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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, novembro 12, 2011

Se fosse a Petrobras…Mas é a Chevron

A Sedco 706, plataforma de perfuração da mesma empresa do acidente do Golfo, nas proximidades da qual ocorreu o acidente da Chevron
Ainda não se pode dizer quais são as causas do acidente que provocou o vazamento de, ao que parece, uma pequena quantidade de petróleo no campo de Frade, operado pela petroleira norteamericana Chevron, a 350 km do litoral fluminense.
Mas algumas coisa já se pode dizer, sim.
A primeira é que a empresa demorou pelo menos 24 horas  a admitir o problema e, quando o fez, foi por uma nota marota, dizendo que se tinha detectado o vazamento “entre o campo de Frade e o de Roncador – que é operado pela Petrobras -  quando, na verdade, ele se deu bem próximo de uma de suas plataformas de perfuração, a Sedco706, da  Transocean, a mesma proprietária da Deepwater Horizon, que provocou o acidente no Golfo do México, segundo informações do Valor Econômico.
A segunda é que esta história de falha geológica é algo que precisa ser muito bem apurado, pois não é provável que falhas geológicas capazes de provocar um derramamento no mar – e que, portanto, não podem ser em grande profundidade na rocha do subsolo, porque haveria, neste caso, um provável tamponamento natural – possam deixar de ser percebidas nos detalhados estudos sísmicos que precedem a perfuração.
A terceira, e mais importante, é que não houve um tratamento escandaloso do assunto pela mídia, como certamente haveria se o campo em questão fosse operado pela Petrobras.  A estaaltura, até os peixes do oceano estariam dando declarações contra e empresa. Aliás,  mesmo com o vazamento da Chevron, o destaque nos jornais é para a queda de 26% no lucro da Petrobras, mesmo sabendo que essa queda é essencialmente contábil , pela desvalorização cambial ocorrida desde agosto e que não se repetirá no último trimestre, dando à empresa um lucro recorde em sua história.
Por isso, foi extremamente acertada a posição da presidenta Dilma Rousseff de determinar a investigação rigorosa do caso. O petróleo de nosso litoral pode ser explorado sem danos ao meio ambiente e deve se-lo, qualquer que seja a empresa a fazê-lo.
E a imprensa, tão zelosa e meticulosa quando se trata da nossa Petrobras, certamente não está dando pouca importância ao caso por se tratar da Chevron, uma multi com boas reações de diálogo com o senhor José Serra, como revelou o Wikileaks.
É importante que se apure, porque um acidente no leito oceânico é imensamente mais grave que um provocado por um desengate de mangueira ou rompimento de duto. Estes, assim que se fecham as válvulas, cessa, mesmo que tenha sido grande. Um vazamento no leito oceânico, no poço ou na estrutura geológica que o rodeia é mais sério, pois exige, como se viu no Golfo, complicadíssimos e demorados procedimentos de vedação para ser detido.
Por sorte, parece ter sido de pouca monta. Mas a sorte é um elemento com que não se pode contar neste tipo de atividade.
*Tijolaço

Estudantes denunciam crimes e agressões da PM na USP




Imagem do Dia

Presidenta Dilma Rousseff é cumprimentada por funcionários da USP 
Foto Roberto Stuckert Filho-PR
 

O Canalha do Dia

Luiz Carlos Prates, aquele vil, volta à cena. Mostra desconhecer o assunto e faz comentário paranóico.

Fascismo avança em São Paulo

Muro de hospital amanhece com pichações nazistas na zona oeste
Nilton Fukuda/AE
Foram desenhadas suásticas e frases homofóbicas no Emilio Ribas
A reportagem flagrou símbolos como a suástica, além de frases homofóbicas, como “Fora bichas”.
*Esquerdopata

Pré-sal e a mensagem da Líbia

“Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”. Provérbio romano
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Beto Almeida, Jornalista

Se quiser de fato ter soberania nacional sobre o petróleo pré-sal, o Brasil deve investir, até 2030, nada menos que 223,5 bilhões de reais para dotar o país de poder naval do porte das riquezas a defender. Essa, a tônica em audiência pública realizada no Senado, com a presença de autoridades militares: Como defender o pré-sal? Despertou vivo interesse corpo diplomático,  mas, não teve cobertura midiática à altura da envergadura dos temas ali tratados., decisivos para os destinos da Nação. Vale constatar: defesa nacional não é debate prioritário na sociedade brasileira.. Tampouco  é  tema com presença regular na agenda das forças progressistas, muito embora o Governo Lula tenha  dado uma boa mexida  na Política Nacional de Defesa.
As autoridades militares deram o tamanho do problema: o Brasil precisa ter 20 novos submarinos convencionais e pelo menos seis nucleares. Precisa ainda de uma segunda esquadra. Enfatizou-se: isto não é megalomania, mas indispensável poder de dissuasão em tempos de paz. Leia-se, tempos em que o mundo dispõe de reservas petrolíferas para apenas mais 45 anos e os EUA para apenas mais 10 anos. Tempos em que os EUA estão tomando na marra as riquezas energéticas de quem as possui, invadindo o Iraque, o Afeganistão e agora, com carnificina selvagem, a Líbia.
Foi dito também que a Aeronáutica aguarda  ansiosa a decisão sobre a compra dos jatos supersônicos. Mas, Ozires Silva, fundador da Embraer, disse que estes contratos devem se dados não a  estrangeiros, mas  àquela indústria nacional, assegurando que ela teria plenas de fabricar aqui mesmo os caças indispensáveis.. Por enquanto, pode-se dizer, diante do porte do país e das riquezas a defender  o Brasil anda desarmado. A audiência foi encerrada com citação de provérbio romano: “Nossa soberania termina onde finda o alcance de nossas armas”. Tudo indica, na caserna entendeu-se com mais realismo a Mensagem da Líbia enviada pelo império, consumidor viciado em petróleo. Não devem as forças progressistas agendar concretamente  o debate da sinistra Mensagem da Líbia.?

