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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 18, 2011

Angústia com excesso de fios!!! Por que não é tudo wireless?!

T.O.C. mais recente
*T.O.C.mais recente

Evidências do Casamento de Jesus e Maria Madalena...Grande Amor...

 



*Aartedoslivrespensadores

A fala de Lula no encontro dos blogueiros



Ontem, na abertura do 2º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, o ex-presidente Lula falor sobre a importância dos blogueiros como fonte de informações alternativas “Eu queria dizer que valeu a pena vocês, blogueiros, existirem, pois hoje o pobre tem mais acesso ao computador e logo terão acesso à internet. Daqui a pouco, seremos todos cidadãos livres e vamos deixar de ser um País de um pensamento único, que é aquilo que alguns poucos querem divulgado. Hoje os blogueiros são uma alternativa, uma possibilidade de que a sociedade participe das informações neste País. Que ela não fique refém deste ou daquele formador de opinião pública, mas que a sociedade possa formular sua própria opinião”
Lula lembrou que graças às mídias sociais a campanha de Dilma Rousseff foi um sucesso na internet. Daqui a pouco a gente volta a transmitir de lá, assim que superarmos os problemas técnicos que impediram a gente de postar mais cedo.

*Tijolaço

Paulo Bernardo no encontro:


*osamigosdopresidentelula

1 Ano sem Saramago

Caso Battisti: União Europeia refuta o recurso da Itália e dificulta caminho até a Corte de Haia

17/6/2011 19:02, Por Redação, com agências internacionais - de Bruxelas e Roma

Battisti

O Senado italiano quer levar a questão de Battisti à Haia

A Comissão Europeia de Justiça, em comunicado de emergência divulgado nesta sexta-feira, adianta a posição da Corte Internacional de Haia a respeito do caso Battisti. Segundo os juristas, o caso ameaça repercutir seriamente sobre as relações entre o Brasil e a Itália, mas “o problema é bilateral”, afirma a nota. Ainda segundo os juristas europeus, a questão sobre o caso do ex-ativista italiano, e sua consequente permanência no Brasil, trata-se um problema entre dois países soberanos. Não há recurso possível às instituiçoes jurídicas europeias ou em nível das Nações Unidas capaz de subverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro.

A legitimidade da libertação de Battisti e a concessão do status de refugiado politico foi confirmada também pela porta-voz Viviane Reding, da Comissão de Justiça da União Europeia. Ela afirmou que “a Comissão não está envolvida na questão de forma álguma”.

– As instituições europeias não querem promover o empenho de Bruxelas em uma guerra que já parece inevitavelmente perdida para a Itália – afirmou Reding.

Muito diferente é a posição do Ministro dos Exteriores italiano, Franco Frattini, que declarou à imprensa sua intenção de enviar uma reclamação formal à Corte Europeia dos Direitos Humanos de Haia.

– A partida não acabou assim – disse, inconformado, o ministro, que denuncia a libertaçao como “uma surra a todo o mundo democrático”. Ele anunciou a ativação de todos os “instrumentos de tutela internacional, porque esta decisão testemunha o prevalecimento da política sobre do direito”, mesmo sabendo das dificuldades que encontrará pela frente.

Procedimento complexo

A Corte informou ainda que, por enquanto, nada chegou ao Supremo Tribunal Europeu, mas avaliará cada pedido, caso a Itália queira seguir neste percurso. Um expert no assunto, porém, avisou que o procedimento e bastante complexo, porque o recurso a Haia não é um processo automatico, sendo preliminarmente requerido que os contendores, a Itália e o Brasil, abram canais de conciliação oficiais.

Para que o recurso à Corte Europeia seja efetivo, a Itália deverá, no prazo maximo de 6 meses a partir da decisão de Brasília, formalizar esta tentativa através de uma Comissão de Conciliação, constituida por peritos de ambas as partes, cujas determinações nao têm carater judiciario oficial. Somente depois será possível recorrer em Haia. Enfim, o máximo efeito do recurso à Corte Internacional será uma sentença de entendimento, a qual o Brasil deverá acatar.

