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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, março 18, 2012


Sobrevivente do Holocausto afirma que Israel age como os nazistas

 

"Há uma tentativa de desumanizar os palestinos, como foi feito com os judeus", diz

Um dos poucos sobreviventes do campo de concentração nazista de Aushwitz, Hajo Meyer, afirmou durante uma turnê de palestras na Escócia, que é possível traçar paralelos entre o tratamento recebido pelos judeus na 2ª Guerra Mundial e a situação atual dos palestinos nas mãos dos israelenses.
“Os israelenses desumanizam os palestinos, tal como os nazistas tentaram me desumanizar. Ninguém deveria desumanizar o outro”, disse Meyer, que passou dez meses em Aushwitz em 1944. “Talvez Israel não seja o país mais cruel do mundo, mas uma coisa é certa: Israel é o campeão mundial em pretender ser o país de maior cultura e civilização”, afirmou.
O alemão nasceu em Bielefeld, em 1924. Depois de ser proibido de ir à escola, em 1938, foi para a Holanda, sozinho. Meyer passou um ano escondido, quando foi pego pela Gestapo e enviado ao campo de concentração de Auschwitz, onde permaneceu por dez meses. Hoje, vive na Holanda e é autor de três livros sobre judaísmo, Holocausto e sionismo.
Meyer defende que o significado do termo “anti-semita” mudou. “Antes, anti-semita era alguém que odiava os judeus, por eles serem judeus. Hoje, anti-semita é alguém que é odiado pelos judeus.” Como porta-voz da Rede Internacional de Judeus Anti-Sionistas,  afirmou que é preciso saber que criticar Israel não é o mesmo que criticar os judeus.
O ativista escocês pela causa palestina, Mick Napier, afirmou que Hajo Meyer entende "o abuso que Israel faz da trágica história do Holocausto para defender seus próprios crimes".
*Opensadordaaldeia

Vaticano – A divulgação dos crimes é que o preocupa

 


Vaticano iniciou uma raríssima investigação criminal relacionada ao constrangedor vazamento de documentos de alto escalão que apontavam a existência de corrupção e má gestão em vários departamentos da Santa Sé.
O inquérito, anunciado na sexta-feira pelo jornal do Vaticano, será realizado por um tribunal interno, com o objetivo de descobrir quem vazou o material.
*diarioateista

