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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
domingo, junho 02, 2013
Presidente do Equador quer Lula como secretário da Unasul
O presidente do Equador, Rafael Correa, disse neste sábado (1º) que
gostaria que o ex-presidente Lula se
tornasse secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas).
"Logo ocorrerão as eleições para secretário-geral da Unasul e há vários
grandes latino-americanos que podem ocupar este lugar, como Lula, o que
seria maravilhoso", destacou Correa durante seu programa semanal
transmitido do norte de Quito, onde é construída a nova sede do órgão.
O prédio, que estará pronto em maio de 2014, "terá o nome deste grande
latino-americano que foi (o ex-presidente argentino) Néstor Kirchner" e
será "o edifício mais moderno do Equador e, provavelmente, da América
Latina".
Kirchner, falecido em 2010, foi o primeiro titular da Unasul, sucedido
pela colombiana María Emma Mejía em 2011 e pelo ex-chanceler venezuelano
Alí Rodríguez, que assumiu em junho de 2012 e deverá deixar o posto ao
final de um ano de gestão.
A Unasul é integrada por Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, Chile,
Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.Da Agência de notícias AFP
*osamigosdopresidentelula
Deus é mais amado que o Diabo porque seus marqueteiros são melhores”
do Bourdoukan
O leitor FD me enviou o seguinte comentário: “Deus é mais amado que o diabo porque seus marqueteiros são melhores”.
Infelizmente ele não explicou a razão desse comentário.
Mas isso também não tem a menor importância, já que Deus e o Diabo não fazem parte de minhas preferências literárias.
Se existe um deus, sorte dele. Se existe um diabo, sorte dele também.
Eu sempre entendi que Deus e o Diabo não têm culpa por aqueles que dizem representá-los.
É verdade que seus supostos representantes sempre foram poderosos. E por que não? Cruéis.
Judaísmo, cristianismo e islamismo são religiões abraâmicas.
Três religiões com o mesmo deus, nunca vão chegar a um acordo.
Sobre
esse deus abraâmico, o leitor FD, me enviou um trecho do livro do
filósofo e expoente do anarquismo Mikhail Bakhunin que repercuto:
“Jeová,
que, de todos os bons deuses adorados pelos homens, foi certamente o
mais ciumento, o mais vaidoso, o mais feroz, o mais injusto, o mais
sanguinário, o mais despótico e o maior inimigo da dignidade e da
liberdade humanas, Jeová acabava de criar Adão e Eva, não se sabe por
qual capricho, talvez para ter novos escravos.
Ele
pôs, generosamente, à disposição deles toda a terra, com todos os seus
frutos e todos os seus animais, e impôs um único limite a este completo
gozo: proibiu-os expressamente de tocar os frutos da árvore de ciência.
Ele
queria, pois, que o homem, privado de toda consciência de si mesmo,
permanecesse um eterno animal, sempre de quatro patas diante do Deus
"vivo", seu criador e seu senhor.
Mas eis
que chega Satã, o eterno revoltado, o primeiro livre-pensador e o
emancipador dos mundos! Ele faz o homem se envergonhar de sua ignorância
e de sua obediência bestiais; ele o emancipa, imprime em sua fronte a
marca da liberdade e da humanidade, levando-o a desobedecer e a provar
do fruto da ciência”.
E o leitor FD encerra perguntando a quem a humanidade devia louvar?
Deixo a resposta com você, leitor do blog. E por favor, sem ofensas ou admoestações.