O Ministro Frattini afirmou também que a Corte de Haia pode não ser a única opção a disposição da Itália, mas não especificou quais orgãos institucionais serão, eventualmente, chamados a se expressar sobre o assunto.

Enzo Cannizzaro, professor de Direito da União Europeia da Universidade La Sapienza, de Roma, explicou porém os limites de ação da diplomacia italiana:

– Além da Corte de l’Haia, não existem na Europa outras instituiçoes internacionais a que possa ser apresentada alguma apelação à decisão do STF, no caso Battisti. A Suprema Corte dos Direitos Humanos, por exemplo, é um orgão de purissima natureza internacionalista, que exerce portanto a sua jurisdiçao somente entre os paises que assinaram o Tratado de Roma, entre os quais não consta o Brasil. Também a ideia de recorrer à Corte de Strasboug não parece ser um percurso possivel, porque a esta cabem exclusivamente os casos de violação dos direitos humanos garantidos pela Convenção Europeia – concluiu.


Brasil avalia pedido da Itália de formar comissão de debate sobre o ‘Caso Battisti’


Battisti

Cesare Battisti foi libertado e mora em São Paulo

A embaixada italiana em Brasília pediu às autoridades brasileiras, em observação às regras diplomáticas, a ativação de uma comissão permanente de conciliação para analisar a decisão do Brasil de não extraditar o ex-militante comunista Cesare Batistti. O Ministério das Relações Exteriores italiano divulgou um comunicado neste sentido, na manhã desta sexta-feira. Fonte ouvida pelo Correio do Brasil junto ao Itamaraty, que prefere o anonimato, informa, no entanto, que embora o Brasil não se negue a “nenhum tipo de diálogo com a Itália”, o governo entende que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) ratifica uma decisão soberana do país que não pode ser alvo de qualquer negociação em contrário.

– O Itamaraty trabalha nessa questão coberto, primeiramente, por um rito de procedimento no processo, em uma etapa anterior à análise de mérito que se possa fazer em uma possível ação na Corte Internacional de Haia ou em outra qualquer, mesmo porque não se chegou sequer a uma definição do foro ideal para tanto – afirmou a fonte.

A decisão do STF, segundo a fonte, “apenas traduz a legalidade do processo à luz do direito internacional, com base no entendimento da Advocacia Geral da União (AGU), que avaliou todos os aspectos dos tratatos internacionais mantidos com a Itália e recomendou ao presidente da República a opção de decidir pela extradição ou pela permanência (de Battisti) no Brasil”.

– O Brasil segue rigorosamente o que determinam os acordos internacionais e está disposto a conversar sobre isso em qualquer instância, mas o Itamaraty entende que a questão levantada pela Itália dever ser respondida dentro dos prazos normais. Não há porque imprimir uma velocidade maior em um processo que, nem de longe, exige a pressa que tentam demonstrar alguns meios de comunicação – acrescentou.

Mesmo na questão de fundo do processo de extradição encerrado com a decisão do STF, que é o risco de morte do ex-ativista caso fosse levado de volta à Itália, “a chancelaria brasileira está coberta por um entendimento já expresso tanto pela AGU quanto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando ainda exercia seu mandato”, pontuou a fonte.

Battisti correria sério risco de morrer, diante dos riscos impostos por segmentos da sociedade italiana, neste exato momento de sua cena política – disse ao CdB.

Na manhã desta sexta-feira, segundo a assessoria de Comunicação Social do Ministério das Relações Exteriores, a nota da Embaixada Italiana foi recebida e será “avaliada para um eventual pronunciamento”.

Nota italiana

“Por instruções do ministro do Exterior, Franco Frattini, a embaixada italiana em Brasília requisitou formalmente às autoridades brasileiras a ativação da comissão permanente de conciliação, conforme previsto pela Convenção entre a Itália e o Brasil de 1954, e expressou a intenção de se referir a tal comissão sobre a não-extradição de Cesare Batistti”, disse o comunicado distribuído nesta manhã.

