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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, junho 17, 2012

China manda mulher para o Espaço


Programa Espacial Chinês Leva Primeira Mulher ao Espaço







Pequim, hoje, 16 jun - A China lançou neste sábado a nave tripulada Shenzhou 9, a quarta do programa espacial chinês, com a primeira mulher chinesa astronauta, informou a rede de televisão 'CFTV'.


A nave decolou às 18h30 locais (7h30 de Brasília) do Centro de Satélites de Jiuquan, no Deserto de Gobi, com condições climáticas consideradas excelentes pelos especialistas. Os técnicos passaram o dia esperando que o vento fosse reduzido dos 10 metros por segundo.

O chefe militar do programa espacial tripulado chinês, Chang Wanquan, anunciou neste sábado que o lançamento da nave Shenzhou 9 mediante um foguete modificado foi um sucesso, assim como sua entrada em órbita.

Trata-se da quarta viagem espacial de uma nave tripulada chinesa. As outras três foram em 2003, 2005 e 2008.

Segundo a agência de notícias oficial 'Xinhua', a nave espacial chinesa completará dentro de dois dias sua missão de acoplamento com o primeiro módulo-laboratório espacial chinês Tiangong 1, lançado em setembro passado.

Após o acoplamento, os astronautas entrarão no laboratório espacial para desenvolver experimentos científicos e testes técnicos.

O Tiangong-1 foi criado para sustentar o trabalho e vida dos astronautas durante os dez dias que durará sua permanência no espaço, a mais longa de tripulantes chineses.

Liu Yang foi selecionada entre um grupo de mulheres casadas e sem filhos e, junto aos outros dois tripulantes homens, teve de superar diversos testes físicos.

O projeto espacial chinês inclui a substituição do Tiangong-1 por uma estação espacial em 2020, onde uma tripulação possa viver de forma independente durante vários meses.

De acordo com dados oficiais, no final de 2011, a China tinha lançado ao espaço 20 foguetes e 25 satélites, o que a situa no segundo posto em número de lançamentos, atrás somente da Rússia.



Erundina é Erundina, Marta
é Marta. Cadê o Francis ?

Não se deixe enganar pelo titulo da capa da Folha (*), talvez redigido por um cripto-cerrista.

Não se deixe enganar pelo titulo da capa da Folha (*), talvez redigido por um cripto-cerrista.

Vá direto ao teor da entrevista da Erundina, que, espero, gravou o que disse o repórter da Folha:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/49332-erundina-questiona-apoio-de-maluf-e-critica-slogan-do-pt.shtml

Erundina questiona apoio de Maluf e critica slogan do PT

(…)

A senhora se sentiria confortável participando de eventos ao lado de Maluf?

Não acredito que Paulo Maluf participará de eventos públicos comigo e com Haddad. Isso é contraproducente do ponto de vista eleitoral. Eu evitaria essa situação porque cria mal-estar na relação com o povo, que sabe quem é Maluf, que sabe quem é a direita nessa cidade, que continua no poder reproduzindo privilégios.

Em 2004, a senhora não quis apoiar Marta no segundo turno porque dizia que o debate eleitoral foi pobre. Agora se desenha uma campanha cujos slogans lembram disputa entre o “novo” e o “velho”. Isso a desagrada?

Esses valores não são pedagógicos numa campanha. Você termina negando uma realidade que é própria dessa sociedade, em que a terceira idade cresce e exige nova postura e nova forma de ver o problema geracional.

O slogan do “novo” é preconceituoso?

Sim, é ruim porque pode reforçar preconceitos. Em partidos como os nossos temos que lutar para conquistar poder, mas temos que ter ação pedagógica.

Não é um papel menor ser candidata a vice para quem já foi prefeita?

Claro que não. Modéstia à parte, eu tenho o que contribuir. E nossa tarefa não é só administrar, o que nos diferencia é o respeito ao povo.