*GilsonSampaio
Cuba ou a globalização da solidariedade: o internacionalismo humanitário
do Solidários
Salim Lamrani*
Fonte: OPERA MUNDI
Desde a Revolução de 1959, Cuba elaborou uma política para ajudar países pobres; resultados são espetaculares
Desde
1963, com o envio da primeira missão médica humanitária à Argélia, Cuba
se comprometeu a cuidar das populações pobres do planeta em nome da
solidariedade internacionalista. As missões humanitárias cubanas se
estendem por quatro continentes e apresentam um caráter único. Com
efeito, nenhuma outra nação do mundo, nem sequer as mais desenvolvidas,
teceu semelhante rede de cooperação humanitária no planeta. Desde seu
lançamento, cerca de 132.000 médicos cubanos, além do pessoal sanitário,
atuaram voluntariamente em 102 países. No total, os médicos cubanos
atenderam cerca de 100 milhões de pessoas no mundo e salvaram um milhão
de vidas. Atualmente, 37.000 médicos colaboradores oferecem seus
serviços em 70 nações do Terceiro Mundo.
A ajuda internacional
cubana se estende a dez países da América Latina e às regiões
subdesenvolvidas do planeta. Em outubro de 1998, o furadão Mitch havia
assolado a América Central e o Caribe. Os chefes de Estado da região
lançaram um chamado à solidariedade internacional. Segundo o PNUD,
Cuba foi a primeira a responder positivamente, cancelando a dívida da
Nicarágua de 50 milhões de dólares e propondo os serviços de seu pessoal
sanitário.
Foi
elaborado, então, o Programa Integral de Saúde, sendo ampliado a outros
continentes, como África e Ásia. Nas regiões onde foi aplicado, O PNUD
aponta uma melhora de todos os indicadores de saúde, particularmente uma
diminuição notável da taxa de mortalidade infantil.
A ALBA
O
primeiro país que se beneficiou do capital humano foi, logicamente, a
Venezuela, graças à eleição de Hugo Chávez em 1998 e à relação especial
estabelecida com Cuba. A universalização do acesso à educação,
implementada em 1998, teve resultados excepcionais. Cerca de 1,5 milhão
de venezuelanos aprenderam a ler e a escrever graças à campanha de
alfabetização chamada Misión Robinson I. Em dezembro de 2005, a Unesco
decretou que o analfabetismo havia sido erradicado da Venezuela. A
Misión Robinson II foi lançada para levar a população ao alcance do
nível secundário. A isso se somam as missões Ribas e Sucre, que
permitiram que dezenas de milhares de jovens começassem estudos
universitários.
Com a aliança entre Cuba e Venezuela na área da saúde, foram salvas mais de 100 mil vidas
Em 2010, 97% das crianças venezuelanas estavam escolarizadas.
Em relação à saúde, foi criado o Sistema Nacional Público, para
garantir o acesso gratuito à atenção médica a todos os venezuelanos. A
missão Barrio Adentro I possibilitou a realização de 300 milhões de
consultas nos 4.469 centros médicos criados desde 1998. Cerca de 17
milhões de pessoas puderam ser atendidas, enquanto que, em 1998, menos
de 3 milhões de pessoas tinham acesso regular à saúde. Foram salvas mais
de 104.000 vidas. A taxa de mortalidade infantil foi reduzida a menos de 10 por mil.
Na classificação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Venezuela passou do posto 83 no
ano 2000 (0,656) ao posto 73 em 2011 (0,735), e entrou na categoria das
nações com o IDH mais elevado.
Além disso, também segundo o PNUD, a Venezuela ostenta o coeficiente
Gini mais baixo da América Latina, e é o país da região onde há menos
desigualdade.
Luis Alberto Matos, economista e
especialista em energia, salientou a “cooperação emblemática” entre Cuba
e Venezuela. “Quem pode negar a imensa contribuição dessa nação à
Venezuela em relação ao aprimoramento do setor de saúde, na agricultura, nos esportes, na cultura?”
Graças
à ALBA e ao programa social lançado pelo governo de Evo Morales entre
2006 e julho de 2011, a Brigada Médica cubana presente na Bolívia cuidou
de mais de 48 milhões de pessoas e salvou 49.821 vidas. A Bolívia pôde
melhorar seus indicadores de saúde com uma diminuição da mortalidade
infantil de 58 a cada mil, em 2007, para 51 a cada mil em 2009, ou seja,
uma redução de 14% em três anos.
