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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, outubro 09, 2010

O MUNDO DÁ VOLTAS E MUITAS VEZES NÃO SAÍMOS DO MESMO LUGAR.MARINA É DILMA E LULA E NÃO SERRA

Geografia do voto



Veja o desempenho dos candidatos nas eleições 2010 (direito), município por município, e compare com os mapas de 2006 (esquerdo).
Diga-se de passagem, um ótimo trabalho desenvolvido pelo ESTADÃO, que quando quer SER APENAS UM JORNAL, cuja função é INFORMAR, dá prazer acessar.
*onipresente

Seja dita a verdade



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Chauí prega boicote ao PiG. Não dê entrevista ao PiG






Vamos tirar a folha de parreira deles, viu Palocci ?

POLÍTICA


Para Marilena Chauí, segundo turno não pode se tornar ‘plebiscito sobre aborto’


Em ato pró-Dilma em São Paulo, a professora de filosofia da USP sugere que petistas deixem de atender à mídia


Por: Guilherme Amorim, Rede Brasil Atual


Publicado em 08/10/2010


São Paulo – A filósofa Marilena Chauí fez palestra nesta sexta-feira (8), ao lado de intelectuais e membros do corpo docente da Faculdade de Direito do Largo São Francisco (FDUSP) em um ato organizado para defender a candidatura da governista para a Presidência da República. Ela afirmou que o monopólio da imprensa no Brasil transforma a mídia em um agente antidemocrático e que a disputa não pode se tornar em um plebiscito sobre o aborto, baseado em boatos.


A maioria dos participantes usou seu espaço de discurso para, além de diferenciar os projetos de governo dos candidatos, fazer críticas ao comportamento da imprensa.


Marilena Chauí defendeu que lideranças de esquerda e do PT deixem de atender jornalistas da imprensa convencional, em uma espécie de boicote a pedidos de entrevista. “Para defender a liberdade de expressão é preciso não falar com a mídia”, propõe Marilena Chauí. Ela acredita que a mídia dá espaço para figuras do partido e de movimentos sociais apenas para “parecer plural”, mas promovendo um “controle de opinião” sobre o que é publicado.


A professora aludiu ao caso da dispensa da colunista Maria Rita Kehl pelo jornal O Estado de S. Paulo. “A democracia não é simplesmente um regime da lei e da ordem”, explicou, defendendo que é necessário haver diversidade de opinião na mídia. A professora esclareceu que não se pode permitir que três ou quatro famílias mantenedoras dos meios de comunicação pautem a agenda política do Brasil.


“Temos que impedir que o segundo turno das eleições se torne um plebiscito nacional sobre o aborto”, definiu. Para ela, a cada semana é definida uma nova temática para o debate político – se referindo às discussões eleitorais levantadas recentemente, como a da liberdade de imprensa e a da religião.