Cientista israelense quer quebra de segredo de arsenal nuclear do País

do Luta que Segue
Todo o mundo sabe, mas ninguém comenta. É tabu. Israel é um dos pouquíssimos países que possuem energia e arsenal nuclear, sem que haja qualquer controle. Israel nunca assinou, nem nunca foi pressionado para assinar, o Tratado de Não-Proliferação. É inimputável, com a cobertura do Departamento de Estado americano. É de se esperar que a iniciativa do cientista Uzi Even, que participou da construção do reato de Dimona, resulte em algo concreto. Sem o que, apoio a Israel na pressão sobre Irã é pura hipocrisia.

Israel deveria abrir instalação nuclear para frear Irã, diz cientista israelense

Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil
Instalação nuclear de Dimona
Governo de Israel não comenta a existência do reator nuclear em Dimona, no sul do país
Israel deve contribuir com os esforços para impedir que o Irã obtenha armamentos atômicos abrindo a instalação nuclear de Dimona à inspeção internacional, disse à BBC Brasil o cientista Uzi Even, que participou da construção do reator nuclear de Dimona.
Na opinião do físico nuclear israelense, o relatório publicado pela Agencia Internacional de Energia Atômica (AIEA) na última terça feira demonstra que o Irã está prestes a produzir armamentos nucleares e a comunidade internacional não deveria poupar esforços para convencer o país a interromper seu avanço nessa direção.
Segundo o cientista, Israel deveria contribuir com esses esforços abandonando a politica de ambiguidade em relação a seu próprio programa nuclear.
O governo não confirma nem nega possuir armas atômicas. O país não tem um programa declarado de produção de energia nuclear e não comenta a existência do reator de Dimona, conhecido oficialmente como Centro de Pesquisas Nucleares.
Israel não é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, ratificado por 189 países (entre eles o Irã).
Os signatários do tratado se comprometem a não desenvolver ou comprar armas atômicas e a se submeterem a inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, caso tenham um programa nuclear para fins pacíficos.

'Saída honrosa'

"Israel deveria abrir a instalação nuclear de Dimona à inspeção internacional", disse Uzi Even à BBC Brasil.
Para Even, que nos anos 1960 trabalhou na construção do reator nuclear de Dimona, a abertura do local poderia oferecer uma "saída honrosa" para o Irã.
"O Irã poderia apresentar a abertura de Dimona como uma grande vitória e aproveitar essa oportunidade para abandonar seus planos de produzir armamentos nucleares", explicou.
"Abrir Dimona seria uma contribuição por parte de Israel nos esforços para frear o Irã, sem perder seu poder de dissuasão"
Uri Even
Uzi Even, professor do departamento de Química da Universidade de Tel Aviv, vem alertando há mais de dez anos para o "estado precário e perigoso" da instalação nuclear de Israel na cidade de Dimona, no sul do país.
Depois do vazamento radiativo dos reatores nucleares no Japão, em decorrência do terremoto ocorrido em março, Even advertiu que um acidente "semelhante ou pior" poderia ocorrer em Dimona.
"Dimona é um dos reatores nucleares mais velhos do mundo, tem mais de 50 anos, e por razões de segurança deve ser fechado", afirmou.
Para ele, a abertura de Dimona à inspeção internacional poderia causar o fechamento da instalação.
"Abrir Dimona seria uma contribuição por parte de Israel nos esforços para frear o Irã, sem perder seu poder de dissuasão", acrescentou.

Rumores

Netanyahu (esq.) e Barak
Nas últimas semanas aumentaram rumores sobre plano de Netanyahu e Barak de atacar o Irã
Em Israel vem se intensificando nas últimas semanas os rumores e especulações sobre um suposto plano do primeiro-ministro, Binyamin Netanyahu, e do ministro da Defesa, Ehud Barak, para atacar o Irã, cujo governo ameaça destruir Israel.
Os rumores, divulgados pela mídia local, deram início a um debate público sobre um eventual ataque de Israel ao Irã para impedir que o país obtenha armamentos nucleares.
De acordo com uma pesquisa de opinião, 41% dos israelenses apoiam a ideia do ataque e 39% são contra.
Entre os analistas militares, alguns consideram a ideia uma "loucura" e outros a consideram "razoável".
Segundo Uzi Even, o relatório da AIEA demonstra que "já é tarde demais para uma operação militar".
"Os iranianos têm a intenção, o conhecimento e os materiais para produzir uma bomba nuclear, e nessas circunstâncias um ataque já não poderia impedi-los de produzi-la", disse.
Segundo a avaliação de Even, o Irã já teria investido pelo menos US$ 10 bilhões em seu programa nuclear e milhares de funcionários já estariam envolvidos no projeto.
Na opinião dele, para frear o projeto seria necessário "convencer os iranianos de que, se continuassem, teriam que pagar um preço alto demais", por meio de sanções econômicas.
No entanto, o especialista em Irã da rádio estatal israelense, Menashe Amir, afirmou que o regime atual do Irã "jamais abrirá mão de seu projeto nuclear" e que as sanções econômicas não levarão à interrupção do projeto.
Para Amir, a única maneira de interromper a corrida do Irã em direção às armas nucleares seria por uma mudança de regime no país.

