Estou vendo muita gente que sempre votou no Serra, FHC, Kassab e no
próprio Maluf dizer agora que nunca mais votará no Lula por causa das
alianças do PT.
Páginas
Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, junho 19, 2012
Brics concordam em criar fundo comum de reservas internacionais
Ele disse que os Brics concordaram em criar de um fundo comum de reservas internacionais e acenaram com a possibilidade de assinatura de acordo de swap (troca de moedas) entre os países do grupo.
“Os Brics estão fortalecendo sua
estrutura financeira. Esse fundo é algo importante para a confiança. Nos
vamos criar uma solidariedade financeira entre nós, portanto, seremos
ainda mais seguros e mais fortes do que já somos”, disse o ministro.
*osamigosdopresdientelula
Os idealistas trabalham de graça
Quando eu tinha meus 20 anos e era chefe de reportagem do "Jornal de
Jundiaí", certa vez fiquei pelo menos umas três horas trancado na sala
do dono da empresa, tentando arrancar dele um aumento para alguns
companheiros de redação, ainda mais novos que eu.
Naquele tempo ainda acreditava que o jornalismo era mais que um simples
trabalho, era um ofício com poder transformador - como muitos,
sinceramente achava que as palavras tinham força.
Não me lembro bem do fim da nossa conversa, acho que não consegui nada
para os meus colegas, mas me recordo exatamente de uma frase dita pelo
tal patrão, com certeza o pior de todos que já conheci. A frase, porém,
tal o seu grau de cinismo, era muito boa:
- Adoro os idealistas, pois eles trabalham por pouco, não preciso pagar quase nada para eles.
E assim passei grande parte de minha vida vendo os idealistas morrerem
paupérrimos por seus ideais e os maus patrões ficarem cada vez mais
ricos.
Ou então assistindo os idealistas entrarem em batalhas de mãos limpas,
desarmados, cheios de boas intenções, os corações puros e as mentes em
êxtase - e serem trucidados com a facilidade com que a gente esmaga os
insetos.
Lula foi um idealista. Como idealista perdeu a eleição em 1982 para o
governo do Estado, concorreu à presidência e foi derrotado em 1989,
perdeu novamente em 1994 e mais uma vez em 1998.
Lula perdeu todas as eleições majoritárias que disputou enquanto foi um
idealista e subia nos palanques tendo como companhia apenas a sua fúria
de idealista.
E enquanto vociferava slogans revolucionários de idealista o país afundava.
Um belo dia, Lula resolveu que se quisesse ser um vencedor não bastava ser um idealista.
Entendeu que sozinho o PT não iria nunca ser vitorioso, que precisava
fazer alianças com gente de fora para ter alguma chance eleitoral.
Compreendeu que só os idiotas ou suicidas entram numa guerra desarmados.
A partir daí, a história do Brasil mudou, queiram ou não seus inimigos de variados matizes ideológicos.
A sua foto com Maluf, celebrando o apoio do PP à candidatura de Fernando
Haddad, sei bem, chocou os idealistas. Não vou perder tempo tentando
convencê-los de nada: cada um pensa o que quiser, julga os outros como
bem entender, vota em quem achar que merece o seu voto, ou simplesmente o
anula.
Como já estou numa idade que me impede de buscar o ouro no fim do
arco-íris ou de me aprofundar em discussões sobre o sexo dos anjos,
achei que a foto de Lula com Maluf é apenas parte de um jogo muito
difícil de ser jogado e entendido por quem não é do ramo, mas que se
resume no seguinte: é melhor ganhar um aliado que um inimigo, é melhor
somar que dividir, é melhor ter mais tempo de propaganda que o
adversário, é melhor se mostrar flexível que intransigente, é melhor ser
inteligente que estúpido.
Penso assim: cada idealista com o seu ideal.
O meu, nesta eleição municipal, é o mais singelo do mundo: derrotar José
Serra. Se for sem Maluf, melhor, se tiver de ser com ele, tudo bem; se
for com Erundina, ótimo, se ela quiser pular do barco e levar junto o
seu idealismo, problema dela, que vá ser feliz em outra freguesia.
