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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, julho 05, 2011

O PLC122 poderá ser arquivado sem ser colocado em votação

A Senadora Marta Suplicy (PT) costura alianças e muda o destino da criminalização da homofobia a cada semana, primeiro disse que colocaria no texto do PLC122 a permissão de religiosos pregarem contra a homossexualidade dentro de cultos religiosos.
A proposta não foi bem recebida tanto por religiosos quanto por grupos LGBTs. Agora quer aprovar um texto, qualquer texto, o que importa é aprovar.
Dizem que o PLC122 não é colocado em votação por causa da base religiosa no congresso, sobretudo a evangélica, mas será?
O que lemos, ouvimos nos últimos meses são Senadores e Deputados da base aliada com discursos que longe de informar a população repetem as mesmas falácias vindas de grupos religiosos. Vejam exemplos:
“Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que também assinou o requerimento, será preciso chegar a um consenso com a bancada evangélica para que a proposta possa prosperar, possivelmente fazendo ajustes no texto. “O ponto que preocupa [as lideranças evangélicas] é o que toca na liberdade de culto.”

Uma nova sociedade ou um tsunami social-ecológico?

Leonardo Boff

No último artigo aventei a idéia, sustentada por minorias, de que estamos diante de uma crise sistêmica e terminal do capitalismo e não de uma crise cíclica. Dito em outras palavras: foram destroçadas as condições de sua reprodução seja por parte da devastação da natureza e dos limites alcançados de seus bens e serviços seja por parte da desorganização radical das relações sociais, dominadas pela economia de mercado com a predominância do capital financeiro.
A tendência dominante é pensar que se pode sair da crise, voltando ao que era antes, com pequenas correções, garantindo o crescimen7o, resgatando empregos e assegurando lucros. Portanto, continuarão os negócios as usual.
As bilionárias intervenções dos Estados industriais salvaram bancos, evitaram uma derrocada sistêmica, mas não transformaram o sistema econômico. Pior ainda, as injeções estatais facilitaram o triunfo do capital especulativo sobre a economia real. Aquele é tido com o principal deslanchador da crise, comandado por verdadeiros ladrões que colocam o lucro acima do destino dos povos, como se viu agora com a Grécia.
A lógica do lucro máximo está destruindo os indivíduos, as relações sociais, penalizando os pobres, acusados de dificultar a implantação do capital. A bomba foi mantida com o estopim. Um problema maior qualquer poderá acender o estopim. Muitos analistas se perguntam amedrontados: a ordem mundial sobreviveria a outra crise do tipo da que tivemos?
O sociólogo francês Alain Touraine assevera em seu recente livro Após a crise (Vozes 2011): ou a crise acelera a formação de uma nova sociedade ou vira um tsunami que poderá arrasar tudo o que encontrar pela frente, pondo em perigo mortal nossa própria existência no planeta Terra (p. 49.115).
Razão a mais para sustentar a tese de que estamos face a uma situação terminal deste tipo de capital. Impõe-se a urgência de pensar valores e princípios que poderão fundar um novo modo de habitar a Terra, organizar a produção e a distribuição dos bens, não só para nós (superar o antropocentrismo) mas para toda a comunidade de vida.
Este foi o objetivo da produção da Carta da Terra, animada por M. Gorbachev que, como ex-chefe de Estado da União Soviética, conhecia os instrumentos letais disponíveis para a destruição até da última vida humana, como afirmou em várias reuniões.
Aprovada pela UNESCO em 2003, ela contém, efetivamente, “princípios e valores para um modo de vida sustentável como critério comum para indivíduos, organizações, empresas e governos”. Urge estudá-la e deixar-se inspirar por ela, sobretudo agora, na preparação da Rio+20.
Ninguém pode prever o que virá após a crise. Há apenas insinuações. Estamos ainda na fase do diagnóstico de suas causas profundas. Lamentavelmente são, sobretudo, economistas que fazem análises da crise e menos sociólogos, antropólogos, filósofos e estudiosos das culturas. O que está ficando claro é o seguinte: houve um triplo descolamento: o capital financeiro se descolou da economia real; a economia em seu conjunto, da sociedade; e a sociedade em geral, da natureza. Esta separação criou uma fumaça tal que já não vemos quais caminhos seguir.
Os “indignados” que enchem as praças de alguns países europeus e do mundo árabe, estão colocando este sistema em xeque. Ele é ruim para a maioria da humanidade. Até agora eram vítimas silenciosas. Agora gritam alto. Não só buscam emprego mas reclamam direitos humanos fundamentais.
Querem ser sujeitos, vale dizer, atores de um outro tipo de sociedade na qual a economia esteja a serviço da política e a política a serviço do bem viver das pessoas entre si e com a natureza.
Seguramente não basta querer. Impõe-se uma articulação mundial, a criação de organismos que viabilizem outro modo de conviver e uma representação política ligada aos anseios gerais e não aos interesses do mercado. Trata-se de refundar a vida social.
Por mim, vejo os indícios, em muitas partes, do surgimento de uma sociedade mundial ecocentrada e biocentrada. O eixo será o sistema-vida, o sistema-Terra e a Humanidade. Tudo deve servir a esta nova centralidade. Caso contrário, dificilmente evitaremos um tsunami ecológico-social possível.
*Briguilino