A Divisão do Pará: A silenciosa cumplicidade da mídia corrupta

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Via Observatório da Imprensa
A DIVISÃO DO PARÁ
A Silenciosa cumplicidade
Dalmo de Abreu Dallari
Algumas omissões surpreendentes da imprensa chamam mais a atenção do que muito noticiário e geralmente são reveladoras de alguma cumplicidade. Quando ocorre um fato público importante e – sem que se possa vislumbrar qualquer interesse ponderável na omissão – a imprensa silencia sobre ele, é óbvio que existe alguma razão oculta para o silêncio.
Isso vem ocorrendo em relação à pretensão da criação de dois novos estados mediante desmembramento de partes do estado do Pará. Já está marcada a data para realização de um plebiscito sobre essa proposta e obviamente muitos dos interessados estão em plena campanha. Pela relevância dessa decisão, que poderá acarretar sérias consequências políticas e financeiras para todo o Brasil, com a criação de despesas públicas que montarão a milhões de reais e serão pagas por todo o povo brasileiro, o assunto é de óbvio interesse público. E nada tem aparecido na imprensa sobre isso, sendo mais do que evidente a ocultação deliberada de fatos relevantes, como será bem fácil demonstrar.
Bilhões de reais
O jornal O Estado de S.Paulo publicou um editorial com o título “Audiência pública no TST” (5/8/2011, pág. A3). Como é óbvio, a escolha desse tema para um editorial da página onde se expressa a opinião do jornal já é uma demonstração do reconhecimento da importância do assunto.
O editorial começa informando que, “seguindo o exemplo do Supremo Tribunal Federal (STF), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu promover audiências públicas para dar publicidade aos casos mais polêmicos em julgamento, com grandes implicações sociais, econômicas e políticas”. E depois de expender considerações minuciosas sobre a audiência pública, o editorial ressalta alguns efeitos que considera muito positivos nessa inovação, ressaltando que “as questões legais serão debatidas juntamente com questões econômicas e políticas, permitindo aos ministros da Corte ouvir diretamente a opinião daqueles que serão afetados por seus julgamentos”. E conclui, com evidente entusiasmo quanto à inovação, que a audiência pública aumentará a certeza jurídica nas relações entre os interessados.
No mesmo dia da publicação desse editorial foi realizada em Brasília a primeira audiência pública do Tribunal Superior Eleitoral, reunindo pessoas e entidades interessadas na definição das condições do plebiscito que será realizado no dia 11 de dezembro, para consulta à população sobre proposta de desmembramento do estado do Pará, para a criação de dois novos estados na federação brasileira, Carajás e Tapajós.
Entre os participantes da audiência, que reuniu mais de cem pessoas, estavam ministros e desembargadores, a vice-Procuradora Geral Eleitoral Federal e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil. Estavam presentes também parlamentares, partidos políticos, juristas, jornalistas e entidades mais diretamente envolvidas no encaminhamento do assunto.
O número e a qualidade dos presentes decorreu da enorme importância da decisão da proposta. Em termos financeiros, além do elevado custo decorrente do aumento do número de parlamentares, haverá também o custo elevadíssimo da implantação dos novos estados, cada um com suas instalações altamente onerosas para abrigar os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Para a manutenção desse aparato a população de todos os demais estados brasileiros é que irá arcar com as despesas, que no total deverão atingir alguns bilhões de reais. E até agora não foi feita qualquer demonstração ou estimativa dos efeitos sociais da criação dos novos estados, sabendo-se apenas que há grupos políticos e econômicos altamente interessados nessa criação, sendo evidente que as condições de vida da população não estão entre os motivos de sua reivindicação.
Moralista e indignada
Apesar disso tudo, e não obstante a evidente importância da audiência pública realizada no Tribunal Superior Eleitoral, a imprensa ocultou esse fato, não o noticiou antes nem publicou depois qualquer informação sobre ele.
O conhecimento do que se passou na audiência e dos efeitos que ela pode produzir é de interesse mais do que óbvio de toda a população brasileira, pois, além de tudo o mais, a criação dos novos estados acarretará despesas públicas que montarão a muitos milhões de reais e que deverão ser suportadas pelos contribuintes de todos os estados brasileiros.
Quais seriam os motivos e de quem seria o interesse, levando a imprensa a ocultar tudo isso do povo brasileiro? Onde está a imprensa moralista e sempre indignada quando se cogita de um aumento mínimo da tributação?
Está silenciosa, cúmplice da imoralidade.
[Dalmo de Abreu Dallari é jurista e professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo]

Pastor Silas Malafaia “se fornicou”


Por Altamiro Borges

O excêntrico pastor Silas Malafaia bateu recordes no twitter na noite de ontem. Milhares de internautas aproveitaram para tirar uma casquinha de um suposto tropeço gramatical do midiático evangélico, que já virou motivo de chacota por suas constantes declarações preconceituosas e por suas posições políticas retrógradas, direitistas.

Em entrevista à revista Época, Malafaia destilou a sua ira – nada santa – contra Toni Reis, atual presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (ABGLT). “Eu vou arrebentar o Toni Reis... Eu vou fornicar esse bandido, esse safado. Eu vou arrombar com esses...”, esbravejou o pastor, segundo registrou a publicação da famiglia Marinho.

#MalafaiaEscolheuFornicar

Diante da imediata reação dos internautas, Malafaia ainda tentou recuar. No seu twitter, ele retrucou o jornalista da Época que o entrevistou e garantiu que falou “funicar” e não fornicar. “Na linguagem vulgar, ‘funicar’ significa ‘ferrar’ o movimento gay”, esclareceu Malafaia. Pouco tempo depois, ele deletou o seu próprio tuíte. Mas o episódio grotesco já havia chegado às redes sociais.

Segundo informa o sítio Brasil 247, “tuiteiros levaram aos Trending Topics a hashtag #MalafaiaEscolheuFornicar. Afinal, não dá (sem trocadilhos) para deixar passar em branco os instintos mais primitivos da gramática de Malafaia. “Ele podia estar orando, mas #MalafaiaEscolheuFornicar”, brincou @LucasDcan. Teve até canção para o pastor: “Quero ver você não chorar, não olhar pra trás, nem se arrepender do que faaaaz... #CanteParaMalafaia”, ironizou @jufreitascs”.

Homofobia e outros preconceitos

A incontinência verbal do pastor decorre das crescentes críticas aos seus programas de TV. A ABGLT enviou aos órgãos ligados à defesa dos direitos humanos trechos de gravações em que Malafaia faz apologia à violência contra gays. A entrevista à Época só agrava a tensão – com ele “fornicando” ou “funicando”. Vale registrar que o vocábulo “funicar” não consta no dicionário Aurélio.

Silas Malafaia é realmente um personagem “exótico”. Suas posições homofóbicas e seus ataques rasteiros ao direito do aborto já renderam inúmeras críticas. No terreno político, o pastor da Assembléia de Deus Vitória em Cristo não esconde as suas posições direitistas. Na campanha eleitoral do ano passado, ele chegou a gravar vídeos hidrófobos contra a candidata Dilma Rousseff.

Apoio ao tucano José Serra

Num primeiro momento, Malafaia anunciou seu apoio à candidata, também evangélica, Marina Silva. Logo depois, ele apareceu na propaganda eleitoral do candidato tucano, José Serra. Justificou o seu apoio dizendo que Dilma Rousseff apoiava o aborto e o casamento de homossexuais. Na ocasião, levantou-se a denúncia, não comprovada, de que o pastor fora “comprado” pelo PSDB.

