Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Abrindo o fim de semana, nas manchetes da agência de notícias AP, "Denúncias não freiam apoio a Dilma", e da Reuters, "Rousseff amplia liderança ". Do argentino "Clarín", "Ofensiva de denúncias não reduz frente de Rousseff", e do "Financial Times", "Escândalo fracassa em atingir Dilma". Fechando, da AFP, "Lula contra-ataca reportagens contra escolhida", e do espanhol "ABC", "Lula fica furioso com a imprensa". Do argentino "La Nación", "Lula acusa mídia de apoiar Serra", e do paraguaio "ABC Color", "Lula arremete contra imprensa paulista".
A "Economist" postou que os "brasileiros estão acostumados a tráfico de influência, uma marca do jornalismo", pela frequência. E o "FT" deu que um efeito maior sobre Dilma "depende do que a 'Veja' publicar
Abrindo a página 4 do "China Daily" deste domingo, "Dilma Express acelera rumo à eleição no Brasil", que, destaca o jornal, "parece inevitável"
O estatal "China Daily" citou analistas para os quais "já não é difícil prever" o resultado e perfilou Dilma, começando pela ascendência búlgara. O britânico "Telegraph" também perfilou, sob o título "A ex-guerrilheira que está perto de se tornar a primeira mulher presidente do Brasil". No australiano "The Age", "Ex-guerrilheira lidera". Até no equatoriano "El Comercio", "Dilma Rousseff, delfim que esqueceu seu passado subversivo". E a Bloomberg noticiou que o venezuelano "Hugo Chávez diz que quer seguir os passos de Lula e eleger uma herdeira mulher".
De Chicago
Do bilionário Sam Zell à Fox Business, sobre aplicar no Brasil, em habitação para baixa renda: "Meu lugar favorito para investir no mundo é o Brasil"
Na BBC Brasil, "Maioria dos EUA apoia independência brasileira no exterior, diz pesquisa" do Chicago Council on Global Affairs.Nelson Sá
Vídeo mostra Geraldo Alckmin (PSDB/SP) lançando a candidatura de Ney Santos a deputado Federal em 2010.
A polícia prendeu o candidato, suspeito de ligações com o PCC, e a justiça apreendeu bens de origem suspeita, inclusive uma Ferrari avaliada em R$ 1,4 milhão.
Ex-presidiário acusado por assalto a carro forte, o candidato apresenta uma fortuna estimada de R$ 50 milhões, incompatível com a atividade econômica. Há a suspeita de lavagem de dinheiro para a facção criminosa PCC.
O jornalista Luís Nassif em artigo recente trouxe a baila uma questão decisiva na prática do jornalismo, especificamente, na conduta do jornalista. Nassif afirma, a propósito da série de denúncias feitas pela quadrilha VEJA, que cabe ao jornalista dizer não, ou sim, quando percebe que por trás das denúncias existe manipulação. Se diz sim, aceita, é parte da mentira. Se diz não, preserva-se, observa a ética jornalística.
A última denúncia da quadrilha VEJA a propósito de 200 mil reais a um funcionário da Casa Civil, por conta da compra de TAMIFLU (medicamento produzido por um único laboratório e voltado para o combate à gripe suína), é de um primarismo que faz com que o leitor (quem ainda consegue ler a revista, podridão pura) seja visto como o Pateta, personagem de Walt Disney, simpático personagem, numa concorrência direta com o Homer Simpson, síntese do telespectador do JORNAL NACIONAL na opinião do quadrilheiro William Bonner.
O escritor Urariano Mota num simples exercício de matemática, coisa de ensino fundamental, mostra que é absolutamente impossível alguém receber 200 mil reais num envelope pardo, dentro de sua gaveta, como afirma a revista. Vamos lá:
Vinícius de Oliveira Castro é o nome do funcionário que “achou” 200 mil reais num envelope pardo em sua gaveta e ouviu que aquele valor era a “gratificação” pela compra do TAMIFLU.
“Veja, olhem e vejam como a denúncia cai diante dos olhos da aritmética. Vamos supor que os 200 mil reais estivessem reunidos em cédulas de maior valor, todas portanto de 100 reais. Então haveria 2.000 cédulas de 100. O Banco Central informa que uma cédula de 100 tem as dimensões de 140 x 65 milímetros.
Por sua vez, um bom envelope pardo tem as dimensões de 240 x 340 milímetros.
Agora tentem enfiar 2.000 cédulas de 100 nesse envelope. Seria como, numa abstração máxima, enfiar algo próximo a 223 folhas de papel A4 nesse envelope. Ou, se as notinhas de 100 estiverem bem arrumadas, sem dobrar nem uma, o equivalente a 333 folhas de papel A4. Em um caso ou outro, não dá. O pobre do envelope pardo se rasga.
