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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, outubro 17, 2010

Semana que vem se completam 13 anos da morte de Darcy Ribeiro

Darcy Ribeiro e a Vale

Semana que vem se completam 13 anos da morte de Darcy Ribeiro. Antes que este torvelinho do segundo turno me faça passar por esta data sem lembrar, vou transcrever aqui um dos últimos discursos dele, em janeiro de 1997, num ato de homenagem (antecipada) ao centenário de outro grande brasileiro, Barbosa Lima Sobrinho.
Darcy, que morreria um mês depois, chegou lá de cadeira de rodas. Mas o pensamento, esse vulcão maravilhoso que brotava de sua cabeça calva pelo câncer, estava lúcido, veloz, claríssimo. E ele se voltou, como sempre, para a defesa do Brasil, na ocasião, contra a privatização da Vale e dos nossos minérios.
Um alerta mais do que adequado agora, quando, de novo, os interesses famintos do capital se voltam contra as riquezas do nosso pré-sal:
” Por que é que o Presidente Fernando Henrique – um presidente tão culto, tão inteligente, tão agradável – é um presidente tão ruim! É incrível que Fernando Henrique se deixe dirigir pela pior gente que há, que é o economista!
Basta dizer que se você pegar três deles, dos mais eminentes e colocá-los juntos para discutir qualquer assunto – eles vão discordar entre si. Eles sempre discordam em tudo porque não têm certeza de nada…
E Fernando Henrique só lê na cartilha dos economistas do BNDES e do Ministério da Fazenda… É incrível!
Eles são bisonhos, são jovens com a cabeça feita lá fora.
Eles não têm nada de patriótico, eles não têm compromisso conosco.
É gente que nunca fez nada na vida e nem é provável que venha a fazer.
Essa gente quer vender, quer entregar o Brasil porque acha melhor.
Essa gente usa o Brasil, usa a Nação, para alcançar os seus objetivos. Por isso que é importante que existam cabeças como a de Barbosa Lima  Sobrinho…

Existe no mundo empresa mais exitosa para fazer mineração, tirando o minério das minas e transportando-o para os compradores do que a Vale do Rio Doce? Existe acaso empresa no mundo com o domínio da tecnologia mais avançada e mais alta do que a Vale? Existe alguma empresa
no mundo com as técnicas de reflorestamento empregadas pela Vale? Existe empresa de mineração no mundo, pública, que seja mais lucrativa do que a Vale? Existe empresa que cuide melhor de seus trabalhadores? É claro que não!

É por isso que precisamos defender a Vale.
E saber que se ela for privatizada logo de cara, 30% de seus trabalhadores serão despedidos.
Existe por acaso empresa melhor associada a outras para a exploração de minérios? É claro que não!
Se Fernando Henrique tivesse respostas positivas a estas perguntas, que há empresas melhores do que a Vale, poderíamos entender a sua posição. De que a entrega da Vale estava certa.
Mas nada disso existe! Entregar  a Vale pura e simplesmente para a acumulação dos banqueiros é uma coisa criminosa!
Por isso temos que aprofundar esta campanha em defesa da Vale do Rio Doce tanto quanto possível, mostrando a Fernando Henrique,
de todos os modos, que a Nação não aceita esta venda.

A Vale é a segunda das empresas criadas através da sagacidade intensa, da capacidade imensa de Getúlio Vargas.  Getúlio fez todo esforço para trazer para o Brasil empresas privadas que quisessem produzir aço. Getúlio sabia que só com um grande parque siderúrgico o Brasil poderia dar certo. Era preciso criar a matriz da indústria brasileira. E a “mater”, a mãe da indústria brasileira, foi a Companhia Siderúrgica Nacional.
Sem a CSN não existiria indústria naval, indústria de automóveis, o Brasil não teria dado todos os passos imensos que deu, para o progresso. Volta Redonda foi negociada com Roosevelt como condição para o Brasil apoiar
os Aliados na guerra. Pois a CSN foi entregue a três banqueiros. Quem pode confiar que três banqueiros agirão de acordo com a Nação e com os interesses do povo brasileiro? Ninguém!
Agora a segunda empresa também negociada por Getúlio pode ser vendida. Os ingleses queriam que enquanto continuasse a Segunda Guerra, enquanto durasse a guerra, o Brasil vendesse para eles, fiado, todo o minério de ferro que pudessem absorver.

Getúlio aproveitou a oportunidade e fez um acordo pensando nos interesses do Brasil. Os ingleses passaram a propriedade que tinham sobre as jazidas de ferro em Minas Gerais com a condição de que o Brasil vendesse fiado para eles. E essa foi a origem, o início da grande Vale do Rio Doce que temos hoje.

Quando a Vale se instalou existiam outras empresas que se dedicavam a mineração, como a Hanna. E a Vale cresceu. É por isso que não há
nada mais incompreensível, absurdo, criminoso, de lesa-pátria, do que esta tentativa do Governo de privatizar a Vale do Rio Doce .”

Que nossas forças evitem, no dia 31, uma decisão que entregue um tesouro maior, muito maior ainda que a Vale, à gana internacional.  Em nome do povo brasileiro e de seu destino, evitemos a vitória dos que, ao longo da história, entregaram as riquezas que pertencem a cada homem e mulher deste país, possam fazer  o mesmo com o mar de petróleo que a Providência colocou em nosso litoral, como que para redimir os séculos de colonialismo em que sangraram as riquezas desta terra.
*tijolaço