As denúncias contra Silas Malafaia, porém, não causam surpresa. O pastor já sofreu várias investigações por desvio de dinheiro e enriquecimento ilícito. Em 2007, por exemplo, ele foi investigado duas vezes pela Receita Federal e três vezes pelo Ministério Público Federal. Ele mesmo admitiu ter havido erro nas contas da sua igreja – não por culpa de dele, mas sim do “meu contador”.

Doações de R$ 40 milhões ao ano

A Assembléia de Deus Vitória em Cristo capta em oferta e doações de fiéis cerca R$ 40 milhões por ano. Seu programa evangélico é transmitido, com milionários custos, pela Rede TV, Band e CNT. Dublado em inglês, ele também atinge 200 países via satélite. O pastor afirma que não recebe da igreja e que vive do dinheiro de sua empresa, a Editora Central Gospel, cujo catálogo tem cerca de 600 títulos, entre livros (incluindo Bíblias), CDs e DVDs.

No ano passado, sua igreja comprou o jato Gulfstream III nos Estados Unidos por US$ 4 milhões. O avião tem autonomia para oito horas de vôo, doze lugares, sofá, cozinha e sistema individual de entretenimento. É um “favor de Deus”, conforme está escrito em inglês na sua fuselagem. 
*Turquinho


O pastor e o poste

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O pastor Silas Malafaia cometeu o que se pode chamar de “ato fálico”. Em novo episódio de sua longa cruzada contra militantes da causa gay, o líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo prometeu “fornicar”, “arrombar” e “arrebentar” Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Significa? Ronnie Von que o diga.
As ameaças foram feitas em entrevista à “Época”(globo). A reportagem faz o resumo da história. Mas o discurso agressivo contra gays não é novidade na retórica de Malafaia. A internet abriga um amplo acervo de suas pregações raivosas. Esse ódio todo não é exclusividade dele e nem de grupos evangélicos em si, claro. Sobram católicos na mesma toada. Ainda bem que são uma parcela dos fiéis de cada lado.
Mas por quê essa turma é tão obcecada com o fiofó alheio? Difícil entender essa fissura. É preciso mesmo criar um inimigo para manter ou arregimentar fiéis? Não falta “o mal” num país de desigualdade socioeconômica assombrosa. Conheço pouco das escrituras (fico satisfeito com o “Gênesis” de Robert Crumb), mas até onde sei Jesus é um exemplo de humanismo e compreensão. Pelo visto, até hoje o cara estaria à frente de nosso tempo. Talvez achasse graça do iconoclasta Jesus Manero.
Há uma proliferação de grupos religiosos ultraconservadores no Congresso Nacional, dispostos a ditar regras em temas caros a todos os brasileiros e que não lhes dizem respeito especificamente, como saúde pública e segurança. Mas é fundamental para o exercício da democracia que os diversos segmentos da sociedade, inclusive religiosos, sejam representados no Legislativo. O que não se pode aceitar, para o bem de todos em um Estado laico como o Brasil, é que esses grupos afrontem a consolidação de direitos civis básicos, como na questão da união homoafetiva. Cidadania plena não vale também para os gays?
A monotonia do discurso de quem busca a “salvação” alheia a todo custo até dá para encarar. Mas pregar cacetada em gay sob a justificativa de liberdade religiosa ou defesa da palavra de Deus não está no jogo, irmão. Não no Brasil.
Além disso, alimentar tanto rancor no coração não deve fazer bem ao espírito. Fica então uma dica para Silas Malafaia: acrescente um pouco de ternura em sua fala. Talvez possa seguir o exemplo de um usuário do YouTube, MrPhatLips, e subir no poste pela glória do Senhor (vídeo abaixo). Quem sabe atinja a elevação necessária para superar tanto ódio contra os gays.
*Terra

sexta-feira, novembro 11, 2011

Opus Dei e TFP regem o espetáculo na USP?

Nota pública sobre a crise da USP

Nós, pesquisadores da Universidade de São Paulo auto-organizados, viemos por meio desta nota divulgar o nosso posicionamento frente à recente crise da USP.
No dia 08 de novembro de 2011, vários grupamentos da polícia militar realizaram uma incursão violenta na Universidade de São Paulo, atendendo ao pedido de reintegração de posse requisitado pela reitoria e deferido pela Justiça. Durante essa ação, a moradia estudantil (CRUSP) foi sitiada com o uso de gás lacrimogêneo e um enorme aparato policial. Paralelamente, as tropas da polícia levaram a cabo a desocupação do prédio da reitoria, impedindo que a imprensa acompanhasse os momentos decisivos da operação. Por fim, 73 estudantes foram presos, colocados nos ônibus da polícia, e encaminhados para o 91º DP, onde permaneceram retidos nos veículos, em condições precárias, por várias horas.
Ao contrário do que tem sido propagandeado pela grande mídia, a crise da USP, que culminou com essa brutal ocupação militar, não tem relação direta com a defesa ou proibição do uso de drogas no campus. Na verdade, o que está em jogo é a incapacidade das autoritárias estruturas de poder da universidade de admitir conflitos e permitir a efetiva participação da comunidade acadêmica nas decisões fundamentais da instituição. Essas estruturas revelam a permanência na USP de dispositivos de poder forjados pela ditadura militar, entre os quais: a inexistência de eleições representativas para Reitor, a ingerência do Governo estadual nesse processo de escolha e a não-revogação do anacrônico regimento disciplinar de 1972.
Valendo-se desta estrutura, o atual reitor, não por acaso laureado pela ditadura militar, João Grandino Rodas, nos diversos cargos que ocupou, tem adotado medidas violentas: processos administrativos contra estudantes e funcionários, revistas policiais infundadas e recorrentes nos corredores das unidades e centros acadêmicos, vigilância sobre participantes de manifestações e intimidação generalizada.
Este problema não é um privilégio da USP. Tirando proveito do sentimento geral de insegurança, cuidadosamente manipulado, o Governo do Estado cerceia direitos civis fundamentais de toda sociedade. Para tanto, vale-se da polícia militar, ela própria uma instituição incompatível com o Estado Democrático de Direito, como instrumento de repressão a movimentos sociais, aos moradores da periferia, às ocupações de moradias, aos trabalhadores informais, entre outros. Por tudo isso, nós, pesquisadores da Universidade de São Paulo, alunos de pós-graduação, mestres e doutores, repudiamos o fato de que a polícia militar ocupe, ou melhor, invada os espaços da política, na Universidade e na sociedade como um todo.