A senhora conhece Haddad bem?

Não. Ele esteve no governo, se não me engano da Marta. Mas não convivi muito. Acompanhei mais de perto no ministério. É um moço idealista, que tem potencial. A gestão no MEC foi positiva, as dificuldades com o Enem foram mais administrativas. Temos que julgar pelo aspecto político.

Acredita que o PSB deveria deixar o governo Kassab?

Não só o municipal, mas o estadual também. Questão de coerência.

Acredita ter algum papel no engajamento da senadora Marta na campanha?

Vou querer saber pessoalmente os motivos da sua resistência. Temos relação de confiança, respeito.

Seu ingresso preenche a lacuna dela?

Nada disso. Eu sou eu, Marta é Marta. Eu sou o povo, minha origem é nordestina, família pobre. Não sou de família tradicional, nem de sobrenome.

Teme que sua presença nas visitas, sobretudo à periferia, ofusque o candidato, menos conhecido?

As pessoas confiam em mim. Sabem que eu não escolheria ninguém que não vá governar com o povo. Eles me conhecem e confiam nas minhas decisões.

Navalha
Nenhum membro do PiG (*) perseguiu mais a prefeita Erundina que a Folha.
Naqueles tempos obscuros, sem a blogosfera, o campeão do preconceito e da ira contra a nordestina foi o Pai de todos os modernos colonistas (**) Paulo Francis, a começar pelo de múltiplos chapéus, que nele se inspirou, ainda em Nova York.
O que é o destino, amigo navegante.
Você vai à livraria, procura os “romances” do Paulo Francis e o vendedor tem que ir ao computador, porque nunca ouviu falar dele.
E a Erundina está aí.
Na Comissão Parlamentar em Defesa da Liberdade de Expressão.
Na Comissão da Verdade – II.
E na chapa que vai derrotar o Cerra em São Paulo.
Como diz esse ansioso blogueiro aos que pensam que o Peluso vai condenar o Dirceu:
Os mervais somem na poeira da estrada (e da estante dos sebos).
Os votos no Supremo ficam marcados na Memória da História.
Em tempo: o ansioso blogueiro discorda da ilustre deputada Erundina. O “novo” contra o “velho” não contém preconceito: apenas acentua o caráter renovador da chapa Haddad-Erundina, diante do Cerra (quem será o vice ? – Rita Camata, Álvaro Dias, Indio, Piva, Goldman ?) e sabe-se lá quem.
Cerra são dezoito anos de coronelismo tucano.
Que fazia muito sucesso com o Francis – e faz até hoje com seus descendentes.
Em tempo2: e a Marta, amigo navegante ? E a Marta ? Vai fazer como o ex-marido e entrar para o PSDB, justamente no ocaso do PSDB ?
Em tempo3:

O Conversa Afiada reproduz e-mail enviado pelo Igor Felippe, que lê o Estadão …:

Lições do PIG: como criar uma crise em uma chapa


Por Igor Felippe

Os repórteres Fernando Gallo e Julia Duailibi, de O Estado de S. Paulo, entrevistaram a deputada Luiza Erundina (PSB), pré-candidata a vice-prefeito na chapa de Fernando Haddad (PT) na disputa pela Prefeitura de São Paulo.


Clique aqui para ler a entrevista: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2012/06/16/nao-vou-estar-confortavel-no-mesmo-palanque-que-maluf-diz-erundina/


Antes, abaixo, leia as perguntas.


Nenhuma pergunta sobre a cidade. Nenhuma pergunta sobre a gestão do Gilberto Kassab. Nenhuma pergunta sobre os desafios de São Paulo. Nenhuma pergunta sobre o trânsito caótico na cidade. Nenhuma pergunta sobre os problemas na educação. Nenhuma pergunta sobre a cracolândia e a favela do Moinho. Nenhuma pergunta sobre os moradores de rua que se multiplicam no centro. Nenhuma pergunta sobre o que representa a candidatura José Serra.