Santo ôco

fhc, ss erra, demotucanos, acham que estão podendo mas não vão

FHC/Serra: Vamos cortar o bolo dos 15 anos

Há 15 anos eles já tentavam privatizar a Petrobras.Fernando Henrique Cardoso e o Ministro do Planejamento e Orçamento, José Serra, que foi ministro de FHC durante o período de 1/1/1995 a 31/4/1996, já tentavam privatizar a Petrobras.
1995. Em fevereiro, já como presidente, FHC baixou o decreto 1403 que instituiu um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e Apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem ao Congresso Nacional prestar esclarecimentos. Descobertos, eles seriam demitidos. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações de FHC e da mídia comprometida com o projeto de privatização da Petrobras.
1995. FHC também deflagrou a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato da história da Petrobras. O governo suspendeu quinze projetos de hidrelétricas em diversas fases para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, causaria o “apagão” do setor elétrico. A medida beneficiou as multinacionais, comandadas pela Enron e Repsol, que na época eram donas das reservas de gás naquele país. Como a obra era economicamente inviável (taxa de retorno de 10% ao ano e custo financeiro de 12% ao ano), o governo determinou que a Petrobras assumisse a construção. Ela foi forçada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a taxa de retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento, prejudicial ao país e lucrativo para as multinacionais.
1995. FHC rompeu o acordo salarial firmado com os petroleiros, provocando uma greve de 30 dias da categoria. Com o propósito de fragilizar o sindicalismo e a resistência às privatizações, o governo acionou tropas do Exercito, ocupou refinarias, demitiu lideranças e multou sindicatos. Também deixou as distribuidoras multinacionais de gás e combustíveis sonegarem os produtos, pondo a culpa da escassez nos petroleiros. No fim, elas levaram 28% de aumento, enquanto os petroleiros perderam até o reajuste de 13% já pactuado e assinado. Durante a greve, “uma viatura da TV Globo foi apreendida nas proximidades de uma refinaria com explosivos. Provavelmente, pretendendo uma ação de sabotagem que objetivava incriminar os petroleiros”.
1995. FHC comandou a revisão constitucional que efetivou graves alterações no setor, como a mudança do conceito de empresa nacional, que permitiu a invasão das multinacionais na área de minérios; a quebra do monopólico da navegação de cabotagem, que permitiu o transporte de riquezas sem qualquer controle; o fim do monopólio do gás canalizado, entregando a distribuição às empresas estrangeiras; e a quebra do monopólio estatal do petróleo, uma das mais graves medidas desnacionalizantes e privatizantes do governo FHC.


 

SERRA LEVOU A CAMPANHA PRESIDENCIAL PARA A LATA DE LIXO , IMAGINEM O QUE ELE FARIA COM O NOSSO PAÍS SE FOSSE PRESIDENTE

ELE ESTÁ CERCADO DE GENTE DEBOCHADA , DE TERMOS CHULOS E CÍNICOS.
QUANDO VI O EX-SENADOR TASSO JEREISSATI USANDO UMA MISSA PARA FAZER PROPAGANDA ELEITORAL E ACUSANDO O FREI QUE A REZAVA DE PETISTA , PORQUE NÃO COMUNGAVA COM A ATITUDE DO POLÍTICO , LEMBREI-ME IMEDIATAMENTE DO HOMEM RAIVOSO , AOS BERROS NO SENADO FEDERAL , INSULTANDO SEUS PARES.
ELE É TUDO QUE NÃO SE ESPERA DE UM HOMEM PÚBLICO , BEM FEZ O POVO DO CEARÁ QUE O JOGOU NA LATA DE LIXO , DE ONDE NUNCA DEVERIA TER SAÍDO. 
*aposentadoinvocado


Religiosos que apoiam Serra…

Dom Bergonzini qual é a sua posição sobre pedofilia?



Quarta-feira, 25 novembro de 2009
O vendedor Diego Ferreira da Rocha, está preso desde anteontem no 6º Distrito Policial de Guarulhos, sob a acusação de tentar extorquir dinheiro do padre Romualdo Nunes de Almeida, 43, da igreja São João Batista. O suspeito teria exigido R$ 7 mil para não levar ao conhecimento público um suposto relacionamento amoroso entre os dois.
Em depoimento à polícia, o padre admitiu que manteve uma relação íntima com o acusado. Já Diego afirma que isso nunca aconteceu. Também diz saber que ele é pedófilo e que ia denunciá-lo por isso.
A polícia encontrou no arquivo do computador de Diego e-mails em que o acusado ameaçava o padre para que lhe desse dinheiro. A Diocese de Guarulhos disse que só se pronunciará sobre o caso depois de ouvir o padre, que teria saído da cidade depois que o escândalo se tornou público.
Para a polícia, o padre disse que conheceu Diego através de sites de relacionamentos. Os dois teriam iniciado um romance a partir de abril.
“Depois de um certo tempo ele começou a me pedir dinheiro para não falar para ninguém que tínhamos um relacionamento. Fui chantageado várias vezes”, disse o padre em seu depoimento.
Na primeira vez em que foi chantageado, ele teria entregue R$ 200 ao vendedor. Alguns dias depois, Diego teria exigido R$ 5 mil. E semanas depois o acusado teria exigido R$ 7 mil para não divulgar o envolvimento entre os dois.
“Se o padre não entregasse o dinheiro, o rapaz disse que iria procurar a Diocese, bispo Dom Bergonzini, e dizer para todo mundo da igreja que o padre era pedófilo”, disse um policial que não quis se identificar. O caso corre sob segredo de Justiça.
Acuado com as seguidas ameaças, a vítima registrou um boletim de ocorrência dia 29 de outubro no 2º Distrito Policial da Vila Galvão. Em seu depoimento, o padre admitiu que se relacionou intimamente com o acusado durante quatro meses.

* Celso Jardim

José Serra e seu boçal fundamentalismo de resultados


Agora que a campanha de José Serra afunda na lama do desespero fundamentalista, utilizando de falsificação grosseira patrocinada por entidade integralista.

Agora que o partido da candidato parte com grosserias contra padre que criticava tumulto oportunista que impedia uma missa.

Agora que está claro que o candidato que mente descaradamente em campanha para ocultar seus verdadeiros propósitos no governo, que é o corte nos programas sociais, a volta das privatizações com a entrega do país aos interesses estrangeiros.

