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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 06, 2011

Alvarás de Taxi sorteio em S.Paulo

Olha + 1 da prefeitura de São Paulo:
 todos sabemos que alvarás em S.Paulo é uma máfia, a prefeitura agora resolveu sortear 1200 alvarás, pela loteria federal.
Só que só pode se inscrever quem tem o condutax até 06/06/2011.
Como trabalhei com taxi 15 anos, estou desempregado desde que sofri um acidente em 2004, me impossibilantando de trabalhar pagando diaria, aguardava uma oportunidade desta para poder pelo participar do sorteio.
Habilitado sou posso dirijir carro automatico. Tenho o condutax só que esta vencido desde 2004, ano que sofri o acidente pois não o renovei.
Ao me inscrever neste concurso, deu como numero invalido. Fui renovar no despachante, achando estranho pois é como numero de RG. Fui informado pelo despachante que só poderia renovar em agosto, estão suspensas as renovações durante as inscrições do sorteio.
Arbitrariedade, cadê a Democracia, pois se é sorteio, tenho o condutax. Para quem for sorteado tera um tempo ate comprar o carro a prestação e validar os documentos.
Então porque isso?

Agradeço a atenção ao meu desabafo.

Grande Abraço

João E.CastroJr.






A máfia dos táxis, em São Paulo. Além do mercado ilegal de licenças, há também a venda irregular de habilitações, e a montagem de táxis piratas. ...
videos.band.com.br
17 fev. 2009 ... Brasil: Passageiros correm riscos com táxis clandestinos ... investigar a denúncia da máfia dos táxis frios, feita pelo jornalismo da Band. ...
bandnewstv.band.com.br

Morte violenta, crime banal: negros e pobres desrespeitados em vida e na morte/ direitos humanos, Racismo, violência



r7

José Dirceu e a mídia Venal

Vendo ontem o José Dirceu no Roda Viva, lembrei desde vídeo que montei com dois momentos do CQC nas eleições de 2008. No primeiro, Dirceu, que foi linchado publicamente por tucanos e sua mídia venal, é hostilizado na seção eleitoral. No segundo, Maluf, que coleciona mais de 150 processos, em alguns já condenado, faz brincadeiras ao chegar para votar, nenhuma hostilidade.

Este é o papel da mídia. Deseja liberdade para fazer propaganda. São venais.

O Roda Viva com Dirceu pode ser visto aqui:

Bloco 1
Bloco 2
Bloco 3
Bloco 4

*Abundacanalha

Projeto alternativo ao AI-5 digital já está na rede

Já está aberta, no portal e-Democracia, a discussão do projeto que ao lado dos deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Luiza Erundina (PSB-SP), Manuela D’ávila (PCdoB-RS), João Arruda (PMDB-PR) e Emiliano José (PT-BA), subscrevi na Câmara dos Deputados, como alternativa ao malsinado projeto Eduardo Azeredo, que ficou conhecido como “AI-5 Digital”.
Vamos deixar a proposta aberta às sugestões dos cidadãos enquanto esperamos que o anteprojeto de lei que trata do marco civil da internet seja enviado pelo governo ao Congresso seja enviado à Câmara, o que deve acontecer logo.
Há dois apenas dois tipos de ações puníveis.
A interferência, não autorizada, em sistemas informatizados, com o objetivo de “obter vantagem ilícita”, agravado quando há destruição de arquivos, violação de dados confidenciais e “controle remoto” clandestino destes sistemas.
O segundo, torna crime a distribuição de vírus (malware, ou códigos maliciosos) na rede, agravado também pela destruição de arquivos no computador-alvo do ataque.
Ao contrário do projeto, protege-se o usuário da web do armazenamento de seus dados nos provedores, exceto para o acesso. Pune-se a violação de computadores, não o que se fala na rede.
Ao contrário daqueles que querem restringir a liberdade, nós queremos que ela seja a regra – fixada no marco civil – e não começar pelas proibições, para depois garantir a liberdade. Ou não.
As regras para participar do e-Democracia estão explicadas no site. Basta se cadastrar e participar do grupo de discussão.
*Tijolaço