No Crônicas do Motta*comtextolivre
Prag(a)matismo exacerbado
Na política as escolhas não tem lógica, nem coerência e muito menos
ideologia. O Merval Pereira, por exemplo, escolheu ficar ao lado do
patrão, aquele que escreveu editorial saudando a chegada da ditadura.
Isto não o incomoda. Roberto Marinho & famiglia continuam escrevendo
editoriais anti-democráticos. E Merval continua sendo um arlequim de
dois patrões. É o mesmo Merval que não recusou o voto de José Sarney
para chegar a Academia Brasileira de Letras. Assim como a famiglia
Marinho viu na ditadura uma forma de crescer, Merval viu em Sarney uma
chance de chegar à ABL. Uma biograia bonsai de Merval foi escrita por
seu ex-colega, Paulo Nogueira: Merval, o Imortal.
Agora vamos às razões que levaram Haddad em oPTar pelo apoio do PP de
Paulo Maluf. São muitas e todas, pragmaticamente falando, de ordem
política.
1) o paulistano gosta de corrupto, não é por outra razão que votavam em
Ademar de Barros, Quércia, Paulo Maluf, Celso Pitta, José Serra, FHC,
Kassab & Alchmin;
2) os grupos de mídia concentrados em São Paulo são altamente
conservadores e adora corruptos. Apoiaram a ditadura, como o Grupo
Folha, emprestando carros àquela que ousa, inclusive, chamar de
ditabranda. O Estadão não via nenhum problema em ter Pimenta Neves como
chefe de Redação até o momento em que assassinou Sandra Gomide. O Grupo
Abril, que edita a VEJA, não tem nenhum problema, antes pelo contrário,
de manter relações carnais com Carlinhos Cachoeira…
3) o povo continua tv dependente. Acredita em tudo o que a tv vende. Não
é por outro motivo que continuam acreditando nas papagaiadas da Rede
Globo e suas filiadas, incluindo a RBS. Com os 95 segundos do PP o
marqueteiro do PT pretende virar o jogo. O PP de São Paulo é o mesmo PP
que fez aliança com Manuela D’Ávila em Porto Alegre. Ninguém criticou a
empregada da RBS, Ana Amélia Lemos, quando esta defendia o PP de seu
padrinho, Pratini de Moraes, durante os programas ditos jornalísticos da
RBS. Nem agora quando ela e seu PP se aliam ao PCdoB para a prefeitura
de Porto Alegre. Aliás, o PP já é aliado do Governo Federal.
4) Se temos um eleitorado conservador, um grupo de mídia conservador, um
mega corrupto do outro lado, sempre inocentado pela justiça,
concorrendo com o apoio de todos estes, o que fazer? Bem o PT optou por
ganhar um pouco mais de tempo de mídia e o apoio do eleitorado que
sempre elegeu Maluf. Serra, que criticou o PR quando este estava no
Governo Dilma, fez aliança com eles. Claro. Serra concorre com o PT, não
com o PR…
5) Se toda direita e os grupos de mafiomidiáticos está contra a aliança
com o PP do Maluf é porque isso os incomoda. Ninguém diria nada se a
aliança fosse com José Serra, não é mesmo.
6) o poder judiciário, que sempre inocentou Maluf, de alguma forma
avaliza a união. Como diria o pragmatismo rastaquera do Lula, alianças
se faz com a oposição que está fora da cadeia, não com a situação. A
VEJA fez aliança com Carlinhos Cachoeira enquanto estava solto. Agora
que está na prisão, quer se afastar. Nenhum membro do PIG criticou a
aliança de Roberto Civita com Carlinhos Cachoeira.
7) Maluf cunhou o verbo malufar e o PT resolveu malufar na frente das
crianças, em horário nobre. O resultado disso poderá ser mortal para o
PT. Se der certo, será mais um troféu do Lula.
8) se a Globo, Folha, Estadão, Veja, RBS, FHC e Serra são contra, então é
um bom sinal de que não é tão ruim assim. Aliás, como declarou o novo
“amigo” do PT paulistano, Paulo Maluf: “FHC comprou votos para aprovar
reeleição” e disso não só ninguém fala como ainda lhe abrem as portas;
9) A aliança é com o PP de Maluf. Maluf não concorrerá. Então, a presença de Maluf fica apenas para no imaginário.