Não há mais dúvidas que temos que juntar todas as nossas forças para derrotar nas urnas esta salada que reúne nazi-fascistas, fundamentalismos a granel, boçais de plantão, analfabetos políticos, inocentes úteis, jornalistas de aluguel, viúvas da Ditadura, madames assustadas, contrabandistas, corruptos diversos, gente honesta mal informada etc, etc, etc.*
*abundacanalha



A CNBB desmente o boato...
O candidato da direita brasileira está sendo assessorado por estadunidenses do Partido Republicano. Quer pautar, seja pela via ingênua como essa da fotografia, seja pela via criminosa através de calúnias e difamações, temas ancestrais do imaginário popular brasileiro, agora, numa agenda político-eleitoral de última hora. Eles – os tucanos e os republicanos – bolaram um menu de tabuísmos e disfemismos que ainda podem assombrar a ingenuidade de indivíduos crédulos e incomplexos. Exemplos: exploração de preconceitos sexuais relativo à prostituição (disfemismo); debate raso sobre o tabu do aborto, lançado para provocar comoção, histeria religiosa e temor gratuito em espíritos singelos e indefesos; moralidade prescritiva ao Outro, como forma preventiva e de isenção do Eu (caso Mônica Serra ), etc.
Ora, essa ordem de temas propostos pela central de inteligência eleitoral tucano-republicana mexe no substrato mais arcaico depositado (em repouso) no fundo escuro da imaginação popular. A intenção astuciosa é a de agitar esse material em repouso e, assim, turvar a capacidade de discernimento e embrutecer a acuidade das pessoas, revolvendo os velhos sedimentos de extratos religiosos, deformações culturais, conceitos mal assimilados, inconsciência primitiva, normas introjetadas e moral recebida. Uma aventura algo arriscada, sem nenhuma garantia de êxito, mas é o que restou para uma direita esvaziada de bandeiras políticas, acuada eleitoralmente, deserta de proposições de totalidade e perdida num mundo que lhe é hostil – os valores do popular e do democrático que os brasileiros aprenderam a preservar e construir nestes últimos oito anos no Brasil.
Em 31 de outubro, derrote a direita, derrote o velho obscurantismo de roupa nova (de grife), a mídia das oligarquias e a ameaça regressista no Brasil: vote 13, vote Dilma.






Serra e Tasso tumultuam missa no Ceará


Durante a missa em homenagem a São Francisco, o padre que celebrava o ato religioso reclamou do tumulto causado pela presença de José Serra. Ao final, reclamou da distribuição de panfletos contra Dilma, provocando a revolta de Tasso Jereissati.
A visita do presidenciável José Serra (PSDB) a Canindé, durante os festejos em homenagem a São Francisco, terminou em confusão entre o padre que celebrava a missa das 16 horas e tucanos. Entre eles, o senador Tasso Jereissati, que tentou tirar satisfações com o religioso – cujo nome não foi informado pela secretaria paroquial da Basílica – depois que ele, no fim da celebração, reclamou da distribuição de panfletos contra a também candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT).
O material apresentava três motivos para não votar na petista e, segundo o padre, estavam sendo distribuído durante a missa. Assinada pelo Instituto Vida de Responsabilidade Social, e apresentando dois números de CNPJ, ele afirmava, por exemplo, que Dilma é a favor do aborto, envolvida com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que “nunca na história desse país houve tanta corrupção”.
Com um exemplar do material em mãos, já no fim da celebração, o padre reclamou: “Estão acusando a candidata do PT de várias coisas, afirmando em nome da Igreja. Não é verdade! Isso não é jeito de se fazer política! A Igreja não está autorizando isso”, bradou o padre, provocando os aplausos de fiéis e a revolta de Tasso, que partiu para cima do altar, sendo contido por uma assessora e pela esposa, Renata Jereissati. “O senhor não pode fazer isso”, repetia Tasso. Nesse momento, o padre sumiu do recinto, e não conseguiu mais ser localizado pela imprensa. Ao mesmo tempo, presentes gritavam os nomes tanto de Serra como de Dilma.
Enquanto isso, o candidato do PSDB ao Planalto agia como se nada estivesse acontecendo. Quando a confusão já estava generalizada, Serra continuava com o semblante tranquilo, sentado na primeira fileira do recinto, conversando e tirando fotografias com eleitores. Pouco depois, saiu escoltado por seguranças e correligionários, sem dar entrevista.
Tasso, por sua vez, não ficou calado, e acusou o sacerdote. “O padre é petista. Tá ali com uma bandeira petista dentro da Igreja. São esses padres que têm causado problema na Igreja”.

Reclamações

Antes, ao longo da celebração, a missa já vinha tumultuada. Depois que Serra chegou e tomou assento, uma multidão de fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas o rodeou. O padre reagiu imediatamente. Ele lamentou que, “infelizmente”, nem todos tinham ido à missa com o mesmo objetivo: louvar São Francisco. “Não me refiro a A ou B, mas àqueles que estão conversando e tumultuando. A prioridade aqui é a palavra de Deus. Se você está aqui com outra intenção, assim como você entrou, pode sair”.
Em outro momento, nova reclamação: “Vocês não vieram aqui para ver os políticos. Vocês vieram aqui para ver quem? São Francisco”. Na comunhão, mais reclamações: “Estão atrapalhando com filmagens. Não é assim que se faz política, não. Estão atrapalhando a celebração do começo ao fim. Lamentavelmente isso é uma profanação”, disse.
E-Mais
TUMULTO APÓS A MISSA. A confusão que começou na Igreja terminou do lado de fora. Apoiadores de Serra e Dilma trocaram insultos e provocações, dificultando a entrada de José Serra e demais tucanos na van que os levaria para o local onde estava o helicóptero com destino a Fortaleza. Até briga com bandeiras aconteceu no local.
O NOME DO PADRE. Entre os nomes do padre informados por membros da organização do evento religioso estavam Francisco e João Amilton. Ninguém informou de onde ele é.
PROFISSIONAIS DA MENTIRA. Durante encontro com tucanos, Serra afirmou que está sendo vítima de “profissionais da mentira”. “Se não fosse a minha história, eu estaria abalado. Mas eu tenho uma mola. Quando mais bate, mais eu cresço”.
LÚCIO ALCÂNTARA. Serra também fez referência ao seu mais novo apoiador no Ceará, o ex-governador Lúcio Alcântara (PR), que, no primeiro turno, fez campanha para Dilma Rousseff (PT). Segundo o tucano, Lúcio foi seu colega durante a Constituinte de 1988 na Câmara dos Deputados e também durante sua passagem pelo Senado. “Devo a ele um dos principais avanços na área da Saúde, que é o Sistema Nacional de Transplantes”. Antes, o ex-governador havia afirmado que o tucano representa um “novo compromisso com o futuro do Brasil”.
MÃO SANTA. O senador não-reeleito Mão-Santa (PI) também esteve no encontro tucano, e atacou o PT. Disse que a vitória de Serra irá ajudar a “enterrar a bandeira do PT, e tudo que ela representa, como a corrupção”.
CURRAL. Já Tasso atacou Dilma. “É bom lembrar uma frase dela, dizendo que nós brasileiros precisamos ajudar o Nordeste. Como se o Nordeste fosse uma porcaria à parte”. E disse que ela não visitou o Ceará porque pensa se tratar de curral eleitoral, onde votos estão garantidos.

