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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, julho 02, 2013
Obama ofende Mandela e a mídia encara a ofensa como elogio...
Obama
foi até a África e a mídia servil não se cansou de bajulá-lo.
Ele
proferiu uma frase desprezível, que a mídia entendeu como elogio.
Disse
: “Nelson Mandela serviu de inspiração
para o meu governo”.
Mas
como?
Quer
dizer que a invasão da Líbia e da Síria foram inspiradas em Mandela?
Que
a espionagem global é inspirada em Mandela?
E o
que dizer das torturas em Guantánamo e Abu Ghraib?
E o
que dizer de seus patrões israelenses?
Que
humilharam Mandela ao não permitir que suas palavras de apoio aos palestinos
fossem divulgadas?
Que
consideram Mandela persona non grata?
Esse
adulador de Wall Street e da Industria Bélica acha que pode falar tanta asneira
e vai ficar por isso mesmo?
Ele
nos trata a todos como tolos, desmemoriados.
Sempre
com a cumplicidade dessa mídia que não perde oportunidade de ofender a
humanidade.
Já
não está na hora de nos libertarmos dessa mídia servil, cúmplice e bajuladora?
Pobre Mandela.
Pobre humanidade.
Pobres de nós!
Ariel Sharon, o ex-primeiro ministro de Israel e carniceiro de Sabra e Shatila continua pagando seus pecados no hospital Tel Hashomer.
O carniceiro de Sabra e Shatila não quer morrer
Ainda em coma vegetativo, em razão de um AVC, Ariel Sharon, o
ex-primeiro ministro de Israel e carniceiro de Sabra e Shatila continua pagando
seus pecados no hospital Tel Hashomer.
Os dirigentes do hospital não sabem o que fazer para se livrar
dele já que o indigitado ocupa um quarto para dois pacientes, alem de ter a sua
disposição três enfermeiras e um forte esquema de segurança.
Querem devolve-lo pela terceira vez para seus familiares, no rancho
Sycamore, no Neguev, mas seus familiares não aceitam, pois dizem carecer de
recursos para cuidar dele.
O hospital argumenta que o indigitado seria mais feliz morrendo
entre os seus.
Mas os seus não
querem saber.
E como a discussão parecia não ter fim, o parlamento israelense
aprovou uma verba anual de 1,6 milhões de dólares para ajudar nas despesas.
E assim todos ficaram felizes, menos suas vítimas que esperam
por justiça.
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