QUANDO A VENEZUELA ERA APENAS UM PROTETORADO ESTADUNIDENSE , QUE ELES A INTRIGRAVAM CONTRA O BRASIL E A DOMINAVAM COM MÃO DE FERRO , TANTO QUE OS SEUS ESPORTES FAVORITOS SÃO BASEBOL E BASQUETE , PORQUE TINHAM MEDO DE PERDER O PETRÓLEO DOS VENEZUELANOS , A IMPRENSA BRASILEIRA(?) NUNCA SE IMPORTOU COM NADA QUE ACONTECIA NAQUELE PAÍS , MAS AGORA DIANTE DA SUA INDEPENDÊNCIA E MUDANÇA DA POLÍTICA SERVIL , A IMPRENSA CORRUPTA ATACA SEU PRESIDENTE DIUTURNAMENTE. É RIDÍCULO !

Chávez volta e é aclamado por multidão
`Batalha' contra câncer `não está vencida', afirma o mandatário venezuelano, que retornou de surpresa de Cuba


Vice-presidente diz que nesta semana será promovida mudança no gabinete para enfrentar a nova etapa do governo

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Juan Barreto/France Presse

Berlusconi afunda a Itália na crise

Por Altamiro Borges
 

Não é só a Grécia, em maior dimensão, Portugal e Irlanda que são vitimas da violenta crise econômica que atinge a velha Europa. Há fortes sinais de que ela já chegou à Itália. No final de junho, o desgastado e desmoralizado governo de Silvio Berlusconi aprovou um corte de 47 bilhões de euros no orçamento para se resguardar do contágio, que parece inevitável.

O gabinete do primeiro-ministro aprovou o pacote de ajuste num encontro em Roma e agora tentará passá-lo no Parlamento. Em entrevista à imprensa, Berlusconi pediu o “voto de confiança” da oposição, abusando da retórica patriótica. “Sem um orçamento equilibrado, não poderá haver desenvolvimento no futuro”, afirmou. Seu discurso terrorista, porém, parece que não convenceu o gelatinoso espectro partidário italiano.

Ricos beneficiados; trabalhadores prejudicados

A Itália possui a segunda maior dívida pública da Europa – a primeira é a da Grécia. A “disciplina fiscal” imposta pelo ministro das Finanças, Guido Tremonti, penalizou os trabalhadores e favoreceu os banqueiros, mas não conseguiu reduzir os impactos da crise no país. As agências internacionais dos agiotas rentistas, com a Standard & Poor´s e a Moody´s, exigem ainda mais sacrifícios.