Nenhuma pergunta sobre o que é, de fato, relevante.


Só perguntas sobre o PT (sobre a saída dela, as mudanças no partido, as alianças para governar…), sobre o apoio do Paulo Maluf e sobre a ausência da senadora Marta na campanha (vejam abaixo as perguntas).


O que o Estadão queria com essas perguntas? De certo, uma crítica ao PT, ao governo Lula/Dilma, à senadora Marta ou ao apoio do Maluf. Queria criar uma crise na campanha do Haddad.


E “manchetar”..Depois de insistir, conseguiram uma declaração:

- ‘Não vou estar confortável no mesmo palanque que Maluf’, diz Erundina


Poderia ser outra a manchete:

- A gente vai ganhar as eleições e governar a cidade com o povo, diz Erundina


O Estadão não liga para o povo. Mas dá lições de como fazer do jornalismo um instrumento para atacar uma candidatura.


Abaixo, as perguntas que o Estadão fez para Erundina.


Estado: A sra. decidiu tomar um rumo diferente do PT 15 anos atrás. Agora voltam a se juntar. Mudou a sra ou mudou o PT?

Estado: Mas por que o realinhamento com o PT?

Estado: Por que vale em 2012 e não valeu em 2004?

Estado: As feridas já estão cicatrizadas? A senhora dividiu na sexta a mesma mesa com o Rui Falcão, que esteve em trincheiras opostas as da senhora no PT na década de 90.

Estado: A sra. disse que é amiga da Marta e que vai tentar trazê-la para a campanha. O que explica a ausência dela? Ressentimento?

Estado: Líderes do PT já afirmaram que ela está cometendo um grave erro político. Está?

Estado: O PT mudou ao chegar ao poder?

Estado: A sra. está dizendo que o PT se tornou mais pragmático?

Estado: O PT fez muitas concessões? Perdeu a coerência?

Estado: Alianças com Sarney, Jader, Renan… Isso é bem real, não?

Estado: A sra. combateu o deputado Paulo Maluf durante parte muito importante de sua carreira política. Que avaliação a sra. faz da entrada dele na campanha?

Estado: Tivesse sido consultada, diria ‘não’?

Estado: A sra. foi surpreendida pelo apoio?


O que vão perguntar para o Serra?


Agora, leia a entrevista: http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2012/06/16/nao-vou-estar-confortavel-no-mesmo-palanque-que-maluf-diz-erundina/


Em tempo4: ao Cerra, Igor, vão perguntar sobre o câmbio. -PHA
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Justiça a Orlando Silva seria reconduzí-lo ao cargo, com um pedido de desculpas do PIG