Fábio Luis Ferreira Nóbrega Franco – Mestrando da Filosofia - USP
Henrique Pereira Monteiro – Doutorando em Filosofia-USP
Patrícia Magalhães – Doutoranda em Física – USP
Silvia Viana Rodrigues – Doutora em Sociologia - USP
Bianca Barbosa Chizzolini – Mestranda em Antropologia - USP
José Paulo Guedes Pinto – Doutor em Economia – USP
Daniel Santos Garroux – Mestrando Pós-graduação em Teoria Literária – USP
Andrea Kanikadan – doutoradando da ESALQ - USP
Nicolau Bruno de Almeida Leonel – Doutorando em Cinema - USP
Paula Yuri Sugishita Kanikadan – Doutora em Saúde Pública – FSP - USP
Luciana Piazzon Barbosa Lima – Mestranda em Estudos Culturais – EACH - USP.
Gustavo Seferian Scheffer Machado – Mestrando em Direito do Trabalho – USP
Maria Tereza Vieira Parente – Mestranda em Arqueologia – USP
Marcelo Hashimoto - Doutorando em Ciência da Computação - USP.
Luiz Ricardo Araujo Florence – Mestrando em Arquitetura e Urbanismo – USP
Jade Percassi – Doutoranda em Educação – USP
Maria Caramez Carlotto – Doutoranda em Sociologia - USP
Georgia Christ Sarris – Doutoranda Filosofia - USP
José Carlos Callegari – Mestrando em Direito do Trabalho – USP
Gilberto Tedeia – Doutor em Filosofia - USP
Anderson Gonçalves – Doutor em Filosofia - USP
Douglas Anfra – Mestrando em Filosofia – USP
Fábio H. Passoni Martins – Mestrando – Depto de Teoria Literária e Literatura Comparada
Eduardo Altheman Camargo Santos - Mestrando em Sociologia - USP
Fernanda Elias Zaccarelli Salgueiro – Graduanda Filosofia - USP
Guilherme Grandi – Doutor em História Econômica – USP
Yardena do Baixo Sheery – PPG Artes Visuais – ECA - USP
Lucia Del Picchia - Doutoranda em Direito - USP
Fernando Rugitsky - Mestre em Direito - USP
Ricardo Leite Ribeiro - Mestrando em Direito - USP
Maira Rodrigues – Doutoranda em Ciência Política – USP
Ana Lúcia Ferraz – Doutora em Sociologia – USP.
Daniela Silva Canella - Doutoranda em Nutrição em Saúde Pública – USP
Tatiana de Amorim Maranhão – Doutora em Sociologia - USP
Ana Paula SAlviatti Bonuccelli – Mestranda em História – USP
Anderson Aparecido Lima da Silva – Mestrando em Filosofia – USP
José Calixto Kahil Cohn – Mestrando em Filosofia – USP
Antonio Fernando Longo Vidal Filho – Mestrando em Filosofia - USP
Bruna Della Torre de Carvalho Lima – Mestranda em Antropologia – USP
Ana Paula Alves de Lavos – Mestre em Arquitetura e Urbanismo – EESC – USP
Lucas Amaral de Oliveira – Programa de Pós Graduação em Sociologia – USP
Bruna Nunes da Costa Triana – Programa de Pós-Graduação em Antropologia – USP
José César de Magalhães Jr. – Doutorando em Sociologia – USP
Eduardo Orsilini Fernandes – Mestrando em Filosofia - USP
Ricardo Crissiuma – Mestre em Filosofia - USP
Philippe Freitas – Mestrando em Música – UNESP
Weslei Estradiote Rodrigues – Mestrando em Antropologia – USP
Bruno de Carvalho Rodrigues de Freitas – Graduando em Filosofia – USP
Camila Gui Rosatti – Graduando em Ciências Sociais – USP
Martha GAbrielly Coletto Costa – Mestranda em Filosofia – USP
Rafael Gargano – Mestrando em Filosofia – USP
Antonio David – Mestrando em Filosofia – USP
Pedro Alonso Amaral Falcão – Mestrando em Filosofia – USP
Lígia Nice Luchesi Jorge - PPG em Língua Hebraica, Literatura e Culturas Judaicas – USP
Camila Rocha – Mestranda em Ciência Política – USP
André Kaysel – Doutorando em Ciência Política – USP
Michele Escoura – Mestranda em Antropologia - USP
Vladimir Puzone - Doutorando em Sociologia - USP
Arthur Vergueiro Vonk – Mestrando em Teoria Literária e Literatura Comparada – USP
Renata Cabral Bernabé – Mestranda em História Social – USP
Raquel Correa Simões – Graduanda em Filosofia – USP
Danilo Buscatto Medeiros – Mestrando em Ciência Política - USP
Ana Flávia Pulsini Louzada Bádue – Mestranda em Antropologia - USP
Carlos Henrique Pissardo. Mestre – Dep. de Filosofia da USP e Diplomata.
Anouch Kurkdjian – Mestranda em Sociologia - USP
Léa Tosold – Doutoranda em Ciência Política - USP
Pedro Fragelli – Doutor em Literatura Brasileira - USP
Christy Ganzert Pato – Doutor em Filosofia – USP
José Agnello Alves Dias de Andrade – Mestrando em Antropologia – USP
Nicolau Dela Bandera – Doutorando em Antropologia - USP
Felipe de Araujo Contier – Mestrando em Arquitetura-IAU-SC- USP
Mauro Dela Bandera Arco Júnior – Mestrando em Filosofia - USP
Ane Talita da Silva Rocha – Mestranda em Antropologia – USP
Juliana Andrade Oliveira – Doutoranda em Sociologia - USP
Reinaldo César - Doutorando em Ciência dos Materiais – USP
Manoel Galdino Pereira Neto – Doutor em Ciência Política - USP
Carlos Filadelfo de Aquino - Doutorando em Antropologia - USP
Jonas Marcondes Sarubi de Medeiros – Mestrando em Filosofia - USP
Ana Letícia de Fiori – Mestranda em Antropologia – USP
Gonzalo Adrián Rojas – Doutor Ciência Política USP
Mariana Toledo Ferreira – Mestranda em Sociologia – USP
Julia Ruiz Di Giovanni – Doutoranda em Antropologia Social
Caio Vasconcellos – Doutorando em sociologia – USP
Reginaldo Parcianello – Doutorando/Literatura Portuguesa – USP
Fernando Sarti Ferreira – Mestrando em História Econômica – USP
Júlia Vilaça Goyatá – Mestranda em Antropologia – USP
Maria Aparecida Abreu – Doutora em Ciência Política – USP
Bruno Nadai - Doutorando em Filosofia – USP
João Alexandre Peschanski – Mestre em Ciência Política – USP
Lucas Monteiro de Oliveira – Mestrando em História Social – USP
Fabrício Henricco Chagas Bastos – Mestrando em Integração da América Latina – USP
Rafaela Pannain – Doutoranda em Sociologia - USP
Bernardo Fonseca Machado – Mestrando em Antropologia – USP
Victor Santos Vigneron de La Jousselandière – Mestrando em História – USP
Gabriela Siqueira Bitencourt – Mestre em Letras – USP
Dalila Vasconcellos de Carvalho - Mestre em Antropologia Social - USP.
César Takemoto Quitário – Mestrando em Letras – USP
Maíra Carmo Marques – Mestranda em Letras – USP
Ana Carolina Chasin – Doutoranda em Sociologia - USP
Dimitri Pinheiro – Doutorando em Sociologia - USP
Natália Fujita – Doutoranda em Filosofia – USP
Julio Miranda Canhada – Doutorando em Filosofia – USP
Caio M. Ribeiro Favaretto - Mestrando Dpto de Filosofia – USP
Juliana Ortegosa Aggio – Doutoranda em Filosofia – USP
Bruna Coelho - Mestranda em Filosofia – USP
Ana Carolina Andrada – Mestranda em Sociologia – USP
Karen Nunes - Mestranda em Sociologia – USP
Monise Fernandes Picanço – Mestranda em Sociologia – USP
Arthur Oliveira Bueno – Doutorando em Sociologia – USP
Guilherme Nascimento Nafalski – Mestre em Sociologia – USP
Tatiane Maíra Klein - Mestranda em Antropologia Social - USP
Ana Paula Bianconcini Anjos – Doutoranda em Letras – USP
José Paulo Martins Junior – Doutor em Ciência Política – USP
Demétrio Gaspari Cirne de Toledo – Doutorando Sociologia – USP
Pedro Fragelli – Doutor em Literatura Brasileira - USP
Evandro de Carvalho Lobão – Doutor em Educação – FE - USP
Walter Hupsel – Mestre em Ciência Política – USP
Carina Maria Guimarães Moreira - Doutoranda em Artes Cênicas - UNIRIO
Marinê de Souza Pereira – Doutora em Filosofia - USP
Fabiola Fanti – Mestre em Ciência Política - USP
Verena Hitner – Mestre em Integracao da America Latina – USP
Fabio Cesar Alves – Doutorando Teoria Literária- FFLCH - USP
Frederico Hnriques – Mestre em Sociologia - USP
Fábio Pimentel De Maria da Silva – Mestre em Sociologia – USP
Natália Bouças do Lago – Mestranda em Antropologia - USP
Fábio Silva Tsunoda – Mestrado em sociologia – USP
Terra Friedrich Budini - Doutoranda em Ciência Política – USP
Natália Helou Fazzioni – Mestranda em Antropologia Social – USP
Renato Bastos – Mestre em História Econômica – USP
Andreza Tonasso Galli – Mestranda da Sociologia - USP
Andreza Davidian – Mestranda em Ciência Política – USP