out 17 2010

Carta aberta à CNBB

Categoria: Política,ReligiãoSenhor_do_Servo @ 08:12
Carta Aberta à CNBB.
São Paulo 17 de outubro de 2010.
Como membro da CJP-SP fui chamado pelo Deputado Estadual Adriano Diogo a registrar o flagrante de crime eleitoral na Editora Gráfica Pana LTDA, que foi contratada pelo Bispo Diocesano de Guarulhos para reproduzir 2,1 milhões de panfletos falsos da CNBB e estava para distribuir, ontem, pelo país 1,1 milhão de cópias do material e fiz estes registros, por ter ciência da orientação de nossa Comissão Brasileira de Justiça e Paz a partir do documento que li, recebido dias atrás sobre a falsificação de panfleto em nome da CNBB.
A encomenda foi realizada a pedido Mitra Diocesana de Guarulhos conforme imagens abaixo, a saber: email de encomenda, cópia do boleto bancário e carta de Dom Luiz Gonzaga Bergonzini ao Pe. Jean Rogers Rodrigo de Souza, solicitando distribuição, que encaminho também anexo para divulgação, uma vez que constituem a documentação probatória da encomenda e do crime eleitoral praticado.
A gráfica iria entregar 2,1 milhões de panfletos, cuja informação fornecida pelo gerente da empresa pego em flagrante, pode variar em sua tiragem de 20 a 50 milhões. Foram apreendidos somente 1 milhão dos panfletos falsos, cuja liminar de apreensão já foi expedida pelo juiz responsável. Isso significa que muitos panfletos podem ter sido feitos em outras gráficas e continuarão a ser distribuído pelo país, caso não haja uma ação efetiva da CNBB.
Penso que nossos Bispos devam considerar, dada a gravidade dos fatos, encaminhar a Nota de Esclarecimento elabora no encontro de Itaici, para ser lida em todas as paróquias, em todas as missas do próximo domingo, sua publicação no Jornal O São Paulo e demais revistas e jornais católicos, bem como a leitura nas Tvs e rádios da igreja, buscando por fim ao assunto.
Recomendo esta atitude para nossos pastores reunidos em Itaici, entendendo ser este um gesto que favorecerá a distensão dos mal-entendidos provocados, visando o amplo esclarecimento dos fiéis que receberam tal documento apócrifo e criminoso, sobre a real posição de nossos bispos do Regional 1 e da CNBB, contribuindo desta forma para serenarmos os conflitos gerados entre os católicos, reafirmando a integridade da CNBB e reforçando a cidadania, a democracia e a livre escolha de todos os brasileiros, tão atingidas com esta manifestação difamatória, que desvirtua o foco do debate que interessa à nação e o sentido das eleições de 2010.
A cisânia que a calúnia, as ofensas e as mentiras imputadas geram entre aos cristãos, por ações como está promovida pelo Bispo Diocesano de Guarulhos, estão explicitadas de forma dramática nos fatos que ocorreram hoje em Canindé, no Ceará, onde a missa acabou em TUMULTO, uma vez que o padre corretamente,  informou aos presentes que o documento que estava sendo distribuído na missa era falso e acabou sendo atacado por um político, durante a celebração. Pergunto aos nossos Bispos da CNBB; quando na igreja uma missa tão tradicional como a de Canindé, acabou desta maneira?  Os fatos demonstram a gravidade do momento e a tentativa de aparelhamento do sentimento religioso em nosso país, conforme nota publicada pla CNBB.
Faz-nos refletir a justeza das palavras da candidata Dilma Rousseff, divulgadas na imprensa recentemente, sobre a campanha de ódio que estas ações subterrâneas estão gerando nos corações e mentes dos brasileiros por todo nosso país. Isso pode ficar mais grave ainda, se não for feita uma ampla campanha de esclarecimento junto aos fiéis. A CNBB e o país tem muito a perder com isso. É preciso por um basta a esta campanha baseada na mentira, na calúnia, na difamação!
Só a Verdade nos libertará.
Atenciosamente:
Marcelo Zelic
Vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Coordenador do Projeto Armazém Memória
*estadoanarquista

Exorcismo: Serra foi convidado a se retirar da igreja

Terminou em tumulto uma missa hoje (16) na Basílica de São Francisco das Chagas, que fez parte da agenda de compromissos do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra.
Serra e seus apoiadores foram assistir à missa de encerramento dos festejos de São Francisco, padroeiro de Canindé.
No final de celebração, o padre disse que eram mentirosos os panfletos que circulavam na igreja afirmando que a candidata petista, Dilma Rousseff, era a favor do aborto e tinha envolvimento com grupos terroristas como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O padre disse que aquelas mensagens estavam sendo atribuídas à igreja, mas que ela não autorizava esse tipo de publicação em seu nome. 
Tasso Jereissati discutiu com o padre antes de ser expulso
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que acompanhou a missa ao lado de José Serra, se exaltou e afirmou que era um “padre petista” como aquele que estava “causando problemas à igreja”.
Militantes do PT, com bandeiras com o nome de Dilma, estavam na porta da basílica na saída da missa. Houve um princípio de briga entre eles e os militantes do PSDB.
O panfleto não assinado que circulou na igreja falava em três “grandes motivos para não votar em Dilma”. O texto acusa a candidata de ter se envolvido com as Farc, de ser favorável ao aborto.    
Durante a missa, a chegada de Serra e seus apoiadores causou um tumulto. O padre pediu que os políticos não atrapalhassem o objetivo principal da cerimônia, que era a veneração a São Francisco, a comitiva de Serra teve que sair da igreja porque os fiéis presentes na missa reprovaram o oportunismo do tucano.