Entre 2006 e 2009, foram criados quase 545 centros de saúde em todo o
país. Quanto à educação, a Unesco declarou que a Bolívia é um território
livre de analfabetismo em 20 de dezembro de 2008, com a alfabetização
de 824.000 pessoas. Foram construídos cerca de 1.540 estabelecimentos
escolares. Quanto ao Ensino Superior, foram criadas três universidades
indígenas. A pobreza extrema foi reduzida a 6%, passando de 37,8% a
31,8%.
Na Nicarágua, o programa Yo, sí puedo
permitiu que a Unesco declarasse que o país estava livre do
analfabetismo em 2009. Graças à Alba, a Nicarágua também conseguiu
resolver sua grave crise energética, que às vezes provocava apagões de
16 horas diárias. Foram construídos vários hospitais equipados
integralmente em todo o país, com acesso gratuito à atenção médica para
toda a população. Eles operam, em grande parte, graças à presença do pessoal médico cubano.
No
Equador, a chegada de Rafael Correa ao poder em 2006 também ocasionou
uma revolução social sem precedentes. Dessa forma, o orçamento de saúde
aumentou de 437 milhões de dólares em 2006 para 3.430 milhões em 2010. O
orçamento de educação passou de 235 milhões em 2006 para 940,7 milhões
em 2010. A taxa de escolaridade até o nível universitário da quinta
parte mais pobre da população passou de 30% para 40% entre 2006 e 2010. A
cobertura da cesta básica passou de 68% para 89%. A pobreza diminuiu 7%
no mesmo período em nível nacional, e 13% para os afroequatorianos.
Mais de 70.000 pessoas dos 5 milhões de indigentes que havia no país em
2006 saíram da pobreza.
Assim, o IDH passou de
0,716 em 2009 para 0,720 em 2011, e agora ocupa a posição 83. O Equador
prevê erradicar a desnutrição infantil em 2015 e assim alcançar Cuba, o
único país da América Latina e do Terceiro Mundo livre dessa praga,
segundo a Unicef.
A Brigada Henry Reeve
Em
19 de setembro de 2005, após a tragédia que o furacão Katrina provocou
em Nova Orleans, Cuba criou a Brigada Henry Reeve, um contingente
médico composto por 10.000 profissionais da saúde e especializado em
catástrofes naturais. Naquela época, Havana ofereceu a Washington o
envio de 1.586 médicos para atender as vítimas, mas o presidente Bush
negou a oferta.
A Brigada Henry Reeve interveio
em vários continentes. Assim, após o terremoto de novembro de 2005, que
assolou o Paquistão, 2.564 médicos cubanos viajaram para lá a fim de
atender as vítimas durante mais de oito meses. Foram montados 32
hospitais de campanha, que logo foram doados às autoridades de saúde do
país. Mais de 1,8 milhão de pessoas foram atendidas e 2.086 vidas foram
salvas. Nenhuma outra nação ofereceu uma ajuda tão importante, nem mesmo
os Estados Unidos – principal aliado de Islamabad –, que estabeleceu
apenas dois hospitais de campanha e ficou por oito semanas. O jornal
britânico The Independent ressaltou o fato de que a brigada médica
cubana foi a primeira a chegar ao Paquistão e a última a deixar o país.
Anteriormente,
após o tsunami que devastou a região do Pacífico em 2004, Cuba enviou
várias missões humanitárias para oferecer atenção médica às vítimas,
muitas vezes abandonadas pelas autoridades locais. Várias áreas rurais
em Kiribati, Timor Leste ou Sri Lanka ainda dependem da ajuda médica
cubana. Foi inaugurada uma escola de medicina no Timor Leste para
formar jovens estudantes do país. As Ilhas Salomão, assim como a
Papua-Nova Guiné, acenaram à Havana para se beneficiar de uma ajuda
similar e firmar acordos de cooperação.