Dioclézio Domingos Faustino – Mestrando – Filosofia – USP
Fernando Costa Mattos – Doutor em Filosofia – USP
Joaquim Toledo Jr – Mestre em Filosofia - USP
Erinson Cardoso Otenio – Doutorando em filosofia – USP
Berilo Luigi Deiró Nosella - Doutorando em Artes Cênicas - UNIRIO
Rafael Alves Silva – Doutorando em Sciências Sociais – UNICAMP
Ludmylla Mendes Lima – Doutoranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa – USP
Tânia Cristina Souza Borges – Mestranda em Letras – USP
Miguel Barrientos – Doutorando em Ciência Política – USP
Eveline Campos Hauck – Mestranda em filosofia - USP
Mariana Zanata Thibes – Doutoranda Sociologia – USP
Nahema Nascimento Barra de Oliveira - Mestre em Ciencias Humanas – USP
Manoel Galdino Pereira Neto – Doutor em Ciência Política - USP
Gonzalo Adrián Rojas – Doutor em Ciencia Politica - USP
Miguel Barrientos – Doutorando em Ciência Política - USP
Maria Aparecida Abreu – Doutora em Ciência Política - USP
Pedro Feliú – Doutorando em Ciência Política – USP
Fernando Gonçalves Marques – Doutorando em Ciência Política - USP
Petronio De Tilio Neto – Doutor em Ciência Política - USP
José Paulo Martins Junior – Doutor em Ciência Política - USP
Renato Francisquini – Doutorando em Ciência Política - USP
Júlio César Casarin Barroso Silva – Doutor em Ciência Política - USP
Francisco Toledo Barros – Mestrando em Arquitetura e Urbanismo
Marcia Dias da Silva – Mestre em História Social – USP
Maira Rodrigues – Doutoranda em Ciência Política – USP
Ivana Pansera de Oliveira Muscalu – Mestranda História Social – USP
Renata Lopes Costa Prado - Doutoranda do Programa de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano – USP
Emi Koide – Doutora em Psicologia – USP
Mario Tommaso Pugliese Filho – Mestre em Literatura Brasileira – USP
Gabriela Viacava de Moraes – Mestranda em Literatura Brasileira – USP
Tatiane Reghini Matos – Mestranda em Letras – USP
Andréia dos Santos Meneses – Doutoranda em Letras – USP
Kátia Yamamoto – Mestranda em Psicologia USP
Lygia de Sousa Viégas – Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano da USP.
Daniel Gomes da Fonseca – Mestrando em Teoria Literária e Literatura Comparada – USP
Michelangelo Marques Torres – Mestrando na Unicamp e graduado pela USP
Luana flor Tavares Hamilton – Mestrança em psicologia – USP
Renan Honório Quinalha – mestrando em Sociologia Jurídica - USP
Adriana De Simone – Doutora em Psicologia – IP - USP
Grazielle Tagliamento - Doutorado PST – USP
Tamara Prior- Mestranda em História Social – USP
Airton Paschoa - Mestre em Literatura Brasileira – USP
Daniela Sequeira – Mestra em Ciência Política – USP
Davi Mamblona Marques Romão – Mestrando – PSA – Psicologia
Rafael Godoi – Doutorando em Sociologia - USP
Vanda Souto – Mestranda em Ciências Sociais – UNESP – Marília
Pedro Rodrigo Peñuela Sanches – Mestrando em Psicologia USP
Grazielle Tagliamento – Doutoranda Psicologia – USP
Monica Loyola Stival – Doutoranda em filosofia – USP
Tatiana Benevides Magalhães Braga - Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP
Regina Magalhães de Souza - Doutora em Sociologia – USP
Ludmila Costhek Abilio – Mestre em Sociologia – USP
Gabriela Viacava de Moraes – Mestranda em Literatura Brasileira – USP
Tatiane Reghini Matos – Mestranda em Letras – USP
Andréia dos Santos Meneses – Doutoranda em Letras – USP
Edson Teles – Doutor em Filosofia – USP
Julia Maia Peixoto Camargo – Graduanda em Ciências Sociais - USP
Rodnei Nascimento – Doutor em filosofia – USP
Rafael Luis dos Santos Dall’olio – Mestrando em História Social – USP
Ana Aguiar Cotrim – Doutoranda em Filosofia – USP
Tercio Redondo – Doutor em Literatura Alemã – USP
Maria Cláudia Badan Ribeiro - Doutora em História Social – USP
Pedro Mantovani- Mestrando em Filosofia- USP
Stefan Klein – Doutorando em Sociologia – USP
Wagner de Melo Romão - Doutor em Sociologia - USP
Maria de Fátima Silva do Carmo Previdelli – Doutoranda em História Econômica – USP
Felipe Pereira Loureiro – Doutorando em História Econômica – USP
Thiago de Faria e Silva – Mestre em História Social – USP
Marcus Baccega - Doutor em História Medieval – USP
Luciana Moreira Pudenzi – Mestre em Filosofia – USP
Daniela Jakubaszko – Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA - USP
Leo Vinicius Maia Liberato, ex-pos-doutorando no Departamento de Filosofia - USP
Maria Lívia Nobre Goes – Graduanda em Filosofia - USP
Agnaldo dos Santos – Doutor em Sociologia – USP
Annie Dymetman - Doutora em Ciências Sociais – USP
Evandro NoroFernandes - Mestre em Geografia - USP
Wilma Antunes Maciel – Doutora em História Social – USP
Luciano Pereira – Doutor em Filosofia – USP
Guilherme Varella - Mestrando em Direito de Estado
Constância Lira de Barros Correia Rodrigues Costa – Mestranda em Ciência Política – USP
Ester Gammardella Rizzi – Mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito – USP
Cristiana Gonzalez – Mestranda em sociologia – USP
Rafaela Aparecida Emetério Ferreira Barbosa – Mestranda em Direito do Trabalho – USP
Franco Nadal Junqueira Villela – Mestre em Ciência Ambiental – USP
Clara Carniceiro de Castro - Doutoranda em Filosofia - USP
Marcelo Netto Rodrigues – Mestrando em Sociologia – USP
Elisa Klüger - Mestranda em Sociologia – USP
Marilia Solfa – Mestre em Arquitetura – USP
Pedro Feliú – Doutorando em Ciência Política – USP.
Renato Francisquini - Doutorando em Ciência Política – USP
Júlio César Casarin Barroso Silva – Doutor em Ciência Política – USP
Andreza Davidian – Mestranda em Ciência Política – USP
Andrea Kanikadan – Doutorando em Ecologia Aplicada na ESALQ em Piracicaba
Miguel Barrientos – Doutorando em Ciência Política – USP
Diogo Frizzo – Mestrando em Ciência Política – USP
Vinicius do Valle – Mestrando em Ciência Política – USP
Carolina de Camargo Abreu – Doutoranda em Antropologia – USP
Tatiana Rotolo - Mestre em Filosofia - USP
Pedro Ivan Moreira de Sampaio – Graduando em Direito PUC-SP e Filosofia – USP
Thaís Brianezi Ng, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental – USP
André-Kees de Moraes Schouten – Doutorando em Antropologia Social - USP
Alvaro Pereira – Mestre em Direito – USP
Vinícius Spira – Mestrando em Ciências Sociais – USP
Rafael Faleiros de Pádua - Doutorando em Geografia - USP
André Luis Scantimburgo – Mestrando em Ciências Sociais pela UNESP de Marília - SP
Rosemberg Ferracini – Doutorando em Geografia Humana – USP
Lucas Brandão – Mestrando em Sociologia - USP
Márcia Cunha – Doutoranda em Sociologia – USP
Nilton Ken Ota – Doutor em Sociologia – USP
Felipe Figueiredo – Bacharel em Letras – USP
Bruno Boti Bernardi – Doutorando em Ciência Política – USP
Roberta Soromenho Nicolete – Mestranda em Ciência Política – USP
Lara Mesquita – Mestre em Ciência Política – USP
Milene Ribas da Costa – Mestre em Ciência Política – USP
Katya dos Santos Schmitt Parcianello – Mestranda em História Econômica - USP
Alcimar Silva de Queiroz – Doutor em Educação – USP
Paulo Vinicius Bio Toledo – Mestrado Artes Cênicas
Ruy Ludovice - Mestrando em Filosofia – USP
Pollyana Ferreira Rosa – Mestranda em Artes Visuais – USP
Patrícia de Almeida Kruger – Mestranda em Letras – USP
Giselle Cristina Gonçalves Migliari – Mestranda em Literatura Espanhola – USP
Wellington Migliari – Mestre em Literatura Brasileira – USP
Diana P. Gómez – Mestranda Antropologia Social
Simone Dantas – Mestranda em Letras - USP
Eduardo Zayat Chammas - Mestrando em História Social – USP
Maristela de Souza Pereira – Doutoranda em psicologia – USP
Virginia Helena Ferreira da Costa – Mestranda em filosofia – USP
Gustavo Motta – Mestrado Artes Visuais – USP
Luiz Fernando Villares - Doutorando Faculdade de Direito – USP