 Por Gilberto de Souza - do Rio de Janeiro
mídia
Orlando Silva foi tratado como lixo em veículos de comunicação da imprensa golpista
O ditado mineiro do ‘pau que bate em Chico também bate em Francisco’, bem aplicado, oferece à administração da presidenta Dilma Rousseff a oportunidade única de transmitir uma lição exemplar. Dilma deixou claro que, para trabalhar na equipe dela, é preciso ter ‘ficha limpa’, como é de gosto dos legalistas, e sequer merecer uma citação que seja nos meios conservadores de comunicação, ainda que estes jornais, revistas e canais de TV defendam, veladamente, a permanência dos esquemas criminosos de contraventores, latifundiários escravagistas, corruptos ligados à extrema-direita e outros bichos desta fauna. Fazem parte do bioma político. Para combatê-los, felizmente, estabelece-se ablogosfera, este organismo suprapartidário e independente, formado por centenas de cabeças e cérebros brilhantes o suficiente para enfrentar os canhões dos diários a serviço da selvageria, e seguir vencendo a batalha por marcos regulatórios na mídia nacional.
Hoje, no país, não apenas o que concerne à parte física, os aparelhos de trasmissão, torres, satélites, a infra-estrutura em si, essa parafernália que mantém os celulares, a internet e os canais de TV no ar, mas a quase totalidade da produção de notícias e entretenimento, o conteúdo intangível dos meios de comunicação, a maior parte é de propriedade da iniciativa privada. Até a privatização das teles, no governo de Fernando Henrique Cardoso, o meio físico de transmissão de dados estava disponível para qualquer cidadão brasileiro.
Obviamente, com o entulho autoritário que até hoje teima em sobreviver na máquina pública, esse ‘qualquer cidadão’ não era bem assim. Na ditadura, imposta para a defesa dos interesses capitalistas, em linha com os EUA, uns cidadãos são mais cidadãos do que outros. Como denuncia o best seller do jornalista Amaury Ribeiro, A Privataria Tucana, diante o despejo inexorável nas urnas, na eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trataram de passar os bens públicos para as corporações privadas, aliadas ao governo da época, e seguiram adiante, ainda que esfacelados, no que restou de partidos como o DEM e o PSDB, ora em fase de reorganização no PSD, do prefeito paulistano Gilberto Kassab. Dinheiro, para essa turma, não falta.
Eleição após eleição, as agremiações partidárias apoiadas por aqueles donos da mídia perdem espaço político no Congresso. Mas o poder segue intocado no cartel dos veículos de comunicaçãoliderado por Veja, principal título daEditora AbrilO Globo, expoente impresso das organizações de propriedade da família Marinho, dona também da Rede Globo mais uma teia de afiliadas e retransmissoras de sinais de rádio e TV; os paulistanos Folha e Estado de S. Paulo e mais meia-dúzia de três ou quatro grupos familiares, todos ligados entre si.
Titulares de uma fatia considerável das cadeiras no Parlamento, os grupos econômicos internacionais que sustentam o cartel da mídia não têm nada de idiotas. Já perceberam o constante distanciamento dos interesses públicos daquele ideal de Estado mínimo defendido até o ocaso da Era FHC, já se vai uma década. De lá até agora, as mudanças têm ocorrido de sorte que o avanço não signifique a ruptura do tecido social e descambe para uma situação de conflito capaz de atingir, em cheio, o atual quadro econômico favorável do país, em meio a uma grave crise mundial. Isso é tudo o que os inimigos dos brasileiros querem.
Percebe-se, assim, que a presidenta Dilma pisa em ovos. Ainda mais quando precisa quebrar alguns para manter o peso do seu governo bem distribuído, de forma a não fazer uma gemada só. Por isso, difícil acreditar que os mecanismos de inteligência do país sejam tão obtusos a ponto de somente produzir arapongas para o esquema criminoso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e nenhuma outra informação relevante. Custa crer que, nos relatórios confidenciais entregues durante o café da manhã presidencial não constasse uma linha sequer sobre a ligação entre a mídia esgoto, que destila os piores venenos contra a inquilina do Palácio do Planalto, e a quadrilha que sangra os cofres públicos. A realidade, porém, é que se soube, se estava por dentro, manteve o olhar de federalista alucinada e, refém do bullyng midiático, continua até agora a liberar o apoio bilionário às organizações mantidas pela força do capital internacional, com a desculpa de que não há marcos regulatórios suficientes para romper a barreira do cartel que comanda o setor das comunicações no Brasil. E, assim, segue sustentando cada um deles com verba pública aos borbotões. Páginas e mais páginas de publicidade. Anúncios de 30 segundos que são uma beleza. A festa não para. Não enguiça.
Evidentemente, esta é uma situação ingrata, desconfortável para a mulher que sustenta o discurso reto de quem apanhou muito na vida até chegar ao posto mais alto da República. Da mesma forma, é de se pressupor que alguém como o jornalista Franklin Martins, que durante oito anos trabalhou para desvendar os meandros desse pântano do setor midiático brasileiro e ramificações e efluentes, não teve todo o esforço jogado no lixo, ainda que nada, ou pouco, tenha acontecido até agora para se acreditar no contrário, em alguma mudança no horizonte da regulamentação do uso de verbas públicas para o setor.
Mas a Justiça há de ser feita, se valer a sabedoria popular que mineiros como a presidenta valorizam tanto. Se o pau cantou para as bandas do então ministro dos Esportes, Orlando Silva, transformando-o no ‘Chico’ do noticiário que escorre a céu aberto, a ponto de ser tratado como lixo naOperação Faxina, como foi batizada no bordão dos espirratintas de aluguel, o mínimo agora é redimí-lo, após unanimemente inocentado – por absoluta falta de provas – pela Corte que o julgou.
Está na hora, então, do pau cantar nos ‘Franciscos’ que o prejulgaram. Nos representantes do cartel midiático que atiraram uma pá de lama no nome de um cidadão honrado que, ao longo de um ano inteiro, foi tratado como pária. A pancada mais séria, porém, muito mais do que agilizar o trâmite dos marcos regulatórios da mídia, seria reconduzir Orlando Silva ao cargo, do qual foi apeado pela calúnia, prática tão comum no manual de redação dos militantes desse Partido da Imprensa Golpista (PIG), que ainda deverá um solene pedido de desculpas ao ex-ministro.
Gilberto de Souza é editor-chefe do Correio do Brasil.