10) Eu jamais faria aliança como o Maluf. Assim como nunca estaria do
mesmo lado da RBS, do Gilmar Mendes, da Revista Veja, da Rede Globo, do
Merval. Eu não sou candidato a nada!
Os requintes de crueldade da aliança de Lula e Maluf
Colunista do Globo, Merval Pereira diz que apoio a Haddad não tem
nada de inusitado, "a não ser a marcha batida do PT para escancarar seu
pragmatismo à medida que Lula se sente acima do bem e do mal"
Em seu artigo no jornal O Globo de hoje, Merval Pereira relembra apoio
de Maluf à Marta Suplicy em 2004 e diz que aproximação com Haddad não
tem nada de inusitado, "a não ser a marcha batida do PT para escancarar
seu pragmatismo à medida que Lula se sente acima do bem e do mal". Leia:
Requintes de crueldade
Merval Pereira
Fazer com que Lula fosse visitá-lo em sua casa para selar publicamente o
acordo político de apoio à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura
de São Paulo é o ponto de destaque, com requintes de crueldade, dessa
aliança, que de inusitada não tem nada, a não ser a marcha batida do PT
para escancarar seu pragmatismo à medida que Lula se sente acima do bem e
do mal, podendo fazer qualquer coisa para vencer eleições.
Em 2004, Maluf já apoiara Marta Suplicy no segundo turno contra Serra,
mas naquela ocasião ele disse que o fazia sem ter tido contato nem com
Lula nem com Marta, reafirmando suas divergências com o PT.
Desta vez foi diferente. Além de ganhar para um indicado seu uma
secretaria do Ministério das Cidades, um Maluf radiante recebeu Lula e
Haddad em sua casa, destacando o "sacrifício" que o ex-presidente fizera
indo até lá, apesar das cautelas médicas devido à sua recuperação da
cirurgia de câncer.
Pelo menos o conselho de evitar falar em público ajudou Lula a sair de cena sem ter que justificar tal aliança.
A senadora Marta Suplicy, que aceitara de bom grado o apoio envergonhado
de Maluf em 2004, hoje, rejeitada por ser uma alternativa política
"velha", de acordo com Lula, diz que a aliança com Maluf é "pesadelo"
maior do que a com o prefeito Gilberto Kassab, que ela também rejeitara.
O maior problema, porém, para a candidatura petista é a reação da
candidata a vice Luiza Erundina, que de incomodada com o pragmatismo
petista, mas engolindo a seco a aliança, passou a rejeitá-la
publicamente, convencida de que ela não será apenas uma união política
"para constar", diante da pose de Lula carrancudo com Maluf sorridente,
tendo o "rapaz esforçado" Fernando Haddad no centro.
O acordo político com Maluf conseguiu ofuscar a boa notícia que a nova pesquisa Datafolha trouxe para a campanha petista.
Ter quase triplicado o apoio depois de algumas aparições ao lado de Lula
e da presidente Dilma na televisão indicava que Haddad pode ter a
esperança de vir a ser adotado pelo eleitorado petista conforme a
campanha progredir, o que lhe daria um patamar mínimo de 30% dos votos
para competir com o tucano José Serra.
Mas aliança tão formal e explícita com o grupo de Maluf está reforçando
as críticas do grupo de Marta Suplicy dentro do PT e abriu uma
divergência séria no PSB, que pelo visto terá que buscar outro candidato
a vice para Haddad.
A ex-prefeita Luiza Erundina não parece ser do tipo que abre mão de suas
convicções, mesmo que sejam ultrapassadas como o socialismo que ainda
prega.
Sua presença na chapa petista levava a candidatura Haddad mais para a
esquerda do que seria desejável numa capital que tem a tradição de votar
ao centro, quando não à direita.
O próximo ataque especulativo de Lula será em cima do PMDB se a
candidatura do deputado federal Gabriel Chalita permanecer estacionada
abaixo dos dois dígitos e menor do que a de Haddad.
O PMDB queria usar a disputa paulistana para vender caro seu apoio ao PT
num segundo turno, ou até mesmo ter Chalita como o candidato oficial
num segundo turno contra Serra.
Tudo para neutralizar o ataque que o PSB vem orquestrando, com o
objetivo de tomar o seu lugar como principal partido da base aliada,
abrindo caminho para o governador Eduardo Campos ser o vice de Dilma em
2014.
