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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 06, 2011

(O Último discurso, do filme O Grande Ditador) Charles Chaplin

O caminho da vida


" O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.

Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."


(O Último discurso, do filme O Grande Ditador) Charles Chaplin
*umpoucodetudoumpouco

I encontro de blogueiros progressistas

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PSDB vai lançar “Oscar de FHC”. Agnelli é pule de 10

Pelo twitter, me enviam a coluna “Radar Político”, do Estadão: Depois de esconder ex-presidente, tucanos resolvem criar ‘Prêmio FHC’ . A nota diz que vão premiar “gestores públicos e organizações não-governamentais que se destacarem em iniciativas consideradas inovadoras na área de gestão e políticas públicas”. Se o que eles consideram inovador é seguir as velhas práticas coloniais que Fernando Henrique impôs ao país, desconfio que o ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, não tem adversários para ganhar o troféu.
Vai ser assim uma espécie de prêmio de “homem de vendas” do ano, sendo que o que é vendido é o Brasil. Aliás, na minha boa-vontade, sugiro que o troféu do prêmio FHC seja uma estatueta de Joaquim Silvério dos Reis, aquele mesmo que a gente aprendeu na escola.
Ah, e pra não perder o hábito, a nota do Estadão ressalta que o agraciado levará um prêmio em dinheiro. Dinheiro público, do Fundo Partidário.
Como diz o José Simão, o Brasil é o país da piada pronta. E piada de mau gosto.
*Tijolaço

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Ajude a escolher o modelo do troféu "Prêmio FHC"








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terça-feira, abril 05, 2011

Deleite

O bom jornalismo está morrendo








Por Aurélio Munhoz *

Tenho três ícones no Jornalismo: Cláudio Abramo (o homem que revolucionou estilo e conteúdo dos dois maiores jornalões nacionais), Mino Carta (diretor de Redação da Carta Capital e criador de algumas das melhores revistas brasileiras) e Ricardo Kotscho (o mais brasileiro dos grandes repórteres do País).

Do primeiro, guardo a lição de que a “ética dos jornalistas” é uma falácia; a ética, afinal, é uma só para todos os profissionais. Do segundo, a recomendação de que todo jornalista alie um aguçado espírito crítico a uma fidelidade espartana aos fatos. Do terceiro, o ensinamento de que “lugar de repórter é na rua” – e não nas refrigeradas Redações dos veículos de imprensa.

Por absoluta ignorância, por abjeta canalhice ou pela somatória destes defeitos, um assustador contingente de jornalistas nativos parece desconhecer os ensinamentos acima. Prefere agir como estelionatários da realidade, espetacularizando a notícia, manipulando informações e pessoas em troca de audiência, fama e, claro, dinheiro.

Faço esta introdução a propósito de dois fatos ocorridos na semana passada: a entrevista do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) ao programa CQC, da TV Bandeirantes, na qual o parlamentar radicalizou na defesa das suas conhecidas posições medievais contra os negros e os homossexuais; e a veiculação da revista Caras, que estampou manchete com as pesadas acusações da falecida atriz Cibele Dosa contra seu ex-marido, Doda Miranda.

Já se falou praticamente tudo sobre estes dois exemplos de péssimo Jornalismo, que simbolizam o problema crônico de boa parte da grande mídia nacional: sua miopia em relação ao significado da expressão “liberdade de imprensa”, esta peça de ficção invocada sempre que setores da mídia brasileira sentem a necessidade de se safar da irresponsabilidade, superficialidade e sensacionalismo que muitas vezes imprimem ao seu trabalho.

O que trago de novo ao debate sobre o tema é um desafio: exatamente devido a exemplos como estes, intensificarmos a discussão conduzida pelo Congresso Nacional, pelo movimento popular e pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) sobre o modelo de Comunicação que os grandes veículos de imprensa exercem.

O momento não poderia ser mais oportuno, inclusive por conta da criação da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, que objetiva discutir a democratização da comunicação e o novo marco regulatório da mídia.

Não podemos mais admitir que a sociedade continue sendo bombardeada pelo macartismo reeditado pelos arautos dos grandes veículos de imprensa, que, além de todas as mazelas apontadas acima, vetam a exigência da formação universitária para o exercício do Jornalismo, repudiam a criação do Conselho Federal de Jornalistas e ainda precarizam as condições de trabalho até o limite de tolerância dos jornalistas. Pobres profissionais de imprensa, que não têm grandes motivos para comemorar, nesta quinta-feira (7), o Dia do Jornalista.

Esta tigrada – barões da grande mídia e seus áulicos – está matando a imprensa de verdade e substituindo-a por uma aberração capitalista chamada de “Jornalismo Industrial” – mera linha de produção de notícias descartáveis, servíveis apenas aos seus mesquinhos interesses. Despreza o fato de que Jornalismo de verdade só é aquele que tem compromisso com o efetivo interesse da maioria e que, escorado na verdade, exerce sua função social visando o bem comum. O resto é conversa fiada.