Navalha
Conta-se que, um dia, o Otavinho da Folha (**) convidou a professora Chauí para ser articulista da Folha.
E, segundo me contou um aluno dela, a resposta da professora teria sido: eu não vou ser a folha de parreira do Otavinho.
Folha de parreira – aquela que os pintores usam para esconder a nudez.
Quem tem uma história parecida é o Carlos Lacerda, o Pai de Todos os Golpistas – e o mais inteligentes deles: “quem nasceu para José Serra jamais será um Carlos Lacerda”, diz o Brizola Neto.
Lacerda ajudou a dar o Golpe de 1964 e achou que o Brasil ia cair no colo dele.
Quando viu que os militares não iam largar o osso, rompeu com Castello Branco e inventou uma divergência com o Ministro do Planejamento, Roberto Campos, mentor espiritual do Serra e do Fernando Henrique (no campo do neoliberalismo).
Lacerda disse que a política econômica – precursora da privataria – era uma grande roubalheira.
E o Castello fazia o papel de “São Jorge da rua Conde da Lage”.
Na Conde da Lage, na Lapa, ficavam os prostíbulos mais famosos do Rio.
E, no alto das escadas dos prostíbulos, havia sempre um São Jorge iluminado.
É para isso que o Otavinho precisava da professora Chauí: para, como diz ela, “parecer plural”, virtuoso, protegido por um São Jorge iluminado.
A professora Chauí tem razão.
Para que falar com o PiG (*) ?
As declarações são manipuladas.
Na edição, na balança, as opiniões “piguistas” predominam, e os que divergem vão para o pé da página par, transformados numa minoria irrelevante.
Mas, para boicotar o PiG (*) isso, é preciso combinar com os Paloccis.
Combinar com o pessoal do PT que não resiste à urubóloga Miriam Leitão e a uma entrevistinha à GloboNews.
O Serra diz “me desculpe” a repórter da Globo, mas tem muito petista que faz o mesmo (em off).
Façam como o Ministro Samuel Pinheiro Guimarães que só dá entrevista à Eliane Catanhêde por e-mail.
(E mesmo assim ela manipula o título.)
Mas, é melhor mesmo não dar entrevista nenhuma.
E usar a internet, as redes sociais.
Melhorar os sites do Governo, dos partidos, das campanhas.
E tirar a folha de parreira do Otavinho.

Paulo Henrique Amorim
Em tempo: o presidente do PT, José Eduardo Dutra, caiu na asneira de dar uma entrevista ao Globo – pág. A9 – sobre a ida ao segundo turno e mereceu um título na primeira página: “Houve prostração”. É o espírito do Palocci: não pode ver um repórter da Globo.
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um  comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Ernesto Guevara de la Serna




Ernesto Guevara de la Serna

Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che por causa do vocativo gaúcho (argentino) che, nasceu em Rosário, Argentina em 14 de junho de 1928; morreu em La Higuera, Bolívia, em 9 de outubro de 1967. Considerado pela revista norte-americana Time Magazine uma das cem personalidades mais importantes do século XX.
Na Bolívia, é cercado e capturado em 8 de outubro de 1967 e executado no dia seguinte pelo soldado boliviano Mário Terán, a mando do Coronel Zenteno Anaya, na aldeia de La Higuera.
Em 1997 seus restos mortais foram encontrados por pesquisadores numa vala comum, junto a outras ossadas, na cidade de Vallegrande, a cerca de 50 km de onde ocorreu a sua execução. Sua ossada estava sem as mãos, que foram amputadas (para servir como troféu) logo após a sua morte. Seus restos mortais foram transferidos para Cuba, onde em 17 de outubro deste mesmo ano são enterrados com honras de Chefe de Estado, na presença de membros da sua família e do líder cubano e antigo companheiro de revolução Fidel Castro.
*comtextolivre

Recado de Tarso à militância e blogosfera



*comtextolivre

Batemos o recorde! Nova capa da Veja é destruída 1 minuto após divulgação!

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Que a revista Veja não passa de um panfleto da extrema direita tupiniquim, atualmente a serviço da campanha de José Serra, ninguém tem mais dúvida. Por isso não vou chover no molhado. Com o advento da internet e o surgimento da blogosfera progressista, as mentiras, os factóides e a hipocrisia de Veja passaram a ser desmascaradas em questão de dias, depois horas e agora... minutos!
A galera do twitter estava de olho esperando o que o pasquim dos Civita ia aprontar contra Dilma e... bingo: aborto! O objetivo é claro, mostrar que Dilma é "do mal", a favor de "matar criancinhas", além de mentirosa e incoerente.