Ou, conforme os ventos da economia, surgir como uma alternativa ao próprio PT.
O maior receio do PMDB é que, após a eleição, o PSB se una ao PSD de Kassab para formar o maior partido no Congresso.
Isso só não acontecerá, aliás, se o tucano José Serra vencer a eleição
paulistana, o que coloca mais um pouco de incoerência nessa armação
partidária onde ninguém é de ninguém e todo mundo é de todo mundo,
dependendo da ocasião.
O PSD de Kassab iria para a aliança de Haddad se Serra não fosse o
candidato tucano, e Maluf iria para a base serrista se o PSDB aceitasse
pagar o alto preço que o PT pagou.
Esse imbróglio paulistano não é, no entanto, o único empecilho à aliança
do PT com o PSB, que está se organizando nacionalmente para se colocar
como protagonista na cena política em 2014.
Assim como a disputa pela prefeitura em São Paulo está intimamente
ligada à sucessão presidencial de 2014, com os dois partidos querendo
fortalecer suas posições no maior colégio eleitoral do país, algumas
outras capitais também definem agora disputas políticas que serão
fundamentais para a campanha à reeleição da presidente Dilma e para o
PSDB.
Em Fortaleza e Recife, PT e PSB não conseguiram se entender até o
momento, e tudo indica que sairão separados na disputa regional.
Em Salvador, ACM Neto, do DEM, com o apoio do PSDB, pode fazer ressurgir a força carlista na capital baiana.
Em Manaus, uma aliança entre Amazonino Mendes e Arthur Virgílio pode dar
ao ex-senador tucano as condições políticas para disputar a prefeitura
de Manaus, o que está preocupando a base aliada governista, à frente o
ex-governador Eduardo Braga.
Líder do governo no Senado em substituição ao eterno líder de qualquer
governo Romero Jucá, Braga vem sofrendo ataques do grupo de senadores
como Sarney, Calheiros e o próprio Jucá, que aparentemente a presidente
Dilma quer ver fora do centro de decisões.
Se tiver que concorrer a prefeito para unir a base governista contra a
oposição, Braga corre o risco de perder o cargo no Senado, embora
considere que pode acumular a candidatura com a liderança do governo.
Além do jogo de poder visando à eleição presidencial, há ainda em disputa as presidências da Câmara e do Senado.
O grupo do senador Sarney quer manter o controle do Senado mesmo depois
que ele sair, e dois nomes aparecem na disputa no PMDB, a maior bancada:
Edison Lobão e Renan Calheiros, o que aparentemente não agrada a Dilma,
que gostaria de um nome novo de sua confiança.
Na Câmara, a vez seria do PMDB, mas o candidato preferencial do partido,
o líder Henrique Eduardo Alves, desgastou-se com a presidente Dilma.
Um eventual acordo em São Paulo pode colocar em discussão a sucessão na
Câmara, e o vice-presidente Michel Temer deverá ser o fiador.
Como se vê, há muito mais do que política municipal em disputa nas próximas eleições.
No Ficha Corrida e 247*comtextolivre
Erundina fica na chapa de Haddad: "Não sou de recuar"
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, deputada fez críticas à aliança com o PP, mas disse que continua na chapa de Haddad
São Paulo – A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que na semana
passada confirmou sua candidatura à vice-prefeita de São Paulo, na chapa
encabeçada pelo petista Fernando Haddad, disse sentir constrangimento e
desconforto com a entrada do Partido Progressista (PP), do deputado
Paulo Maluf, na coligação, mas descartou desistir da disputa.
“Não sou de recuar. Vou manter a decisão, porque é uma decisão
partidária. Vou me empenhar e fazer o melhor que puder para dar minha
contribuição, mas vou procurar demarcar campos. De um lado está o seu
Maluf; de outro lado estaremos nós e os setores da sociedade que não
concordam, ao meu ver, com essa aliança”, disse, em entrevista à Rádio
Brasil Atual.
Erundina ressaltou que a decisão de incluir Maluf na coligação foi à sua
revelia e representa “um desestímulo”, mas afirmou que seguirá a
campanha normalmente.
Ouça aqui a íntegra da entrevista no site da Rede Brasil Atual.
No Maria da Penha Neles!