Notem que estamos supondo que as cédulas de 100 tenham a mesma espessura de uma folha de papel ofício. Na verdade, a relação grama por milímetro quadrado da cédula é maior.
A não ser que, para esse escândalo, a Casa da Moeda tenha rodado cédulas de 300 reais mais leves e finíssimas. Nesse caso, o envelope agüentaria. Mas aí, para a história ser real, a moeda é falsa.”
Na edição do JORNAL NACIONAL, sábado, dia 18, a repercussão do fato. O repórter que tratou das denúncias por pouco não levantou vôo naturalmente no afã de ganhar um assento melhor na távola da quadrilha. Mostrou-se esforçado.
FOLHA DE SÃO PAULO, especialista em desova de cadáveres de presos políticos assassinados pela ditadura (quadrilha também), só não saiu com edições especiais, mas naturalmente no meio da semana vai apresentar um infográfico explicando tudo direitinho e o ESTADO DE SÃO PAULO ainda não obteve a bênção do imperador Pedro II para tratar o fato de forma contundente, vai caber ao velho ESTADÃO, sustentar a mentira durante o resto da semana, quando, lógico, surge a outra denúncia/mentira.
RBS, a GLOBO do Sul, primeiro vai saber se tem algum filho de diretor envolvido em estupro, esconder a notícia e depois mentir.
VEJAmos porque, como demonstra e prova, sem achar que o leitor/eleitor é Pateta ou Homer Simpson, o deputado Brizola Neto, porque o crime organizado na Comunicação apóia José Arruda Serra e mente sem pudor algum, afinal é crime organizado.
CONTRATOS ASSINADOS POR SERRA
27/maio/2010
Contrato: 15/00548/10/04
- Empresa: Editora Brasil 21 Ltda.
- Objeto: Aquisição de 5.200 Assinaturas da “Revista Isto É” – 52 Edições – destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 1.203.280,00
- Data de Assinatura: 18/05/2010
28/maio/2010
Contrato: 15/00545/10/04
- Empresa: S/A. O ESTADO DE SÃO PAULO
- Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas do Jornal “o Estado de São Paulo” destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 2.568.800,00
- Data de Assinatura: 18/05/2010.
29/maio/2010
Contrato: 15/00547/10/04
- Empresa: Editora Abril S/A
- Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas da Revista “VEJA” destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São de Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 1.202.968,00
- Data de Assinatura: 20/05/2010.
8/junho/2010
Contrato: 15/00550/10/04
- Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo” para as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 365 dias
- Valor: R$ 2.581.280,00
- Data de Assinatura: 18-05-2010.
11/junho/2010
Contrato: 15/00546/10/04
- Empresa: Editora Globo S/A.
- Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas da Revista “Época” – 43 Edições, destinados as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
- Prazo: 305 dias
- Valor R$ 1.202.968,00
- Data de Assinatura: 20/05/2010
- Existem muitos outros contratos semelhantes e sem licitação assinados pelos Governos do Estado de São Paulo. Eles podem ser acessados no Blog NamariaNews
A conclusão é simples, a turma está toda no bolso. Comprada. De rabo preso com o esquema que apóia a candidatura de José Arruda Serra.
A propósito, o candidato tucano viveu momentos complicados num comício no Sergipe. O candidato do seu partido ao Senado não apareceu. Está apoiando Dilma, sumiu quando Serra chegou. Um candidato a deputado federal cismou de denunciar o fato do palanque e ficou repetindo que o candidato apóia Dilma e não Arruda Serra. Constrangimento total até que, irritado, Arruda Serra pediu ao candidato que parasse de falar no nome da candidata petista. O efeito estava sendo ao contrário.
Não existe mídia privada independente. Mas podre. Crime organizado, quadrilhas. E jornalistas que dizem amém são cúmplices. O que lhes pagam os chefões cabe num envelope pardo, são baratos, a quantidade de notas de cem é bem menor. E não tem necessidade de colocar na gaveta, é as claras, basta ver os caras com de quatro diante das câmeras, no delírio do “cumpri a missão chefe”.
Na reta final da campanha, os "santinhos" dos candidatos começam a aparecer com as chamadas "colas", mas as do PSDB que circulam em Juiz de Fora (MG) não indicam o voto no 45 de José Serra para a Presidência.
A "cola" é a representação da ordem dos candidatos que aparecerá na urna eletrônica.Na principal cidade da Zona da Mata mineira, a Folha teve acesso a um desses impressos do PSDB. Um milhão de colas foram confeccionadas para o partido. O campo reservado para o candidato à Presidência não tem o nome de José Serra, aparece vazio.