sábado, junho 16, 2012

 Luiza Erundina diz à Fernando Haddad: "Estou imensamente feliz por estar ao teu lado, da tua juventude, da tua liderança suave..."


Luiza Erundina diz à Fernando Haddad: "Estou imensamente feliz por estar ao teu lado, da tua juventude, da sua liderança suave. Você não é uma figura dura, agressiva, ..."


Assista:

*Mariadapenhaneles

O capitão do mato e o genocida

do Bourdoukan



Este é um texto carregado de indignação.
Os leitores  vão entender o por que quando chegarem ao final.
Mas antes observem  a imagem.
E vejam se conseguem entender.
Nenhum sorriso dos dois infelizes.
E não poderiam.
Os dois sabem que estão conspurcando a tal Medalha da liberdade.
O capitão do mato, postado atrás, tenta amarrar a coleira no pescoço do genocida.
Um e outro foram agraciados pelo Nobel.
Alias esse prêmio está mais desmoralizado que a ONU.
Se Hitler estivesse vivo, hoje estaria postando essa regalia.
E também o de defensor dos direitos humanos.
Em nome da paz, claro.
E agora explico aos leitores a indignação, a ponto de sequer nominar os personagens.
É que me encontrava na aprazível companhia de Bach e de uma de suas obras mais sublimes, as Variações Goldberg, na interpretação do não menos genial Glenn Gould, quando, ao apertar a tecla do computador, eis que me surge a indefectível imagem que vocês vêem acima.
Sinceramente, precisei até tomar um remédio para desopilar o fígado.
É desumano, é sádico o que aconteceu.
Imaginem, ouvir Bach-Gould, tendo a imagem dos inauditos.
Não é cruel isso?
Me pergunto: como é possível que a humanidade conceba um Bach-Gold e uma dupla ( agora  os nomino) Obama e Peres?
E para poupá-los dessa impiedade, convido-os a se deleitar com essa dupla maravilhosa.


*GilsonSampaio

Máquinas de felicidade - 1 de 5

Narradores do Açu - Eike Batista / Cabral X Povo



Espaço marcado pelas mãos dos trabalhadores, que com muito suor dedicaram suas vidas a cuidar do campo é retirado sem dor. Produtores rurais do 5º Distrito de São João da Barra não tiveram tempo de contar suas histórias, só tempo para retirar seus pertences e deixar suas lembranças para trás. Suas terras desapropriadas serão utilizadas para a construção de estaleiros do Porto do Açu, com investimentos avaliados em mais de um bilhão de dólares, valor que não paga uma história de vida. Ana Paula Medeiros 
*JaneMoreira