Brasil se isola ao acobertar crimes da ditadura

  Por Vânia


Do Blog da Cidadania



Vem aumentando a pressão internacional para que o Brasil investigue e puna os crimes da ditadura militar. A Organização das Nações Unidas (ONU), ao lado da Anistia Internacional e do Tribunal Penal Internacional, pressionam o país para que puna militares que sequestraram, torturaram e assassinaram entre 1964 e 1985. Na última quinta-feira, a Anistia Internacional denunciou que “O Brasil continua atrasado em comparação aos demais países da região em sua resposta às graves violações de direitos humanos cometidas no período militar”, o que constitui um eco do clima internacional em relação ao acobertamento institucional daqueles crimes.
ONU, Anistia Internacional, Comissão Interamericana de Direitos Humanos e TPI condenam o Supremo Tribunal Federal brasileiro por ter se manifestado contra ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) iniciada em 2010 que questionava a Lei da Anistia, de 1979. A condenação informal do Brasil por leniência com os crimes de Estado durante a ditadura tem amplo apoio dos principais países-membros.
Entre os países que integraram a Operação Condor – aliança secreta entre Brasil, Argentina, Chile e Uruguai orquestrada pelos Estados Unidos entre os anos 1960 e 1970 para combater movimentos de esquerda –, só o Brasil ainda não iniciou punições de militares que cometeram crimes de lesa-humanidade.
A desculpa da Justiça, de setores da imprensa e dos próprios militares é a de que a Lei 6.683, aprovada pela ditadura em 1979, a dita Lei da Anistia, abrangeu “os dois lados”, ou seja, os que cometeram crimes em nome do Estado ou contra ele. Tal premissa, porém, é rejeitada pelas vítimas da ditadura, por descendentes dessas vítimas e pela comunidade internacional.
A ONU, por exemplo, considera que o Estado não pode praticar crimes imprescritíveis como seqüestro, tortura e assassinato, não importando que outros crimes possam ter sido cometidos pelos que resistiram ao regime militar, pois o Estado tem que se pautar pela lei, sendo negado que atue contra a lei sob pretexto de combater “crimes”.
Desenhando, para quem se nega a entender: o Estado não pode se igualar ao criminoso. Se um criminoso tortura, o Estado não pode torturá-lo. Até mesmo para aplicar pena de morte, onde ela existe, exige-se um julgamento e diversos outros ritos legais.
Outro fator que torna insuportável a Lei da Anistia que a ditadura brasileira aprovou em benefício próprio, a exemplo do que fizeram outras ditaduras da região, é que foram punidos os acusados pelos ditadores de terem cometido seqüestros, assaltos e assassinatos, seja com o exílio, com prisão, com torturas ou até com a morte.
Já os agentes do Estado que cometeram crimes, esses jamais responderam por nada. Não há um só caso de punição de membros da ditadura, ao passo que há centenas de casos de punições formais de membros da resistência àquele regime. A hoje presidente da República, Dilma Rousseff, é o exemplo mais conhecido, ao ter cumprido pena de prisão.
Houve leis de anistia na Argentina, no Chile ou no Uruguai, mas essas leis foram derrubadas justamente devido ao conceito mundialmente reconhecido de que o Estado não pode praticar seqüestros, torturas e assassinatos em hipótese alguma, nem sob a desculpa de combater insurreição.
Agora, após a Justiça do Pará ter rejeitado ação do Ministério Público Federal contra o coronel da reserva Sebastião Curió, acusado de sequestro e assassinato de cinco pessoas na década de 1970, o Superior Tribunal Federal, sob demanda da OAB, voltará a julgar a Lei da Anistia. O julgamento deve ser reaberto na semana que entra.
O que impressiona, em um momento como este, é que o resultado desse julgamento foi antecipado pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que está afirmando que o Supremo Tribunal Federal deve revalidar a Lei da Anistia.
Então ficamos assim: após a ditadura punir duramente todos os que conseguiu, fosse por meios legais ou ilegais, o último ditador, João Figueiredo, conseguiu garantir que, à diferença dos que enfrentaram os que usurparam o poder ilegalmente, nenhum integrante daquela ditadura jamais respondesse por nada.
Ao nos tornarmos o único país-membro da Operação Condor no Cone Sul a não punir crimes da ditadura, passamos ao mundo mensagem de que o Brasil ainda não consolidou a sua democracia, de que o que temos é um simulacro, uma mera concessão de militares criminosos que ainda chantageiam o país com ameaça de novo golpe.