Dom Bergonzini, o bispo de Guarulhos, combate Dilma e não combate a pedofilia

Diocese do bispo que acusa Dilma tem grave caso de pedofilia
História, Música e Sociedade

Dom Bergonzini, o bispo de Guarulhos que mandou fazer 21 milhões de panfletos clandestinos contra Dilma com a grana dos fiéis, deveria se preocupar com sua própria Diocese, em Guarulhos. Ali, o padre Romualdo Nunes de Almeida, 43, da igreja São João Batista, é acusado de pedofilia e de manter relações homossexuais com o vendedor Diego Ferreira da Rocha, que tentou extorqui-lo. O padre ficava horas a fio em sites de relacionamentos procurando crianças e rapazes, diz o acusado.

A matéria completa sobre este caso saiu no Jornal da Tarde de novembro de 2009. O bispo até agora nada disse sobre pedofilia. Está mais preocupado em ajudar Serra com calúnias sobre Dilma.

*esquerdopata

Santinho de Serra é na Verdade Demoniozinho.

Serra lança um panfletinho falando em nome de Jesus. Ele quer ser presidente para terceriazar a justiça e a verdade para Jesus. Como sempre, terceirizar e não fazer nada.



Mas olhemos mais de perto o panfleto, e não nos esqueçamos que de que Deus avisou que o Diabo viria falar em seu nome para tentar enganar as pessoas.



"Novamente o Diabo levou Jesus a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles; e disse-lhe: Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares. Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás. Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviram".
Matheus, (Capítulo 4:1-11) 
*vendedordebananas

CNBB virou comitê central de campanha do Serra?. Quem está pagando a conta?


Panfletos assinados por um braço da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) recomendando voto contra Dilma  nas eleições foram encomendados pela Mitra Diocesana de Guarulhos.
Carta do bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini que autoriza a impressão e distribuição dos panfletos anti-PT nas paróquias da região sul. Igreja diz que não pagou. Gráfica diz que recebeu mais de 3 mi...Quem pagou? Porque os padres estão mentindo?

Kelmon Luís Souza, católico ortodoxo, disse que encomendou, desde setembro, 20 milhões de panfletos em gráficas de São Paulo a pedido da diocese. Uma delas, com 1 milhão de panfletos, foi descoberta ontem pelo PT.Kelmon não revelou o custo da produção -só disse que "doações pesadas de quatro ou cinco fiéis" a bancaram.Podemos entender que essas doações são do PSDB, DEM e PPS?

Parte dos panfletos, que reproduz um "apelo a brasileiros e brasileiras" assinado pela cúpula da regional paulista da CNBB, foi distribuída no dia 12, em missas em Aparecida (SP) e Contagem (MG).

O bispo de Limeira (SP), dom Vilson Dias de Oliveira, disse ontem, em Indaiatuda, onde a regional está reunida, que a igreja investigará as denúncias. Esperem sentados. José Serra é o candidato oficial dos padres e da igreja. Sem nunca ter antes pisado em uma igreja.Ele defendeu que haja apuração policial para identificar quem financiou as impressões e os responsáveis pelas encomendas.

"Trata-se de uma denúncia séria e grave", disse.

A Diocese de Guarulhos é dirigida por d. Luiz Gonzaga Bergonzini, que já pregou voto contra Dilma Rousseff (PT). Ele não foi localizado.

Digitais do PSDB?

Quem está pagando essas e outras tantas impressões de cartilhas e panfletos da igreja católica e outros grupos?... Com certeza não está saindo do caixa oficial deles pois isso é vedado pela Igreja.

A maior probabilidade é que seja o PSDB, DEM, junto com as grandes multinacionais interessadas no pré-sal, riqueza do povo brasileiro, que estão despejando dinheiro na campanha de Serra. Este já começou a defender as privatizações de FHC e um dos membros da cúpula do PSDB já falou favoravelmente a privatização do pré-sal.

Por que pastores evangélicos iniciaram essa onda anti-Dilma? O aborto não parece explicação suficiente. Há outros interesses em jogo? E por que setores da Igreja Católica aderiram? 
*osamigosdopresidentelula

grobo continua camuflando

Baixaria sem limites! Exclusivo: dona da gráfica é do PSDB!

Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
- por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador
Já passava das 2 da manhã desse domingo. Na porta da gráfica Pana, no Cambuci, um grupo de 50 a 60 pessoas seguia de plantão – para evitar a distribuição dos panfletos (supostamente encomendados pelo bispo católico de Guarulhos) recheados de mistificação religiosa e de ataques contra a candidata Dilma Rousseff. Mais um capítulo da guerra suja travada nessa que já é a mais imunda eleição presidencial, desde a redemocratização do Brasil.
Na internet, durante a madrugada, outro plantão rolava: tuiteiros, blogueiros e leitores de todo o Brasil buscavam informações sobre os donos da gráfica, e sobre as possíveis conexões deles com o mundo político.
Stanley Burburinho (ele mesmo!) e Carlos Teixeira fizeram o trabalho. Troquei com eles algumas dezenas de mensagens. E essa apuração colaborativa levou à descoberta: uma das sócias da gráfica Pana é filiada ao PSDB, desde 1991!
Trata-se de Arlety Satiko Kobayashi, vinculada ao diretório da Bela Vista - região central de São Paulo. Nenhum problema com a filiação de Arlety ao partido que bem entender. O problema é que a gráfica dela foi usada para imprimir panfletos aparentemente encomendados por um bispo, mas que “coincidentemente”, favorecem ao candidato do partido dela.
Aqui, o contrato social da empresa – onde Arlety Kobayashi aparece como uma das sócias: contrato_social_grafica_pana[1]
E aqui a lista de filados do PSDB, onde ela aparece no diretório zonal da Bela Vista.
Mais um detalhe: Arlety é também funcionária pública, tem cargo na Assembléia Legislativa de São Paulo. E tem um sobrenome com história entre os tucanos: Kobayashi. Paulo Kobayashi ajudou a fundar o partido, ao lado de Covas, foi vereador e deputado por São Paulo.
Arlety aparece como doadora da campanha de Victor Kobayashi ao cargo de vereador, em 2008. Victor concorreu pelo PSDB.
A conexão está clara. Os tucanos precisam explicar:
- por que o panfleto com calúnias contra Dilma foi impresso na gráfica de uma militante do PSDB?
- quem pagou: o bispo de Guarulhos, algum partido, ou a Igreja?
- onde seriam distribuídos os panfletos?
- onde estão os outros milhares de panfletos?
Os panfletos do Cambuci são mais uma prova da conexão nefasta que, nesa eleição, aproximou os tucanos da direita religiosa – jogando no lixo a história de Covas, Montoro e tantos outros que lutaram para criar um partido “moderno”, que renovasse os costumes políticos do país. Serra lançou esse passado no esgoto – e promoveu uma campanha movida a furor religioso.
Mas não é só isso!
Se Arlety Kobayashi (uma tucana) é a responsável pela impressão dos panfletos, na outra ponta quem é o sujeito que encomendou tudo?
O Blog “NaMaria” traz a investigação completa, que aponta Kelmon Luis da S. Souza como o autor da “encomenda”. Ele teria ligações com movimentos integralistas e monarquistas!
O Blog do Nassif , por sua vez, mostra que as conexões poderiam chegar até bem perto de Índio da Costa (DEM), o vice de Serra. Ele, em algum momento, também teve proximidade com monarquistas. Mas esse detalhe ainda não está bem esclarecido.
De toda forma, o círculo se fecha: tucanos, demos e a extrema-direita (católica, integralista ou monarquista). Todos unificados numa barafunda eleitoral que arrastou nomes de bispos para a delegacia, e nomes de políticos para o rol daqueles que apostam na guerra de religiões como arma eleitoral.
Há mais mistérios entre o céu e o Serra do que supõe nossa vã filosofia. Paulo Preto é um deles. A gráfica do Cambuci parece ser outro. Mistérios que não serão decifrados por teólogos, mas por delegados e agentes federais.
É caso de polícia. E não de religião.
*tudoemcima

TV Globo oculta incidente em Canindé

Por Odorico Carvalho
Sempre com semblante tranquilo? Essa é boa! A própria foto já desmente o narrador. Mais contundente ainda é a matéria do Jornal Nacional de ontem. Como sempre o JN esconde qualquer coisa contra Serra, mas o semblante dele, no final da matéria, é de pavor:

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2NTrpDMRYhAnmHna5GhHaRk9juEkcr5eaxJp0J2i2TTFyBu66nTgTjsW1nvU-QswiwgZ-FuqUFbGsR8AGbGAX82ZPPxNnKTgeQivvSj3OLbJa2H_x6eqMTSTiR7U1k7AjvsMwkS3q7Sw/s1600/DIRETOELIAKIN.jpg

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1357774-7823-JOSE+SE...



 
Nassif, tem o áudio do ocorrido em Canindé, veiculado hoje pela manhã na CBN. O Tasso tentou invadir o altar.
Na CBN


OBSCURANTISMO X RAZÃO

"Não se trata agora de derrotar o Serra ou o neo- liberalismo. Tudo isso é transitório, efêmero. Trata-se de derrotar a grande conspiração obscurantista. Trata-se da luta milenar da razão contra a superstição, da tolerância contra o fanatismo" [Bernardo Kuscinski; 17-10; leia nesta pág.]

Ausência de pluralismo: a falta de um jornal popular
Décadas atrás, o escritor Monteiro Lobato, aflito com a incultura e particularmente com contingente de iletrados, solicitou aos donos de "O Estado de S.Paulo" que o jornal fosse utilizado na luta para vencer o vergonhoso quadro de milhões e milhões de analfabetos no país. Após muito pensar, um dos proprietários respondeu ao criador do Sítio do Pica-pau Amarelo, provavelmente com o mesmo tom com que hoje condenam o voto dos pobres a uma espécie de sub-voto: “Ô Lobato, mas se todo mundo aprender a ler...quem é que vai pegar no cabo da enxada”. A proposta de Monteiro Lobato foi recusada. O pluralismo da psicanalista Kehl, condenado. O artigo é de Beto Almeida.
A demissão da psicanalista Maria Rita Kehl do corpo de colaboradores do Jornal “O Estado de São Paulo” reacende a incontornável discussão sobre a ausência de pluralismo na imprensa brasileira de grande circulação, em clara ofensa ao disposto no capítulo da Comunicação Social da Constituição Federal. Kehl afirma ter sido demitida por “delito de opinião” após ter escrito artigo em que denuncia o esforço de desqualificação dos votos das camadas mais pobres da população.

Até mesmo argumentos utilizados na eleição passada pelo conhecido sociólogo Hélio Jaguaribe indicando que os votos que elegeram Lula possuíam um significado inferior em relação aos votos do candidato derrotado, estes sim, e só estes, como que por encanto, dotados de uma dimensão de nação, constavam o artigo que causou a demissão. Por desdobramento, o presidente Lula que promoveu recuperação significativa do salário mínimo, expandiu a classe média, reduziu robustamente os milhões de famintos, recupera a Petrobrás e a indústria naval, sob reconhecimento internacional expressivo, não teria sido eleito - segundo esta teoria esdrúxula - por votos com plena legitimidade.