Mas é mais um tiro no pé. Bastou Veja divulgar a capa "bombástica" que alguém pesquisou e achou outra capa da mesma revista, de setembro de 1997, que trazia uma matéria séria sobre o tema, amplamente favorável à liberação do aborto, com confissões abertas inclusive feitas por celebridades! Confira:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3y0V-qiF3LxzHk4SrOHspRgxRw_LsRhjIuoQH_8TRylnUkc7GKs0UE2JqpM_YIgRy61ajvdvPyEM1e-5Y7jdX7uPcWjiIvIiXTl5-ShtVzw4Pr3_h5BM9PCbmqm3krsMDCjk00lErw4I/s1600/dfvp.jpg

"NÓS FIZEMOS ABORTO"

Mulheres de três gerações enfrentam a lei, o medo
e o preconceito e revelam suas experiências

- Andréa Barros, Angélica Santa Cruz e Neuza Sanches
ELAS RESOLVERAM FALAR. Quebrando o muro de silêncio que sempre cercou o aborto, oito dezenas de mulheres procuradas por VEJA decidiram contar como aconteceu, quando, por quê. Falaram atrizes, cantoras, intelectuais mas também operárias, domésticas, donas de casa. Falaram de angústia, de culpa, de dor e de solidão. Também falaram de clínicas mal equipadas, de médicos sem escrúpulos, de enfermeiras sem preparo, de maridos e namorados ausentes. A apresentadora Hebe Camargo contou que, quando era uma jovem de 18 anos, ficou grávida do primeiro namorado e foi parar nas mãos de uma curiosa que fez a cirurgia sem anestesia nem cuidado. A atriz Aracy Balabanian, a Cassandra do Sai de Baixo, ficou grávida quando estava chegando aos 40 anos e dando fim a um longo relacionamento. Resolveu fazer o aborto, convencida de que a criança não teria um bom pai nem ela seria capaz de criá-la sozinha. Metalúrgica da Força Sindical, a mineira Nair Goulart, 45 anos, fez dois abortos nos anos 70 por motivos econômicos. Ela e o marido, também operário, ganhavam pouco, viviam num quarto de despejo e não teriam meios de educar nenhum filho.
Quando o Congresso brasileiro debate a regulamentação de uma legislação que autoriza a realização de aborto apenas em caso de estupro e de risco de vida para a mãe como está previsto no Código Penal desde 1940 , a disposição das mulheres que falaram a VEJA não é apenas oportuna, mas também corajosa. Embora o 1º Tribunal do Júri de São Paulo, o maior do país, já tenha completado mais de uma década sem condenar nenhuma mulher em função do aborto, a legislação estabelece para esses casos penas que vão de um a três anos de prisão. E a maioria delas não fez aborto pelos motivos previstos em lei, mas porque, cada uma em seu momento, cada uma com sua história pessoal, considerou as circunstâncias e concluiu que interromper a gravidez era uma saída menos dolorosa do que ter um filho que não poderia criar. (a reportagem continua neste link).


Ah, outra coisa importante: a blogosfera também desencavou uma reportagem da revista TRIP de nº 41, na qual Soninha Francine declarou que já tinha feito aborto e que era favorável à descriminalização. (link aqui).

Detalhe: Soninha, ex-esquerdista e atual neocon renascida, é uma das coordenadoras de campanha de José Serra (PSDB). Ela é cotada para ser Ministra de Serra, se ele vencesse, e atua na campanha sobretudo na internet. E é pela internet, através de emails em massa, que partidários de Serra espalham a campanha de ódio e difamação contra Dilma.
Se não me engano, a denúncia foi feita pelo blog Os Amigos do Presidente Lula, que fez questão de comentar: "Nós não somos como eles, e não vamos apedrejar Soninha. O próprio cristianismo ensina que, quem não tiver pecados, que atire a primeira pedra. Vamos só denunciar essa hipocrisia, essa má-fé, o falso testemunho, e esse uso do nome do Senhor em vão, com fins eleitoreiros, pelos partidários de José Serra."

E agora, José Serra? Será que sua esposinha vai sair por aí gritando aos quatro ventos que a Hebe Camargo e Soninha gostam de "matar criancinhas"? Quem viver, verá...
* GilsonSampaio

John Winston Lennon