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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 29, 2011

Seminario Debate desafios de Cuba

*tijolaço


ALEIDA GUEVARA PÕE O DEDO NA FERIDA

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A médica cubana, Aleida Guevara, elogiou o Movimento dos Sem-Terra, “o movimento social mais importante da América Latina”, segundo ela. “Se pudesse dar um único conselho ao povo brasileiro, a partir da experiência socialista cubana, seria que vocês façam a reforma agrária. Não é possível que a maior parte das terras deste imenso país seja mantida nas mãos de apenas 17 famílias”, concluiu a herdeira de Che Guevara.


http://img510.imageshack.us/img510/423/mstacusamosostrspoderesad4.jpg.*militanciaviva

Lição de economia: custo nada tem a ver com preço.

Nosso comentarista Tovar Fonseca adiantou-se e leu a segunda parte da reportagem sobre o gigantesco “lucro Brasil” das montadoras de veículos, escrita por Joel Silveira Leite, no UOL, e que se comentou ontem aqui.
O trecho final da matéria é estarrecedor e dispensa qualquer comentário:
Para o presidente da PSA Peugeot Citroën, Carlos Gomes, os preços dos carros no Brasil são determinados pela Fiat e pela Volkswagen. “As demais montadoras seguem o patamar traçado pelas líderes, donas dos maiores volumes de venda e referência do mercado”, disse.
Fazendo uma comparação grosseira, ele citou o mercado da moda, talvez o que mais dita preço e o que mais distorce a relação custo e preço:
“Me diga, por que a Louis Vuitton deveria baixar os preços das suas bolsas?”, questionou.
Ele se refere ao “valor percebido” pelo cliente. É isso que vale.
“O preço não tem nada a ver com o custo do produto. Quem define o preço é o mercado”, disse um executivo da Mercedes-Benz, para explicar porque o brasileiro paga R$ 265.00,00 por uma ML 350, que nos Estados Unidos custa o equivalente a R$ 75 mil.
“Por que baixar o preço se o consumidor paga?”, explicou o executivo.
Sobra dinheiro nas duas pontas desta equação do consumo de alto luxo, até porque ali falta imposto. Mas a regra que praticam é diferente para os consumidores de classe média? E será que esta genial “ciência econômica” é exclusiva dos executivos das montadoras? Em quantos produtos não estará sendo aplicada a “máxima” de “por que baixar o preço se o consumidor paga?”
*Tijolaço

terça-feira, junho 28, 2011

Aldo Rebelo ontem no Roda Viva

Muito bom o comentário sôbre o Partido Republicano em 200anos nos Eua já governou mais que qualquer partido comunista no mundo, e que lá só 2 partidos governam , um é Coca Cola o outro Pepsi Cola, GUARANÁ NÃO ENTRA kkkk

Deleite

Marieta Severo pode interpretar Dilma Rousseff no cinema

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A atriz Marieta Severo, 64, é cotada para interpretar a presidente Dilma Rousseff no cinema. O roteiro, ainda em fase de pré-produção, será baseado no livro "A Primeira Presidenta", do jornalista, analista político e palestrante Helder Caldeira, que faz um paralelo entre a trajetória política de Dilma e o processo de redemocratização do Brasil.

O produtor Antônio de Assis, que comprou os direitos cinematográficos da obra na semana passada, convidou a atriz na noite de sexta-feira (24). De acordo com ele, a resposta de Marieta foi positiva, mas ainda há detalhes a serem acertados. Segundo o agente da atriz, Marieta "ficou feliz com a lembrança" e "a princípio aceitou [o convite], mas ainda vai ler o roteiro e estudar a proposta". Ela preferiu não dar entrevista por enquanto.

Marieta Severo é uma das atrizes mais premiadas do teatro brasileiro. Ex-mulher do cantor e compositor Chico Buarque, com quase 50 anos de carreira, ela tem dezenas de trabalhos na televisão e no cinema.

O escritor Helder Caldeira, que supervisionará o roteiro cinematográfico, afirmou que o financiamento do filme vai "se distanciar o máximo possível" de recursos públicos. "É a nossa convicção de trabalho", disse ele, que nega ter escrito uma biografia da presidente.

Segundo Caldeira, a obra é uma "análise política" que tenta explicar "como uma mulher que tinha sido torturada há menos de 40 anos era a mesma mulher que estava na TV, em 1º de janeiro, passando as tropas em revista como comandante-em-chefe".