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Padres acusados de pedofilia vão a júri em Alagoas 

 

Está marcado para sexta-feira o julgamento dos padres Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edílson Duarte, acusados de pedofilia, no envolvimento com coroinhas das igrejas onde trabalhavam, em Arapiraca, a 150 quilômetros de Maceió (AL).
A data do julgamento foi confirmada hoje pelo juiz João Luiz de Azevedo Lessa, da 8ª Vara Criminal da Justiça Estadual. O julgamento está marcado para começar às 9 horas da manhã, no auditório do Fórum de Arapiraca.
Os três religiosos são acusados de abusarem sexualmente de três coroinhas, conforme denúncia apresentada Ministério Público Estadual, em março deste ano. Para o promotor José Alves de Oliveira Neto, os sacerdotes se aproveitaram do poder que tinham para explorar sexualmente os coroinhas. Se condenados, eles podem pegar penas de até sete anos de prisão.
De acordo com os autos do processo, as investigações apontaram que os padres prometiam vantagens econômicas aos coroinhas para ganhar a confiança deles e depois tirar proveito das vítimas. Um dos sacerdotes, o monsenhor Luiz Barbosa, chegou a ser filmado fazendo sexo oral com um dos coroinhas. Mesmo assim, os três negaram envolvimento com pedofilia.

*comtextolivre 

Campanha da ATEA em Porto Alegre


terça-feira, julho 05, 2011

Professora do RN que criticou a educação
recusa prêmio de empresários

 

 

  • Veja porque a professora ficou conhecida

O Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail do amigo navegante Zé Carlos:

Olá Geórgia, tudo bem?

Lembra da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte?
Pois ela acaba de recusar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″ do Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE).
Em carta, a professora Amanda expõe seus motivos. Diz que sua luta é outra e que espera para debater a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”. (plim-plim)!
Veja a carta aqui.
(Leia abaixo – PHA)

Bom trabalho, um abraço e boa sorrrrte! Extensivos ao PHA.

zcarlos


Porque não aceitei o prêmio do PNBE


Oi,

Nesta segunda, o Pensamento Nacional de Bases Empresariais (PNBE) vai entregar o prêmio “Brasileiros de Valor 2011″. O júri me escolheu, mas, depois de analisar um pouco, decidi recusar o prêmio.


Mandei essa carta aí embaixo para a organização, agradecendo e expondo os motivos pelos quais não iria receber a premiação. Minha luta é outra.


Espero que a carta sirva para debatermos a privatização do ensino e o papel de organizações e campanhas que se dizem “amigas da escola”.

Amanda


Natal, 02 de julho de 2011

Prezado júri do 19º Prêmio PNBE,

Recebi comunicado notificando que este júri decidiu conferir-me o prêmio de 2011 na categoria Educador de Valor, “pela relevante posição a favor da dignidade humana e o amor a educação”. A premiação é importante reconhecimento do movimento reivindicativo dos professores, de seu papel central no processo educativo e na vida de nosso país. A dramática situação na qual se encontra hoje a escola brasileira tem acarretado uma inédita desvalorização do trabalho docente. Os salários aviltantes, as péssimas condições de trabalho, as absurdas exigências por parte das secretarias e do Ministério da Educação fazem com que seja cada vez maior o número de professores talentosos que após um curto e angustiante período de exercício da docência exonera-se em busca de melhores condições de vida e trabalho.


Embora exista desde 1994 esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora comprometida com o movimento reivindicativo de sua categoria. Evidenciando suas prioridades, esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva.