Democracia X “democracia”
Mais surpreendente do que ver quem se encontra entre os insinuadores de tal interpretação que, por paralelo, remonta aos critérios da eleição a “bico de pena”, é a a assustadora complementaridade e identidade que estes conceitos possuem com a nova “teoria da democracia” exalada pela Casa Branca, segundo a qual, não basta que um governo seja eleito pelo voto democrático para conferir-lhe legitimidade. Para o novo critério de democracia que vem do norte, depende de como estes governos eleitos governem ou qual concepção de democracia apliquem para serem, em definitivo, considerados ou não democráticos.

Os exemplos estão por aí. Se um governo decide assumir plena soberania sobre o seu território, como o governo do Equador, que recuperou o controle sobre a Base Militar de Manta, antes administrada por contingentes norte-americanos, este comportamento não permite que lhe seja conferido o rótulo de democrático. Ou quando um governo eleito democraticamente pelo voto direto - o que não ocorre nos EUA - decide nacionalizar suas fontes de recursos naturais, como o faz o governo da Bolívia, isso também configuraria comportamento não democrático, coincidentemente, por contrariar os interesses vitais de empresas norte-americanas em várias partes do mundo.

O modelo de representação política dos EUA, mesmo com históricos altos graus de abstenção, de cadastros eleitorais em que se fazem assepsia dos eleitores negros, pobres, asiáticos e ex-presidiários, da bilionária dependência de esquemas financeiros para que alguém seja candidato e do impenetrável controle de uma mídia dominada por anunciantes vinculados à indústria bélica, nada disso pode ser questionado do ponto de vista democrático. Nem mesmo o histórico de vinculações da Casa Branca na supressão dos regimes democráticos em várias partes do mundo ao longo de décadas. Lá sim, existiria o modelo de democracia.

O voto de pobre vale menos?
A psicanalista Maria Rita Kehl ousou revelar murmúrios indignados que podem estar povoando os ambientes das oligarquias midiáticas diante da impossibilidade de impedir que herdeiros ex-escravos possam exercer seu direito a voto. Sobretudo depois de estarem gradativamente recuperando o seu direito de trabalhar com carteira assinada, de serem reconhecidos pelo estado por meio de um programa social que lhes retira e aos seus filhos do corredor da pena de morte pela fome. O Brasil acaba de ser reconhecido pela FAO com um dos países que mais contribuem na atualidade para a redução da fome. Mas, do lado de cá, sociólogos, um tanto envergonhados é bem verdade, querem insinuar que os votos destes que escapam da pena de morte da fome não teriam legitimidade. E quem revela este pensamento merece a pura e simples sentença da demissão. Decidida no mesmo ambiente em que floresceu e germinou com desenvoltura a discricionária e cruel idéia de um ex-diretor do jornal mencionado, que sentiu-se no direito de matar uma jovem jornalista porque, afinal, ela teria cometido a gravíssima falta de pretender.....terminar o namoro.

Monteiro Lobato desprezado
Quando o senador Suplicy sobe à tribuna e solicita à direção do centenário jornal que reverta a demissão de Kehl - que para nossa sorte não corre risco de vida e poderá nos iluminar com novas análises corajosas se encontrar espaços de publicação - embora bem intencionado, pode ser que não conheça episódio marcante da história deste diário. Décadas atrás, o escritor Monteiro Lobato, aflito com a incultura e particularmente com contingente de iletrados, solicita aos donos deste diário que o veículo fosse utilizado de modo militante e compromissado na luta para vencer o vergonhoso quadro de milhões e milhões de analfabetos no país. Após muito pensar, um dos proprietários responde ao criador do Sítio do Pica-pau Amarelo, provavelmente com o mesmo tom com que hoje condenam o voto dos pobres a uma espécie de sub-voto: “Ô Lobato, mas se todo mundo aprender a ler...quem é que vai pegar no cabo da enxada”. A proposta de Monteiro Lobato foi recusada. O pluralismo da psicanalista Kehl, condenado. Veremos o que ocorrerá com relação à solicitação do senador.....

Apesar da evidente ausência de pluralismo na mídia brasileira, de sua crônica incapacidade para cumprir minimamente a Constituição Federal, do indevassável controle de algumas poucas famílias sobre a indústria da informação no Brasil, ainda assim, há gente que se preocupa não com este controle já existente do mercado cartelizado sobre os veículos de comunicação, mas com uma mera proposta de regulamentação da Constituição, colocando-a em sintonia com a tendência mundial que registra regulação crescente da comunicação como único caminho para assegurar-lhe pluralismo, diversidade, bem como caráter educativo, civilizatório e informativo nos seus conteúdos.

Comunicação é estratégica
O problema , no entanto, é que anos e anos de alerta e argumentação junto aos segmentos progressistas para que considerem a comunicação como algo estratégico, parece surtir pouco efeito organizativo. Só eventualmente, em momentos decisivos da política, este debate retorna ao cenário central da conjuntura, mas , quase sempre, limitado à reclamação indignada que, embora justa, termina por não colocar na mesa das iniciativas centrais das políticas progressistas, a necessidade de se construir alternativas concretas.

Será que um partido como o PT, com capacidade de alcançar a presidência da república galvanizando a simpatia e a adesão de fatias expressivas da sociedade brasileira, mesmo ainda com uma curta existência na cena política, não teria condições de organizar, criar, fundar, um jornal de cunho popular, de grande circulação, com capacidade, aí sim, de promover o verdadeiro pluralismo informativo, já que a queixa, a bronca, a reclamação sobre a falta deste atributo cidadão junto aos oligarcas da mídia tem se mostrado reiteradamente frustrante?