A versão cinematográfica, porém, vai citar brevemente a infância, a adolescência e a fase de militância de Dilma durante o regime militar. "A redemocratização é o período em que temos informações sobre ela. Os documentos da ditadura estão naqueles arquivos em que não podemos mexer", disse.
O livro, escrito durante seis dias em janeiro de 2011, era vendido sob encomenda pela internet, mas será lançado oficialmente nesta segunda-feira (27) pela editora Faces. O filme deve chegar aos cinemas em um ano e meio. "Vamos começar a filmar em fevereiro de 2012 e o lançamento está previsto para dezembro de 2012", disse Caldeira.

*Militânciaviva 

DEM resiste e prolonga a extirpação

DEM admite ter vergonha de se expor como partido de direita
Embalado pela crise que derrubou o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) e pela desarticulação do PSDB, maior partido de oposição, o DEM resolveu fazer um novo “reposicionamento de imagem” para melhorar sua aceitação junto ao eleitorado. A medida já abriu internamente a discussão sobre o uso de expressões como “direita”.
Ao passar por uma refundação de fachada em 2007, o partido abandonou a sigla PFL numa péssima jogada de marketing da direção partidária. Nas urnas, os resultados não vieram — os “demos”, com exceção da vitória de Gilberto Kassab para a Prefeitura de São Paulo em 2008, naugrafaram.
Agora, depois de medir os ânimos do eleitorado em pesquisa qualitativa e quantitativa, o DEM vai lançar nova linha de comunicação no segundo semestre. A sondagem será decisiva para se chegar à nova “roupagem” do partido. Não está descartado o resgate do antigo PFL e o abandono da sigla DEM, manchada após o escândalo envolvendo o ex-governador José Roberto Arruda (DF), no episódio conhecido por “mensalão do DEM”.
“A questão do conteúdo a gente já tem avançado. A consistência do que acreditamos já está acertada. Agora, o que falta é a definição da embalagem”, afirmou o líder do partido na Câmara, ACM Neto (BA).
Parte do ideário do DEM — que se diz defensor do liberalismo econômico e da livre iniciativa — foi moldada após pesquisa de 2007, do Instituto GPP. De acordo com o levantamento, a maioria dos brasileiros é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a legalização das drogas e do aborto. A pesquisa ouviu 2 mil entrevistados.
Entre as palavras mais positivas consideradas pelo eleitor, estão “religião”, “trabalho” e “moral”. “Temos de mostrar nossas bandeiras. Se não, fica difícil sair da mesmice”, afirma o presidente do DEM paulistano, Alexandre de Moraes.
Mas, se há consenso sobre o programa do partido, há dúvidas a respeito do formato. Para uma vertente, o rótulo da direita ficou associado ao período da ditadura e a partidos que não gostam de pobres. Portanto, seria uma armadilha usá-lo. Para outra, existe no país um eleitor “órfão”, que é contra o governo e que quer um posicionamento claro de oposição.
“Há um congestionamento de partidos, como se todo mundo jogasse pendurado na esquerda. Virou moda dizer ‘sou de esquerda’. Mas não é isso que o brasileiro pensa”, diz o ex-deputado José Carlos Aleluia.
“O partido tem que ocupar esse espaço que abriga a direita”, agrega o parlamentar — que, no entanto, disse que o DEM deve evitar a adjetivação. “Mas não coloco objeção a companheiros que queiram colocar.”
“Não me incomodo em ser chamado de direita, de modo algum. Não tenho preocupação nenhuma. Pode chamar de direita, conservador, neoliberal. Não ligo. Sou mesmo”, disse o líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres (GO).
Já ACM Neto avalia que, no Brasil, não são claras as definições sobre conservadorismo. “Eu, a priori, refuto. Não me considero conservador. Não adoto esse discurso. Essa roupagem não me cabe”, afirmou. “O Democratas é um partido fundamentalmente de centro, com gente mais à esquerda e mais à direita”, ilude-se o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).

Com o portal Vermelho e informações do Estadão

Sem alarde, salário de Kassab tem alta de 62%

 