Após o
terremoto ocorrido em maio de 2006 em Java, na Indonésia, Cuba enviou
várias missões médicas. Ronny Rockito, coordenador regional para a
saúde, elogiou o trabalho dos 135 profissionais cubanos que instalaram
dois hospitais de campanha. Segundo ele, seu trabalho teve um impacto
mais importante do que qualquer outro país. “Aprecio muito as brigadas
médicas cubanas. Seu estilo é muito amistoso e seu nível de atenção
médica, muito elevado. Tudo é gratuito e não há nenhum apoio por parte
do meu governo para isso. Agradecemos Fidel Castro. Muitos moradores
suplicaram aos médicos cubanos para que ficassem”, enfatizou.
O
caso mais recente e mais emblemático da cooperação médica cubana diz
respeito ao Haiti. O terremoto de janeiro de 2010, de magnitude 7, causou dramáticos danos humanos e materiais.
Segundo as autoridades haitianas, o balanço foi de 230.000 mortos,
300.000 feridos e 1,2 milhão de pessoas sem teto. A brigada médica
cubana, presente desde 1998, foi a primeira a auxiliar as vítimas e
atendeu cerca de 40% delas.
Em outubro de 2010,
soldados nepaleses das Nações Unidas introduziram inadvertidamente o
vírus do cólera no Haiti. Segundo a ONU, a equipe médica do doutor Jorge
Luis Quiñones descobriu a epidemia. Cerca de 6.600 pessoas perderam a
vida e 476.000 foram infectadas, o que representa 5% da população de um
total de 10 milhões de habitantes. Era a taxa de cólera mais elevada do
mundo, segundo as Nações Unidas. O New York Times ressaltou, em uma
reportagem, o papel chave dos médicos cubanos: “A missão médica cubana,
que desempenhou um papel importante na detenção da epidemia, ainda está
presente no Haiti e recebe a cada dia a gratidão dos doadores e dos
diplomatas por sua presença nas linhas de frente e por seus esforços de
reconstrução do carcomido sistema de saúde do país”.
Por
sua vez, Paul Farmer, enviado especial das Nações Unidas, salientou
que, em dezembro de 2010, quando a epidemia atingiu seu pico, com uma
taxa de mortalidade sem precedentes e o mundo estava com os olhos em
outros lugares, “a metade das ONGs haviam ido embora, ao passo que os
cubanos ainda estavam presentes”. Segundo o Ministério da Saúde
haitiano, os médicos cubanos salvaram mais de 76.000 pessoas nas 67
unidades médicas sob sua responsabilidade, com apenas 272 falecimentos,
ou seja, 0,36%, contra uma taxa de 1,4% no resto do país. Desde dezembro
de 2010, não faleceu nenhum paciente tratado pelos médicos cubanos.
Nações Unidas saúdam uma política solidária
Segundo
o PNUD, a ajuda humanitária cubana representa, proporcionalmente ao
PIB, uma porcentagem superior à média das 18 nações mais desenvolvidas.
Ressalta, em um informe, que:
“A cooperação
oferecida por Cuba se inscreve em um contexto de cooperação Sul-Sul. Não
persegue um objetivo de lucrar, mas, ao contrário, se oferece como a
expressão de um princípio de solidariedade e, na medida do possível, a
partir de custos compartilhados. No entanto, durante anos, Cuba
proporcionou ajuda de qualidade com doações aos países mais pobres, e se
mostrou muito flexível quanto à forma ou à estrutura da colaboração
[…]. Em quase a totalidade dos casos, a ajuda cubana foi gratuita, ainda
que, a partir de 1977, com alguns países de alta renda, principalmente
os petroleiros, se desenvolveu uma cooperação sob uma forma de
compensação. O desenvolvimento elevado que Cuba alcançou nos campos da
saúde, educação e esporte fizeram com que a cooperação contemplasse
esses setores, ainda que tenha havido uma participação em outras áreas,
como, por exemplo, a construção, a pesca e a agricultura”.