MPF vai recorrer pela condenação de membros da ditadura

Do Portal Terra

O Ministério Público Federal decidiu recorrer da decisão do juiz João César Otoni de Matos, para que o coronel da reserva Sebastião Rodrigues Curió seja processado pelos crimes de sequestro contra guerrilheiros do Araguaia na década de 1970, quando o oficial ocupava o posto de major do Exército. De acordo com o órgão, os procuradores da República do Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo que atuam no caso já estão trabalhando no recurso que será dirigido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Na decisão de não receber a denúncia criminal contra Curió, o juiz Otoni Matos considerou que a Lei da Anistia impede qualquer tentativa de punir os crimes do coronel reformado. “Pretender, depois de mais de três décadas, esquivar-se da Lei da Anistia para reabrir a discussão sobre crimes praticados no período da ditadura militar é equívoco que, além de desprovido de suporte legal, desconsidera as circunstâncias históricas que, num grande esforço de reconciliação nacional, levaram à sua edição”, disse o juiz.
Para o MPF, a denúncia criminal contra Curió não questiona a Lei da Anistia e sim os precedentes do próprio STF em casos análogos, além de obedecer a decisão da Corte Interamericana, porque o Pacto Interamericano de Direitos Humanos foi assinado pelo Brasil e tem força de lei no País. “Se o Brasil não quer cumprir o pacto, o que seria uma decisão política absolutamente desastrosa em minha opinião, a adesão do Brasil tem que ser desfeita, isso tem que ser feito oficialmente. O país voluntariamente aderiu ao pacto e, a partir disso, precisa cumpri-lo, não pode se recusar toda vez que uma decisão lhe desagradar”, disse o procurador da República Ubiratan Cazetta, um dos responsáveis pelo caso.
“Estamos efetivamente dispostos a cumprir a determinação da Corte Interamericana de Direitos Humanos que deixou clara a obrigação brasileira de trazer a verdade sobres os fatos que ocorreram naquele momento, de dar uma satisfação às famílias que até hoje não sabem o que ocorreu com seus parentes e também a cumprir o precedente do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre vítimas de desaparecimento forçado”, disse Cazetta.
A decisão, citada pelo procurador, é a da Corte da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre os crimes cometidos por agentes da ditadura na guerrilha do Araguaia que determinou ao Brasil “conduzir eficazmente, perante a jurisdição ordinária a investigação dos fatos do presente caso a fim de esclarecê-lo, determinar as correspondentes responsabilidades penais e aplicar efetivamente as sanções”.
O procurador também relembra as decisões do STF em pedidos de extradição do governo argentino, no qual os ministros decidiram extraditar militares acusado de sequestro. “Embora tenham passado mais de trinta e oito anos do fato imputado ao extraditando (desaparecimento forçado de presos políticos), as vítimas até hoje não apareceram, nem tampouco os respectivos corpos, razão pela qual não se pode cogitar, por ora, de homicídio”, disse o ministro Ricardo Lewandowski, relator de um dos casos.
“Não existe convicção de que as pessoas estão mortas, portanto, é fundamental que a Justiça analise os casos, permita a produção de provas, traga à luz a história dessas vítimas. Não se pode simplesmente presumir sua morte sem mais indagações e dispensando-se a instrução processual”, disse o procurador da República Tiago Rabelo, que atua em Marabá e trabalha há mais de dois anos colhendo depoimentos e testemunhos sobre as operações de repressão no Araguaia.
“O MPF considera insuficientes os fundamentos da decisão do juiz Otoni Matos, porque afirma que a Lei de Anistia é válida e alcança fatos passados, mas não considera que ela própria, expressamente, se refere a fatos ocorridos até 15 de agosto de 1979, não se aplicando, portanto, a condutas que se prolongam no tempo, como no caso do crime de sequestro referido na denúncia, de caráter permanente, já que não se sabe o paradeiro das vítimas” explica Tiago Rabelo. A permanência do crime é o argumento determinante para os procuradores da República que atuam no caso.
Os procuradores também ressaltam que a consumação do sequestro não depende necessariamente da manutenção da vitima em cativeiro, como sugere a decisão. “O próprio STF já teve a oportunidade de tipificar fato idêntico como sequestro qualificado”, disse Rabelo. “Não estamos questionando a decisão do STF de manter a validade da Lei de Anistia. Ao negar que o processo criminal continue, a Justiça sim contraria, não só a Corte Interamericana, como o próprio STF, que permitiu extraditar militares para serem julgados pelos mesmos crimes imputados ao coronel Curió no Brasil”, conclui o procurador Felício Pontes Jr.
ONU pede para Brasil levar à frente denúncia contra Curió
De O Globo
Coronel é acusado de cinco sequestros na região do Araguaia durante a ditadura militar
RIO – A Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra divulgou na manhã desta sexta-feira um comunicado em que pede que o Judiciário Brasileiro leve à frente a denúncia do Ministério Público Federal contra o coronel Sebastião Curió Rodrigues de Moura por cinco sequestros na região do Araguaia, durante o período da ditadura militar.
O texto diz que o acolhimento da denúncia contra o militar seria “um primeiro passo crucial na luta contra a impunidade que rodeia o período do regime militar no Brasil”.
“Estamos esperançosos de que o Judiciário brasileiro vai defender os direitos fundamentais das vítimas à verdade e à justiça, permitindo que este processo muito importante vá para a frente”, diz o comunicado.
Caso a denúncia seja aceita, será a primeira ação penal do país com o objetivo de punir um militar por crime cometido na ditadura. As vítimas apontadas pelos procuradores são todas guerrilheiras: Maria Célia Corrêa, a Rosinha; Hélio Luiz Navarro Magalhães, o Edinho; Daniel Ribeiro Callado, o Doca; Antônio de Pádua
Costa, o Piauí; e Telma Regina Cordeira Corrêa, a Lia.
O presidente da Academia Brasileira de Direito Constitucional (Abdconst), Flávio Pansieri, afirmou nesta quinta-feira, ao comentar a denúncia do MPF que a “simples leitura da Constituição e da Lei deixa claro que os crimes cometidos por militares, na ditadura, não foram anistiados”. Segundo Pansieri, a ação contra Sebastião Curió é o início de uma resposta cívica aos crimes cometidos durante o regime ditatorial.
- Esperamos que seja somente o começo.
O Brasil é o único país do Cone Sul onde não houve condenações penais, por conta da Lei de Anistia de 1979, que protege os repressores de prisão e julgamentos. Em várias partes do país familiares de vítimas e promotores já apresentaram ações civis.
O procurador da República Sérgio Suiama, um dos que assinaram a ação, informou que o processo não contraria a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 153 contra a Lei da Anistia, em que o STF determina que a Lei de Anistia é válida para todos os crimes cometidos até agosto de 1979.
- Nesse caso, são cinco sequestros que continuam, por isso, a lei não beneficia o major Curió. Afirmou.
Procuradores driblaram Lei de Anistia
Segundo a denúncia do MPF contra Curió, o grupo foi sequestrado por tropas comandadas pelo militar entre janeiro e setembro de 1974. Após sessões de tortura, não houve mais notícia do paradeiro de nenhum deles. Para driblar a Lei de Anistia – que, em 1979, perdoou os ilícitos cometidos por militares e militantes -, os procuradores alegaram que o crime de sequestro é permanente enquanto as vítimas não forem encontradas. Com isso, os casos não poderiam ser enquadrados na Lei de Anistia.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que a ação ajuizada pelo MP contra o coronel pode chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja discutida se a tese sustentada esbarra na Lei de Anistia. O sequestro dos guerrilheiros começou a ser investigado em 2009.
No comunicado, a própria ONU lembra que outras tentativas de punir militares que praticaram crimes caíram por terra porque esbarravam na lei:
“Esta é a primeira vez que o Brasil está perseguindo as violações dos direitos humanos cometidas durante esse período – as tentativas anteriores foram bloqueadas por interpretações da Lei de Anistia de 1979”.
Em seu comunicado, a ONU remete ainda a uma decisão da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que declarou a Lei de Anistia inválida e que, portanto, as investigações criminais e processos deveriam prosseguir.
Em novembro de 2011, a ONU já havia parabenizado o Brasil pela criação de uma Comissão da Verdade para investigar os abusos de direitos humanos cometidos durante o regime militar. O comunicado é assinado pelo porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Rupert Colville.
*luisnassif