A chancelaria italiana destacou que “a Itália está determinada a dar todos os passos necessários para buscar o reexame da decisão de negar a extradição de Cesare Battisti”. Em 8 de junho o Supremo Tribunal Federal decidiu manter a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar para a Itália o ex-militante de esquerda condenado por assassinatos cometidos na década de 1970, e ordenou sua libertação imediata.

O governo italiano insiste que, ao libertar Batistti, o Brasil violou as normas previstas em um tratado de extradição firmado entre os dois países. Em protesto, Frattini decidiu chamar de volta temporariamente o embaixador italiano em Brasília para consultas. A comissão de conciliação tem quatro meses para se manifestar sobre o caso.

Caso as conclusões da comissão sejam rejeitadas, abre-se caminho para que a Itália recorra ao Tribunal de Haia, o tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) que estabelece a eventual responsabilidade dos Estados por violação do direito internacional.

*correiodoBrasil

sexta-feira, junho 17, 2011

Deleite

Preocupada, China diz que está disposta a ajudar a Europa

Além de ter parte das reservas em euro, China depende do bloco europeu para manter suas exportações
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
GENEBRA -  Em meio ao caos político e econômico na Europa, a China anuncia que está disposta a ajudar o continente a superar sua crise da dívida. Na próxima semana, o primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, fará uma turnê pela Europa e o mero anúncio de sua viagem já repercutiu de forma positiva nas bolsas, aliviando em parte a tensão da crise na Grécia diante dos rumores de que Pequim possa incrementar a compra de papéis da dívida da UE.
Na Europa, governos já abandonaram a diplomacia e passaram a fazer pedidos escancarados para que Pequim compre parte de suas dívidas. A China insiste que já comprou "bilhões de euros em dívida europeia".

O interesse por estabilizar a situação da Europa não é apenas dos governos do continente. A China tem hoje como maior destino de suas exportações justamente a Europa e quer uma garantia de expansão da economia da UE para manter suas vendas. Além disso, parte de suas reservas de US$ 3 trilhões estão em euros e uma queda da moeda europeia também significaria uma perda da reserva chinesa.
No início do ano, Wen esteve já na França, Portugal e Espanha, indicando que Pequim estava comprometida a "fazer sua parte" para ajudar os governos europeus a superar sua crise da dívida. Agora, visitará a Alemanha e o Reino Unido, além da Hungria, que preside a UE.
Em todas as etapas de sua viagem, Wen estará confrontado pelo interesse dos europeus de que parte da dívida soberana dos países em dificuldade seja adquirida pelos fundos chineses, que se acumulam nos cofres do estado.
Em resposta à situação na Grécia, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, confirmou o interesse de Pequim em achar uma solução. " Esperamos que a Grécia, a UE e a comunidade internacional possam cooperar para atingir uma estabilidade ", disse. " Estamos confiantes de que zona do euro voltará a ter um crescimento sustentável ", disse.
*luisnassif

Partido de Kassab é acusado de filiar mortos



Notícia divulgada na imprensa paulista nesta quinta-feira (9) aponta irregularidades envolvendo a criação do novo partido do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o PSD (Partido Social Democrata). As denúncias serão protocoladas no Ministério Público Estado nesta quinta-feira (16) pelo DEM e pelo PTB. O motivo para a representação são as irregularidades no recolhimento de assinaturas para a criação do PSD. Duas denúncias constam na representação, uma envolvendo a coleta de nomes de eleitores que já faleceram em Santa Catarina e outra que alega o uso da máquina da Prefeitura para promover o abaixo-assinado. Para fundar um partido, são necessárias 500 mil assinaturas de apoiadores em 9 estados.
Funcionários da Prefeitura teriam sido flagrados coletando assinaturas. Haveria também um e-mail de uma funcionária pedindo que amigos assinassem as listas de registro. Na mensagem, a assessora dizia que recebera a “missão” de Kassab para que os “pobres mortais dependentes de cargos comissionados” coletassem assinaturas.
Conforme o secretário-geral do PTB nacional, deputado estadual Campos Machado (SP), o pedido revela fortes indícios de uso indevido de servidores e da máquina pública em favor de partido político, abuso de autoridade e abuso do poder econômico. O presidente nacional do DEM, José Agripino (RN), também se manifestou. “Na hora em há que uso da máquina pública, com instrumentos não permitidos pela lei, coloca-se em xeque o registro de todos os partidos”, declarou.