Estão preenchidos apenas os números e nomes do ex-governador Aécio Neves (PSDB) e do ex-presidente Itamar Franco (PPS), candidatos a senador, e o do governador Antonio Anastasia (PSDB), que tenta se reeleger.O material também não estampa a foto de Serra. Aparecem as fotos de Aécio e Itamar, ladeados por Anastasia.
O desempenho de Serra em Minas causou um mal-estar entre Serra e Aécio. Queixando-se de Aécio, o comando da campanha de Serra reduziu o volume de visitas do candidato a Minas. Agora não há previsão de sua presença no Estado na reta final da campanha.
O PSDB mineiro convidou Serra para uma "caminhada da vitória", mas não informou a data. Isso foi recebido pela campanha presidencial como sinal de má vontade.Aécio, por sua vez, argumenta ao comando do PSDB que a nacionalização da disputa em Minas Gerais põe em risco a eleição de Anastasia.
O PSDB tem alegado que na coligação que apoia a candidatura de Anastasia para o governo e as de Aécio e Itamar para o Senado estão 12 partidos que têm posições distintas no cenário eleitoral nacional. O PDT, PSB e PR, por exemplo, apoiam a petista Dilma Rousseff (PT).
Anteontem, Anastasia repetiu a argumentação dos tucanos mineiros: "Temos uma base política que também apoia nacionalmente a candidata oficial no nível federal [Dilma Rousseff]".O governador e candidato à reeleição acrescentou: "Continuamos na mesma linha, apoiando o nosso candidato José Serra com nosso material e nossas palavras, mas sabemos que cada um fará sua escolha. Vamos continuar demonstrando as vantagens do nosso candidato".Quem não gostou foi a Folha tucana, mas publicou!
Vídeo mostra Geraldo Alckmin (PSDB/SP) lançando a candidatura de Ney Santos a deputado Federal em 2010.
A polícia prendeu o candidato, suspeito de ligações com o PCC, e a justiça apreendeu bens de origem suspeita, inclusive uma Ferrari avaliada em R$ 1,4 milhão.
Ex-presidiário acusado por assalto a carro forte, o candidato apresenta patrimônio incompatível com a atividade econômica, com suspeita de lavagem de dinheiro para a facção criminosa PCC.
Os tucanos acabaram com o PCC
rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs
O Nei não gosta do Ministério da Segurança do "jenio"
O Domingo Espetacular de ontem exibiu uma reportagem de 10min sobre Nei Santos, 29 anos, candidato a deputado federal por São Paulo.
Trata-se, na verdade, de Claudinei Santos, ex-Nei Gordo, criminoso encarcerado.
Em quatro anos, solto, ele acumulou uma fortuna que diz ser de R$ 100 milhões.
Ele pretendia gastar R$ 10 milhões na campanha.
Então, vendeu três postos de gasolina (adulterada), recebeu uma parte em dinheiro vivo e a outra numa Ferrari 2007, conversível, que vale R$ 1.200 mil.
A polícia de São Paulo acredita que Claudinei seja a ponta de um dos icebergs da estrutura financeira do PCC.
O PCC é a organização que dirige o crime de dentro dos presídios de São Paulo – uma contribuição da "Chuíça" à Civilização Ocidental: dirigir o crime DENTRO das cadeias.
Os tucanos dizem que o PCC acabou ou preferem que o PiG o chame de “facção criminosa”.
Quando governador, José Serra não acabou com o PCC.
Mas, se fosse Presidente, criaria o Ministério da Segurança (sem comentários).
Suspeita-se que Claudinei seja também administrador de uma parte da fortuna do Marcola (líder do PCC, preso !!!).
Suspeita-se que Nei seja capaz de juntar, em 10 horas, R$ 10 milhões em dinheiro vivo, para “emprestar” ao PCC.
Suspeita-se que os postos de gasolina de sua propriedade – quinze, na grande São Paulo – sejam fachada do PCC.
E que, hoje, ele trabalhe como atacadista do tráfico de entorpecentes – sempre dentro da estrutura do PCC – que acabou, como se sabe.
Todas essas informações são resultado do trabalho do Ricardo Andreoni, o Madureira, excelente produtor do Domingo Espetacular.
Ele não as obteve no comitê da Dilma.
Mas, em boa parte, na eficiente Delegacia Seccional de Taboão da Serra, dirigida pelo delegado Erasmo Pedroso.
O Dr Pedroso conseguiu a detenção do Claudinei.
A Justiça o soltou.