Chile Allende vive


Revista mostra trechos bíblicos cuja existência crentes fingem não saber

A reportagem de capa da Superinteressante de junho é “A Bíblia como você nunca leu”. Trata-se dos trechos bíblicos que propagam, com candura, sacrifícios humanos, morte para virgens defloradas, poligamia, bebedeira e por aí vai.
As perversidades bíblicas têm sido destacadas à exaustão, mas ainda assim a reportagem é oportuna porque ocorre cada vez mais com frequência a exaltação por vereadores e deputados da Bíblia como “padrão de moralidade”. 
Recentemente na Assembleia Legislativa de Goiás, por exemplo, a leitura da Bíblia se tornou obrigatória no começo das sessões para garantir “um ambiente de princípios e de harmonia entre os deputados”. 
O deputado evangélico Daniel Messac (PSDB), autor da lei dessa obrigatoriedade, agiu como só existisse uma parte da Bíblia, a "boa", e não também a "ruim", a podre, e como se esta não contaminasse aquela. E assim tem sido nas pregações de pastores e de padres, nos sermões televisivos, nos livros religiosos. Tudo sem questionamentos dos fiéis. 
maio de 2012

Seguem trechos do texto de Alexandre Versignassi e Tiago Cordeiro.

Maridos & esposas


Rei Salomão e suas esposas
Rei Salomão teve 
700 mulheres
O Velho Testamento deixa claro que as mulheres deveriam ser funcionárias de seus maridos, com deveres e direitos. Se uma esposa fosse “demitida” pelo parceiro, por exemplo, ela podia ganhar uma carta de recomendação, para a moça utilizá-la como trunfo na hora de tentar uma vaga de mulher de outro sujeito.

A poligamia era regra. Tanto que o primeiro caso aparece logo no capítulo 4 do primeiro livro da Bíblia: “E tomou Lameque para si duas mulheres” (Gênesis). A situação era tão comum que vários dos personagens mais importantes do Antigo Testamento viviam com mais de uma esposa sob o mesmo teto.

[...] Nunca na história do Livro Sagrado houve maior predador matrimonial que Salomão, o rei: foram 700 esposas. Setecentas de papel passado, já que o sábio soberano ainda mantinha 300 concubinas.

O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas cartas, são Paulo recomenda que os líderes da nova comunidade cristã tivessem apenas uma esposa porque “assim eles teriam mais tempo para dedicar aos fiéis”.

“O cristianismo só refuta a poligamia quando se aproxima do poder em Roma, que proibia essa prática”, afirma o historiador Marc Zvi Brettler. Como escreve santo Agostinho no século 5, “em nosso tempo, e de acordo com o costume romano, não é mais permitido tomar outra esposa”.

“As mulheres sejam submissas a seus maridos.”
(Colossenses, 3, 18)

Bíblia não condena aborto nem a poligamia, afirma estudioso.
novembro de 2010

Sexo


Virgem bíblica
Para se casar, mulher
tinha de ser virgem
Uma série de regras estabelece como deve ser a vida sexual: toda mulher tem de se casar virgem, ou então poderá ser dispensada pelo marido.

As leis sexuais eram bem abrangentes: “Quem tiver relações com um animal deve ser morto”, diz o Êxodo. E a masturbação também não pode. Como diz o sutil são Paulo: “A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao marido. E o marido não pode dispor de seu corpo: ele pertence à esposa.”

“O sexo na Bíblia é cheio de contradições”, diz o arqueólogo Michael Coogan, autor de God and Sex (Deus e o Sexo). “É de se desconfiar que fossem realmente levados a sério naquela época.”