Juiz mandou donos da Globo demolirem mansão construída em área proibida, de preservação ambiental

 

Mansão da família Marinho, dona da Globo, construída em reserva ambiental proibida, sem autorização.
Juiz mandou demolir. Os Marinhos apelaram da decisão.
Essa notícia não sairá no Jornal Nacional:

A família Marinho, dona da TV Globo, assim como outros milionários brasileiros, foram alvos de reportagem da Bloomberg, dizendo que "Ricos brasileiros não tem vergonha de construírem suas casas em áreas de preservação ambiental".

Um trecho diz que os Marinho violaram leis ambientais para construir, sem permissão, uma mansão de 1300 metros quadrados em Paraty (RJ), além de anexarem uma área pública na praia e desmatarem floresta protegida para construir um heliporto (local para pouso de helicópteros).

Graziela Moraes Barros, inspetora do ICMBio (Instituto Chico Mendes), que participou de uma autuação na propriedade movida pelo Ministério Público, foi ouvida na reportagem. Ela disse:
"Essa casa é um exemplo de um dos mais sérios crimes ambientais que nós vimos na região... 

... muitas pessoas dizem que os Marinhos mandam no Brasil. A casa de praia mostra que a família certamente pensa que está acima da lei...

... Dois seguranças armados com pistolas patrulham a área, espantando qualquer um que tenta usar a praia pública"
, diz ela.

Um juiz federal, em novembro de 2010, ordenou a família para demolir a casa e todos os outros edifícios na área. Os Marinhos apelaram a recurso na justiça ainda não julgado. (Com informações da Bloomberg, em inglês)
*osamigosdopresidentelula

sábado, março 17, 2012

Vaticano condena bloqueio dos EUA contra Cuba!


Fonte: Vermelho através do SÍNTESE CUBANA 
Incrível! Finalmente, o Vaticano se manifestou sobre o bloqueio assassino perpetrado pelos EUA a Cuba.
A cúpula da igreja católica condenou na sexta-feira, dia 16, o bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba, em declarações que antecedem a visita do Papa Bento 16 à Ilha, na próxima semana.
“A Santa Sé considera que é algo que faz as pessoas sofrerem. Não atinge o objetivo de um bem maior “, disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.
“A Santa Sé não acredita que é um ponto positivo e útil”, disse ele em resposta a uma pergunta durante uma entrevista coletiva sobre a viagem que o Papa realiza a partir do dia 23 deste mês para o México e Cuba. Bento 16 vai visitar a Ilha pela primeira vez, entre os dias 26 e 28.