A Justiça só decretou a prisão preventiva pouco antes de começar a contar o prazo que a lei fixa para garantir a liberdade de todos os candidatos a cargos eletivos.
Tracking Vox Populi/Band/iG: Após cinco dias, Dilma volta a subir
Com 53%, petista oscilou dois pontos dentro da margem de erro; Serra e Marina permanecem estáveis, com 24% e 9%, respectivamente
Alessandra Oggioni, iG São PauloApós cinco dias de queda e estabilidade, a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, cresceu dois pontos no tracking Vox Populi/Band/iG deste domingo (19) e alcançou 53% das intenções de voto. Seu principal adversário, José Serra (PSDB), manteve os 24% registrados na medição de ontem. A candidata do PV, Marina Silva, permanece com o mesmo desempenho e tem 9% da preferência do eleitorado. Brancos e nulos somam 4% e indecisos, 9%.
Com o resultado de hoje, a petista venceria as eleições no primeiro turno. No entanto, a oscilação de Dilma permanece dentro da margem de erro, que é de 2,2 pontos percentuais.
Na comparação com o primeiro dia de medição, realizado há duas semanas, o desempenho de todos os candidatos variou dentro da margem de erro. Dilma tinha 51% das intenções em 31 de agosto e hoje aparece com 53%. O tucano José Serra aparecia com 25% e agora tem 24%. Marina Silva permanece com os mesmos 9%.
Espontânea
Na pesquisa espontânea, quando o nome dos candidatos não é apresentado, Dilma lidera com 44% das intenções no tracking Vox Populi/Band/iG. Serra tem 20% e Marina, 7%. O presidente Lula também é citado por 2% dos eleitores.
A cada dia, o Instituto Vox Populi realiza 500 novas entrevistas presenciais em todas as regiões do País, numa amostra consolidada com 2000 pessoas. O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o nº 27.428/10.
Segundo o economista norte-americano, os EUA impulsionaram um modelo econômico que está falido e, com o advento da mais recente crise econômica global, cabe agora aos países que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) usar sua força conjunta para colocar em marcha um modelo alternativo: “Quando o EUA diz que os países do Bric ainda têm espaço para aumentar suas dívidas, o que quer dizer é que estes países ainda têm minas que podem ser vendidas e ainda têm florestas que podem ser cortadas. Nos próximos anos, o Norte vai fazer o máximo possível para pegar os seus recursos”, disse Hudson, durante seminário promovido pelo CDES em Brasília.
BRASÍLIA - “No cinema, nós já tínhamos o Michael Moore. Agora, na economia, temos o Michael Hudson”. A brincadeira feita pelo conselheiro Jacy Afonso de Melo revela o impacto causado pela intervenção do economista e professor da Universidade do Missouri na quinta-feira (16), durante sua participação em um seminário internacional promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) em Brasília. Hudson, um ex-economista de Wall Street, mereceu repetidos aplausos dos participantes do seminário ao apresentar, assim como o xará cineasta, um ponto de vista ácido e crítico sobre o modelo econômico de seu país.
Segundo o economista norte-americano, os Estados Unidos impulsionou “um modelo econômico que está falido” e, com o advento da mais recente crise econômica global, cabe agora aos países que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) usar sua força conjunta para colocar em marcha um modelo alternativo: “Quando o EUA diz que os países do Bric ainda têm espaço para aumentar suas dívidas, o que quer dizer é que estes países ainda têm minas que podem ser vendidas e ainda têm florestas que podem ser cortadas. Nos próximos anos, o Norte vai fazer o máximo possível para pegar os seus recursos”, disse Hudson, em uma de suas muitas frases de impacto.
Hudson afirmou que o governo norte-americano passou 50 anos obrigando os países em desenvolvimento a contrair empréstimos que, na verdade, tinham como objetivo principal a criação de uma infra-estrutura que facilitasse a exportação de grãos, minério e outras matérias-primas para os EUA: “Mais tarde, em sua fase neoliberal, o governo dos EUA perguntou: por quê vocês, para pagar as dívidas que contraíram conosco, não vendem as estradas e portos que construíram com o dinheiro que emprestamos?”, concluiu.
Instituições como o FMI e o Banco Mundial, na visão de Hudson, foram criadas com o objetivo de fazer com que os países em desenvolvimento dependessem dos EUA. Segundo o economista, a adoção do dólar como moeda de parâmetro para a economia mundial foi, ao lado do que qualificou como “dependência militar”, o principal fator de fortalecimento para a hegemonia norte-americana: “Por isso, os Brics podem criar novas estruturas econômicas que não sejam baseadas no poder militar dos EUA”, disse.
