entrar a onda da histeria anti-Hugo Chavez.
Reproduzo alguns trechos:
O filme é pró-Chávez?
Não é pró-Chávez. Apenas mostra honestamente o que ele está fazendo e o que estão dizendo sobre ele. Não é um documentário longo que vai defender tudo, é uma “roadtrip”. Se fosse pró-Chávez, ele teria três horas a mais.
O presidente Hugo Chávez tenta controlar a mídia na Venezuela…
[Interrompendo] Não mesmo. 80% da mídia na Venezuela é privada, dirigida por ricos que falam mal do governo. Chávez brigou pela liberdade de expressão. Alguns canais e revistas convocaram greves e chamaram as pessoas para um golpe de Estado em 2002. Em meu país, se você fizer isso, sua licença [de TV] será retirada.
Há relatos de jornalistas sobre a pressão do governo.
Estou falando do que vi e ouvi. O governo respeita a liberdade de imprensa, exceto nos casos em que a mídia desrespeita a lei ou tenta um golpe. Aí as licenças das empresas de comunicação não são renovadas. A maioria das TVs do país é dirigida por lunáticos, caras de direita que perderam seu poder quando Chávez nacionalizou o petróleo. É uma das imprensas mais histéricas que já vi.
Acho que o Oliver Stone precisava ver um pouco como é a nossa, aqui.
do Tijolaço
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