Revista Veja perde leitores e encolhe em 2011 Ja vão Tarde


*Opensadordaaldeia

Rir é o melhor remédio: "A mão você lava, o pé você lava, a mão você lava e o C* você limpa"


*Mariadapenhaneles

Candidatura de Fernando Haddad atrai intelectuais que tinham se afastado do PT

 

Vera Rosa, de O Estado de S.Paulo
A campanha de Fernando Haddad (PT) à Prefeitura de São Paulo vai resgatar intelectuais afastados da política e principalmente do PT desde o escândalo do mensalão, em 2005. O programa de governo do ex-ministro da Educação terá participações especiais de renomados pesquisadores e professores universitários, que se distribuirão em comissões temáticas para discutir os principais problemas da capital.
O diagnóstico será somado a pesquisas encomendadas ao publicitário João Santana, responsável pela propaganda de TV do candidato, com o objetivo de verificar as prioridades da população. "O que se observa, hoje, é um divórcio entre a sociedade e a administração. A ideia é que a campanha de Fernando Haddad crie um movimento suprapartidário para um processo de reflexão sobre a cidade", resumiu o cientista político Aldo Fornazieri, coordenador técnico do programa de governo.
Há uma semana, cerca de 100 intelectuais – entre pesquisadores e professores da USP, Unicamp, Unifesp e Fundação-Escola de Sociologia e Política – reuniram-se com Haddad. Muitos afastados da política partidária, decidiram colaborar com a campanha e se reaproximar do PT. Na lista constam nomes como Olgária Matos, Ruy Fausto, Leda Paulani, Ricardo Carneiro e Walquíria Leão Rego.
O primeiro seminário temático da plataforma de governo, sobre educação, está marcado para este sábado, 17, e será coordenado pelo professor Mário Sérgio Cortella.
"Ponho minha mão no fogo pelo Fernando, mas, se ele estivesse com Kassab e Meirelles no palanque, ia votar quietinha, mas não participaria", disse a professora titular do Departamento de Economia da USP, Leda Paulani, numa referência ao prefeito Gilberto Kassab (PSD) e ao ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. "Seria contraditório com tudo o que escrevi."
Integrante do PSD de Kassab, Meirelles chegou a ser cotado para vice de Haddad, mas a aliança com o PT naufragou depois que o ex-governador José Serra (PSDB) entrou no páreo. A professora respirou aliviada e promete ajudar no programa. Ela se desfiliou do PT depois da crise do mensalão e diz estar feliz por voltar a "lutar de novo" na política. "Sabemos como o Fernando pensa e ele tem a capacidade de aglutinar as pessoas. Se fosse outro candidato do PT, seguramente não teria", disse a economista.
Resgate da militância. Para a professora Walquíria Leão Rego, do Departamento de Ciência Política da Unicamp, os intelectuais de esquerda estão dispostos a resgatar a militância política. "Chegou o momento crucial e há o sentimento de que temos de fazer alguma coisa, mesmo sem tribuna. Não podemos deixar que o Serra faça com o Haddad o que fez com a Dilma em 2010", argumentou Walquíria, numa alusão ao confronto religioso que marcou a campanha entre o ex-governador e a petista Dilma Rousseff, eleita presidente.
"Para os tucanos, o combate em São Paulo é de vida ou morte", disse a socióloga, autora de vários estudos acadêmicos sobre o Bolsa Família.
A plataforma de Haddad terá a educação como eixo e propostas para a descentralização dos espaços públicos. O candidato do PT avalia que todos os equipamentos municipais devem conter mensagens educativas e baterá nessa tecla, embora saiba que Serra, seu provável adversário, tentará puxar a briga para os problemas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).
As comissões temáticas encarregadas de apresentar propostas do programa de governo terão dois coordenadores: um será indicado pelo PT e outro, pelo grupo de intelectuais. O comitê de Haddad promoverá, ainda, seminários sobre vocação econômica de São Paulo, desenvolvimento e inovação, meio ambiente e economia verde, saúde, transportes e mobilidade urbana.
*esquerdopata

Ingratidão e falta de memória. Os carrascos da Europa

A Alemanha regista a pouco honrosa distinção de ter entrado em bancarrota em 1920 e em 1953. Da última vez, Berlim contou com a ajuda financeira da Grécia

A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória. Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro para fazer mover a actividade económica do país.   Tal qual como a Grécia actualmente.
A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street.   O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela França e pelo Reino Unido.
Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós--guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953.   O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.

O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia.   As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial.   Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.

Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.

Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.   Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros.
Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome).   Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.

Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia?   Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.

Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel.   Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.   “Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores”, disseram ao jornal “Bild”.
Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à “Spiegel” que a Alemanha foi o pior país devedor do século xx.   O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.

“No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória”, afirmou.   “Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa.   Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido”, sublinha Ritsch.   O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas.  

A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países.   Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.
 
*Guerrasilenciosa