Publicaram que o Brasil não tinha petróleo
Tantas vezes muitos de nós já escrevemos e reiteramos aqui mesmo e em outras tribunas sobre o que representou o jornal Última Hora, criado sob estímulo de Vargas, ele mesmo alvo de intensa campanha de desmoralização e destruição de imagem, na época intitulada “mar de lama”. Com a imensa popularidade que possuía, seja por ter criado a Petrobrás, o salário mínimo, os direitos trabalhistas, a licença maternidade, a siderúrgica de Volta Redonda, a Rádio Nacional, a Rádio Mauá, o Instituto Nacional do Cinema Educativo, o BNDES, etc, Vargas percebia que se dependesse da imprensa da época, o Brasil nunca teria petróleo, o salário mínimo e os direitos trabalhistas não passavam de privilégios descabidos, que a única linha editorial verdadeira e aceitável era a deposição do presidente. Ou seja, será que magnatas da comunicação que chegaram ao ponto de bradar o Brasil não possuía petróleo, podem ser sensibilizados e corrigir-se? O argumento ainda é válido para hoje. Como disse Giordano Bruno quando as fogueiras da Inquisição estavam sendo acesas “Que ingenuidade a minha, pedir ao poder para reformar o poder”

Hora de recriar um jornal popular
Será que as forças progressistas não devem pretender construir seus próprios meios de comunicação? Assim como o PT já revisou grande parte dos preconceitos que tinha contra Vargas e também quanto à política de alianças, não terá também chegada a hora de revisar uma linha política segundo a qual jornais de partido ou de segmentos não se justificam mais na política moderna e que o recomendável é a interlocução por meio da própria mídia dos grandes capitalistas? A julgar pelo tom indignado e os exemplos que o presidente Lula apresenta contra a manipulação desinformativa sobre a sua gestão e sobre sua candidata, talvez tenha chegado o momento de se usar o imenso capital de popularidade para organização de um jornal popular, nacionalista, de circulação diária, massiva. E, além disso, amparado em uma Fundação para o Jornalismo Público, dotada de uma faculdade capaz de gerar uma nova linguagem jornalística, para abrir uma nova cultura de jornalismo condizente com os novos tempos vividos pelo país. Um tempo em que milhões e milhões saem dos grotões físicos e sociais, iniciam-se no exercício de certos direitos e no consumo de bens indispensáveis, mas não dispõem ainda do direito de ler um jornal que retrate a marcha das mudanças que o Brasil está experimentando e da própria mudança que suas vidas vem registrando, sob o ponto de vista civilizatório.

Sinais de mudança no jornalismo no mundo
Basta que olhemos com mais atenção o mundo. Registra-se tendência de regulação no campo das comunicações para assegurar a diversidade, a pluralidade, o humanismo e o padrão civilizatório desta indústria. E se olharmos mais em volta de nós, perceberíamos vários países com um grau de pluralismo jornalístico invejável diante do monolitismo estreito e hostil às mudanças que vivenciamos na sociedade brasileira. Na Argentina, há o jornal “Página 12”; no México , há o diário “La Jornada”; na Bolívia, ainda não completou um ano de vida o jornal “Cambio”, mas já é o recordista de vendagem, junto com o tradicional “La Razón”, que tem 70 anos de vida e, por fim, nasceu o “Correo del Orinoco”, do qual foi redator o brasileiro Abreu e Lima, que lutou junto a Bolívar na Independência frente ao imperialismo espanhol.

Toda vez que nos indignarmos com os fartos e incorrigíveis exemplos de jornalismo precário da imprensa brasileiro, será que não deveríamos também, para além da crítica, nos perguntar sinceramente por que não criamos o nosso próprio jornal popular? Não seria essa a crítica mais conseqüente a esta torrente de facciosismo que estamos a enfrentar? Na história do jornal Última Hora está uma parte das respostas.

(*) Beto Almeida é jornalista



PAULO PRETO,O TUCANO DA MALA PRETA DEVE SABER

QUEM BANCA A PANFLETAGEM DA IGREJA CONTRA DILMA?

Dois milhões e 100 mil panfletos contra Dilma Rousseff, com assinatura falsa da CNBB, estavam sendo rodados em uma gráfica em SP, descoberta pelo PT. Os responsáveis pela Pana Editora e Gráfica afirmam que o material foi encomendado pelo bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, da diocese de Guarulhos-SP. Perguntas que precisam ser respondidas: 1- Desde quando o bispo de Guarulhos tem dinheiro para imprimir dois milhões de panfletos apócrifos? 2-Quem pagou? 3- De onde veio o dinheiro? 4- Em que conta da diocese ele foi depositado? 5-Quem orientou o uso da assinatura da CNBB no panfleto? Quem está instrumentalizando a diocese de Guarulhos contra Dilma Rousseff em São Paulo? Com a palavra a operosa Polícia Federal de SP e a não menos operosa vice-procuradora-geral do TSE, Sandra Cureau.

*Carta MAior

SS erra



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Emprego de filha de Paulo Preto era uma maratona
Segundo publica hoje o jornal Folha de S. Paulo, a filha do polêmico Paulo Preto – o engenheiro Paulo Vieira de Souza – que José Serra desconhecia domingo mas passou, na terça-feira, a avalizador de sua honradez, foi nomeada para um cargo de gabinete em janeiro de 2007 pelo esquecido tucano, como Governador de São Paulo.
Cinco meses depois, ainda sem direito a férias, Taitiana Arana de Souza Cremonini foi participar de uma ultramaratona. No Ibirapuera? Não, na África do Sul, a corrida de 89 km entre Durban e Pietermaritzburg. Não fez – na corrida – feio: chegou em 48º lugar entre as 183 mulheres da sua categoria – 20 a 29 anos – que participaram da prova.
Um resultado melhor do que o do pai, que também foi lá correr também e ficou em 420º lugar entre os 1477 corredores da faixa de 50 a 59 anos.
O servidor público paulista, agora, sabe que pode, quando quiser participar de um evento esportivo, tirar uns dias de folga, para dar um pulinho ali, na África do Sul. Pelo tipo de evento, acho que é coisa de uma semaninha, só.
Distraído como é, o Serra que não sabe quem era o seu diretor das obras do Rodoanel e que contratou a moça por seu “inglês e espanhol fluentes”, nem vai perceber.
By: Tijolaço

Mala faia




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*comtextolivre