Coleta de assinaturas em outros estados brasileiros deverá ser investigada pelo Ministério Público Federal


Com relação à coleta de assinatura de eleitores falecidos em Santa Catarina, uma investigação já está em andamento desde que um chefe de cartório encontrou a irregularidade no registro da legenda. A pedido da juíza Maria Luíza Fabris, o Cartório da 49.ª Zona Eleitoral fez um pente-fino numa lista de 230 assinaturas de três cidades para a criação do PSD. Do total, 140 delas não tiveram a veracidade confirmada. A cidade de São Lourenço do Oeste apresentou a pior situação, apenas 7 dos 130 eleitores foram certificados. Além de quatro pessoas que já faleceram, os técnicos descobriram pessoas que assinaram duas vezes.

Segundo o relatório, as “flagrantes irregularidades” encontradas indicam, em tese, “crime de falsidade ideológica eleitoral”. A Procuradoria Regional Eleitoral de Santa Catarina analisa abertura de inquérito. A Justiça Eleitoral também pediu à Polícia Federal que abrisse inquérito para apurar os indícios de fraude.


Kassab e Rodrigo rompem aos gritos e palavrões

Kassab invade gabinete de Garcia e rompe últimos laços com DEM 
Sem avisar, prefeito vai a gabinete de secretário acusá-lo de vazar à mídia informações sobre fraudes nas assinaturas para o PSD 


No início da noite de quarta-feira, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, surpreendeu o secretário Estadual de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia (DEM), ao chegar sem aviso prévio em seu gabinete, na região central da capital paulista, e disparar – aos gritos e palavrões – uma série de acusações. "Se você quiser me destruir, vou te destruir primeiro", disse Kassab, segundo relatos.

Kassab responsabilizou Garcia e Alexandre de Moraes (DEM), seu ex-braço direito na prefeitura, pelo vazamento de informações que motivaram reportagens sobre ilegalidades na coleta de assinaturas de apoio para criação de seu novo partido, o PSD. Às 16h52 de ontem, o iG revelou que até eleitores mortos assinaram fichas de apoio à fundação da sigla. Na véspera, o jornal O Estado de S.Paulo havia publicado reportagem apontando suposto uso da máquina municipal na coleta de assinaturas.

Segundo testemunhas, o prefeito chegou à sede da secretaria, na rua Bela Cintra, com carro oficial poucas horas depois da publicação da reportagem do iG e praticamente invadiu o gabinete de Garcia. Visivelmente destemperado, aos berros, Kassab acusou o DEM de tentar minar a viabilização do PSD.

Nesta quinta-feira, Rodrigo Garcia ligou para a direção nacional do DEM para comunicar o ocorrido. Pelo menos dois líderes do diretório foram avisados. A história se espalhou rapidamente pelos corredores do Palácio dos Bandeirantes e chegou ao conhecimento do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Gilberto Kassab e Rodrigo Garcia têm uma relação próxima há mais de 15 anos. Os dois fizeram “dobradas” eleitorais desde a campanha de 1998, quando ficaram conhecidos pelo jingle “Quem sabe, sabe, faz o que eu digo. Federal é Kassab, estadual é Rodrigo”. Em 2004, a Justiça determinou a quebra dos sigilos bancários de Kassab e Rodrigo Garcia, de quatro empresas das quais eles eram sócios, a pedido do Ministério Público, que investigava suposto enriquecimento ilícito do prefeito. O processo foi arquivado.

*esquerdopata