*comtextolivre
Sarneylândia
Via CartaMaior
Hoje,
depois de 46 anos de domínio sarneysístico, o IDH do Maranhão é o
segundo pior do Brasil. E o de São Luís, que alguns moradores
bem-humorados chamam de Sarneylândia, está em vigésimo-primeiro lugar
entre as capitais. Os nomes dos culpados estão espalhados pela cidade.
José Roberto Torero
Estes
dias estava em São Luís e decidi correr um pouco pelas ruas da cidade.
Seria mais uma batalha na luta contra meu próprio abdômen, que teima em
não parar de crescer.
Mal dei meus primeiros
passos e vi que pisava na avenida Presidente José Sarney. Para me livrar
dos maus fluidos, entrei numa grande ponte que há por lá. Só então
percebi que ela se chamava Governador José Sarney.
Uma
mesma pessoa dando nome a dois logradouros? Seria um engano de placas?
Quando voltei ao hotel, consultei o mapa da cidade e vi que, além do
presidente e do governador, também o Senador José Sarney fora agraciado
com o nome de uma avenida.
Decidi dar uma olhada
na lista telefônica para verificar se havia outras homenagens. E havia.
No total, a cidade tem uma ponte, três avenidas, duas ruas e uma
travessa batizadas com o nome, digamos, artístico de José Ribamar
Ferreira de Araújo Costa.
Trata-se de uma falta
de classe inclassificável. Dar nome de vivos para ruas já é grosseria.
Mas fazer isso várias vezes é de um mau gosto feroz, de uma breguice
inacreditável. Um membro da Academia Brasileira de Letras deveria ter
mais senso estético. Ou de ridículo.
Porém,
virando as páginas da lista telefônica, percebi que José não era o único
Sarney saudado pelos nobres edis. Havia também três ruas e uma travessa
Marly Sarney, quatro ruas Sarney Filho, uma rua para o modesto Fernando
Sarney e uma rua e uma travessa para Roseana.
Decidi
dar uma busca na internet para ver se havia mais coisas com nomes
Sarney pela cidade. E vi que o pobre ludovicense não tem como escapar.
Ele nasce na maternidade Marly Sarney e depois vai estudar na escola
Sarney Neto, ou na Roseana Sarney, talvez na Fernando Sarney,
possivelmente na Marly Sarney ou, é claro, na José Sarney.
Para
morar, pode escolher entre as vilas Sarney, Sarney Filho, Kyola Sarney
(progenitora do ex-presidente) ou Roseana Sarney. Se passar mal, pode
correr ao posto de saúde Marly Sarney. E, se sentir fome de saber,
sempre há a Biblioteca José Sarney.
A oligarquia deixou seu nome por toda a cidade, assim como um fazendeiro marca seu gado com ferro em brasa.
Se
o cidadão ficar indignado, há duas saídas: uma é a rodoviária Kyola
Sarney. A outra é reclamar no fórum José Sarney, onde há a sala de
imprensa Marly Sarney e a sala de defensoria pública Kyola Sarney.
Até
pouco tempo atrás, o próprio tribunal de contas chamava-se Roseana
Murad Sarney, numa clara demonstração de que não seria lá muito isento.
Mas houve protesto e o nome foi retirado.
Aliás, o clã vem sofrendo derrotas. O próprio Sarney não se elegeu senador pelo Maranhão, mas pelo Amapá.
Hoje,
depois de 46 anos de domínio sarneysístico, o IDH (índice de
desenvolvimento humano) do Maranhão é o segundo pior do Brasil. E o de
São Luís, que alguns moradores bem-humorados chamam de Sarneylândia,
está em vigésimo-primeiro lugar entre as capitais.
Os nomes dos culpados estão espalhados pela cidade.
José
Roberto Torero é formado em Letras e Jornalismo pela USP, publicou 24
livros, entre eles O Chalaça (Prêmio Jabuti e Livro do ano em 1995),
Pequenos Amores (Prêmio Jabuti 2004) e, mais recentemente, O Evangelho
de Barrabás. É colunista de futebol na Folha de S.Paulo desde 1998.
Escreveu também para o Jornal da Tarde e para a revista Placar. Dirigiu
alguns curtas-metragens e o longa Como fazer um filme de amor. É
roteirista de cinema e tevê, onde por oito anos escreveu o Retrato
Falado.