Hudson citou o exemplo da China, “a quem os EUA só deixam gastar sua riqueza para comprar bônus do Tesouro americano”, para afirmar que o Brasil, fortalecido pela travessia sem grandes traumas da crise econômica global, pode seguir outro caminho: “O Brasil pode criar os seus próprios créditos, e vocês não precisam de moeda estrangeira para fazer a economia funcionar”.
Novo sistema financeiro Além de Michael Hudson, outros palestrantes estrangeiros analisaram a conjuntura econômica mundial. Também norte-americano e pesquisador da Universidade do Missouri, Larry Randall Wray pregou a necessidade de criação de um novo sistema financeiro internacional: “Esse sistema deve ter um mecanismo de pagamento sólido e seguro, promover empréstimos menos longos, adotar um mecanismo de financiamento imobiliário sólido e um ativo de capitais a longo termo”, disse Wray, acrescentando que “esses ajustes não precisam ser feitos necessariamente pelo setor privado”.
Diretor do Observatório Francês de Conjunturas Econômicas (OFCE), Xavier Timbeau defendeu a adoção de programas de renda-mínima pelos países em desenvolvimento: “Precisamos adotar novos indicadores de riqueza que não sejam meramente econômicos. Não digam que para reduzir a pobreza basta aumentar o crescimento da economia” disse o economista francês.
O economista mexicano Julio Boltvinick também sugeriu “uma abordagem crítica sobre o paradigma dominante que reduz o bem-estar humano ao bem-estar econômico” e defendeu a adoção de novos conceitos de bem-estar: “Riqueza por si só gera poder, mas não gera necessariamente bem-estar”. Boltvinick defendeu ainda a criação de um índice de progresso social e a adoção de um indicador de tempo livre como formas de medir a desigualdade social em cada país: “Uma sociedade justa tem um tempo livre igualitário”. *Turquinho
Galbraith diz que progresso social do Brasil é impressionante
"É impressionante. Funciona e é algo que deve ser compreendido pelo resto do mundo. Em toda a minha vida, esta é a primeira vez que o resto do mundo está olhando para a América do Sul e para o Brasil como exemplo de algo que funcionou. A população tem aceitado e essa, a meu ver, é a coisa certa a se fazer". As afirmações são do economista James Galbraith, que participou de um seminário promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, em Brasília. Em entrevista à Carta Maior, Galbraith analisa a situação da economia mundial e elogia as políticas de combate às desigualdades sociais em curso no Brasil e em outros países da América Latina.
Cláudia Guerreiro - Especial para Carta Maior
Respeitado internacionalmente por seu posicionamento frente às questões econômicas mundiais, o economista James Galbraith, de passagem por Brasília para participar do Seminário Internacional sobre Governança Global, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, conversou com a Carta Maior sobre crise, desenvolvimento e capitalismo. Confira:
Na sua opinião, estamos assistindo ao desenvolvimento de um novo ciclo da economia mundial?
JAMES GALBRAITH: Certamente estamos observando um novo ciclo, mas se será caracterizado por desenvolvimento, ainda não está claro. Isso depende da capacidade da comunidade internacional de moldar o caminho futuro da mudança econômica com uma visão estratégica apropriada. Até então, não temos visto isso. O que vemos – e refiro-me aqui aos Estados Unidos e à Europa, que estão no centro da crise – é um esforço para fazer as coisas voltarem ao que eram e fazer com que instituições falidas voltem a funcionar nos mesmos padrões de antes da crise.
O desapontamento que estamos testemunhando com os resultados da economia, me parece ter bastante a ver com o fato de que essa estratégia simplesmente não vai funcionar. Não é um método realista. Não estou separando a crise dos EUA da europeia. O que aconteceu com a Europa foi uma corrida por qualidade. Venderam os bounds e outros investimentos que acharam arriscados. Pensaram que a Grécia, Portugal e Irlanda eram arriscados e compraram títulos do tesouro americano. Fizeram isso porque outros investimentos que tinham, como os relacionados ao mercado imobiliário americano, perderam valor. Então, tentaram proteger sua posição. Não é que tenham descoberto algum ruim sobre a Grécia – todos os investidores sabem há décadas que a Grécia tem problemas: o país não cobra taxas dos ricos e tem os serviços muito amplos e ineficientes –. Isso não é segredo. A verdade é que no ciclo da economia, nos bons tempos você empresta dinheiro para países fracos e nos ruins, para de emprestar. Foi o que aconteceu com a Grécia. Tiraram os investimentos não porque descobriram algo novo sobre o país, mas devido ao que aconteceu nos EUA.
Especialistas dizem que os Estados Unidos estão prestes a sofrer uma nova crise econômica. O que o senhor pensa a respeito?