E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia.” (Gênesis, 29, 30)

Bíblia é tão machista como Corão: ambos mandam a mulher se calar.
por Lukretia em maio de 2011

Negócios e finanças


A cobrança de juros é proibida. As ordens se repetem ao longo da Bíblia, sempre em tom firme: “Não tomarás deles juros nem ganho” (Levítico). [...] Mas existe uma exceção: nos casos em que o empréstimo é concedido a um não judeu (“um estranho”, nas palavras de Deuteronômio) é permitido praticar a usura. Até por isso os judeus se tornaram os grandes banqueiros da Idade Média.

Se o Livro Sagrado proíbe a cobrança de juros, mas só entre judeus, o mesmo vale para a escravidão. Você pode ter escravos, contanto que “sejam das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas”, diz o Levítico.

“Ao estranho, emprestarás com juros.” (Deuteronômio 23:20)

Marvado vinho


Jesus transforma água em vinho
Água vira vinho: primeiro
milagre de Jesus
O álcool nem sempre foi consumido com moderação na Bíblia. A palavra “vinho” é citada mais de 200 vezes, e os porres são frequentes: Noé é embebedado pelas filhas, e Amnon, filho de Davi, está mais pra lá do que pra cá quando é assassinada por ordem de seu irmão Absalão — a interessar: foi pelo crime de ter estuprado a própria irmã, Tamar.

“Os sacerdotes são orientados a não beber antes de entrar no tempo, e o álcool é relacionado à perda de controle pessoal e da capacidade de diferenciar o bem do mal. Mas nada no texto bíblico proíbe o consumo”, diz o historiador Marc Zvi Brettler.

O álcool chega a ser recomendado para curar os males da alma. Está em provérbios: “Daí bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espíritos”.

E tem o primeiro milagre de Jesus: transformar água em vinho — segundo o evangelista João, no melhor vinho da festa.

São Paulo vai mais além: recomenda a um discípulo, Timóteo, que troque a água pelo vinho.

“O chefe do serviço provou [o vinho que Jesus criara a partir da água] e falou com o noivo: ‘Tudo guardaste o melhor vinho até agora!’” (João 2, 7-10)

Vinho feito em abadia é símbolo de alcoolismo na Escócia.
fevereiro de 2010

Saúde e educação


[...] Ao longo da infância, os pais têm a obrigação de repassar a eles a palavra de Javé. Já o Novo Testamento é mais pedagógico, digamos assim: enfatiza a educação pelo bom exemplo dos pais. [...] Quando não funcionar, o Antigo Testamento indica que um bastão flexível deve ser usado para bater nos desobedientes. O objeto tem até nome, vara da correção, e é indicado para qualquer situação em que o pai considere que a criança não seguiu suas instruções. “A vara e a repressão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesa envergonha a sua mãe” (Provérbios).

“O sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pelo na praga se tornou branco, (...) é praga de lepra; o sacerdote o examinará, e o declarará por imundo.” (Levítico 13:3).

Malafaia cita castigo bíblico à vara contra lei que pune pais violentos.
dezembro de 2011

Homossexualidade


Davi e Jonatas, amor homossexual
Rei Davi e Jonatã: 
amor homossexual
O amor entre homens era punido com a morte — a não ser que você fosse o rei Davi. Os livros Samuel I e Samuel II contam a história da amizade entre ele e Jonatã, filho do rei Saul, antecessor de Davi e candidato natural ao trono de Israel. Davi acaba escolhido para a sucessão, mas isso não abala o relacionamento dos dois. Está escrito: “A alma de Jonatã se ligou com a alma de Davi. E Jonatã o amou, como à sua própria alma” (Samuel I).

Em outra passagem, Jonatã tira todas as roupas, entrega a Davi e se deita com ele. “E inclinou-se três vezes, e beijaram-se um ao outro” (Samuel I). “Esse relato incomoda os intérpretes tradicionais da Bíblia, que tentam explicar a relação como uma forte amizade, e o beijo como um costume comum entre homens”, diz o historiador finlandês Martii Nissinem, da Universidade de Helsinki e autor de Homoeroticism in the Biblical World (Homoerotismo no Mundo Bíblico). “Mas é difícil negar a referência à homossexualidade nesse caso, mesmo que a lei judaica a proíba expressamente.”