O novo pacote de ajuste, marcadamente neoliberal, reduz a carga tributária dos ricaços – que cai de 43% para 40% -, congela os salários dos servidores públicos até 2014 e aumenta da idade da aposentadoria dos trabalhadores. Ele também promove cortes de gastos públicos, inclusive na área da saúde, segundo o jornal Corriere della Sera, que teve acesso a um estudo governamental.

O fim do bravateiro fascistóide

O anúncio das medidas gerou forte indignação no país. Analistas políticos avaliam que o pacote pode até encurtar o mandato do fascistóide Silvio Berlusconi, já desmoralizado pelas denúncias crescentes de corrupção e por suas orgias. No mês passado, o seu nível de popularidade teve queda recorde e a coalizão direitista que o apóia foi derrotada nas eleições locais em maio e junho.

Com a intensificação das lutas sociais contra o “pacote de maldades” do governo, a crise econômica na Itália pode resultar em algo positivo: o fim do reinado do bravateiro Silvio Berlusconi. Não são apenas as forças políticas de centro da Grécia e Portugal que sofrem com o agravamento da crise capitalista européia; a direita fascistóide também passa por enormes apuros.

Deleite


*umpoucodetudodetudoumpouco

Charge do Dia

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Brasil terá menos pobres que os EUA. Bye-bye Cerra 2014





Na foto do Bessinha, o Manifesto-chabu com que o Cerra vai salvar o Brasil

Saiu no iG:

Brasil terá menos pobres que EUA, diz Santander

Presidente do banco no Brasil afirma que aumento da classe média é impressionante


Aline Cury Zampieri, enviada à Espanha

Em alguns anos, o Brasil terá menos pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza do que os Estados Unidos. A avaliação é de Marcial Portela, presidente do Santander no País. Durante entrevista coletiva na cidade de Santander, na Espanha, ele reforçou o interesse do banco na diversificação geográfica de seus negócios e a intenção de participar da bancarização da América Latina (AL) e do Brasil.


“O Brasil deve ter um ingresso de 25 milhões de pessoas no sistema bancário em quatro anos”, afirmou. “Queremos conquistar entre 15% e 20% dessa fatia.” O Santander possui atualmente 40 milhões de clientes na América Latina, sendo metade deles no Brasil. “O fenômeno da classe média brasileira é impressionante. Nosso grande desafio é conquistar as camadas mais baixas, da classe D, nas quais ainda não temos muita experiência.”


Portela lembra que o banco já entrou no microcrédito brasileiro, com R$ 1 bilhão em empréstimos. Tem um projeto semelhante no Chile e pretende levar a experiência também para o México. “Estamos em processo de vinculação e ampliação do número de clientes, em geral. Crescemos a uma taxa média de 10% ao ano na América Latina.”

*PHA

Padres, orgias e baladas

 Vai Myriam Rios, deixe seus dois filhos ou suas duas filhas em companhia de padres!  
Livro escandaliza ao expor a rotina de sacerdotes que frequentam festas e saunas, engravidam mulheres e patrocinam abortos
ESCÂNDALO
De camisa e colarinho, o padre atende ao pedido de seu amante,
que queria vê-lo a caráter (acima). Eles relaxam depois do sexo (abaixo)