Também em 2007 Rodas chamou
a PM para agredir estudantes
"Isto é apenas uma ação autoritária, típica do espírito neo-fascista, ou é o embrião de um golpe? Não temos suficientes elementos para saber, mas a hipótese deve ser pelo menos considerada."
A ponderação é de Carlos Lungarzo, da Anistia Internacional, no artigo USP: um foco golpista?. Ele também vê com apreensão a escalada autoritária na Universidade de São Paulo e a sequência de medidas visivelmente provocativas do reitor João Grandino Rodas.
Em sua análise - exaustiva, abrangente e impecável como sempre -, Lungarzo toca num ponto crucial: para que, afinal, o governador Geraldo Alckmin, tido e havido como membro da organização ultradireitista  Opus Dei, escolheu para reitor da USP, contra a vontade manifestada pela comunidade acadêmica ao preteri-lo na lista tríplice elaborada por votação, alguém sem suficiente mérito acadêmico, mas que é tido e havido como integrante da organização ultradireitista Tradição, Família e Propriedade?
Eis mais alguns detalhes sobre Rodas, segundo Lungarzo:
Saldo da atuação de Rodas como diretor da Faculdade de
Direito da USP: foi por ela declarado persona non grata.
  • "Sendo Diretor da Faculdade de Direito pediu em 22 de agosto de 2007, o assalto da PM àquela faculdade, para expulsar violentamente estudantes e membros dos movimentos sociais";
  • "Devido a sua política de 'terra arrasada' com seus inimigos, aos quais perseguiu incansavelmente dentro da faculdade, foi declarado  persona non grata  pela Faculdade de Direito"; e
  • "[Como representante do Itamaraty na Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos] Grandino Rodas interveio no caso do filho da estilista Zuzu Angel, no qual votou contra a culpabilidade da ditadura no assassinato do rapaz. Além disso, indeferiu outros 45 pedidos com diversos pretextos (falta de provas, esgotamento do prazo, etc.)".
Então, é forte a possibilidade de estar mesmo em curso o balão de ensaio golpista a respeito do qual eu lancei o primeiro alerta
Lungarzo foi muito feliz ao explicar por que a preparação de cenário golpista estaria se dando de forma mais sutil por parte das autoridades (mas não da grande imprensa, devo acrescentar, pois sua parcialidade está sendo simplesmente grotesca!): 
"Em situações de enorme fascistização, um golpe de estado pode ser lançado sem nenhum problema, e ser aplaudido com grande fervor pelas ralés de classe média. Entretanto, quando o país possui, como atualmente o Brasil, uma democracia formal bastante estável, e a situação das classes populares mostra certo progresso em relação com governos anteriores, a necessidade de encontrar consenso para um golpe obriga a estratégias mais refinadas".
No Náufrago da Utopia
*comtextolivre