Terça-feira 28, junho 2011
O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) usou uma brecha jurídica de 1992 para aumentar em 62% seu salário no início do ano. Sua remuneração passou de R$ 12,3 mil para R$ 20 mil sem aprovação da Câmara Municipal – segundo a Lei Orgânica, a Casa possui competência exclusiva para fixar os subsídios do prefeito. A justificativa é um decreto legislativo de 1992 que atrela seu salário ao dos deputados estaduais.
Segundo o texto, a remuneração do prefeito passou a corresponder, a partir de janeiro de 1993, a 75% do salário dos deputados estaduais. Os parlamentares tiveram um aumento de 61,8% aprovados na Câmara dos Deputados em dezembro de 2010, junto com os deputados federais.
Uma resolução similar a essa e também aprovada em 1992 foi utilizada no início do ano para elevar os salários dos vereadores da capital, mas foi questionada pelo Ministério Público, que entrou com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a norma. A ação está sob análise da Justiça.
Desde janeiro de 2009, Kassab recebia salário de R$ 12,3 mil e não havia anunciado qualquer mudança na sua remuneração. O site da Prefeitura, porém, mostra que o prefeito ganha R$ 20 mi. Ontem de manhã, o JT o questionou pessoalmente sobre seu salário. O prefeito confirmou que recebia aproximadamente R$ 12 mil.
A Lei Orgânica do Município diz também que a remuneração do prefeito só poderá ser estabelecida por meio de lei, e não menciona a possibilidade de decreto.
Por Helena
*osamigosdoBrasil 

Marina Silva anunciará na próxima semana saída do PV


A ex-senadora Marina Silva, terceira colocada na eleição presidencial de 2010, deve anunciar na próxima semana sua saída do PV, após cerca de três meses de desavenças com a cúpula do partido. De acordo com matérias na imprensa, Marina espera reunir colegas de partido e simpatizantes em um movimento político baseado na internet antes de articular a criação de outra sigla para disputar a Presidência da República nas eleições de 2014.

Ainda segundo o jornal, a decisão deve ser anunciada no próximo dia 6, em ato público a ser realizado em São Paulo ou Brasília. A aliados, Marina comunicou sua intenção na noite de domingo, em reunião no apartamento do ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), no Rio de Janeiro. A ex-senador viaja na próxima quinta-feira para encontro do PV alemão, onde buscará respaldo internacional ao novo projeto. Em conversas com aliados, Marina disse que perdeu a esperança num recuo do presidente do PV, deputado José Luiz Penna (SP), com quem disputava desde março o comando do partido.
*osamigosdopresidentelula

Demorou: UOL descobre que “custo Brasil” é o lucro.

No modelo City, a Honda tem aqui um lucro "extra" de mais de R$15 mil, quase um terço do valor de venda do veículo
O jornalista Joel Silveira Leite prestou um imenso serviço ao jornalismo hoje, em sua coluna “Mundo em Movimento“, no UOL.
Escreveu o que centenas de jornalistas das editorias de economia não escrevem, às vezes nem por censura, mas pelo hábito de repetir, sem pensar, o que lhe dizem empresários, banqueiros e homens do “mercado”, como se fosse apenas transcrever ou propagandear o que estes falam.
Leite vai a um tema  sobre o qual muita gente sabe e quase ninguém escreve.
Que o preço dos automóveis no Brasil é mais alto – e um dos mais altos do mundo – não por uma carga tributária elevada apenas, ou dos encargos trabalhistas – mas porque as margens de lucro das montadoras é muito maior aqui do que em outras partes do planeta.
Isto é, que o nome “custo Brasil” camufla, na verdade, outro: o “Lucro Brasil”.
Ele conta  que as montadoras no Brasil têm uma margem de lucro muito maior do que em outros países, citando uma pesquisa feita pelo banco de investimento Morgan Stanley, da Inglaterra, e diz que elas respondem por boa parte do lucro mundial das suas matrizes.
As editorias de economia da grande imprensa, quando decidem usar a reconhecida capacidade de suas dezenas de profissionais, desempenham um papel fundamental na informação da sociedade.
Exatamente o que tinha sido apontado aqui, recentemente, quando afirmamos que os lucros da Fiat aqui no Brasil (e na América Latina) haviam ajudado a empresa a pagar parte da dívida da Chrysler com os governos americano e canadense, pela injeção de dinheiro para que esta não falisse,  na crise de 2008.
Joel Leite usa um exemplo de um modelo da Honda que, sem considerar os impostos, dá a montadora um “lucro extra” (extra, porque sua margem de lucro “normal” já está embutida no preço de venda mexicano) de R$ 15.518,00 sobre os R$ 56.210,00 por que é vendido no Brasil, embora a versão vendida no México tenha muito mais equipamentos de segurança e acessórios.
“Será possível que a montadora tenha um lucro adicional de R$ 15,5 mil num carro desses? O que a Honda fala sobre isso? Nada. Consultada, a montadora apenas diz que a empresa “não fala sobre o assunto”. “
Mas o analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa do Morgan Stanley fala, e diz que “no geral, a margem de lucro das montadoras no Brasil chega a ser três vezes maior que a de outros países”.
A reportagem de Joel Leite é a primeira de uma série que promete muita informação. Merecidamente, era a manchete de hoje de manhã no UOL.
Você pode conferir aqui.
*tijolaço