JG: Acho que ainda estamos trabalhando em um mesmo processo, que na verdade foi tornado inevitável há vários anos devido à falta de habilidade para regular e controlar o sistema financeiro. Isso levou primeiro ao boom, depois à crise e como consequência disso haverá um longo período para saldar as dívidas. E isso é muito mais complicado do que no caso dos países da América Latina nos anos 80. Nesse caso, tinha-se uma única fonte de empréstimo e quando se negociava com ela, vamos dizer bancos internacionais, estava resolvido. Era apenas uma questão de chegar a um ponto em que os bancos concordassem em fazer um acordo ou se o Tesouro Americano estava preparado para enconrajá-los a fazer um acordo, e isso aconteceu em 1989.
Na situação atual, existem milhões de fontes de empréstimo e milhares de credores, porque o financimento imobiliário foi dividido, segurizado e cortado em pedaços e agrupado com todos os outros instrumentos complicados. Então a dificuldade de se chegar a um acordo é muito grande. De fato, em termos práticos, não vai ser possível. O que vai acontecer é que as pessoas vão evitar fazer novos financiamentos. É o que elas vão fazer. O banco é dono da casa, a família vai para algum outro lugar.
O Brasil conseguiu escapar aos efeitos mais perversos das últimas crises. Isso aconteceu porque o governo agiu certo ou foi mera sorte de país emergente?
JG: Nos últimos dez anos, o Brasil tem buscado uma política de incremento, mudanças institucionais e desenvolvimento. Criou um sistema financeiro com inúmeras alternativas aos bancos comercias e completou o ciclo de circulação econômica, aumentando o poder de compra das classes mais pobres. E isso funciona. Há dois países no mundo nos quais você vê um mercado de redução da pobreza extrema: a China é um e o Brasil é outro. A situação da China se aplica apenas a ela. O legado histórico e institucional da China não é algo que alguém adotaria de maneira voluntária: a Revolução Cultural. O que eles fizeram é incrivel, mas tendo como preço um enorme sofrimento e uma sociedade que não é livre.
O Brasil fez isso sob uma democracia funcional, construído sobre princípios sociais essencialmente democráticos que tem sido atacados ininterruptamente por ideólogos neoliberais nos ultimo 30 anos. Ainda assim, aqui observamos, às sombras do modelo econômico da última década, um exemplo de que essa política acarretou um progresso social indiscutível e, mais do que isso, parece ser bem popular. A população tem aceitado e essa, a meu ver, é a coisa certa a se fazer. É impressionante. Funciona e é algo que deve ser compreendido pelo resto do mundo. Em toda a minha vida, esta é a primeira vez que o resto do mundo está olhando para a América do Sul e para o Brasil como exemplo de algo que funcionou.
Em sua apresentação o senhor disse que as pessoas tem uma ideia muito romântica acerca do capitalismo. Como isso ocorre?
JG: Particularmente nos EUA existe, no momento, um discurso político com uma tendência para descrever o país como liberal e com um mercado livre, no sentido da economia capitalista europeia. Isso é uma besteira. Não corresponde aos EUA no qual a população vive. O grande capitalismo liderado pelos bancos e instituições financeiras entrou em colapso em 1929.
A partir do início dos anos 30 o país foi reconstruído, tornando-se totalmente diferente, com um modelo que tinha um forte elemento de companhias privadas, mas no qual instituições cruciais foram estabelecidas por autoridades públicas, pelo New Deal. Nós temos a previdência social, a administração pública de trabalho, o conselho de monitoramento, a autoridade de Tenesee Valley, as indústrias públicas de administração, e poderíamos continuar conversando por muito tempo sobre como o país foi consruído nas décadas de 1930 e 1940. Isso levou a um periodo de prosperidade relativamente estável durante os anos de 1950 e 1960, até chegar à década de 1970.
O que aconteceu depois disso foi um esforço feito por Reagan, e particularmente por Bush (filho), de estabelecer o mundo que existia antes de 1929. Ter um país no qual o verdadeiro poder estava nas mãos do setor financeiro privado. Nessa escolha, existem duas realidades: a primeira é que haverá uma ascensão e queda muito rápidas. E a outra é que eles ainda não desmembraram as instituições existentes dos anos 1930 aos 1960. Então ainda temos previdência social, MedCare... ainda temos grandes instituições que estabilizam a economia e que funcionam. Essa é a razão para a crise não ter sido tão violenta quanto a de 1929. A taxa de desemprego chegou a 10% e não a 25%. O que é chamado de capitalismo não tem sido capitalismo. Esse, ao longo da minha vida, eu não conheci.