*GilsonSampaio
segunda-feira, junho 18, 2012
Brics discutem criação de fundo comum e troca de moedas
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, os líderes do bloco de países emergentes - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - concordaram em dar início ao processo de criação de um fundo comum de reservas internacionais e acenaram com a possibilidade de assinatura de um acordo para troca de moedas entre os países do grupo. "Os Brics estão fortalecendo sua estrutura financeira", anunciou Mantega.
Da Redação
Brasília - Os líderes dos Brics
(bloco de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e
África do Sul) concordaram em dar início ao processo de criação de um
fundo comum de reservas internacionais e acenaram com a possibilidade de
assinatura de um acordo para troca de moedas entre os países do grupo,
nesta segunda (18), em Los Cabos, no México, durante reunião
preparatória para a Cúpula do G-20 (grupo das maiores economias do
mundo).
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ideia é inspirada no acordo de cooperação financeira dos países asiáticos e nos acordos negociados pelo Banco Central norte-americano durante a crise de 2008. “Os Brics estão fortalecendo sua estrutura financeira. Esse fundo é algo importante para a confiança. Vamos criar uma solidariedade financeira entre nós, portanto, seremos ainda mais seguros e mais fortes do que já somos”, afirmou.
A reunião contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff, que também aproveitou sua estadia no México para realizar, antes do início da Cúpula, reuniões bilaterais com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, com o presidente do Conselho de Ministros da Itália, Mario Monti, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.
*CartaMaior
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a ideia é inspirada no acordo de cooperação financeira dos países asiáticos e nos acordos negociados pelo Banco Central norte-americano durante a crise de 2008. “Os Brics estão fortalecendo sua estrutura financeira. Esse fundo é algo importante para a confiança. Vamos criar uma solidariedade financeira entre nós, portanto, seremos ainda mais seguros e mais fortes do que já somos”, afirmou.
A reunião contou com a participação da presidenta Dilma Rousseff, que também aproveitou sua estadia no México para realizar, antes do início da Cúpula, reuniões bilaterais com a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, com o presidente do Conselho de Ministros da Itália, Mario Monti, e com a chanceler alemã, Angela Merkel.
Papéis do Mensalão do DEM estavam escondidos em igreja evangélica
do portal Terra
A Polícia Civil do Distrito Federal realizou, na manhã desta
segunda-feira, mandados de busca e apreensão na Igreja Tabernáculo do
Evangelho de Jesus, no Recanto das Almas. A ação é uma continuidade da
Operação Hufini, que resultou na prisão do ex-deputado distrital Júnior Brunelli (foto), que ficou conhecido pelo escândalo do Mensalão do DEM e da "oração da propina".
Os agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado apreenderam documentos e computadores escondidos na igreja, após o recebimento de denúncias anônimas. Além da prisão de Brunelli, a primeira parte da operação também prendeu Carlos Antônio Martins Carneiro, o pastor Adilson Wlaufredir de Oliveira e o empresário Sapartacus Issa Savite.
O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas.
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária.
O caso aguarda denúncia do Ministério Público Federal e tramita no STJ.
Maioria dos deputados evangélicos responde a processos judiciais.
abril de 2012
Júnior Brunelli (à direita),
autor da "oração da propina"
|
Os agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado apreenderam documentos e computadores escondidos na igreja, após o recebimento de denúncias anônimas. Além da prisão de Brunelli, a primeira parte da operação também prendeu Carlos Antônio Martins Carneiro, o pastor Adilson Wlaufredir de Oliveira e o empresário Sapartacus Issa Savite.
O chamado mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final de 2009, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O então governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em sua defesa, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados". Em meio ao escândalo, ele deixou o Democratas.
As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
Acusado de tentar subornar o jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha do caso, Arruda foi preso preventivamente em fevereiro de 2010, por determinação do Superior Tribunal de Justiça, que ainda o afastou do cargo de governador. Ele ficou preso por dois meses e, neste período, teve o mandato cassado por desfiliação partidária.
O caso aguarda denúncia do Ministério Público Federal e tramita no STJ.
Maioria dos deputados evangélicos responde a processos judiciais.
abril de 2012
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