O
internacionalismo humanitário elaborado por Cuba demonstra que a
solidariedade pode ser um vetor fundamental nas relações internacionais.
Assim, uma pequena nação do Terceiro Mundo com recursos limitados e
vítima de um estado de sítio sem precedentes por parte dos Estados
Unidos consegue reunir os recursos necessários para ajudar os mais
pobres e oferece ao mundo um exemplo, como diria o herói nacional cubano
José Martí, que Pátria pode ser Humanidade.
*
Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris
Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Universidade de
la Reunión e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados
Unidos.
Contato: lamranisalim@yahoo.fr ; Salim.Lamrani@univ-reunion.fr. Página Facebook: https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficiel.
*GilsonSampaio
REVISTA VEJA MOSTRA SEU DNA DE MENTIROSA ATÉ NA HORA DA MORTE
De certo que ninguém esperava que os editores da Revista Veja escrevessem na lápide virtual do ex-patrão e chefe da famiglia CIVITA, Roberto Civita, aquilo que a blogosfera independente e progressista escreveria.
Mas, daí a considerar que Civita nunca foi um 'RADICAL' DE DIREITA, e feroz detrator da honra alheia, quando não ia com a "cara" do alvo, também não.
Faltou coragem e inteligência a turma da redação para fazer um "obituário" que ao menos na hora da morte, embora não ofendendo a memória do patrão, não afrontasse a verdade, para pintar um Civita que nunca existiu. "...um editor equilibrado, que "abominava os extremos na política" e pregava a "busca honesta da verdade".
MENOS, muito menos.
E como é que alguém pode buscar de forma honesta a verdade, tendo entre os principais informantes de sua REVISTA, o contraventor Carlos Cachoeira e seus ARAPONGAS ?
Mas, daí a considerar que Civita nunca foi um 'RADICAL' DE DIREITA, e feroz detrator da honra alheia, quando não ia com a "cara" do alvo, também não.
Faltou coragem e inteligência a turma da redação para fazer um "obituário" que ao menos na hora da morte, embora não ofendendo a memória do patrão, não afrontasse a verdade, para pintar um Civita que nunca existiu. "...um editor equilibrado, que "abominava os extremos na política" e pregava a "busca honesta da verdade".
MENOS, muito menos.
E como é que alguém pode buscar de forma honesta a verdade, tendo entre os principais informantes de sua REVISTA, o contraventor Carlos Cachoeira e seus ARAPONGAS ?
Nossa Idade Média: padre ensina como um casal cristão deve gozar
*Opensadordaaldeia
Poema ateu
O ATEÍSMO NADA TEM A ME OFERECER
por Anônimo
O ateísmo nada tem a me oferecer
ele não me trás conforto ou certeza
Nele não há nenhum ensinamento ou dever
nele não há ilusões de grandeza.
Jamais me disse como devo pensar
jamais me trouxe saber ou inspiração
Ele não me obriga a crer sem duvidar
não me ameaça com eterna punição.
Não torna minha vida mais contente
É indiferente quando imploro
Não promete a cura quando estou doente
e não me trás alento quando choro.
Nele não encontro nenhum conselho
nenhuma resposta nenhuma indagação
Ele não me pede pra cair de joelhos
ou passar a vida pedindo perdão.
Ele não me oferece a tola felicidade
de me achar um escolhido entre tanta gente
Ele não me induz a cometer maldades
para glória de um deus ausente.
O ateísmo não me ensina a odiar
ou discriminar os diferentes de mim
Não proíbe os iguais de amar
não me diz o que é bom o ruim.
Não me diz que a vida vale a pena.
O ateísmo nada me oferece é verdade
mas como a realidade me basta e só quero viver o que sou
Então o ateísmo me oferece tudo.
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