* Aurélio Munhoz é jornalista, sociólogo, consultor em Comunicação e presidente da oscip Pense Bicho. Pós-graduado em Sociologia Política e em Gestão da Comunicação, foi repórter, editor e colunista na imprensa do Paraná.
*observadoressociais

O dia que durou 21 anos. No ar, mas não na net



Posto aí em cima um trailler do documentário “O dia que durou 21 anos”  dirigido por Camilo Tavares, filho e parceiro do jornalista Flávio Tavares, companheiro de meu avô na resistência à ditadura.
O primeiro episódio – de três – foi ao ar ontem e, nas próximas segundas-feiras, a série será completada.
No primeiro episódio, que só assisti pelo trailler, dá para ver em documentos americanos como a ação dos golpistas foi apoiada e financiada pelos EUA.
Você pode ler aqui, no site da TV Brasil, uma matéria completa sobre o documentário.
E eu lamento que a emissora pública, tendo produzido um documento tão importante sobre a história brasileira, ainda não tenha colocado – ao menos o episódio já exibido – disponível na internet.
Até porque daqui a pouco alguém que gravou o coloca  na rede.
Como nós vamos colocar, todos os domingos, uma linda série de documentários produzidos pela TV pública da Argentina sobre os presidentes latinoamericanos. Um trabalho muitíssimo bem realizado, que deve ser assistido por cada pessoa que se preocupe com o nosso continente.
*Tijolaço

segunda-feira, abril 04, 2011

Microsoft capitula à Lula, defensor do software livre


Quarta-feira, o presidente Lula estará em Washington, como o principal palestrante no "Forum de Líderes do Setor Público da América Latina e Caribe - Inspirando a Próxima Geração de Líderes Governamentais", organizado pela maior empresa de software do mundo: a Microsoft.

A empresa capitula às políticas de Lula, pois ele sempre foi defensor e incentivador do software livre, inclusive implantando como política pública em seu governo, contra os interesses da Microsoft.

Mesmo tendo interesses comerciais inimigos do software livre, a empresa não rasga dinheiro, e prefere contratar Lula como inspirador da próxima geração de líderes governamentais, porque se contratasse, por exemplo, tucanos que incentivaram o software proprietário da empresa, como FHC ou o ex-governador José Serra, o efeito seria negativo para a própria empresa.

A Microsoft sabe que, mesmo com o crescimento do software livre, também consegue coexistir com ele por mais algum tempo, "pegando carona" no crescimento econômico e na subida de milhões de latino-americanos para a classe média, num processo onde o Brasil é a locomotiva. O software livre ganha terreno, mas existe também, em paralelo, o aumento das vendas de microcomputadores com programas da empresa, para aqueles que preferem optar por software proprietários.

Lula, por seu lado, deve ganhar uma das maiores remunerações por palestra do mundo, em um evento destes, gerando recursos próprios para seu instituto.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral é a outra liderança brasileira que participará do evento, não como palestrante, mas como debatedor, na terça-feira, quando falará sobre a experiência de seu governo no uso das redes sociais para se aproximar do cidadão do estado. A comunicação digital será o destaque do painel apresentado pelo governador, sob o tema democracia participativa. No Fórum, ele também vai mostrar as iniciativas de inclusão digital feitas em sua gestão, que leva acesso gratuito à internet sem fio para 13 localidades do estado (inclusive comunidades), beneficiando cerca de 2,5 milhões de pessoas. Cabral ficará em Washington até quarta-feira, para assistir a palestra de Lula. (Com informações do Jornal do Brasil)
*osamigosdopresidentelula

Obama se lança com Dilma e Lula.
E deixa o Papa para o Cerra

Dessa vez o FHC não escapa: corta os pulsos de forma terminal

Amigo navegante envia e-mail abaixo reproduzido.

Trata-se de um vídeo que Obama divulgou na internet para anunciar que é candidato à re-eleição.

Outro é este, divulgado pelo Tijolaço de Brizola Neto.

Obama se lança como o candidato que vai libertar os Estados Unidos da dependência ao petróleo do Oriente Médio com o pré-sal da Dilma e do Lula.

(Que pena que o Cerra não conseguiu entregar a Petrobrax à Chevron.)

Primeiro vídeo da campanha de reeleição de Obama. Postado em 31 de março, 600 mil pessoas já o viram. Obama promete diminuir a dependência do petróleo dos países arábes pois será comprador da produção do pré-sal brasileiro. Lula, Dilma e Paul McCartney, além do seu vice-presidente, são as únicas personalidades do vídeo.


Serra, o candidato derrotado do Papa, e FHC – aquele que se julgava o queridinho dos EUA, mas seu chanceler tirava os sapatos no aeroporto de Washington – devem estar se roendo de ódio.

*PHA


Há 43 anos era assassinado em Memphis (EUA) Martin Luther King


*comtextolivre