O american way of life não é mais aquele. A pobreza no país de Tio Sam é crescente e os dados do Censo estão aí mesmo para confirmar esse panorama sombrio. Pelo terceiro ano consecutivo, a taxa de pobreza nos EUA seguiu em curva ascendente e quebrando recordes.
Na quinta-feira, o Censo informou que o índice de pobreza em 2009 foi o maior desde que o governo passou a divulgar essa estatistica há mais de meio século. Os EUA têm hoje 43,6 milhões de pessoas vivendo em estado de pobreza. Em 2008, os pobres eram 39,8 milhões. Isso significa que um em cada sete americanos está sem emprego formal, sobrevivendo de pequenos bicos, quando os encontra, ou de alguma ajudinha do governo, como os restaurantes públicos onde a comida é grátis para os descamisados. Um duro retrato da crise que se tornou aguda a partir de 2007.
Outro dado divulgado pelo Censo: 51 milhões de americanos não têm seguro-saúde. Um tremendo complicador porque os hospitais não podem deixar de atender quem necessita de socorro médico. No fim quem paga a conta é o governo.
Os índicadores negativos da economia se acumulam. No último mês de agosto, o número de proprietários que perderam suas casas para os bancos por falta de pagamento (foreclosure) bateu um recorde, segundo dados de uma das maiores empresas de real state do país: 1.2 milhão de casas foram retomadas pelos bancos e mais 3.2 milhões de propriedades seguem o mesmo destino. Somente em agosto 338.836 proprietários perderam suas casas, 4% acima de julho. Traduzindo em miúdos: uma em cada 381 casas nos EUA está em processo de foreclosure ou retomada ou repossession.
Na raiz do problema a alta taxa de desemprego, o corte nos salários, as exigências colocadas pelos bancos para financiamentos imobiliários e principalmente o equity negativo das casas, ou seja, o saldo devedor da hipoteca maior do que o valor de mercado.
Pra se ter uma idéia. Quem comprou imóvel no final de 2006 / inicio de 2007 nos EUA está com um mico preto nas mãos e dele quer se livrar a qualquer preço, ou melhor, sem pagar nada. Com a desvalorização de seus imóveis, em torno de 50% em relação ao preço de compra, milhões de proprietários se conscientizaram de que devem suspender os pagamentos e aguardar que o banco retome a propriedade, processo que pode durar até dois anos no qual ele mora de graça.
Uma jogada de risco porque, ao mesmo tempo em que ele junta debaixo do colchão o dinheiro que deixa de pagar ao emprestador, ele se torna insolvente e seu crédito vai para o espaço. Daqui a pouco, quando tiver que deixar a casa, ele terá dificuldade para alugar uma outra porque seu credit score está baixo.
Esse é um pequeno retrato de um grande drama que vive a nação que já foi a mais rica do planeta.
Enquanto isso, a nova extrema direita da política norte-americana (Tea Party), o grupo mais radical do Partido Republicano, que tem na ex-candidata a vice, Sarah Palin (foto), sua principal liderança, comemora e torce pelo quanto pior melhor. O discurso do Tea Party, que em tom patriótico prega a volta do país às suas origens, encontra terreno fértil no quadro de miséria e declínio da renda de milhões de americanos e isso vai ter influência decisiva no resultado das eleições de novembro, sobretudo depois que pesquisas mais recentes indicam que a aceitação de Obama caiu a menos de 50%. Pouca gente se lembra da herança maldita que ele recebeu de seu antecessor.
Os democratas estão acuados e o fantasma da perda da maioria no Parlamento assusta os corredores da Casa Branca que certamente já está pensando qual a estratégia de governo que adotará caso isso realmente se concretize, como tudo indica.
Mais de 10 mil pessoas lotaram neste sábado (18/9) o tradicional Largo do Rosário, em Campinas, para ver Lula, Dilma e Mercadante. “É questão de honra eleger esse companheiro governador. São Paulo não pode ter retrocesso”, disse o presidente Lula de mãos dadas com Mercadante. “Esse companheiro pode fazer muito mais”. O presidente Lula criticou a má qualidade da Educação no Estado. “Aqui em São Paulo é uma vergonha: 82% dos jovens universitários estudaram em escola privada. O ProUni colocou 136 mil jovens da periferia nas universidades”. Aloizio Mercadante lembrou que o Largo do Rosário faz parte de sua trajetória política. “O meu primeiro ato público foi aqui em 1976 pela redemocratização do Brasil”. Mercadante, que morou e estudou em Campinas, apresentou projetos para melhorar a região. “Quero ser o parceiro que Campinas nunca teve nesses 16 anos de PSDB. Acabar com os 21 pedágios que tem na região, fazer o trem-bala e cuidar da segurança”. Ao lado da candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, Lula enfatizou no comício em Campinas a importância de eleger para o Senado Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PC do B), e uma bancada de deputados estaduais e federais para ajudar Dilma na presidência e Mercadante no governo paulista.