A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades. Minha luta é igual a de milhares de professores da rede pública. É um combate pelo ensino público, gratuito e de qualidade, pela valorização do trabalho docente e para que 10% do Produto Interno Bruto seja destinado imediatamente para a educação. Os pressupostos dessa luta são diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE. Entidade empresarial fundada no final da década de 1980, esta manteve sempre seu compromisso com a economia de mercado. Assim como o movimento dos professores sou contrária à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista defendido pelo PNBE. A educação não é uma mercadoria, mas um direito inalienável de todo ser humano. Ela não é uma atividade que possa ser gerenciada por meio de um modelo empresarial, mas um bem público que deve ser administrado de modo eficiente e sem perder de vista sua finalidade.


Oponho-me à privatização da educação, às parcerias empresa-escola e às chamadas “organizações da sociedade civil de interesse público” (Oscips), utilizadas para desobrigar o Estado de seu dever para com o ensino público. Defendo que 10% do PIB seja destinado exclusivamente para instituições educacionais estatais e gratuitas. Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal.


Por essa razão, não posso aceitar esse Prêmio. Aceitá-lo significaria renunciar a tudo por que tenho lutado desde 2001, quando ingressei em uma Universidade pública, que era gradativamente privatizada, muito embora somente dez anos depois, por força da internet, a minha voz tenha sido ouvida, ecoando a voz de milhões de trabalhadores e estudantes do Brasil inteiro que hoje compartilham comigo suas angústias históricas. Prefiro, então, recusá-lo e ficar com meus ideais, ao lado de meus companheiros e longe dos empresários da educação.


Saudações,
Professora Amanda Gurgel


Entenda o que é o PNBE, que já premiou a Rede Globo.

Bueiros da Light
explodem a privatização do FHC


Além de vender a Vale, ele vendeu a Light. Um jenio !
Segundo O Globo, os bueiros da Light explodem nas ruas do Rio à razão de quatro por dia !

A reportagem do Globo mostra a dificuldade de o poder público obrigar a Light a impedir as explosões – já houve mortes – ou puní-la.

É uma situação inacreditável em que a empresa decide se quer se punir ou não.

Absurdo que se pode repetir com o “PNBL do Bernardo, em que as telefônicas não vão fazer nada muito diferente do que fazem hoje”.

Em São Paulo, a Eletropaulo não consegue produzir eletricidade quando chove, segundo o testemunho insuspeito do tucano Governador do Estado.

Nas duas pontas – Light e Eletropaulo – figurou, exuberante, na privatização do Farol de Alexandria, a empresa americana AES.

Foi uma privatização que se lubrificou com o BNDES, da mesma forma que se lambuzaria a francesa do Abiliô: o casamento do Pão de Açúcar com o Carrefour.

(Se os franceses do Casino fossem bobos.)

Ou, como diz o Zé Simão: o pão é francês mas a rosca é brasileira.

Esse BNDES …

(Diz a Folha (*) na primeira página que a operação do Abiliô foi para o saco. Bem que este ansioso blogueiro avisou que o Abílio não era o Dantas e nem o Casino os fundos de pensão da BrOi.)

Quando os bueiros  do Rio explodem, explode  junto o programa de privatização do Farol de Alexandria.

Ele fez uma privatização sem xerife.

Sem controle.

Sem punição.

Tão desastrosa para o consumidor que nenhum tucano candidato a presidente consegue defendê-la.

O Geraldo Alckmin em 2006 vestiu o colete da Petrobras.

A campanha do Cerra de 2010, além de mostrar um cano que ia de Sergipe ao Ceará – até hoje ele não explicou o que ia fazer com o cano – acusou a Dilma de entreguista e se apresentou como mais  estatista que o Chávez.

Se os homens públicos brasileiros tivessem um grama da coragem do Brizola, em nome do interesse público, recompravam a Light e a Eletropaulo por R$ 1 – R$ 1 pelas duas.