Para alguns especialistas, o Antigo Testamento também sugere um relacionamento homossexual entre duas mulheres, Noemi e sua nora Rute. Está no livro de Rute um trecho em que ela diz a Noemi: “Aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu. Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada”.

“Estou angustiado por causa de ti, Jonatã. Mais maravilhoso me era teu amor do que o amor das mulheres.” (Samuel II 1, 26).

Anglicano apoia união gay e diz que rei Davi gostava de homem.
agosto de 2011

Sacrifício


Abraão prestes a matar seu filho Isaac
Abraão por pouco não 
matou seu próprio filho
Muito sangue jorra na Bíblia. Abraão é orientado a sacrificar seu próprio filho Isaac a Javé — e teria obedecido, caso um anjo não aparecesse no ultimo minuto dizendo ser tudo um teste para sua fé. Além disso, durante os 40 dias em que Abraão detalha suas regras ao patriarca, Deus exige uma série de sacrifícios de animais.

Os rituais são descritos com grande riqueza de detalhes. Moisés manda matar e drenar 12 bois. O sangue é colocado numa tina. Metade é lançada no altar e o resto sobre a multidão. Carneiros abatidos são esfregados no corpo de fiéis, que seguram seus rinas nas mãos para oferecê-los a Javé. Pedaços de bichos são queimados sobre o altar. Era uma forma de trocar favores com os deuses.

“O sangue é o maior símbolo da vida. Ao usá-lo em rituais, os fiéis reforçam seu vínculo com a divindade e se purificam”, diz Richard Friedman. [...] ”Na interpretação cristã posterior, o próprio Jesus é considerado o sacrifício final, que limpa os pecados da humanidade de forma definitiva, o que dispensa a morte de animais.”

“Derramar-se-a seu sangue me volta do altar. Será oferecida a cauda, a gordura que cobre as entranhas. Os dois rins e a pelo que recobre o fígado.” (Levítico 7, 2-4).

Sacrifício de animais esconde o fundamento espúrio das religiões.
junho de 2011

Crime e castigo


Levítico manda matar as
prostitutas a pedradas
Sequestro, adultério, homossexualidade, prostituição.... Tudo dava pena de morte. Até fazer sexo com uma virgem poderia custar a vida do “criminoso”. Adorar outros deuses também trazia problemas sérios. Moisés mandou matar 3 mil judeus por causa disso.

O Levítico também manda matar prostitutas a pedradas. Não caso de a moça ser filha de um sacerdote, a punição é pior: “Com fogo será queimada”.

Em geral, a pena de morte por apedrejamento não precisava ser julgada pelos sacerdotes. A maioria dos crimes recebia punição na hora, diante de um grupo de pessoas que presenciaram a cena ou que estavam por perto da cena do crime.

O Antigo Testamento estabelece que toda mulher menstruada é tão impura que até mesmo os lugares onde ela senta devem ser evitados. Se um homem encostar na esposa, na mãe ou na irmã nesse período do mês, ele não pode sair de casa por sete dias. E, se o fizer, pode ter de pagar uma multa.

Como o Antigo Testamento não aceita o aborto, é crime provocá-lo, mesmo que por acidente, mas a pena depende da gravidade da situação.

Em caso de roubo e furto ou qualquer outro prejuízo ao patrimônio alheio, a pena é o pagamento de 4 vezes o valor do bem que foi levado ou destruído. Se a pessoa que cometeu a infração não tivesse condições de pagar, podia ser vendida como escrava.

“Quando houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade, e se deitar com ela, então trarei ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis, até que morram.” (Deuteronômio 22:23-24)

Ateus suíços querem proibir a Bíblia às crianças por conter crueldades.

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