"...nós não vamos derrotar apenas os blocos adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não têm coragem de dizer que são partido político e têm candidato...
Eu estive lendo algumas revistas que vão sair essa semana, sobretudo uma que eu não sei o nome dela. Parece "óia” ... destila ódio e mentira. Ódio...
Latuff
Tem dia que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal lesse o seu jornal e o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que eles estão escrevendo exatamente neste instante. E eles falam em democracia...
Nós não precisamos de formadores de opinião. Nós somos a opinião pública...Eles não suportam escrever que a economia brasileira vai crescer 7% este ano, não se conformam é que um metalúrgico vai criar mais emprego que presidentes elitistas que governaram este País. Não tem nada que faça um tucano sofrer mais do que a gente provar que eles têm um bico muito grande para falar e um bico pequeno para fazer..."
A agência de notícias Efe acaba de divulgar que o Pesidente Lula está entre os candidatos ao Prêmio Nobel da Paz.
O norueguês Stein Tonnesson, diretor do Instituto Internacional para a Investigação da Paz, teria confirmado a indicação de Lula. A divulgação dos premiados será em outubro. Em fevereiro, o jornal francês 'Le Monde' já havia antecipado a indicação de Lula, mas o Instituto Nobel, por tradição não divulga a lista oficial dos candidatos. Nesta sexta-feira, o diretor do Instituto Nobel, Geir Lundestad, informou que há 165 personalidades e instituições propostas para o prêmio. Stein Tonnesson afirmou ao 'Le Monde' em fevereiro que a vitória de um político sul-americano que luta contra as desigualdades sociais é muito provável. Principalmente se esse político for o Presidente Lula.. A EFE informou que Tonnesson disse que Berge Furre, membro do Comitê Nobel da Paz, é um grande admirador do presidente brasileiro.
Durante toda essa campanha, destaquei que a nossa força é a verdade ao nosso lado. E a melhor coisa é poder dizer a verdade por inteiro, sem meias palavras, sem os punhos de renda que tanto agradam a elite. O presidente Lula tem tido um papel fundamental nesse sentido. Seus discursos são cada vez melhores, mais claros e mais diretos, falando ao povo o que é importante de ser dito.
Nesse momento em que a mídia tenta salvar Serra e derrubar Dilma se valendo dos recursos mais rasteiros, Lula apontou no comício de hoje em Campinas quem são os inimigos do povo. E não atacou apenas as elites de uma forma geral e os tucanos, mas denunciou claramente o papelão que a imprensa vem fazendo por não tolerar as mudanças que o país vem passando.
“A imprensa chega a ser uma vergonha. Não suportam ver que a economia vai crescer 7% esse ano, não suportam que a gente tenha gerado 15 milhões de empregos com carteira assinada, não suportam que os pobres não aceitem mais o tal formador de opinião. Não suportam que o povo pense com suas própria cabeça e ande com suas próprias pernas. Nós somos a opinião pública e nós mesmos nos formamos”, disse Lula, comprando a briga que Dilma ainda não pode comprar.
Lula recomendou a Dilma e a Mercadante que não percam o humor diante dos ataques que estão sofrendo. “Deixa que eu perco”, brincou. “Tem uma revista aí, que não sei o nome, parece Olha, no Nordeste seria zóia, que instila ódio e mentira. Mas nas eleições não vamos derrotar só os tucanos, vamos derrotar alguns jornais e algumas revistas que são como partidos e não têm coragem de dizer que têm candidato.”
Lula disse que esses veículos querem parecer democratas, mas “democrata é esse governo, que não censura. Quem vai censurá-los é o povo, que vai definir o que presta e o que não presta.”
Lula procurou deixar clara a diferença entre os donos dos meios de comunicação e os jornalistas, mas fez um alerta aos jornalistas presentes ao comício, que nem sempre parecem perceber claramente o que está em jogo. “Dono de jornal tem lado. Não existe ninguém neutro”, advertiu o presidente.
Lula está tomado de uma ira santa e dando nome aos bois. Ele é o principal baluarte dessa campanha. E nós aqui, da nossa tricheira permanente, combatemos a seu lado para que o país não retroceda mais ao período em que se desvencilhou de si mesmo, olhou para fora e não para seu povo e quase liquidou um patrimônio construído com o sangue e o suor dos que amam verdadeiramente o Brasil.