Paulo Henrique Amorim


O martelinho de Serra e os bueiros explosivos

Serra, Ministro do Planejamento, bate o martelo da venda subsidiada da Light
Outro bueiro acaba de explodir no Rio de Janeiro. Uma tampa de ferro foi arremessada de uma galeria entre as ruas Dias da Rocha e Barata Ribeiro, em Copacabana, felizmente, desta vez sem provocar vítimas.
Por mais boa-vontade que se tenha, não é possível deixar de dizer que isto é um acidente.
Não há indício de que seja, também, sabotagem, pois não é possível que isso não deixasse vestígios.
O nome não pode ser outro senão incompetência e descaso com a segurança dos passantes num campo minado em que a concessionária transformou a cidade nas áreas onde sua rede é subterrânea.
Até agora, só o Ministério Público e a Prefeitura  agiram para responsabiliza-la por isso.
A Light, a jóia da privatização do setor elétrico, está um caco.
Mas, na  imprensa, até agora, não há um comentário sobre o que foi feito nestes quase 15 anos de controle – e desinvestimento – privado na empresa.
E ela, como a Eletropaulo, em São Paulo, foi comprada com dinheiro subsidiado. Pelos franceses da EDF e pelos americanos da AES, com aporte de capital do BNDES e da Eletrobras, diretamente e através da Companhia Siderúrgica Nacional, também privatizada.  depois, quando a Light privatizada comprou a Eletropaulo e separaram-se: a empresa do Rio ficou para os franceses e a de São Paulo para os americanos. E o rombo, claro, para o BNDES.
Aliás, isso só ocorreu porque Fernando Henrique mudou a legislação para permitir o financiamento do BNDES a grupos estrangeiros.
Estes dias, os comentaristas da grande imprensa e o próprio Fernando Henrique, num cinismo grosseiro, reduziram a participação do ex-presidente a um mero “ele não me atrapalhou”.
Por semelhança, então, é possível dizer que quer privatizou a Light não foi Fernando Henrique, mas Serra, seu então Ministro do Palnejamento, que bem poderia vir com aquele martelinho consertar os bueiros explosivos.
Porque no mesmo famoso vídeo onde FHC diz que Serra foi o responsável pela privatização da Vale, o ex-presidente diz, enfaticamente: “E da Light, também. Foi o Serra”.
*Tijolaço

Kassab: 20% de aumento; secretários: 250%; servidores municipais: 0,01%

Vereadores aprovam segundo reajuste de vencimentos para Kassab este ano
O prefeito Gilberto Kassab teve seu salário aumentado para R$ 24.117,62, ontem, pela Câmara Municipal de São Paulo, num reajuste de 20% sobre o anterior. Foi a segunda vez este ano que os vencimentos do prefeito subiram. Em fevereiro, ele passou a ganhar R$ 20.042. Antes, recebia R$ 10 mil. A velocidade dos aumentos só não é maior que o ritmo dos reajustes aos secretários, que tiveram ontem um aumento, de uma só vez, de 250%, indo de R$ 5.344 para R$ 19.294. A tramitação do projeto aconteceu com extrema rapidez, com base na lei de proporcionalidade em relação aos vencimentos dos juízes do Supremo Tribunal Federal, de R$ 26 mil.
Para a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep-SP), Irene Batista, os aumentos são uma “agressão”. Diferentes categorias do funcionalismo público paulistano receberam reajuste de 0,01% nos salários no último dia 1º de maio e querem, pelo menos, 39%.
“Como é que ele se dá o aumento?”, criticou a dirigente. “Como estamos em um processo de negociação, temos até documento assinado com o compromisso da prefeitura em estudar o caso. Aí ocorre que, nesse meio-tempo, sai o reajuste do prefeito.” Para ela, a medida desrespeita as reivindicações que os servidores têm feito há dois meses.
Em um só dia, na quinta-feira 30, o Projeto de Lei 303/01 passou pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal – em sessão de duas horas – e em primeira votação no plenário. O texto concede reajuste ao salário de Kassab, que passará de R$ 20 mil para R$ 24 mil. A vice-prefeita, Alda Marco Antonio (PMDB), e os secretários municipais também recebem reajustes, que chegam a 250%. Segundo a Agência Estado, o impacto nas contas públicas será de R$ 4,8 milhões ao ano. Foram 37 votos a 12. A segunda votação ocorreu em sessão extraordinária neste sábado 2.
By: Brasil247 
*comtextolivre