De noite, orgias, festas e bebedeiras. De dia, missa, confessionário e oração. De noite, jeans, pele bronzeada à mostra e gel no cabelo. De dia, batina, estola e ascetismo. É assim a rotina de um sem-número de padres católicos que vivem uma vida dupla nas grandes capitais do mundo, Roma inclusive. Pelo menos é isso que garante, com vídeos, fotos e descrições dolorosamente ricas, um dossiê em forma de livro e site lançado em abril, na Europa. Batizado de “Sex and the Vatican”, uma alusão ao seriado “Sex and the City” – que conta as aventuras sexuais de quatro mulheres em Nova York –, a obra detalha orgias entre sacerdotes gays e seus amantes e conta histórias de religiosos que engravidam mulheres, compram, com dinheiro da Igreja, o silêncio das mães e, em alguns casos, até bancam seus abortos. Já em sua segunda edição na Itália e na França, “Sex and the Vatican – Viaggio Segreto Nel Regno Dei Casti” (Ed. Piemme) (“Sexo e o Vaticano – uma viagem secreta no reino dos castos”, sem tradução no Brasil) está em via de ser publicado em inglês enquanto versões em espanhol e português são negociadas. “Não faço campanha contra a Igreja”, justifica Carmelo Abbate, jornalista e autor da obra. “Ela é que se complica quando se recusa a admitir que coisas comso essas acontecem dentro da instituição”, explica.
Abatte resolveu escrever o livro depois do sucesso de uma matéria que publicou em julho de 2010 na revista “Panorama”, a semanal de maior prestígio da Itália. Nela, o foco eram os padres homossexuais. Detalhes inéditos dessa apuração abrem o primeiro capítulo do livro (leia trechos nos destaques). Mas o grosso da obra mergulha em um submundo que revela desvios do sacerdócio bem mais chocantes do que a homossexualidade. Na Índia, por exemplo, o autor descobriu o caso de um padre que estuprava, sistematicamente, as freiras de sua missão. Muitas ficaram grávidas, algumas abortaram por pressão do religioso e da missão e outras morreram durante processos toscos para interromper a gravidez. As missionárias que reclamavam eram transferidas para obras em outros países. Histórias semelhantes foram ouvidas pelo jornalista nos Estados Unidos, na Inglaterra e na Irlanda.
“O fenômeno é mundial e inclui o Brasil”, garante ele, que ainda não descobriu nenhum caso com provas irrefutáveis no País.
Esse tipo de comportamento é tão comum que existem associações para dar auxílio às amantes e aos filhos de padres em diversos países. Abbate, por exemplo, arrolou nove delas em seu livro. Uma é a Bethany, coordenada pelo ex-padre irlandês Pat Buckley. A instituição, sediada em Dublin, dá assistência a pelo menos 120 mulheres que são não só amantes de sacerdotes como também mães de seus filhos. Há casos de mulheres com mais de dez crianças, muitas criadas com ajuda financeira dada secretamente pelas paróquias dos padres pais. Nos atendimentos a essas pessoas, Buckley descobriu que houve até uma excursão coordenada por padres com o objetivo de levar suas amantes grávidas até Londres para que elas fizessem abortos, proibidos na Irlanda. “São muitos casos como esses, mas, como tudo acontece escondido, é difícil quantificar”, admite. “A Igreja se dispõe a aceitar muita coisa se houver chances de o assunto não virar escândalo”, diz o jornalista.
O caso das orgias gays em Roma, porém, é forte candidato a se tornar um escândalo incendiário. Primeiro, porque foi filmado e as imagens são fortes e reveladoras. Segundo, porque os mesmos padres flagrados em festas bebendo e mantendo relações sexuais com outros homens dizem ter rezado missas em lugares como a Basílica de São Pedro, no Vaticano, e encontrado pessoalmente o papa Bento XVI. Terceiro, porque a população tende a ser menos tolerante com padres homossexuais do que com heterossexuais – o pecado, no caso dos gays, seria duplo. “Ninguém imagina um padre em uma boate gay ”, diz a psicóloga Maria Luiza Macedo de Araújo, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana (Sbrash). “Lugar de sacerdote é na igreja e o contraste entre o que é pregado e o que é feito é que choca.” Se depender do Vaticano, porém, o caso, deve passar despercebido. Questionado sobre o lançamento do livro, o órgão se limitou a dizer, por meio de porta-voz, que “não pode reagir a todos os livros que falam mal da instituição”. No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse que “não tinha conhecimento do livro e por isso não poderia comentar os temas citados”.
João Loes
Isto É
*comtextolivre