Haddad fecha acordo e enterra prévia; PT quer SP como exemplo para o País

Fernando Haddad já começou a tentar atrair o apoio do PMDB para sua candidatura - Andre Dusek/AE-16/12/2011
Andre Dusek/AE-16/12/2011
Fernando Haddad já começou a tentar atrair o apoio do PMDB para sua candidatura
Foi um café na manhã na casa do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), com Haddad e 15 deputados federais do PT de São Paulo, que sacramentou a desistência de Tatto e Zarattini da prévia marcada para o dia 27. Pouco depois, a Executiva Nacional do PT - reunida em Brasília - fez um apelo pela "coesão", num claro movimento contrário às prévias em capitais estratégicas, como Belo Horizonte e Recife. "Nunca pusemos a prévia como objetivo a ser alcançado", disse o presidente do PT, Rui Falcão. "São Paulo é um exemplo a ser seguido, em nome da unidade", emendou o deputado José Guimarães (CE), vice-presidente do partido.
Até janeiro. A renúncia de Tatto e Zarattini, com o consequente apoio a Haddad, será anunciada hoje, em São Paulo. Antes, o ministro almoçará com os dois e também com dirigentes do PT. A intenção da presidente Dilma Rousseff é substituir Haddad em janeiro de 2012, na esteira da reforma ministerial, para que a eleição não contamine o governo.
Lula quer que a senadora Marta Suplicy (PT-SP) integre o comando da campanha de Haddad. Pressionada, ela se retirou do páreo há oito dias, atendendo a apelo de Dilma e do ex-presidente. "Eu, agora, vou me recolher", disse Marta ao Estado. Ela deverá anunciar apoio ao ministro só após conversar com Lula.
Haddad prometeu assegurar espaço em seu comitê às correntes de Tatto e Zarattini. Aliados de Marta no passado, os dois reclamavam de privilégio ao grupo do titular da Educação. "Nós fizemos um apelo a eles para não haver prévia e mostramos preocupação com a unidade do PT em São Paulo. Temos uma campanha dura pela frente e vamos enfrentar o PSDB e o PSD", insistiu o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP).
PMDB. Mesmo em tratamento para combater um câncer na laringe, Lula já marcou novas conversas com aliados e acha possível convencer o PMDB a não lançar o deputado Gabriel Chalita à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).
No PMDB do vice-presidente Michel Temer, porém, a hipótese de uma chapa formada por Haddad e Chalita é vista como "bastante remota". Nem mesmo a ideia de Chalita ocupar um ministério empolga Temer, ao menos por enquanto.