Lula critica o Ocidente em cúpula da União Africana


Uma crítica arrojada da atitude do Ocidente em relação à África e à América Latina feita pelo ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva provocou aplausos de pé na cúpula da União Africana nesta quinta-feira.

Lula censurou em particular as Nações Unidas por não concederem a nenhum país africano ou latino-americano um assento permanente em seu Conselho de Segurança.

"Não é possível que o continente africano, com 53 países, não tenha uma representação (permanente) no Conselho de Segurança", afirmou.

"Não é possível que a América Latina, com seus 400 milhões de habitantes, não tenha uma representação (permanente), que cinco países decidam o que fazer, como fazer, sem levar em consideração o resto dos seres humanos que vivem neste planeta".

Lula se referia aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Grã-Bretanha, China, França, Rússia e Estados Unidos).

O Brasil, uma potência emergente com um aumento progressivo de influência no cenário mundial, luta há muito tempo por um assento permanente no Conselho de 15 membros.

O conflito na Líbia é um foco da cúpula, que teve início nesta quinta-feira na capital da Guiné Equatorial, Malabo, com críticas à ação da Otan e ao envolvimento do Ocidente na crise líbia. Essa agressão à Líbia é a continuidade da política dos países colonialistas e imperialistas que sempre criaram guerras e revoluções na África para roubar as riquezas naturais dos países africanos ao longo dos séculos.
"Precisamos de uma Organização das Nações Unidas que tenha a coragem de impor um cessar-fogo na Líbia" e imponha negociações entre o presidente Muamar Kadhafi e seus opositores rebeldes, disse Lula. "A solução para o conflito na Líbia deve partir dos próprios líbios e não de potências colonialistas estrangeiras", finalizou.

O Brasil foi um dos cinco países que se abstiveram na votação do Conselho de Segurança da ONU em março sobre a Resolução 1973, que autorizou a utilização de "todos os meios necessários" para "proteger os civis das forças de Kadhafi",mas na realidade havia interesse em legitimar um ataque militar à Líbia para os governos dos EUA, França e Inglaterra roubarem o petróleo líbio. A autorização - contrariando todos os preceitos da ONU - se converteu em uma “carta branca” para a Otan bombardear indiscriminadamente a população civil da Líbia – algo que não consta no documento da ONU.

A crise é dos ricos

Lula também acusou o Ocidente de impor injustamente a países pobres, incluindo europeus, medidas de austeridade após uma crise financeira que, segundo ele, teve suas raízes nos Estados Unidos e na Europa.

"A crise veio dos Estados Unidos, de banqueiros americanos, de especulação financeira nos países mais ricos da Europa. E são os países pobres da África, América Latina e Ásia que vão pagar a conta", afirmou.

Agora as "vítimas pagarão o preço por um crime que não cometeram - isso é o que está acontecendo na Grécia", disse.

O Ocidente foi "incapaz de ver uma África que é composta por seres humanos iguais aos do continente europeu", ressaltou, acrescentando que talvez eles pensem que"nós africanos ou latino-americanos sejamos cidadãos de segunda classe ou porque parecemos com nativos".

"Nós queremos apenas ser tratados igualmente e dividir a riqueza que está sendo produzida neste mundo".
Lula pediu um aumento da integração entre nações africanas e emergentes.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul formam o grupo dos BRICS, que aparece como uma possível contra-força em assuntos internacionais em relação aos países do Ocidente.